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MEMORANDO

SR. JOÃO RIBEIRO BAPTISTA

FACTOS:

Foi trabalhador da Empresa ENDITRADE, exerceu as funções de


chefe de sector de Transportes e combustíveis.

O P.C.A da ENDITRADE em Março de 2011, mandou instaurar um


Inquérito e, consequentemente, a sua suspensão.

Acusado de receber dinheiro a um cliente que não o conhece.

Em Junho de 2011, o P.C.A da ENDITRADE determina o


levantamento da suspensão e manda-lhe apresentar aos Recursos
Humanos da empresa no prazo de cinco dias, e não foi notificado da
decisão.

A sua mesa de trabalho foi vasculhada.

Pediu as férias disciplinar no mês de Junho à Julho e já não voltou.

Pediu o relatório do Inquérito – aplicaram-lhe Processo disciplinar


em 25 de Julho de 2011.

A convocatória reporta na matéria de acusação “ Danos causados


por manipulação de documentos com custo no Processo Produtivo”

Foi – lhe aplicado a pena disciplinar correspondente a Despromoção


Temporária de Categoria com redução de salário durante seis meses em
17 de Agosto de 2011.

10º

No dia 14 de Setembro de 2011, A Policia Económica emite um


mandado de captura no qual pende a acusação do desvio de Sete centos
mil dólares Norte Americanos) usd 700.000,00.

11º

Prenderam-no durante 06 dias na DPPIIAE.

12º

A polícia Económica pede que seja feita acareação com o Sr. Noé
Mateus, PCA da Enditrade, este não compareceu.

13º

Uma semana depois compareu e assim foi feita a acareação onde


para além do constituinte, também, estiveram presentes, o Digno
Procurador, os Sres. Teotono – Instrutor do Processo e Cláudio – o
escrivão. Disseram que não é necessária a presença do seu Advogado
yello Jorge.

14º

O Sr. Teotono, Instrutor do Processo disse ao Digno Procurador ter


sido induzido em erro pelo Jurista que o Sr. Noé Mateus contratou. Esta
afirmação consta dos autos.
15º

Foi passado a soltura mediante pagamento de caução carcerária de


sete centos mil kwanzas (700.000.00 Akz)

16º

Em Outubro de 2011, foi feita acareação com a suposta pessoa que lhe
deu o dinheiro, e, este alegou não o conhecer.

17º

Bloquearam a conta bancária do BAI desde a data da detenção e só


desbloquearam aos 23 de Julho de 2012.

18º

Seis meses depois Teotono Instrutor do Processo liga dizendo que


tem uma acareação com a Sr.ª Nineti. Não se realizou porque mandou
embora a Sr.ª, alegando que o Processo iria ao Tribunal, porque este
acusou – o de que a Sr.ª Nineti conseguiu documentos do P.C.A Noé
Mateus, que tem uma empresa de venda de combustíveis.

19º

O PCA Noé Mateus tem uma empresa denominada Enditrade que


presta serviços contratuais com outras empresas e utiliza os meios
(camiões) da empresa Enditrade.

20º

O PCA Noé Mateus desvia os clientes da empresa Enditrade para


serem atendidos na sua empresa.

21º

O contabilista da empresa Enditrade sabe deste comportamento.

22º

O PCA Noé Mateus falta respeito aos trabalhadores.


CONSIDERAÇÕES:

A convocatória entregue ao Sr. João Baptista não cumpre com o


preceituado do art.º 50º nº. 2 Alínea a) da LGT, dispõe o seguinte: “ A
convocatória para entrevista do trabalhador deve incluir nela, a descrição
detalhada dos factos de que o trabalhador é acusado.

A não observância do estabelecido do art.º. 52º. Nº. 2 da LGT.

PROPOSTAS:

- Substabelecimento.

- Emitir Procuração em nome de David Rodrigues da Rocha.

- Emitir Contrato de Honorários.

- Emitir recibo de Pagamento de Consulta.

- Remeter o processo ao Tribunal, sendo esta a vontade do cliente.

PEDIDOS:

1) - Remeter o processo ao Tribunal.

2) – Indemnização e Compensação

3) - Pagamento de salários em atraso e retroactivos com base na


medida injustamente aplicada.

CONCLUSÃO:

- De acordo o pedido feito pelo Sr. João Baptista remete-se o


processo ao Tribunal Provincial de Luanda (Sala de Trabalho).

Luanda, 12 de Setembro de 2012

MIGUEL NOBRE
MEMORANDO

Constituinte: Sra. MARQUINHA FRANCO ANDRÉ VIEIRA

Natureza: Reconhecimento da União de Facto por Morte do De


cujos Fernando Adriano, Reclamação de Salários e Subsídios não pagos e
informação sobre a inscrição no Instituto de Segurança Social.

I.- Factos:

1.- A Sra. Marquinha Franco André Vieira e o “de cujus”,


Fernando Adriano, iniciaram a viver em união de facto não reconhecida
desde o ano de 1973;

2.- Da constância desta relação foram gerados nove filhos, dos


quais três faleceram e seis em vida, todos de maior idade;

3.- Durante os anos em que viveu com o “de cujus”, tiveram


uma relação amena, com base no respeito mútuo, assim como também com
seus filhos, até o dia 18 de Outubro de 2012, data do seu falecimento;

4.- O “de cujus”, Fernando Adriano foi trabalhador da


Empresa de Pilotagem da Barra de Luanda (EPIBAL), desde Abril de
2003; em regime de contrato de trabalho por tempo indeterminado, com a
categoria de Marinheiro de 1.ª classe;

5.- Para além das suas funções, também era indicado pela
Requerida face a sua experiência e conhecimentos na área de mecânica,
para concertar motores avariados e manutenção das lanchas;
6.- Auferia o salário mensal de setecentos e cinquenta
dólares americanos (750,00 Usd), pagos em Kwanzas;

7.- O “de cujus”, em Novembro de 2011, no final da


jornada laboral queixava de dores no corpo, com maior incidência para a
coluna vertebral, quando chegou a casa informou a esposa de que durante o
dia trabalhou mas sentia-se mal;

8.- Daí, começou a fazer as consultas médicas


normalmente, (i) na Clínica Espírito Santo, (ii) depois na Clínica Meditex,
(iii) na Clínica Grande Muralha da China;

9.- Enquanto realizava as consultas, trabalhava


normalmente e quando não pudesse trabalhar, apresentava-se no serviço;

10.- A Empresa inicialmente apoiava no tratamento


médico que realizava nas Clínicas, mas o seu estado de saúde não
melhorava. Em função disso a Empresa deixou de pagar o tratamento,
alegando gastar avultadas somas monetárias;

11.- É assim que, o “de cujus”, iniciou outro ciclo de


consultas no hospital geral do Cazenga em Junho de 2012, mas,
apresentando-se sempre ao serviço e sobretudo quando a Direcção da
empresa o convocasse;

12.- Em Agosto do mesmo ano, é transferido para o


hospital Américo Boavida, após realizar várias análises e por orientação
médica foi internado de imediato;

13.- No dia 18 de Outubro de 2012, veio a falecer na


referida Unidade hospitalar;
14.- A Requerida reduziu o salário mensal de 77.050,00
Kz do “de cujus” para 42.050,00 Kwanzas a partir do mês de Janeiro à
Julho de 2012, último mês em que foram pagos os seus salários;

15.- Os meses de Agosto à Outubro de 2012 não foram


pagos. Não foram pagos igualmente os subsídios de férias, de natal e o
décimo terceiro mês referente ao ano de 2012, e o subsídio por morte;

16.- O “de cujus”, adquiriu a doença no serviço, por causa


da actividade profissional que exercia e estar constantemente exposto no
mar, quer no período diurno como nocturno, como também lhe serem dado
trabalhos pesados relativamente a concertos de motores de lanchas.

II.- Considerações Legais: (Enquadramento Jurídico)

1.- Não há qualquer razão litigiosa para que seja solicitada


ao Tribunal o Reconhecimento da União de facto por morte do “de cujus” ,
Fernando Adriano, porque até a data em que pereceu coabitava em união de
facto não reconhecida com a Sra. Marquinha Franco André Vieira.

2.- Está inscrito no Instituto Nacional de Segurança


Social, com cartão de segurado n.º 000302550, emitido aos 7 de Julho de
2010, o que pensamos também não haver dificuldade em fazer a inscrição
da Sra Marquinha Franco André Vieira no Instituto Nacional da Segurança
Social;

3.- Tendo adquirido a doença na empresa cujas as


actividades envolve riscos especiais e trabalho insalubre, deviam submeter
periodicamente a exames médicos, em função do local onde se exercia a
sua actividade. Artigos 6.º e 10.º do Decreto n.º 53/05, de 15 de Agosto;
4.- Dispõe o artigo 1.º, n.º 1, do Decreto n.º 53/05, de 15
de Agosto, que “ é garantido o direito à reparação de danos resultantes
de acidentes de trabalho e de doenças profissionais aos trabalhadores
por conta de outrém e seus familiares, protegidos pelo sistema de
protecção social obrigatório”;

5.- Existe pois, a obrigatoriedade dos trabalhadores serem


segurados contra os riscos resultantes de acidentes de trabalho e de doenças
profissionais após a efectivação do respectivo contrato de trabalho. A
empresa apenas tratou do cartão de seguro para o “de cujus” no dia 23 de
Fevereiro de 2013, quando o mesmo já se encontrava doente. Artigo 7.º n.º
1 do Decreto n.º 53/05, de 15 de Agosto;

6.- Todavia, a empresa deve pagar à família do “de cujus”,


os subsídios por morte e despesas de funeral, nos termos do artigo 23.º, n.º
1, al. d) do Decreto n.º 53/05, de 15 de Agosto;

7.- Deve igualmente pagar os subsídios de férias referentes


ao ano de 2012. Artigo 143.º, n.º 3 da LGT e o subsídio de natal;

8.- Pagar a diferença dos valores resultante dos salários dos


meses de Janeiro à Julho de 2012 com juros de mora de 5 por cento ao ano
desde aquela data, no valor de 29.891,00 Kz;

8.- Pagar em dobro os salários não pagos dos meses de


Agosto à Outubro de 2012. Artigo 156.º, n.º 1 da LGT.

III. - Pedido:

1.- Que sejam pagos os salários dos meses de Agosto à


Outubro de 2012, em dobro fixado em 385.250,00 Kz;
2.- Pagar igualmente a diferença resultante dos salários dos
meses de Janeiro à Julho de 2012, no valor pecuniário de 267.672,00 Kz,
com juros, fixado em 299.891,88 Kz;

3.- Pagar os subsídios de férias do ano de 2012;

3.1.- Pagar os subsídios de natal do ano de 2012;

3.2.- Pagar os subsídios por morte.

4.- A empresa EPIBE, deve dar informação sobre a inscrição


no Instituto Nacional de Segurança Social do “de cujus”.

IV. - Acções:

1.- Elaborar carta a empresa EPIBE, pedindo o descrito nos n.º


1, 2, 3 e 4 do articulado terceiro;

2.- Pedir Tentativa de Conciliação junto da Sala de Trabalho


do Tribunal Provincial de Luanda, caso a Requerida não satisfaça o pedido
formulado na carta a sí enviar. Artigo 307.º da LGT;

3.- Petição Inicial ao Tribunal Provincial da Família a requerer a


certidão de Reconhecimento da União de Facto por Morte, para se proceder
a inscrição do cônjuge sobrevivo ao Instituto de Segurança Social.

4.- Passar a Procuração em nome da Sra. Marquinha Franco


Vieira

5.- Deve trazer os seguintes documentos:

5.1.- Fotocópia do B.I. da Sra. Marquinha Franco Vieira;

5.2.- Fotocópia do B.I. do Sr. Fernando Adriano;

5.3.- Fotocópia da certidão ou boletim do óbito do Sr. Fernando


Adriano;
5.4.- Fotocópia do B.I. ou Cédula Pessoal dos filhos do casal;

5.5.- Outros documentos que eventualmente sejam necessário.

Luanda, 17 de Junho de 2013.

O Advogado Estagiário,

Miguel Nobre Alberto

MEMORANDO
Constituinte: Sra. CECÍLIA FRANCISCO DA SILVA.

Natureza: Conflito Laboral, Reclamação de Salários e Subsídio de


férias não pagos.

I.- Factos:

1.- A Sra. CECÍLIA FRANCISCO DA SILVA é funcionária do


Ministério da Educação desde Janeiro de 1975, com as funções de
Professora.

2.- Em Maio de 2008, é transferida para a Escola do 1.º ciclo


1192 (Ché Guevara), no Bairro Neves Bendinha, onde exerce as funções de
Chefe da Secretaria.

3.- No princípio do ano de 2013 foi interpelada pelo sr.


Director Administrativo para que fizesse a entrega da documentação para a
sua passagem a reforma.

4.- Após ter tratado a documentação necessária de acordo o


guião fornecido pelo Director Administrativo para requerer a pensão de
reforma por velhice, deu entrada no gabinete do Director administrativo
para ulterior tratamento.

5.- Acontece porém, não foi orientada para que cessasse as suas
funções, pelo que, continuou a trabalhar sem qualquer constrangimento.

6.- Em Maio de 2013, solicita as suas férias e, lhe foi concedido


pelo sr. Director Geral da referida escola.

7.- Aguardou, assim que processassem o salário do mês de


Junho, receber o seu subsídio de férias, mas assim não aconteceu.

8.- Aguardou o mês de Julho, também não.


9.- Surpreendentemente, no mês de Agosto viu cancelado os seus
salários e em função disso, interpelou o Director Geral que disse
desconhecer as razões e de imediato marcou um encontro com a
participação do sr. Director Administrativo.

10.- No encontro, e porque a Direcção administrativa é a responsável


pela elaboração de folhas de salários, o seu Director informou desconhecer
as razões da exclusão do nome da colega nas folhas de salários,
pressupondo que tal, dever-se ao facto do processo de reforma em curso.

11.- Após a reclamação feita ao Director Geral da Escola, o Director


administrativo entregou ao Director Geral no dia 9 de Setembro de 2013
um ofício com o n.º 1415/INSS/DSSS/SAPD/2012, datado de 12 de Julho,
e o Director no mesmo dia notificou a Sra. Cecília para tomar
conhecimento.

12.- Considerando que o procedimento da Direcção da escola não é a


mais correcta. Não obstante ter feito a entrega do processo para a reforma
por orientação da direcção administrativa, não lhe deviam cancelar o
salário sem primeiro se certificarem se havia deferimento do processo do
INSS. Quando assim acontecesse, então dariam a conhecer a Sra. Cecília
do respectivo despacho e lhe comunicar da cessão da actividade laboral e
igualmente do processamento do salário a partir do INSS.

III. - Pedido:

1.- Que seja pago o salário do mês de Agosto de 2013, por ter
estado em efectivo serviço.

2.- As férias anuais são um direito do funcionário. O período


de gozo de férias é acordado entre o funcionário e o responsável da área
neste caso a Direcção administrativa. Artigo 4.º e 6.º do Decreto-Lei n.º
10/94, de 24 de Junho. Assim sendo, deve-se pagar o subsídio de férias
referente o ano de 2013, tendo em conta que a sra Cecília foi autorizada a
gozar as f´erias pela Direcção no mês de Maio de 2013..

IV. - Acções:

1.- Elaborar carta a Delegação Provincial de Educação de


Luanda.

1.1.- Com conhecimento o Gabinete de Inspecção da


Delegação Provincial e a Direcção da Escola Ché Guevara.

2.- Passar a Procuração em nome da Sra. Cecília Francisco da


Silva.

Luanda, 17 de Junho de 2013.

O Advogado Estagiário

Miguel Nobre Alberto

Luanda, 09 de Setembro de 2013.

O Advogado Estagiário

Miguel Nobre Alberto

MEMORANDO
Constituinte: DANIEL MAURÍCIO FIEL.

Natureza: Agressão física por um agente regulador de trânsito.

I.- FACTOS

1.- No dia 18 de Agosto do ano em curso, trabalhava em serviço de


táxi como cobrador de uma viatura pertença a sua família.

2.- Por volta das 15h 48m, a viatura apresentou um problema


mecânico (falha na embraiagem), que obrigou-nos a parar junto ao
quintalão do Petro de Luanda de baixo da ponta.

3.- Ao descarregar a viatura, apareceu uma viatura da Polícia de


Trânsito de marca Toyota Hiace, com a chapa de matrícula LD-60-23-BU,
descendo da mesma um Agente regulador de trânsito. Pediu os
documentos do condutor e da viatura que lhe foi entregue de imediato.

4.- O agente de trânsito pediu para que o seguíssemos. O condutor


informou-o de que a viatura apresentou um problema na embraiagem e
teremos dificuldades de o seguir. O agente de trânsito disse para segui-los
pelo menos até até a lixeira no bairro do golf 2.

5.- Seguimos a viatura da Polícia de Trânsito até a lixeira no bairro


golf 2.

6.- O motorista foi ter com os agentes de trânsito, enquanto


conversavam, eu encontrava-me de pé encostado a nossa viatura que
estava de frente a viatura da Polícia de trânsito, com o telemóvel na mão
marquei o número da matrícula da viatura da polícia no telemóvel. Este
gesto foi observado pelo condutor da viatura da polícia de trânsito, que de
imediato reagiu chamando-me e pediu o meu telemóvel, sem hesitar
entreguei-o.

7.- Observando o telemóvel viu o número da matricula da viatura


que conduzia e indagou-me se o número da matricula que se encontrava
no telemóvel era de que viatura. Respondi-lhe que era da viatura que
conduzia. O condutor disse-me que era malandro e por esta razão iria
levar o telemóvel. Assim o fez. Pediram para que lhes seguíssemos até a
esquadra do projecto nova vida.
8.- Fomos até a esquadra do projecto nova vida e não se
encontravam. Aguardamos incansavelmente sem por lá aparecerem.
Então, começamos a procura-los na via pública, mas infelizmente
chegados ao residencial Gamek a nossa viatura não resistiu e ali estancou.

9.- Começamos a circular de táxi, dirigindo-nos novamente a


esquadra do novo vida e perguntamos a um agente informou-nos que tão
logo saímos a viatura da polícia de trânsito passou por lá e seguiram a
unidade operativa de Luanda.

10.- Então seguimos até a unidade operativa de Luanda e chegados


lá, perguntamos se a viatura com as referências que demos se encontrava
na unidade, informaram-nos de que ainda não tinha chegado a unidade.

11.- Dirigimo-nos numa outra unidade próximo da Direcção da


Logística CGPN, deparamo-nos com a mesma viatura e ao volante o
mesmo condutor a saírem, pedimos para parar, não parou continuou a
marcha.

12.- Aguardamos pacientemente até que a viatura regressou a


unidade por volta das 18h30m, e o motorista foi contactar o agente que o
recebeu os documentos. Eu posteriormente fui contactar o condutor da
viatura e o mesmo disse que não falava comigo, mas vai chamar o seu
condutor. Quando fui chamar o condutor, encontrei já na sua posse os
documentos da viatura e o meu telemóvel.

13.- Então, disse ao condutor da minha viatura para devolver o


telemóvel ao condutor agente de trânsito e assim procedeu a devolução
do artigo ao mesmo. Dirigi-me novamente ao agente condutor saber das
razões que reteu o meu telemóvel durante este tempo todo.

14.- O agente condutor arrogantemente e em resposta pegou num


objecto que não consegui identificar mas presumo que seja uma garrafa
atirou atingindo na cara e saiu da casota onde se encontrava e
esbofeteou-me na cara.

15.- Os colegas de serviço sairão e pegaram-no para que não continuasse a


espancar-me. O Oficial em serviço chamou-me e perguntou o que se
estava a passar. Expliquei ao mesmo o que de facto se estava a passar
como consequência da agressão. O mesmo aconselhou-me a receber o
telemóvel para terminar com com a confusão, não concordei. Um agente
seu colega ao lado disse-me que podia ir queixar-se onde quisesses que lá
vais encontrar polícia. Mas nada disse, fui-me embora para casa por volta
das 18h55m..
.

16.- No dia seguinte, isto é, 19 de Agosto de 2013, dirigi-me ao


Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional e orientaram para que
fosse ao Gabinete de Inspecção do referido Comando fazer a queixa.
Assim fiz.

17.- Fui atendido por um Inspector do referido Gabinete e orientou-


me para passar numa quarta feira para saber do processo. Passado no dia
orientado disseram-me que ainda não tinha Instrutor e o mesmo
Inspector pediu para passar numa segunda feira. Assim o fiz, e o Inspector
informou que ainda não há resposta, mas que devia voltar novamente
numa quarta feira feira.

18.- Passado na quarta feira o Inspector informou-me que já


localizou o agente de trânsito condutor, que já esteve no Gabinete de
Inspecção mas não foi ainda ouvido.

19.- Na minha presença o Inspector ligou para o agente condutor e


pediu-lhe para comparecer com urgência no Gabinete de Inspecção
trazendo consigo o telemóvel. Terminado o contacto pediu-me para ligar
ao Inspector ou voltar na Inspecção as 11h00 ou 12h00, receber o
telemóvel.

20. Não liguei e nem passei no mesmo dia, mas, no dia seguinte
liguei para o Inspector e disse-me que esta ausente em missão de serviço,
pediu para que ligasse um outro dia. O Instrutor do processo disciplinar é
o sr. Inspector Filho. Tel. 923439550

II.- PEDIDO:
Considerando os factos narrados, podemos observar que houve
abuso de autoridade contra um cidadão ao reter um objecto de uso
pessoal sem qualquer motivo, passível de sanção disciplinar nos termos da
lei e do regulamento da Polícia e consequentemente ter agredido
fisicamente com objecto cortante criando lesões na face do cidadão, por
sinal menor de idade. Porém deve o condutor agente de trânsito ser
responsabilizado criminalmente nos termos da lei.

III.- ACÇÕES:

- Emitir Procuração em nome de David Rodrigues da Rocha.

- Emitir Contrato de Honorários.

- Emitir recibo de Pagamento de Consulta.

- Trazer cópia do BI, fotos que retratam o estado da agressão e


outros documentos.

- Elaborar carta ao CPL/PN.

- C/Conhecimento:

CGP/PN

GI/CGPN

GI/CPL

URP/PN

- Participação criminal a DNIC

Luanda, 21 de Setembro de 2013

O Advogado,

MIGUEL NOBRE

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