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Hidrocarbonetos alifáticos
Formados por cadeias carbônicas abertas ou acíclicas, as quais possuem carbonos terminais.
Alcanos
Alcenos
Alcinos
Alcadienos
Exemplo:
cadeia alifática
2,2,4-trimetilpentano
Hidrocarbonetos cíclicos
Formados por cadeia carbônica fechada ou cíclica as quais não possuem carbonos terminais.
Ciclanos
Ciclenos
Ciclinos
Aromáticos
Exemplos:
cadeias aromáticas
Quanto às ligações das cadeias carbônicas, sejam elas simples, duplas ou triplas:
Hidrocarbonetos saturados
Os compostos são formados por ligações simples entre os átomos de carbono e hidrogênio.
Alcanos
Ciclanos
Exemplo:
Metilciclopentano
Metilciclopentano
Hidrocarbonetos insaturados
Alcenos
Alcinos
Alcadienos
Ciclenos
Ciclinos
Aromáticos
1-penteno
Nomenclatura dos hidrocarbonetos
⇒ 1° passo: fazer a contagem dos carbonos da cadeia principal, que é a sequência com mais
carbonos e que contém as insaturações. A contagem deve iniciar-se pela extremidade mais
próxima das insaturações; se não houver insaturações, começar pelo lado mais próximo das
ramificações. O prefixo da nomenclatura é determinado pela quantidades de carbonos na cadeia
principal.
• 1 carbono: met-
• 2 carbonos: et-
• 3 carbonos: prop-
• 4 carbonos: but-
• 5 carbonos: pent-
• 6 carbonos: hex-
• 7 carbonos: hept-
• 8 carbonos: oct-
• 9 carbonos: non-
• 10 carbonos: dec-
Exemplos:
CH4 → Metano
CH3-CH3 → Etano
CH3-CH2-CH3 → Propano
CH3-CH2-CH2-CH3 → Butano
⇒ 2° passo: verificar se há ramificações; se houver, nomear e indicar em qual posição (em qual
carbono se encontra). O nome e posição dos radicais vêm antes do prefixo do composto e,
quando houver mais de um radical, deverá aparecer em ordem alfabética. A nomenclatura do
radical será dada por prefixo indicando o número de carbonos + terminação “il ou ila”. Se houver
duas ramificações iguais, usa-se o termo “di” antes do nome do radical.
Exemplos:
→ 2,3-dimetil-pentano
→ 3-etil-pentano
→ 2-etil-3-metil-butano
⇒ 3° passo: verificar se há insaturações e, se houver, localizar em que carbono se encontra a
insaturação, acompanhado do sufixo do composto, que será de acordo com a saturação da cadeia.
- Insaturadas:
Exemplos:
CH2=CH2 → Eteno
CH2=C=CH2-CH3 → But-1,2dieno
Exemplos:
→ Ciclopropano
→ 2-metil-ciclobuteno
Reações de substituição, em geral, são aquelas em que há troca de pelo menos um átomo de
hidrogênio da molécula de um hidrocarboneto por um grupo substituinte.
O benzeno também pode reagir com ácido nítrico em presença de ácido sulfúrico (H2SO4) que,
sendo um ácido mais forte que o HNO3, faz com que este se comporte como base de Lewis,
recebendo um próton do H2SO4. Veja a equação que representa o processo:
Observação: As duas setas indicam que o halogênio (Bromo) pode substituir qualquer hidrogênio
da estrutura.
Repare que um dos átomos de hidrogênio presentes no anel benzeno foi substituído por um
átomo de Cloro, este pode ocupar tanto a posição orto como a para, daí os produtos: o-
clorobenzeno ou p-clorobenzeno.
Existem quatro tipos principais de reações orgânicas de adição: adição de hidrogênio
(hidrogenação), adição de halogênio (halogenação), adição de haletos de hidrogênio (hidro-
halogenação) e adição de água (hidratação). Vejamos cada uma delas:
A molécula orgânica reage com o gás hidrogênio (H2) na presença de algum catalisador, como o
níquel metálico, a platina ou o paládio, e os dois hidrogênios ligam-se a cada um dos carbonos
que realizavam a ligação pi:
Essa reação também é chamada de reação de Sabatier-Sederens porque foi o químico Paul
Sabatier que a descobriu em 1897. Com a ajuda de seu assistente, o químico Abbé Jean-Baptiste
Senderens, Paul Sabatier ampliou o uso desse tipo de reação.
As reações de hidrogenação são muito usadas na produção de gorduras hidrogenadas. A
margarina é um exemplo, pois a hidrogenação de óleos vegetais (que são predominantemente
insaturados) resulta nessas gorduras (que são predominantemente saturadas).
Exemplo:
Essas reações seguem a Regra de Markovnikov, que diz que o hidrogênio de haleto de alquila
junta-se ao carbono da dupla ou tripla ligação que é mais hidrogenado, ou seja, que tem uma
maior quantidade de hidrogênios ligados a ele; enquanto o halogênio do HX liga-se ao carbono
da dupla ou da tripla ligação que é menos hidrogenado.
seguir. Esse produto adicionado sucessivamente forma o polímero PVC (policloreto de vinila),
que é usado na fabricação de embalagens, calçados, frascos para cosméticos, fios, cabos, tubos,
conexões, laminados, dispositivos médicos, discos de vinil etc.
Álcoois são compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional hidroxila (─ OH) preso a
um ou mais carbonos saturados.
Álcoois são compostos orgânicos que apresentam em sua cadeia carbônica o grupo hidroxila (–
OH) ligado a um carbono saturado. A estrutura básica de um álcool está mostrada a seguir:
Grupo funcional
Os álcoois são substâncias que possuem o grupo hidroxila (OH) ligado a um átomo de carbono
saturado. Portanto, o seu grupo funcional é:
Observe que o carbono ao qual a hidroxila está ligada tem que ser saturado, ou seja, realizar
apenas ligações simples com outros átomos de carbono ou hidrogênio, pois se tal carbono
apresentar uma dupla ligação com outro carbono, então não teremos um álcool, mas sim um
enol. Além disso, se a hidroxila estiver ligada a um anel aromático, teremos um fenol
Classificação dos Alcoóis
Os Alcoóis são compostos que se caracterizam pela presença do grupo OH (Hidroxila) ligado à
cadeia saturada de carbonos.
Existem muitas maneiras de classificar os alcoóis, uma delas é através do número de Hidroxilas
ligadas:
1 - Propanol
1,2 - Propanol
Poliálcool: classificação dada aos alcoóis que possuem mais de dois grupos OH ligados à cadeia
carbônica.
Glicerol: tri-álcool com três carbonos.
Os monoálcoois podem ainda ser classificados de acordo com a posição que ocupam na cadeia
carbônica.
Álcool primário: classificação dada ao álcool cuja hidroxila está ligada a carbono primário.
Etanol
2 – Propanol
2 – metilpropanol
Exemplos:
Observe que, quando necessário, deve-se enumerar de qual carbono a hidroxila está saindo.
No caso abaixo, temos um álcool ramificado. Assim, é necessário escolher a cadeia principal,
que tem que ser aquela que contém mais carbonos e na qual esteja a hidroxila. Além disso, a
numeração deve ser o mais próximo possível do grupo funcional (OH). As ramificações são as
primeiras a serem citadas:
Esses álcoois citados são, na verdade, monoálcoois ou monois. Quando temos poliálcoois, ou
seja com mais de uma hidroxila, é necessário colocar prefixos que indiquem a quantidade, como
di, tri, etc. Observe o exemplo abaixo:
Nomenclatura Usual:
Assim, temos:
Nomenclatura de Kolbe:
Essa nomenclatura é bem antiga e foi inventada por este cientista, Kolbe, que denominou o
metanol de carboinol. Assim, é só citar o restante da molécula e adicionar a palavra carbinol:
Os álcoois primários e saturados de cadeia normal com até onze carbonos são líquidos incolores.
Os álcoois de até três carbonos possuem cheiro agradável e à medida que a cadeia carbônica
aumenta, esses líquidos vão se tornando viscosos, menos voláteis e menos solúveis em água.
Quanto maior o número de grupos (-OH), mais intensas serão as interações intermoleculares e
maiores serão os pontos de fusão e ebulição dos álcoois.
O grupo (-OH) dos álcoois é a sua parte mais reactiva, e estes compostos podem reagir de duas
maneiras:
No segundo caso, sendo o grupo (-OH) um péssimo abandonador, ou seja, difícil de retirar de
uma molécula, geralmente utiliza-se protonar o grupamento, para facilitar a sua saída. Estudando
o comportamento químico dos álcoois, pode-se conhecer muito do comportamento químico do
grupo hidroxila em outros compostos.
Os álcoois funcionam como substâncias anfóteras, isto é, comportam-se às vezes como ácidos e
às vezes como base, ambos muito fracos. Isso vai depender principalmente da natureza do outro
reagente.
A acidicidade dos álcoois se deve ao facto de existir um hidrogênio ligado a um átomo muito
eletronegativo, o oxigênio.
O caráter ácido dos álcoois segue a seguinte ordem de intensidade: álcool primário > álcool
secundário >álcool terciário.
Isso ocorre por causa do efeito indutivo +I do grupo alquilo. Quanto mais radicais existirem,
maior será a densidade eletrônica no oxigênio, e mais fortemente ligada estará o hidrogênio.
H3C – CH2 – OH + H3C – CH2 – COOH → H3C – CH2 – CO-O-CH2 – CH3 + H2O
Propanoato de etilo
H3C – CH2 – OH + H3C – CH2 – CO-Cl → H3C – CH2 – CO-O-CH2 – CH3 + HCl(g)
Propanoato de etilo
Bromo etano
c) Por ácidos
nitrato de etilo
3º Reacção de eliminação
Cloro etano
É eliminaçãode uma molecula da agua na reacção entre duas moleculas de álcoois, produzindo
um éter.
H3C – CH2 – OH + H3C – CH2 – OH →(Al2O3/240 ̊C)→ H3C – CH2 –O-CH2 – CH3
+ H2O
4º Reacção de reducção
etanol etano
5º Reacção de oxidação
etanol etanal
2propanol propanona
etanol etanal
2propanol propanona
6º Reacção de combustão
Nas reacções de combustão, os álcoois desprendem muita energia em forma de calor devido a
que o etanol e outros têm grandes aplicações como combustíveis.
2. Redução de aldeídos ou cetonas: Aldeídos e cetonas podem ser reduzidos usando um agente
redutor, como hidreto de sódio (NaH) ou hidreto de lítio e alumínio (LiAlH4), para formar
monoálcoois. Por exemplo, a redução do etanal resulta no etanol:
- Produção de ésteres: Monoálcoois são utilizados na produção de ésteres, que têm diversas
aplicações em perfumaria, indústria de alimentos e como solventes especiais.
Etilenoglicol – aplicação
Devido ao amplo uso na indústria automotiva, vale a pena se perguntar: o que é etilenoglicol e
quais são seus usos e propriedades. O etilenoglicol é amplamente utilizado em muitas aplicações
industriais e comerciais. Este produto também aparece em vários produtos domésticos populares,
como detergentes , cosméticos , tintas e solventes para plásticos . Outras aplicações do glicol são:
produção de fibras de vidro para produtos como motos aquáticas, banheiras e bolas de boliche.
produção de tinta para canetas e outros tipos de tintas. O etilenoglicol aumenta a viscosidade da
tinta e reduz a probabilidade de sua evaporação.
Produção de Glicerol
Todo o glicerol produzido no mundo, até 1949, era proveniente da indústria de sabão.
Atualmente, 70% da produção de glicerol nos Estados Unidos ainda provém dos glicerídeos
(óleos e gorduras naturais) e, o restante, da produção do glicerol sintético (subproduto da
fabricação de propileno), da produção de ácidos graxos e também como subproduto da
transesterificação de ésteres, onde é substituída como álcool ligado aos de ácidos graxos pelo
metanol ou etanol, resultando em biodiesel.
Aplicações
O glicerol é reconhecido como seguro para o consumo humano desde 1959, podendo ser
utilizado em diversos produtos alimentícios para os mais diversos propósitos. Os níveis de DL50
em ratos são de 470 mg/kg e em porquinhos-da-índia de 7750 mg/kg. Vários estudos mostraram
que uma grande quantidade de glicerol (sintético ou natural) pode ser administrada sem
aparecimento de qualquer efeito adverso à saúde.
Alimentos e bebidas
produção de polímeros, como poliglicerol, que são adicionados em margarinas (E475 e E476);
meio facilitador da transferência de calor, por estar em contato direto com o alimento, permitindo
que algum alimento específico seja rapidamente resfriado para que não perca algumas
características desejáveis.
Uma colher de chá de glicerol tem aproximadamente 27 kcal e tem um poder adoçante
equivalente a 60% da sacarose (açúcar de cana). Embora o glicerol apresente aproximadamente o
mesmo nível energético obtido pelo açúcar comum, ele não eleva os níveis de açúcar no sangue
(veja glicemia) e também não alimenta as bactérias que causam a cárie. Em sua forma
concentrada ele jamais deve ser consumido, pois ocasiona a retirada de água dos tecidos vivos
causando problemas gástricos. Como aditivo alimentar, ele é reconhecido pelo número E - E422,
pertencendo à classe dos espessantes, estabilizadores, gelificantes e emulsionantes. Quando
presente em alimentos, ele é facilmente digerido como se fosse um carboidrato.
Medicamentos
Pomadas;
Elixires, xaropes;
Anestésicos;
Seus derivados são utilizados como tranquilizantes e agentes para controle da pressão, como a
nitroglicerina, que é um importante vasodilatador;
Em cosméticos ele entra em muitos cremes e loções que mantém a maciez e umidade da pele;
Em cremes dentais, é comum ser utilizado para conferir-lhe brilho, suavidade e viscosidade.
Outras aplicações
Na indústria de resina o glicerol é usado na produção de resinas. O grupo hidróxido deste álcool
reage com o grupo carboxílico dos ácidos resínicos formando um éster de glicerina (éster de
colofónia). Estes ésteres são cada vez mais utilizados no fabrico de adesivos;
Na produção de tabaco. Entre eles:, quando as folhas são quebradas e empacotadas, o glicerol é
pulverizado impedindo que as mesmas se tornem secas e quebradiças, o que poderia ocasionar o
esfarelamento;[11]
O glicerol é utilizado também na indústria de papel na fabricação de alguns papéis especiais, que
necessitam de alguns agentes plastificantes para conferir-lhes maleabilidade e tenacidade;
Pode ser utilizado como lubrificante em máquinas que fabricam produtos alimentícios, que
entram em contato direto com o alimento ou, quando existir qualquer tipo de incompatibilidade
com os produtos utilizados no processo, tais como em rolamentos expostos a solventes como
gasolina ou benzina, que poderiam dissolver o óleo mineral;
combustível.[13]
Existem algumas formas de utilização para hidratação caseira com glicerina no cabelo.
Fenois
Os fenóis são compostos orgânicos que possuem o grupo hidroxila (OH) ligado diretamente a um
carbono do anel aromático. O seu grupo funcional é também o seu composto mais simples, isto
é, o hidroxibenzeno, também chamado de benzenol e de fenol comum.
Industrialmente, vários processos foram desenvolvidos para obter fenóis, sendo a obtenção a
partir do hidroperóxido de cumeno a mais usada mundialmente:
Os fenóis são compostos orgânicos que possuem um grupo funcional hidroxila (-OH) ligado
diretamente a um anel aromático. Eles têm várias propriedades químicas distintas e são usados
em diversas aplicações. Aqui estão algumas informações sobre as propriedades químicas e
aplicações dos fenóis:
Propriedades Químicas:
1. Acidez: Os fenóis são ácidos fracos, pois o grupo hidroxila é capaz de doar um próton (H+)
em solução aquosa. Essa acidez é caracterizada pelo pKa, que determina a força do ácido
fenólico em doar um próton.
2. Reações de substituição eletrofílica: Devido à presença do anel aromático, os fenóis são
facilmente sujeitos a reações de substituição eletrofílica, onde substituintes podem ser
adicionados ao anel aromatico através de um mecanismo de reação específico.
3. Oxidação: Os fenóis podem ser oxidados com facilidade, geralmente por agentes oxidantes
fortes, formando quinonas. A reação de oxidação dos fenóis é muito útil na síntese de compostos
orgânicos.
Aplicações:
2. Produção de resinas fenólicas: Os fenóis são usados na produção de resinas fenólicas, como a
baquelite, que são amplamente utilizadas na fabricação de plásticos, isolantes elétricos e
revestimentos.
4. Indústria de corantes: Alguns fenóis são usados na produção de corantes, tintas e pigmentos
para tingir tecidos, plásticos e outros materiais.
Essas são apenas algumas das aplicações dos fenóis. Sua versatilidade e propriedades químicas
únicas os tornam importantes na indústria química, farmacêutica e em outras áreas.
Éteres
Éteres são compostos orgânicos caracterizados pela presença de um átomo de oxigênio (O)
ligado a dois radicais monovalentes alquila, ou seja, hidrocarbonetos (grupos orgânicos).
Formula geral
Grupo funcional
R – O – R’
De acordo com a IUPAC, existem duas maneiras de nomear os éteres. A mais utilizada segue o
esquema a seguir:
ou
Exemplos:
Usual (não oficial): ÉTER + ETIL – (ETIL)ICO → éter dietílico ou éter etílico
Observação: quando dois radicais forem iguais, não é obrigatório usar o prefixo di.
O mais importante nesses casos é saber identificar o grupo (metil, etil, etc.) de cada “lado” do
átomo de oxigênio.
Aminas e amoras
Aminas e amidas são duas das funções nitrogenadas mais comuns, ou seja, são compostos
orgânicos que contêm átomos de nitrogênio na cadeia carbônica.
Formula geral
"As amidas são formadas por um nitrogênio ligado diretamente a uma carbonila ou grupo acila
(R-C=O). A dupla ligação entre o carbono e o oxigênio e a possibilidade da movimentação dessa
dupla para o nitrogênio conferem à molécula geometria planar, diferentemente das aminas, que
possuem geometria piramidal."
Classificação das Aminas
Aminas primárias
Aminas secundárias
Aminas terciárias
Nomenclatura das Aminas
Quando houver mais de um grupo orgânico ligado ao nitrogênio, os nomes desses radicais
devem ser escritos em ordem alfabética. Exemplos:
Aminas primárias
Aminas secundárias
Existe uma outra forma para nomear as aminas primárias, também aceita pela IUPAC, que
consiste em acrescentar o sufixo -amina a fim de identificar a presença do grupo – NH2, que é
sempre o ponto de referência para numerar a cadeia. Exemplos:
Podemos também utilizar uma terceira forma não oficial para nomear as aminas primárias, em
especial aquelas que apresentam cadeias carbônicas complexas, onde o grupo – NH2, são
denominados amino e são considerados substituintes do átomo de hidrogênio ligado a um
carbono da cadeia carbônica principal. Exemplos:
Aminas Aromáticas
No caso acima, o N quer dizer que o grupo metil se encontra ligado diretamente ao nitrogênio, e
não ao anel aromático.
As aminas têm pontos de fusão e ebulição mais baixos do que os álcoois. Assim, a etilamina
ferve a 17ºC, enquanto o ponto de ebulição do etanol é 78ºC.
CH 3 CH 2 OH P.b. = 78ºC
CH 3 CH 2 NH 2 P. eb. = 17ºC
Triglicerídeos (Lipidos)
Os triglicerídeos são os lipídios mais abundantes na natureza e estão conformados por glicerol e
três ácidos graxos, unidos mediante ligação éster.
Estrutura Geral
Óleos e Gorduras
Óleos: são líquidos em condições ambientes, pois são derivados de ácidos graxos insaturados
(possuem ligações duplas).
Alguns exemplos são:
- óleos vegetais: de oliva (azeite), milho, soja, amendoim, canola, linhaça e girassol.
Exemplos de gorduras:
Aplicações
Os triglicerídeos são um tipo de lipídio, que são compostos orgânicos insolúveis em água e
solúveis em solventes orgânicos como o éter ou o álcool. Os triglicerídeos são a forma mais
comum de lipídios encontrados nos alimentos e no corpo humano. Eles são compostos por três
ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol. As aplicações dos triglicerídeos incluem:
1. Armazenamento de energia: Os triglicerídeos são a principal forma de armazenamento de
energia em organismos vivos, sendo encontrados nas células adiposas do corpo humano e em
plantas. Eles são uma fonte eficiente de energia, fornecendo cerca de duas vezes mais calorias
por grama em comparação com carboidratos ou proteínas.
Essas são algumas das principais aplicações dos triglicerídeos. Sua versatilidade e propriedades
únicas tornam-nos uma parte essencial das indústrias de alimentos, cuidados pessoais, energia e
produtos químicos.
Ácidos gordos saturados e insaturados
Os ácidos gordos saturados não apresentam ligações duplas carbono-carbono e são designados de
acordo com o número de átomos de carbono e com o sufixo -óico do ácido carboxílico
correspondente. A fórmula geral é CH3-(CH2)n-COOH, em que n varia, em geral, de 2 a 22. Por
exemplo, o ácido gordo de 16 átomos de carbono CH3(CH2)14COOH é designado por ácido
hexadecanóico de acordo com a IUPAC; no entanto, a designação mais comum é a de ácido
palmítico enquanto que na nomenclatura simplificada este ácido gordo representa-se por 16:0.
Os ácidos gordos saturados mais abundantes nos lípidos do pescado são o mirístico (14:0) (20 a
30 %), o palmítico (16:0) (60 a 70 %) e o esteárico (18:0) (5 a 10%).
Tendo em conta o número de insaturações, estes ácidos gordos podem ser mono ou
polinsaturados. Os ácidos gordos monoinsaturados caracterizam-se por terem apenas uma
ligação dupla, variando o número de átomos de carbono entre 10 e 30. O ácido gordo
monoinsaturado mais abundante é o oleico, cuja fórmula estrutural é
CH3(CH2)7CH=CH(CH2)7COOH, também designado por 9-octadecenóico, e descrito em
nomenclatura abreviada por 18:1w9 (ou 18:1n9).
Nos produtos da pesca, os ácidos gordos monoinsaturados mais abundantes nos lípidos são,
normalmente, o ácido palmitoleico (16:1w7) e o ácido oleico (18:1w9).
Nos peixes, o 20:5w3 (EPA, ácido eicosapentaenóico) e 22:6w3 (DHA, ácido docosahexaenóico)
são os ácidos gordos polinsaturados mais importantes, constituindo cerca de 90 % do total destes
compostos.
Sabões e detergentes
sabões e os detergentes são compostos constituídos por longas cadeias carbônicas apolares,com
uma extremidade polar. A figura a seguir representa uma estrutura típica de um sabão:
Reações de saponificação
Em termos gerais, a reação de saponificação ocorre quando um éster em solução aquosa de base
inorgânica origina um sal orgânico e álcool.
A Reação de saponificação também é conhecida como hidrólise alcalina, através dela é que se
torna possível o feitio do sabão. Falando quimicamente, seria a mistura de um éster (proveniente
de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio) para se obter sabão (sal orgânico).
A equação acima representa a hidrólise alcalina de um óleo (glicerídeo). Dizemos que é uma
hidrólise em razão da presença de água (H2O) e que é alcalina pela presença da base NaOH
(soda cáustica). O símbolo ∆ indica que houve aquecimento durante o processo. Produtos da
reação de Saponificação: sabão e glicerol (álcool).
Detergentes (actuação de sabões detergentes na limpeza)
A água sozinha não consegue remover a gordura dos materiais. Isso acontece porque a água é
polar, conforme mostrado na imagem abaixo, em virtude da diferença de eletronegatividade que
existe entre os átomos de hidrogênio e oxigênio de suas moléculas. Por outro lado, a gordura é
apolar e, por isso, a água não dissolve as gorduras.
Além disso, a água possui algo chamado de tensão superficial. Você poderá entender melhor
sobre isso no texto Tensão Superficial da Água, mas, basicamente, trata-se de uma espécie de
película ou membrana elástica que se forma na superfície da água, que a impede de penetrar em
tecidos e outros materiais para remover a sujeira. As moléculas de água atraem-se em todas as
direções por meio de ligações de hidrogênio, mas as moléculas da superfície só interagem com
moléculas do lado e abaixo, criando uma diferença de forças de coesão, que faz com que as
moléculas da superfície contraiam-se e formem essa tensão superficial.
É aí que entram os sabões e detergentes (do latim detergere = limpar), que são também chamados
de agentes tensoativos, pois possuem a capacidade de diminuir a tensão superficial da água e,
além disso, interagem tanto com a água quanto com a gordura. Como isso ocorre?
Os sabões e detergentes possuem sais de ácidos graxos, que são longas moléculas formadas por
uma parte apolar (que é hidrofóbica – hidro = água; fobos = aversão) e uma extremidade polar
(hidrófila – hidro = água; filos = amigo). Abaixo temos uma estrutura típica de um sabão:
Aminoácidos
Aminoácidos são compostos de carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e nitrogênio (N) -
também chamado de azoto em Portugal - e alguns contêm enxofre (S), como a metionina e a
cisteína.[1] A estrutura geral dos aminoácidos apresenta um grupo amina e um grupo carboxilo.
[2]
Aminoácidos básicos: Apresentam substituintes com o grupo amino. São hidrófilos Arginina:
{{{1}}}- CH (NH2)- COOH Lisina: NH3-CH2-CH2-CH2-CH2- CH (NH3)- COOH Histidina:
H-(C3H2N2)-CH2- CH (NH2)- COOH.
Ligação Peptídica
As ligações peptídicas são ligações químicas covalentes (ligações moleculares) que ocorrem
entre dois ou mais peptídeos, através da reação entre um ácido carboxílico (-COOH) e um grupo
amima (-NH2), liberando uma molécula de água (H2O) num processo denominado de síntese de
desidratação. Assim, um hidrogênio (H) proveniente do grupo amina se une com uma hidroxila
(-OH) do grupo carboxílico, formando a molécula de água.
Por outro lado, para quebrar ou desfazer uma ligação peptídica basta adicionar uma molécula de
água que ocorrerá o processo inverso à desidratação, denominado de hidrólise.
Vale lembrar que os peptídeos são biomoléculas formadas por dois ou mais aminoácidos e a
união de muitos peptídeos compõem as proteínas. Em resumo, as ligações peptídicas formam as
proteínas, essenciais para o bom funcionamento do corpo.
A formação de peptídeos e proteínas ocorre por meio de uma reação chamada de ligação
peptídica. Essa reação ocorre entre o grupo amino (NH₂) de um aminoácido e o grupo carboxila
(COOH) de outro aminoácido, liberando uma molécula de água.
Quando diversos aminoácidos se ligam dessa forma, formam um peptídeo. E quanto mais
aminoácidos se ligam, maior é a cadeia peptídica formada. Já uma proteína é uma molécula
composta por uma ou mais cadeias peptídicas, que adquirem uma estrutura tridimensional
específica.
Essa estrutura tridimensional da proteína é fundamental para seu funcionamento e determina suas
propriedades biológicas. A sequência dos aminoácidos na cadeia peptídica é responsável pela
formação dessa estrutura tridimensional, que pode ser dobrada em helicoides, folhas beta e
outras estruturas complexas.
Carboidratos
(CH2O)n
Monossacarídeos
Monossacarídeos são carboidratos não polimerizados, por isso, não sofrem hidrólise. Possuem
em geral entre três e sete átomos de carbono. O termo inclui aldoses, cetoses, e vários derivados,
por oxidação, desoxigenação, introdução de outros grupos substituintes, alquilação ou acilação
das hidroxilas e ramificações.
Dissacarideos
Dissacarídeos, dissacáridos ou dissacarídios são cadeias orgânicas constituídas por duas unidades
de monossacarídeos unidos por uma ligação glicosídica. A variação entre as unidades de
monossacarídeos garante a existência de um grande sortimento de dissacarídeos sintetizados
pelos seres vivos.
Polissacarídeos
Polissacarídeos, ou glicanos, são carboidratos que, por hidrólise, originam uma grande
quantidade de monossacarídeos. São polímeros naturais. Por exemplo, a celulose é um polímero
da glicose: n glicose → Celulose + H₂O Os polissacarídeos são então macromoléculas formados
pela união de muitos monossacarídeos.
Amido e celuse
O amido e a celulose são dois tipos de carboidratos encontrados em plantas. Embora sejam
ambos polissacarídeos, possuem diferenças estruturais e funções distintas.
O amido é uma substância de reserva de energia nas plantas. Ele é composto por uma cadeia de
moléculas de glicose e pode ser dividido em duas formas principais: amilopectina, que é uma
estrutura ramificada, e amilose, que é uma estrutura linear. O amido é facilmente digerido e
quebrado em glicose pela ação de enzimas presentes no trato digestivo dos animais, incluindo os
humanos.
Por outro lado, a celulose é um componente estrutural das paredes celulares das plantas. Ela é
formada por uma cadeia longa e linear de moléculas de glicose, que estão fortemente ligadas
entre si por ligações glicosídicas. A celulose é um componente fibroso e resistente, conferindo
rigidez e suporte às células vegetais. Diferente do amido, a celulose não pode ser digerida pela
maioria dos animais, incluindo os humanos, devido à falta de enzimas necessárias para quebrar
suas ligações químicas. No entanto, a celulose desempenha um papel importante na saúde
intestinal, fornecendo fibras alimentares que auxiliam no bom funcionamento do sistema
digestivo.
Em resumo, o amido é uma fonte de energia facilmente digerível, enquanto a celulose é um
componente estrutural que fornece fibra alimentar e suporte estrutural para as plantas.