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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA – UniFOA

ENGENHARIA MECÂNICA

EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS E DE PROCESSOS

ARTHUR GIRANDA KELMER MATEUS - 201620552


ERIC COSTA MEHL – 201610339
PEDRO HENRIQUE RODRIGUES DE CAMPOS – 201620561

RETENTORES INDUSTRIAIS

VOLTA REDONDA
2022
Sumário

Introdução............................................................................................................................................................................. 5
Como funciona um retentor?................................................................................................................................................. 6
Surgimento do Retentor......................................................................................................................................................... 6
A Importância do Retentor..................................................................................................................................................... 7
Construção do Retentor......................................................................................................................................................... 8
Borracha........................................................................................................................................................................... 8
Nitrílica (NBR)................................................................................................................................................................... 9
Poliacrílica (ACM).............................................................................................................................................................. 9
Silicone (MVQ).................................................................................................................................................................. 9
Fluorelastômero (FPM)..................................................................................................................................................... 9
PTFE.................................................................................................................................................................................. 9
Processo de Adesão por Plasma...................................................................................................................................... 10
Processo Plasma............................................................................................................................................................. 10
Conhecendo o Retentor....................................................................................................................................................... 12
Vedação Principal........................................................................................................................................................... 12
Mola............................................................................................................................................................................... 12
Vedação Auxiliar............................................................................................................................................................. 12
Carcaça........................................................................................................................................................................... 12
Costas............................................................................................................................................................................. 12
Diâmetro Externo............................................................................................................................................................ 13
Efeito Hidrodinâmico........................................................................................................................................................... 14
Tipos de Retentor...................................................................................................................................................................... 15
Tipos Básicos........................................................................................................................................................................ 15
O Significado de Cada Letra....................................................................................................................................................... 19
Montagem................................................................................................................................................................................ 20
Remoção.............................................................................................................................................................................. 20
Inspeção.............................................................................................................................................................................. 20
Limpeza............................................................................................................................................................................... 21
Lubrificação do Eixo............................................................................................................................................................. 21
Lubrificação.......................................................................................................................................................................... 22
Aplicação............................................................................................................................................................................. 23
Cuidados na montagem do retentor..................................................................................................................................... 24
Cuidado com a Mola....................................................................................................................................................... 24
Análise dos Defeitos.................................................................................................................................................................. 25
Vazamentos.................................................................................................................................................................... 25
Analise o Retentor.......................................................................................................................................................... 25
Analise o Alojamento...................................................................................................................................................... 25
Analise a Vedação Principal............................................................................................................................................. 25
Tabela de tolerâncias................................................................................................................................................................ 26
Aplicação.................................................................................................................................................................................. 27
Conclusão.................................................................................................................................................................................. 29
Introdução
De forma resumida: o retentor é um elemento de vedação com função de
reter óleos, graxas, sujeiras e demais fluídos em um sistema com eixos.
Dessa forma, protegem o sistema de uma contaminação que prejudique o
trabalho da máquina. Ou seja, o que precisa ficar dentro do sistema (como os
lubrificantes), fica. Já o que precisa ser evitado, como a sujeira, fica de fora.
São encontrados em incontáveis materiais. Os de borracha são uns dos
principais modelos, utilizados em peso em uma variedade de funções por toda
indústria.

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Como funciona um retentor?

Antes de mais nada, a principal função de um retentor é reter diferentes tipos


de fluídos, como óleos e graxas que precisam ser contidos na parte interior de
um equipamento. Com isso, é possível evitar a entrada de resíduos e
impurezas do exterior. Entre os principais exemplos estão areia, poeira e terra.

Em outras palavras, o retentor cumpre a função de vedação em condição


estática, em máquina parada, e na condição dinâmica, de máquina em
movimentação. Além disso, ele atua também na variedade de condições de
temperatura e de meio externo conforme as projeções feitas para a máquina
inicialmente. Assim, a vedação acontece pelo contato entre a aresta do lábio de
vedação e o ponto de eixo da máquina.

Surgimento do Retentor

Há muito tempo o homem aprendeu que a utilização de um lubrificante reduz o


atrito entre o eixo e o cubo da roda.
Na Roma Antiga, utilizavam-se cordas untadas em banha animal. Mas o
grande problema era manter este lubrificante no lugar e não deixar acumular
sujeira.
Com o passar do tempo, apareceram novas soluções, como reservatórios para
manter a lubrificação contínua, retentores de feltro e, mais tarde, os retentores
de couro.
Só que os veículos e as máquinas evoluíram tão rápido que os problemas de
vedação ficaram cada vez mais complexos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os retentores de couro foram impregnados
com borracha natural, até que por volta dos anos 1950, chegou a borracha
sintética. Nos dias de hoje, com a evolução dos motores, aumentou a rotação e
a temperatura nos retentores, obrigando ao desenvolvimento de novos
materiais, sistemas de qualidade e, principalmente, novas tecnologias como
você verá a seguir.

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A Importância do Retentor

A principal função dos retentores é reter: o que está dentro não sai e o que está
fora não entrar. Assim, o retentor mantém óleo, graxa e outros tipos de fluidos
que devem ser contidos no interior de uma máquina e evita a entrada de
impurezas do meio externo como terra, areia, poeira etc.
Os retentores estão presentes no nosso dia a dia e são utilizados nos mais
variados equipamentos. Desde carros, caminhões, ônibus, motocicleta,
máquinas agrícolas, até eletrodomésticos, aviões e máquinas industriais.

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Construção do Retentor

Borracha

Existem dois tipos de borracha, a natural e a sintética.


Nos retentores são utilizados borrachas sintéticas, de quatro tipos diferentes:

Nitrílica (NBR);

Poliacrílica (ACM);

Silicone (MVQ);

Fluorelastômero (FPM).

Cada tipo de borracha sintética tem resistência química diferente. Assim, o


retentor escolhido tem que ser compatível com o fluido que será vedado.
Outros fatores que determinam a escolha da borracha são a temperatura e a
velocidade de rotação do eixo.

A Sabó tem equipamentos de última geração para controlar a qualidade da


matéria-prima, desde a formulação da borracha – feita pela Engenharia de

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Materiais – até a formação da massa, quando a borracha recebe aditivos que
melhoram a resistência química e diminuem o atrito do produto.

Após esta fase, a borracha passa pelo processo de vulcanização para moldar-se
à carcaça.
Assim, a borracha ganha forma definida, torna-se mais forte e não solúvel, está
formado o retentor. Você verá a seguir as qualidades de cada borracha e as
recomendações para os diferentes fluidos.

Nitrílica (NBR)

A maior parte dos retentores são de borracha nitrílica. Sua faixa de resistência
térmica vai de -40 ºC a 100 ºC, podendo atingir até 110 ºC no pico. A borracha
nitrílica é compatível com óleos minerais, graxas, óleo diesel e água.

Poliacrílica (ACM)

A base desta borracha é o acrílico. Sua faixa de temperatura vai de -40 ºC a


130 ºC. A borracha poliacrílica é compatível com óleos de transmissão e de
motor.

Silicone (MVQ)

O silicone suporta temperaturas de -65 ºC a 150 ºC. Compatível com óleo e


água, é utilizado principalmente para vedar óleos de motor.

Fluorelastômero (FPM)

A Sabó foi uma das primeiras empresas do mundo a utilizar o fluorelastômero


como matéria-prima para retentores. O fluorelastômero é a mais nobre das
borrachas apresentadas até aqui e seu processo de fabricação, o mais
complexo.
Sua faixa de temperatura vai de -35 ºC a 180 ºC. Graças a sua estabilidade, é
um ótimo vedador de óleos e combustíveis.

PTFE

Além das borrachas sintéticas, outros materiais podem ser aplicados nos
sistemas de vedação, como o “PTFE” (Poly Tetra Fluor Etileno), o popular
“Teflon”. Atualmente, os retentores têm uma nova concepção de trabalho: os
sistemas integrados de vedação que proporcionam ao aplicador maior rapidez
e eficiência nas reparações dos motores.
Esta grande evolução do produto aconteceu graças à evolução da matéria-
prima.

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O material de PTFE pode suportar até 300 ºC de temperatura positiva e 260 °C
de temperatura negativa, muito mais que qualquer outro elastômero.

Processo de Adesão por Plasma

Objetivo:

Através do tratamento de plasma promover uma superfície uniforme em um


determinado material, para facilitar o ancoramento de outro material nesta
superfície.

Conceito de Plasma:

O processo de Tratamento por plasma ocorre através da ionização de um gás.


Isto significa que os átomos do gás são divididos em íons e elétrons, para que
este processo ocorra é necessário fornecer energia ao sistema. Esta energia é
fornecida para o plasma com a ajuda de um campo elétrico (diferença de
potencial).
A ionização começa com a colisão de um elétron com uma molécula do gás
residual. Um elétron sai da molécula tornando-a um íon positivo, que é atraído
para o cátodo e o elétron é atraído para o ânodo, e este fenômeno acontece
para outras moléculas. Este processo continua até todo o gás ser
completamente ionizado

Processo Plasma

Inicialmente o material é somente tratado mecanicamente na superfície, devido


a alta energia do gás. Este efeito ocorre pela colisão dos íons do gás com a
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superfície do Polímero. Tudo se passa como se o gás estivesse passando
sobre a superfície do polímero com tamanha velocidade que pelo efeito do
atrito acaba removendo partículas microscópicas da superfície do polímero.

Com o surgimento do plasma durante o processo, a superfície do material


passa a ser tratada quimicamente. A radiação ultravioleta do plasma quebra e
abre as ligações do Carbono formando pontos ativos no material, facilitando a
ligação de um outro material na superfície da amostra tratada. Em resumo, o
Plasma é um gás ionizado contendo, em proporções variadas, elétrons, íons e
átomos neutros, onde utilizamos um equipamento especial para o tratamento
da superfície com o objetivo da ativação da mesma para a adesão do PTFE.

Veja as principais características do PTFE:

 Maior resistência térmica;


 Maior durabilidade;
 Baixo coeficiente de atrito (menor desgaste no eixo);
 Menor consumo de potência útil dos motores;
 Material autolubrificante;
 Maior resistência química aos óleos
mais agressivos.
 Procedimentos de Montagem nos Retentores e Flanges em PTFE:
 Não retirar a luva antes da montagem;
 Lubrificar a pista que a vedação irá trabalhar;
 Verificar a necessidade de cola (Junta Líquida)
ou na face lisa de contato com o bloco;
 Verificar os guias de encaixe da Flange;
 Apertar os parafusos alternadamente;
 Verificar outros dispositivos da Flange
(como a roda fônica);
 Terminar de montar o cárter e, quando necessário,
a distribuição da carga radial sobre o eixo.

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Conhecendo o Retentor

Vedação Principal

É o coração do retentor. Sua principal função é reter fluido, esteja o eixo na


condição dinâmica ou estática. Com a evolução dos motores, a diminuição da
viscosidade do óleo e o aumento de temperatura, foi necessário obter maior
eficiência de vedação. Então, nervuras moldadas foram adicionadas à vedação
principal. Assim, a eficiência de vedação aumentou, com o chamado efeito
hidrodinâmico.

Mola

Quando o retentor está montado, o lábio exerce uma força radial sobre o eixo,
devido ao contato entre os dois. Conforme a borracha vai se desgastando, este
contato diminui, provocando queda na carga radial.
A compensação desta carga é feita pela mola que garante eficiência na
vedação e prolonga a vida útil do retentor.
Com tecnologia própria, a Sabó fabrica também as molas que compõem seus
retentores.
Trefiladas e fechadas em máquinas totalmente automáticas, as molas Sabó
garantem a perfeita distribuição da carga radial sobre o eixo.

Vedação Auxiliar

Protege a vedação principal da sujeira ou de outros elementos que possam


prejudicar a eficiência da vedação, como água, poeira, lama etc.

Carcaça

A principal função da carcaça é dar estrutura ao retentor para que ele possa
ser montado no alojamento. A carcaça é feita em aço e recebe tratamentos que
a protegem de oxidações e corrosões.
Como foi visto, fornece estrutura ao retentor para suportar seu perfil e também
para a montagem no alojamento.

Costas

Serve de apoio para dispositivos de montagem e como indicador do sentido de


rotação.

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Diâmetro Externo

Proporciona a interferência entre o alojamento e o retentor. Podem ser


encontrados nos seguintes tipos:

 Com revestimento de borracha liso;

 Com revestimento de borracha ondulado;

 Metálico;

 Metade borracha/metade carcaça;

 Com pintura emborrachada.

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Efeito Hidrodinâmico

O efeito hidrodinâmico é proporcionado pelas nervuras moldadas à vedação


principal. Para que o efeito hidrodinâmico aconteça, o eixo deve estar em
movimento. Assim, as nervuras funcionam como uma bomba de sucção,
rebombeando qualquer fluido que tenha ultrapassado a vedação principal.

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Tipos de Retentor

Tipos Básicos

Os retentores básicos são utilizados em Caixas de Mudanças, Motores de


Combustão Interna, Caixas de Direção, Diferenciais e Eixos Dianteiro e
Traseiro da Suspensão.
Para diferenciar os variados tipos de retentores Sabó, foi desenvolvida uma
nomenclatura com letras que indicam as características das peças.
Como os retentores são desenvolvidos para aplicações específicas, é muito
importante observar se o tipo de retentor corresponde à aplicação desejada.

POR EXEMPLO: se você aplicar um retentor BR no lugar de um BRG, a


entrada de impurezas pode causar vazamentos.

BR – Vedação principal com mola. Recoberto externamente com borracha.

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BRG – Vedação principal com mola. Proteção contra poeira. Recoberto
externamente com borracha.

BRAG – Vedação principal com mola. Proteção contra poeira. Diâmetro


externo: metade borracha e metade metal. Aplicados em motores e
transmissões.

B – Vedação principal com mola. Diâmetro externo de metal com tampa.


Geralmente aplicados onde o rolamento joga óleo diretamente na vedação
principal.

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BAG – Vedação principal com mola. Proteção contra poeira. Diâmetro externo
metálico com as mesmas características do BA.

BA – Vedação principal com mola. Diâmetro externo de metal. Geralmente


utiliza-se no diâmetro externo para auxiliar a vedação.

BG – Vedação principal com mola. Proteção contra poeira. Diâmetro externo de


metal com tampa e as mesmas características do B.

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GR – Vedação principal sem mola. Diâmetro externo recoberto com borracha.
Utilizado na maioria das vezes para vedação de graxa.

GA – Vedação principal sem mola. Diâmetro externo de metal. Aplicado, na


maioria das vezes, para vedação de graxa.

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O Significado de Cada Letra

B Retentor com vedação principal com mola.

B Sozinho ou associado ao G – Retentor com tampa.

R Retentor recoberto com borracha.

A Retentor com metal aparente no externo.

G Como 1.ª letra – Retentor com vedação principal sem mola.

G Após 2.ª letra – Retentor com guarda-pó.

Y Retentor com pista própria.

X Retentor com vedação principal no externo.

O Retentor com duas molas para aplicações especiais.

E Retentor fabricado para aplicações com ou sem características especiais.

M Retentor tipo tampão.

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Montagem
Remoção

Retire o retentor com muito cuidado, para não danificar o alojamento e o eixo.
Evite que as ferramentas utilizadas machuquem o local.

Inspeção

Depois de retirar o retentor, verifique se existem fendas ou cantos vivos nas


paredes do alojamento. Elas podem causar futuros vazamentos pelo diâmetro
externo do retentor.
Retire qualquer oxidação, corrosão ou aspereza usando líquido de remoção
apropriado.
Observe se o acabamento da superfície do alojamento está grosseiro, para não
permitir infiltração de fluido entre a superfície do alojamento e o diâmetro
externo do retentor, ocasionando futuros vazamentos.
Em seguida, verifique as imperfeições do eixo. Veja se existem marcas de
ferramentas de usinagem ou esmeril, rasgos de chaveta, estrias ou nervuras
que podem danificar a vedação principal do retentor e ocasionar vazamentos.

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Limpeza

Para instalar o retentor, é fundamental que o eixo e o alojamento estejam


limpos. A limpeza do alojamento deve ser feita com um pano seco e limpo.
Certifique-se de que o alojamento está livre de sujeira, pó, rebarba, e outros
abrasivos. O eixo deve ser limpo com um pano umedecido com querosene e,
depois, com um pano seco. Certifique-se de que o eixo está livre de sujeiras ou
abrasivos.

Lubrificação do Eixo

Aplique uma camada fina de fluido lubrificante sobre o eixo. Este procedimento
contribui para vedar a montagem do retentor no eixo e faz com que ele deslize
sem ferir a vedação principal.

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Lubrificação

Aplique uma fina camada de fluido lubrificante limpo no eixo. Isto garante
melhor deslizamento, tanto no diâmetro externo como na vedação principal.

Importante

Somente utilize fluido lubrificante da própria aplicação, limpos e recomendados pelo fabricante do
veículo ou equipamento.

Atenção!

Os retentores e Flanges em PTFE são de material com maior resistência térmica e dinâmica, porém
temos que ter cuidado na montagem e utilizar o dispositivo de montagem, nunca encostando na
vedação.

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Aplicação

Proteja o eixo com uma luva plástica ou metálica, evitando cantos vivos, rasgos
de chaveta ou usinagens grosseiras que danifiquem a vedação principal. Utilize
o dispositivo de montagem recomendado para a aplicação: ele garante a
perfeita instalação do retentor. Use uma prensa hidráulica ou mecânica, ou
ainda um martelo de borracha em conjunto com o dispositivo de aplicação.

Atenção!

Ao colocar o retentor no eixo, verifique se a vedação principal não “dobrou”, deslocando a mola do seu
alojamento.

Observe se o retentor está perpendicular ao eixo e ao alojamento.

Importante

Se o retentor anterior criou um sulco ou marca profunda no eixo, quando possível desloque-o de sua
antiga posição de trabalho, aproximadamente 1 mm. É fácil identificar esta posição pela marca que fica
no eixo.

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Cuidados na montagem do retentor

Nunca martele o retentor. Pedaços de tubos, toca-pinos ou punções também


não são ferramentas e podem empenar a carcaça ou até mesmo soltar a mola
do alojamento. Evite usar cola: os respingos podem cair no lábio de vedação
principal.

Cuidado com a Mola

Nunca, de jeito nenhum, corte a mola. Se a dimensão da mola for alterada, a


carga radial vai aumentar. Com isto, vai aumentar também o atrito e o calor
entre o retentor e o eixo; a borracha da vedação principal ressecará e o
retentor irá cortar o seu eixo produzindo um canal na pista do retentor. Não
estique a mola. Assim a força radial vai diminuir e prejudicar a eficiência da
vedação. Não retire a mola do seu alojamento. Ela foi projetada para manter a
mesma carga por todo o perímetro do eixo.

Importante

O retentor que não está montado corretamente, ou seja, perpendicular ao eixo e ao alojamento, pode
vazar tanto pelo diâmetro externo, como pela vedação principal, comprometendo toda a manutenção
efetuada.

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Análise dos Defeitos

Vazamentos

Quase sempre, o vazamento não começa no retentor. É importante identificar o


percurso do vazamento, antes de limpar a área.
Antes de remover o retentor, verifique se a área externa da vedação principal
está úmida e ainda, se o acúmulo de pó e sujeira estão úmidos. Se estiverem,
remova o retentor.

Analise o Retentor

Verifique se o diâmetro externo do retentor está seco ou úmido. Observe


possíveis marcas na superfície externa. As marcas devem estar uniformes em
toda a circunferência. Caso contrário, o retentor foi mal instalado.

Analise o Alojamento

Examine também o alojamento e verifique se existem marcas ásperas de


usinagem, rebarbas ou ranhuras que permitam a passagem de lubrificante. As
marcas de martelo, na entrada do alojamento, podem também danificar a
carcaça do retentor, o que facilita a ocorrência de vazamento.

Analise a Vedação Principal

Verifique se a vedação principal apresenta desgaste, contaminação por


partículas estranhas, cortes ocasionados, superfícies mal-acabadas ou
rebarbas. Tudo isto pode ocasionar vazamentos. Marcas profundas de
usinagem agem como canais e permitem a passagem do fluido. Examine se a
vedação principal tem asperezas, ondulações ou está degenerada. Tudo isto
pode ser consequência de incompatibilidade entre fluido e a borracha. Verifique
se a vedação principal está endurecida; isto pode ser causado por aquecimento
excessivo, que ultrapasse a faixa limite da resistência térmica do material. O
aquecimento excessivo provoca um grande número de pequenas fissuras na
vedação principal ou até mesmo um canal na pista do retentor.

Importante

Não lave o retentor. Com a lavagem, possíveis detalhes que ajudariam a confirmar a causa do
vazamento podem ser eliminados. Coloque o retentor em um saco plástico identificando qual a
quilometragem percorrida ou número de horas de funcionamento.

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Tabela de tolerâncias

O vedador geralmente é retido no alojamento por interferência entre os


diâmetros do alojamento DF e o externo do DR e sua montagem deve ser
executada com auxílio de uma prensa hidráulica. Os valores recomendados
para esta interferência, bem como as tolerâncias de DF e DR, segundo a
norma DIN 3761. O acabamento da superfície do furo poderá ser obtido por
usinagem fina com rugosidade de até Rt 25 micras. Deste modo será garantida
uma boa retenção e estanqueidade entre o retentor e o alojamento.

Para se obter uma boa condição de montagem do retentor, deve ser previsto
um chanfro de entrada no início do alojamento, com inclinação da ordem de 5º
a 15º, numa profundidade de 0,8mm mínimo. Os cantos desta superfície
chanfrada deverão estar livres de rebarbas de usinagem.

Tabela de tolerância entre retentores e alojamentos

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Aplicação

Difícil seria nomear algum sistema mecânica, elétrico, hidráulico ou pneumático


que não conte com pelo menos um retentor no sistema. Eles são componentes
essenciais no prolongamento da vida útil de um sistema e são utilizadas em
todos os tipos de segmentos em praticamente tudo o que precisa de
movimentação mecânica.

• motocicletas;

• caminhões;

• carros;

• ônibus;

• máquinas agrícolas;

• eletrodomésticos;

• aviões;

• máquinas industriais.

Retentor de válvula

Usado especialmente em motos, o retentor de válvula fica localizado no


cabeçote e impede que os fluidos acabem invadindo a câmara de combustão.
Caso se queimem, acontece a produção de fumaça, e o óleo presente na
válvula de escape é desperdiçado.

Retentor de bengala

Outro tipo de retentor usado em motos, o retentor de bengala evita que os


fluidos lubrificantes possam escapar. Normalmente, a parte da frente da moto é
lubrificada e impulsiona o amortecimento da moto. Caso os fluidos escapem, a
outra parte que realiza o amortecimento é danificada por ser sobrecarregada.

Retentores industriais

Usados para o rolamento aplicado na indústria, os retentores industriais têm


diferentes significados entre si. Os mais comuns são os retentores radiais para
diâmetros de eixo que medem até 203 mm e as opções para grandes
diâmetros com características maiores do que 203 mm.

Esse tipo de retentor tende a ser usado em aplicações industriais mais


pesadas. Podemos citar como exemplos a fabricação de papéis, indústria
metalúrgica, energia eólica, mineração e exploração florestal. Como diferencial,
esses retentores funcionam em várias velocidades e temperaturas diante de
condições ambientais agressivas.

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A grande vantagem desse tipo de produto é que o mercado é bastante variado.
Além dos retentores citados, existe uma infinidade de especificações, como os
modelos feitos para jetski, retentores de arroçadeiras, retentores da bomba de
óleo, retentores de embreagem e de motosserra. O mais importante, nesse
caso, é que sua empresa opte por um modelo que atenda suas necessidades e
seja de alta durabilidade.

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Conclusão

As aplicações dos retentores estão em diversos sistemas. Porém, variam


conforme diferenças mecânicas e químicas. Estão no segmento de elétrica,
hidráulicos, mecânicos ou pneumáticos. Esses componentes são essenciais na
hora de prolongar a vida útil de um sistema e aprimorar a qualidade.

Assim, cada tipo de compra deve ter como objetivo a aplicação específica
como forma de garantir a máxima eficiência e a segurança do retentor.
Juntamente com a escolha do modelo, o processo de instalação também deve
ser realizado com o acompanhamento próximo da manutenção preventiva e do
máximo de tecnologia possível para garantir os melhores resultados.

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Bibliografia

https://www.rolibras.com.br/distribuidor-de-retentor-industrial

https://blog.acoplastbrasil.com.br/retentores/

http://vedstore.net.br/retentores/industriais/

https://www.bruhel.com.br/noticias/retentores/

https://www.sabo.com.br/retentores

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