BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS
DOS ESTADOS DO MARANHÃO, PARÁ E TOCANTINS - 016AGO/2023
A
direção do STEFEM e a Vale participaram
de uma reunião nesta segunda-feira, 14 de
agosto, antecipando o processo de
mobilização dos trabalhadores para a campanha
visando o Acordo Coletivo de Trabalho 2023 com a
empresa. A reunião serviu mais para pontuar as
diferenças já estabelecidas no “Acordo Coletivo
ESPECÍFICO”, que já absorveu muitas das cláusulas
do Acordo Coletivo “Geral”.
A reunião não representa qualquer início de
negociação, pois a campanha começará efetivamente
quando os trabalhadores deliberarem sobre a “Pauta
de Reivindicações” da categoria, para iniciarmos o
processo com a empresa. Mas já indicamos que não
iremos aceitar nenhum prejuízo a direitos já
estabelecidos, como PLR, plano de saúde AMS,
cartões alimentação, piso salarial e outras conquistas
que foram resultado de longos anos de lutas.
Antes mesmo de iniciarmos o processo de
negociações para o Acordo Coletivo de Trabalho
2023, começamos a ser metralhados por informações
de bastidores, como “balões de ensaio”, para uma
suposta tentativa da Vale de mexer no modelo de PLR
paga aos trabalhadores, como também em nosso
Plano de Saúde e piso salarial.
O discurso patronal fala em diminuir custo de
produção, atacando direitos sagrados dos
trabalhadores onde alcançamos avanços que são os
“diferenciais” para nos mantermos em nosso trabalho
na Vale. A própria empresa sempre destacou estes
direitos como as condições que mais estimulam o
trabalho, ressaltando sua «carteira de benefícios».
A direção do Sindicato reage com rigor e antecipa
que “a tentativa pode se transformar num verdadeiro
campo de guerra, com ações fortes do Sindicato e
mobilização intensa da categoria para impedirmos
mudanças nocivas, que prejudiquem a condição social
alcançada em nossas lutas e acordos coletivos para
estabelecer os direitos mais expressivos da categoria,
uma PLR justa e um programa que garanta a
plenitude de nossa saúde e de nossos familiares”.
Deixamos claro que retrocessos na PLR, no Plano
de Saúde e conquistas sócioeconômicas são
inegociáveis e não haverá acordo com estas
ameaças. Lembramos que nossa PLR precisou de
muitos anos de negociações, para que
ultrapassássemos medições apenas pelos
RESULTADOS e tivéssemos a garantia de um direito
justo encorpando também o LUCRO. O que era PR se
transformou em PLR e impedimos que não
tivéssemos nosso direito reduzido em momento de
produção que não refletia lucros fabulosos em razão
de oscilação de preços de minérios ou erros de
investimentos. Impedimos que seja repetida outra
PLR ZERO, como em 2015, garantindo um “gatilho” e
“fator Vale” que asseguram nosso direito justo.
Reforçamos que não podemos ser penalizados por
estoques em altas, por políticas monetárias
desequilibradas, resultados de tragédias, ao mesmo
tempo em que os trabalhadores honram a produção
com responsabilidade, total empenho e sacrifício
numa atividade penosa e que já custaram a vida de
tantos companheiros.
Fizemos questão de frisar que a PLR, nosso plano
de saúde e conquistas são “imexíveis”, prometendo
luta intensa para preservar estes direitos.
 A
Delegacia do STEFEM em
Açailândia já está em pleno
funcionamento e se transfor-
mando em uma extensão importante
para o atendimento do Sindicato em toda
a sua base de representação.
Instalada na Avenida Santa Luzia,
vila São Francisco ao lado da Defensoria
Pública de Açailândia, funciona de 8 às
17 horas, com atendimentos no departa-
mento jurídico às terças-feiras, de 9 às
12 horas, e às quintas-feiras, de 14 às 17
horas.
O Sindicato vem ampliando também
o trabalho de orientação e atendimento
dos trabalhadores em demandas previ-
denciárias. De 7 a 10 de agosto, o
diretor Deutz Soares e advogado
previdenciário já se reuniram com
trabalhadores de Nova Vida e
Açailândia, além dos companheiros no
alojamento de São Pedro da Água
Branca.
Estas orientações jurídicas são de
extrema importância, depois das refor-
mas trabalhistas e, sobretudo, previden-
ciária, para que nenhum trabalhador se
precipite e sofra prejuízos em função
das mudanças implementadas na lei. O
contato com os trabalhadores será
permanente e estendido em toda a
base do Sindicato.