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Precisamos falar sobre a ideologia luciferina

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Delmo Fonseca 21 de janeiro de 2021

PRECISAMOS FALAR SOBRE A IDEOLOGIA LUCIFERIANA

Resumo: O diabo saiu do armário. Este artigo pretende demonstrar que para além da
guerra cultural que se trava no Ocidente, há uma batalha espiritual subjacente. Nesse
caso, Lúcifer é mais do que um arquétipo, pois a sociedade vem moldando seu
comportamento a partir de antivalores, que inevitavelmente têm causado sua
desagregação. A partir da interface entre literatura, política e religião, a “ideologia
luciferiana” é identificada como a propulsora de um mundo que ensaia se afastar ainda
mais dos valores cristãos, em que a mentira é o critério de legitimação da nova ordem
social.

Palavras-chave: Ideologia. Luciferianismo. Rebeldia. Romantismo. Ocultismo.

“O maior truque já realizado pelo diabo foi convencer o mundo de que ele não
existe…”

Charles Baudelaire

IDEOLOGIA E ENTRETENIMENTO

Lúcifer é uma das séries mais populares da Netflix. Somente nos 28 primeiros dias
desde o lançamento da última temporada em agosto de 2020, 38 milhões de
espectadores assistiram ao personagem inspirado no homônimo do HQ Sandman,
criado pelo escritor inglês Neil Gaiman em 1989. Embora seja uma obra de ficção, vale
lembrar que o personagem Lúcifer Morningstar dos quadrinhos faz alusão à expressão
bíblica “Estrela da manhã” registrada no livro do profeta Isaías 14.12 (assunto que será
tratado mais à frente). Tanto no HQ quanto no seriado preparado para a Fox, Lúcifer se
apresenta como um anti-herói questionador dos desígnios de Deus e defensor do livre-
arbítrio humano. O roteirista Tom Kapinos inicia sua narrativa mostrando um ser
entediado com o inferno e decidido a tirar umas férias na Terra, especificamente em Los
Angeles. O seriado busca desconstruir a imagem pitoresca do diabo sedimentada na
cultura popular, qual seja, um ser com chifres, cascos de bode, tridente e cheirando a
enxofre. Ao se apropriar esteticamente da representação do grego Adônis, Lúcifer se
apresenta como um ser belo, perfumado, sensível e carismático. Ao atrair milhões de
espectadores, a Netflix sinaliza que o ethos luciferiano tem agradado as novas gerações.
À primeira vista, o estilo de vida hedonista representado pelo personagem é mais
agradável do que o proposto pela doutrina da igreja, que inevitavelmente delimita as
ações humanas por meio da moral cristã. Lúcifer, por natureza, é imoral.

O luciferianismo se impõe como ideologia na medida em que este termo é definido


pelo filósofo italiano Nicola Abbagnano em seu “Dicionário de Filosofia”. Ele argumenta
que, em geral, o termo refere-se “a toda crença usada para controle de comportamentos

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coletivos, entendendo-se o termo crença, em seu significado mais amplo, como noção de
compromisso ou conduta, que pode ou não ter validade objetiva”. Ou seja, para
Abbagnano a ideologia consiste em sua capacidade de controlar e dirigir o
comportamento dos homens em situações diversas. Nesse sentido a ideologia luciferiana
busca o controle por meio de uma falsa liberdade, sintetizada pelo ideólogo Aleister
Crowley (1875-1947) em sua Lei Thelemica: “Faze o que tu queres será o todo da Lei.
Amor é a lei, amor sob vontade”. Para Crowley, o sentido de Thelema (“vontade”)
consiste em se fazer o que se deseja, o que equivale a “fazer o que der na telha”. Há
algo mais luciferiano do que a perversão da vontade? Quando essa “lei” é acolhida pela
política tem-se a ideologia que vigora nos nossos dias.

A INFLUÊNCIA DE JOHN MILTON

A contemporaneidade, também chamada de era pós-moderna, apenas exacerba


esse movimento que teve início nos primeiros períodos da modernidade. A partir da obra
Paraíso Perdido, do poeta inglês John Milton (1608-1674), a figura do diabo se desloca
do campo religioso para o artístico e, posteriormente, para o político. O que marcará a
interface entre esses dois campos será a rebeldia. O Satã de Milton, após a guerra no
Céu, afirma no livro I que Deus reina não por ser justo, e sim porque é “…sustentado por
reputação antiga,/Consentimento ou costume, e Seu estado real/Exerceu plenamente,
porém ainda assim Sua força ocultou/O que tentou nosso atentado, e forjou nossa
queda.” Em outras palavras, Deus ao esconder seu poder, agiu de forma tentadora. O
Satã de Paraíso Perdido inspirou célebres pintores e poetas posteriores, de modo que
Baudelaire o reputava como o exemplo de beleza ideal: “Encontrei a definição de beleza,
da minha beleza. É uma coisa apaixonada e triste […] Não consigo imaginar a beleza
onde não haja adversidade […] É difícil para mim não concluir que o tipo mais perfeito de
beleza viril é Satã – ao modo de Milton”. Antes de o autor de As Flores do Mal exprimir
sua admiração pelo Satã miltoniano, a semente dessa erva daninha fora lançada pelo
poeta inglês William Blake (1757-1827), que em sua obra O casamento do Céu e do
Inferno retratara o espírito revolucionário da época. Nessa obra, Blake traça um paralelo
entre Satã e Cristo, isto é, “casa” a energia de revolta satânica com energia profética de
Cristo. Obviamente que os revolucionários franceses, contemporâneos do poeta,
estabeleceram a rebeldia de Satã como fonte de inspiração para o terror que se seguiu.
(esse evento marca a rebeldia do Satã da literatura sendo capturado pela política). Ao
empregar as palavras Desejo e Razão, o poeta mais uma vez correlaciona Satã e Cristo,
porém invertendo seus papéis: “Os que reprimem o desejo, assim o fazem porque o que
têm é fraco o suficiente para ser reprimido […] Verdadeiramente parecia à razão que o
desejo fora eliminado; mas a versão do Diabo é que o Messias caiu e formou um Céu
com o que roubou do abismo”. Para Blake a narrativa bíblica invertera os fatos, pois
Satã (Desejo) fora reprimido por Cristo (Razão).

REBELDIA ROMÂNTICA E ANARQUISMO

O período romântico se caracterizou por colocar em realce a subjetividade, o que


deu ao desejo um novo estatuto. Para o filólogo alemão Erich Auerbach (1892-1957), “a
rebeldia que extrapola o próprio romantismo é encontrável em toda a Europa, na
Alemanha, na Itália, na Inglaterra; mantém-se mesmo, um tanto modificada, após a

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época do romantismo até a primeira guerra mundial; por vezes, transforma-se em ódio,
ódio ao burguês, ódio à sociedade, outras vezes torna-se indiferença orgulhosa,
esnobismo ou esoterismo deliberado; um culto extremado do indivíduo daí resulta; as
formas dessa atitude, originariamente romântica, são variadas em demasia para que
possam ser enumeradas aqui, mas o que é comum a todas é o abismo que se abre entre
o poeta e a sociedade.” Nesse caso não é difícil entender por que durante o século XIX,
socialistas de todo o mundo ocidental empregaram Satã como um símbolo da
emancipação dos trabalhadores da tirania capitalista e da queda da Igreja Cristã, que
eles viam como protetora desse sistema opressor. Esse símbolo foi usado por grandes
nomes como os arquitetos da anarquia Godwin, Proudhon e Bakunin. O anarquista russo
Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (1814-1876), em sua obra Deus e o Estado, comentou:
“Satã, o eterno revoltado, o primeiro livre-pensador e o emancipador dos mundos! Ele faz
o homem se envergonhar de sua ignorância e de sua obediência bestiais; ele o
emancipa, imprime em sua fronte a marca da liberdade e da humanidade, levando-o a
desobedecer e a provar do fruto da Ciência”. Bakunin tem planos revolucionários
específicos, mas não visando à libertação dos pobres da exploração. Ele escreve: “Nesta
revolução, teremos que despertar o demônio nas pessoas, incitar as paixões mais vis.”

Em sua obra O Homem Revoltado, o dramaturgo e filósofo Albert Camus chama de


“princípios luciferianos” a ideologia sustentada pelos pais do anarquismo: “A história só é
regida por dois princípios, o Estado e a revolução social, a revolução e a
contrarrevolução, que não é o caso de conciliar, mas que estão empenhadas em uma
luta mortal. O Estado é ainda um criminoso em seus sonhos. A revolução, portanto, é o
bem. Esta luta, que ultrapassa a política, é também a luta dos princípios luciferinos
contra o princípio divino. Bakunin reintroduz explicitamente na ação revoltada um dos
temas da revolução romântica. Proudhon já decretava que Deus é o Mal e bradava:
‘Venha, Satã, caluniado pelos medíocres e pelos reis!’ Bakunin deixa também entrever
toda a profundidade de uma revolta aparentemente política: ‘O Mal é a revolta satânica
contra a autoridade divina, revolta na qual vemos, ao contrário, o germe profícuo de
todas as emancipações humanas’”. O movimento anarquista, essa árvore envenenada,
deu muitos frutos. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma corrente individualista
intitulada “amor livre” defendia a liberdade sexual como expressão da autopropriedade e
desejo do indivíduo. O mais proeminente jornal dessa vertente anarquista foi Lucifer, the
Lightbearer (Lúcifer, o Portador da Luz), editado entre 1883 e 1907 por Moses Harman e
Lois Waisbrooker. Segundo Harman, “o nome foi escolhido porque Lúcifer, o nome antigo
da Estrela da Manhã, agora chamado Vênus, parece-nos insuperável como um cognome
de um diário cuja missão é trazer luz para os habitantes na escuridão”.

LÚCIFER E MARX

A ideologia luciferiana não escapou à verve poética do jovem Marx, que em seu
poema O Violinista, dedicado a seu pai, declamou: “Os vapores infernais elevam-se/E
preenchem o meu cérebro/Até eu enlouquecer e meu coração/Se transformar
dramaticamente./Vê esta espada?/O príncipe das trevas/Vendeu-a para mim./Com
Satanás fiz meu acordo,/Ele escreve as partituras e marca o compasso;/Eu toco e canto
a marcha da morte/Com rapidez e desembaraço”. O Papa Pio XII foi um dos primeiros a

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denunciar a trama diabólica que envolve o pensamento marxista ao declarar que “Marx
era um dedicado e consagrado satanista.” Essa inclinação de Marx é um capítulo à
parte, o que certamente merece uma atenção especial. Nesse sentido destaca-se a obra
Marx e Satã (disponível em português) do Reverendo Richard Wurmbrand (1909-2001),
que durante 14 anos sofreu em prisões comunistas romenas. Durante esse tempo o
autor teve acesso a muitos documentos que registraram os passos de Marx no período
em que este estudou na Universidade de Berlim, além da temporada em que morou na
cidade de Colônia (1842), onde trabalhou como coeditor da “Gazeta Renana”. Foi nessa
época que Marx, negando Deus, “tornou-se um adorador de Satã e partícipe ativo e
regular de práticas e hábitos ocultistas”. Richard Wurmbrand também destaca “que foi
Moses Hess, um conhecido satanista, quem levou Marx para uma sociedade secreta, a
‘Liga do Justo’ quando o instruiu nas ideologias coletivistas. Em 1841 Hess escreveu a
respeito do seu pupilo: ‘Dr. Marx é ainda muito jovem, mas é ele que exterminará a
religião medieval.’ Esta liga, com a adesão de Marx ,foi transformada na ‘Liga dos
Comunistas’, mas foi para a ‘Liga do Justo’ que ele escreveu o famoso Manifesto
Comunista que apareceu no inicio de 1848”. É quase certo que as “agências de
checagens” dirão que não é verdade que Marx flertava com o satanismo, e que sua
poesia apenas seguia a tendência romântica de sua época, a exemplo de Baudelaire,
Blake e Lord Byron. No entanto, o Reverendo Richard Wurmbrand afirma que sua
predileção pelo mal acabou por influenciar o próprio comunismo, que diferentemente do
que muitos pensam, não é um regime ateu: “Os marxistas são tidos por ateus que não
crêem nem no céu nem no inferno. Nestas circunstâncias extremas, o marxismo tirou
sua máscara ateísta, revelando sua verdadeira face, que é o satanismo. A perseguição
comunista à religião pode ter uma explicação humana. A fúria dessa perseguição sem
limites é satânica.”

LÚCIFER E SAUL ALISNKY

O século XIX pode ser compreendido como o período do despertar luciferiano, cuja
influência abarcou a literatura e a política ao destacar a rebeldia como meio de ação.
Tanto românticos quanto revolucionários se identificaram com a reação do “anjo rebelde”
frente aos desígnios de Deus. No século XX tem-se esse sentimento reverberado nas
palavras de homens como Saul Alinsky (1909–1972), que não hesita em dedicar a
Lúcifer sua obra Regra para radicais: “O primeiro e verdadeiro radical conhecido pelo
homem, que se rebelou contra a ordem estabelecida e fez isso com sucesso o bastante
para ter o seu próprio reino foi Lúcifer”. Em outras palavras, ao identificar Lúcifer como o
“primeiro e verdadeiro radical”, Alinsky o afirma como seu próprio modelo, pois era do
conhecimento de todos sua amizade com o mafioso Frank Nitti (capanga do Al Capone e
líder da Máfia de Chicago). Certamente Alinsky adaptara os métodos da máfia para a
política e de forma imoral, desenvolvera sua obra fraudulenta, composta por 13 regras,
cujo objetivo é organizar comunidades e promover mudanças sociais. É sabido que o
Partido Democrata deve a Alinsky suas táticas e estratégias. Das 13 regras, assim diz a
Oitava: “Mantenha a pressão, com diferentes táticas e ações, e utilize todos os eventos
do período para o seu propósito.” Sabe-se também que Hillary Clinton e Barack Obama
são herdeiros incontestes do legado luciferiano de Alinsky. Em 1969, Hillary escreveu
uma dissertação de 92 páginas para o Wellesley College sobre o organizador

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comunitário Saul Alinsky, intitulada Há apenas a luta … Uma análise do modelo de
Alinsky. É verdade que o presidente Barack Obama nunca conheceu Saul Alinsky
pessoalmente, mas muitos dos seguidores de Marx também nunca os conheceram.
Obama mudou-se para Chicago para se juntar à máquina Alinsky, enquanto Hillary
Clinton o entrevistava pessoalmente e escrevia sobre ele. Ela então recebeu uma oferta
de emprego no instituto de treinamento de Alinsky em Chicago, mas escolheu Yale. Se
ao retomar a cadeira presidencial na última eleição o Partido Democrata agiu de modo
fraudulento, os mais atentos sabem que não se pode esperar outra postura de uma
cúpula moldada pela ideologia luciferiana de Alinsky.

LÚCIFER E OCULTISMO

Há outro aspecto dessa ideologia que não pode ser desprezado, qual seja, sua
estreita relação com o ocultismo. Esse movimento que também teve sua gênese no
século XIX, serviu de amálgama entre a política e a literatura. Destaca-se a emergência
da teosofia, um movimento panteísta fundado por Helena Blavatsky (1831-1891) e Henry
Steel Olcott em 1875. No período final de sua vida em Londres, Blavatsky funda uma
revista e a intitula de “Lúcifer”. Ela argumenta que “Lúcifer” foi o inimigo imaginário de
um deus medieval, portanto a palavra que significa “portador da luz” e precede o
cristianismo, fora distorcida pelos teólogos a fim de justificar a perseguição em nome do
Deus cristão. Essa mesma tese é defendida por Albert Pike (1809–1891), um
proeminente maçom norte-americano, responsável por refazer todos os graus do Rito
Escocês. Num trecho de seu discurso aos membros do 32.º grau do “Rito Escocês” em
4 de julho de 1889, Pike afirma: “Nós veneramos um Deus, que é de fato, um Deus a
quem oramos sem superstição. Todos nós, iniciados no alto grau, devemos continuar
vivendo nossa religião na pureza do ensinamento de Lúcifer. Se Lúcifer não era Deus,
seria ele caluniado por Adonai (o Cristo) de quem os atos testemunham a crueldade, o
ódio ao próximo […] e a rejeição da ciência? Sim, Lúcifer é Deus, e Adonai, infelizmente,
também é Deus. A Lei eterna diz que não existe luz sem sombra, beleza sem feiúra,
brancura sem negrume, pois o absoluto não pode existir a não ser em dois Deuses […] É
por isso que o ensinamento do satanismo é heresia. A verdadeira religião filosófica é a fé
em Lúcifer, o Deus da luz, na mesma posição que Adonai. Mas Lúcifer, Deus da luz e do
bem, luta com os seres humanos contra Adonai, Deus da obscuridade e do mal.”

LÚCIFER E AS DROGAS

Ante o exposto, percebe-se que a ideologia luciferiana transcende a própria ideia de


satanismo, que via de regra está associada à religião. O luciferianismo se impõe como
uma cosmovisão, sendo assim, abrange todos os aspectos da existência. Relembrando,
o fundamento da ideologia luciferiana é a rebeldia. Nesse sentido, o já citado Aleister
Crouwley se apresentou como “o homem mais perverso do mundo”, “a Besta” ou “666”.
A redescoberta de Crowley a partir dos anos 1960 representa a abertura da porta do
inferno, pois a partir deste período o mundo nunca mais fora o mesmo. Crowley é o
precursor do movimento contracultural: rebeldia pop, misticismo, revolução sexual,
orientalismo e psicodelia. No Livro da Lei, seção 22, há uma clara alusão ao
entorpecimento derivado das drogas, recomendado por Lúcifer: “Eu sou a Serpente que
dá Conhecimento e Delícia e glória brilhante, e agito os corações de homens com

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embriaguez. Para me adorar tomai vinho e drogas estranhas das quais eu direi ao meu
profeta, & embebedai-vos daquilo! Estas não deverão te ferir de modo algum. Isto é uma
mentira, esta tolice contra ti. A exposição da inocência é uma mentira. Sê forte, ó
homem! desejai, usufrui de todas as coisas de sentido e arrebatamento: não temas que
qualquer Deus venha a te renegar por isto.” Sob o pseudônimo de Oliver Haddo, em The
Equinox, um periódico que servia como órgão oficial de sua ordem, Crowley publicou
The Psychology of Hashish (1909), em que faz um relato autobiográfico de sua
experiência com a Cannabis sativa. Há relatos de que Crowley foi o responsável por
apresentar a mescalina a Aldous Huxley e o haxixe a H. G. Wells, dois autores distópicos
e partidários da ideologia luciferiana.

PÓS-MODERNIDADE E NOVA ERA

A década de 60, os “anos rebeldes”, foi um período de transição em todos os


aspectos. O filósofo francês Jean-François Lyotar (1924-1998), em sua obra Condição
Pós-Moderna propõe uma revolução científica, o fim das metanarrativas e todos os
dogmas da modernidade. O filósofo e crítico literário britânico, Terry Eagleton, em sua
obra As Ilusões do Pós-modernismo, também argumenta que a “pós-modernidade é uma
linha de pensamento que questiona as noções clássicas de verdade, razão, identidade e
objetividade, a ideia de progresso ou emancipação universal, os sistemas únicos, as
grandes narrativas ou os fundamentos definitivos de explicação. (…) vê o mundo como
contingente, gratuito, diverso, instável, imprevisível, um conjunto de culturas ou
interpretações desunificadas gerando um certo grau de ceticismo em relação à
objetividade da verdade, da história e das normas, em relação às idiossincrasias e à
coerência de identidades”.

Os sintomas da pós-modernidade, que sob uma perspectiva luciferiana podem ser


vistos no relativismo crescente dos últimos cinquenta anos, colocam a sociedade em rota
de colisão com os valores fundamentais do Ocidente. A busca pela efetivação de uma
Nova Ordem Mundial tem acelerado o processo de apagamento de qualquer traço
civilizatório fundamentado na moral cristã. Ora, uma sociedade enfraquecida moralmente
caminha a passos largos para o abismo. E para onde o luciferianismo arrasta o mundo
senão para o grande abismo? Na esteira dessa proposta proposta relativista surgiu o
movimento Nova Era, uma corrente filosófico-religiosa com verniz oriental. Em 1970, o
teosofista americano David Spangler desenvolveu a ideia fundamental do movimento
Nova Era (New Age), resumida nesta palavras: “Ninguém entrará na Nova Ordem
Mundial a menos que ele ou ela jure veneração a Lúcifer. Ninguém entrará na Nova Era
a menos que tome uma iniciação luciferiana. Lúcifer vem para nos dar a dádiva final de
totalidade”. Em seu livro Reflections on the Christ (“Reflexões sobre o Cristo”), Spangler
completa: “Cristo é a mesma força que Lúcifer, mas movendo-se aparentemente na
direção oposta. Lúcifer move-se em direção ao interior, para criar a luz dentro [de nós].
…. Cristo move-se na direção para fora, para liberar tal luz …. Lúcifer, como Cristo, está
à porta da consciência do homem e bate [na porta, querendo entrar]. Se o homem diz:
‘Vá embora, porque eu não gosto do que você representa. Tenho medo de você’, Lúcifer
vai fazer brincadeiras e truques sobre o homem. Se o homem diz: ‘Vem, e eu darei a
você o melhor do meu amor e entendimento, e vou elevá-lo e exaltá-lo na luz e presença

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de Cristo, a qual de mim jorra para fora’, então Lúcifer, novamente, torna-se outra coisa.
Ele se torna o ser que carrega essa grande festa, o melhor presente, a luz da sabedoria.
Lúcifer… prepara o homem, em todos os sentidos, para a experiência de Cristicidade, e
o Cristo prepara o homem para a experiência de Deus. Mas a luz que revela para nós a
presença de Cristo, a luz que nos revela o caminho para o Cristo, vem de Lúcifer. Ele é o
doador de luz. Ele é apropriadamente chamado de a Estrela da Manhã, porque é sua luz
que anuncia para o homem a alvorada de um [novo] nível, de maior consciência ….
Lúcifer vem para nos dar o presente final da plenitude. Se nós aceitarmos isto, então ele
é livre e nós somos livres. Essa é a Iniciação Luciferiana. É o que muitas pessoas agora,
e nos próximos dias, terão de enfrentar, pois é uma iniciação à Nova Era. É uma
iniciação para se deixar o passado e se mover em direção ao novo, derramando nossas
culpas e medos, nossas angústias, nossas necessidades, nossas tentações, e tornando-
nos completos e em paz porque temos reconhecido nossa luz interior e a luz que nos
envolve, a luz de Deus.”

A PÓS-VERDADE

A partir dos anos 90 o movimento Nova Era floresce no Ocidente com sua
propaganda ecumênica e sedutora, ao supostamente inaugurar a “era da liberdade”.
Some-se a isso a promessa de “igualdade” do esquerdismo identitário com a farsa do
“politicamente correto”. Dentre as características mais marcantes desse novo período
destaca-se a noção de pós-verdade. O que significa? Grosso modo, que as narrativas
dos fatos valem mais do que os próprios fatos. A depender de quem narra o fato, pouco
importa a veracidade do acontecimento, daí o surgimento das meias verdades. Sobre
esse fenômeno, o genial Millôr Fernandes já alertava que “o perigo de uma meia verdade
é você dizer exatamente a metade que é mentira.” A ideologia luciferiana explica a razão
pela qual a mídia opta pela mentira, pois sua inclinação para manipular suplanta a de
bem informar. E na era da pós-verdade, ou era da fraude, qualquer menção aos fatos
que contraria as falsas narrativas sobre esses mesmos fatos, é passível de censura. Em
outras palavras, a verdade dos fatos não cabe na pós-modernidade, o que explica a
disseminação da fraude na política, na ciência, na religião, na economia e,
principalmente, nas relações interpessoais. O que torna a cosmovisão luciferiana
atraente, não só para um terço dos anjos rebeldes, mas para todos os que zombam da
Antiga Ordem, é que o summum bonum consiste na prática do mal, o que reforça a
inversão de valores. A fim de inserir as gerações pós-modernas nessa cosmovisão os
séquitos de Lúcifer tratam de ressignificar os conceitos de sombra, bruxaria, pedofilia e
até mesmo canibalismo, pois num mundo onde o mote “Faze o que tu queres será o todo
da Lei” não poder haver restrições. Ao menos para o seguidores do “Portador da luz”.

OS PINGO NOS IS

Se até o momento foram mencionados os nomes “Lúcifer”, “Satan”, “Satanás” e


“Diabo”, há de se perguntar: qual a diferença entre esses termos? Sempre que o texto de
Isaías é citado, muitas ilações são feitas a partir das traduções que se seguiram: “Como
você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à terra, você,
que derrubava as nações! Você que dizia no seu coração: “Subirei aos céus; erguerei o
meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembleia, no

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ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei
como o Altíssimo” (Is 14.12-14). A expressão “estrela da manhã, filho da alva”, em
hebraico “heilel ben-shachar”, e em grego, na Septuaginta, “heosphoros”, recebera o
nome Lúcifer (Lux fero) na Vulgata (tradução da Bíblia para o latim feita por São
Jerônimo em 405 d.C). Lúcifer, portanto, é a estrela da manhã, o planeta Vênus, que
aparece antes do alvorecer. No contexto de Isaías, a “estrela da manhã” faz alusão a
Nabucodonosor, rei da Babilônia, entre 605 e 561 a.C. Posteriormente o rei tirânico fora
identificado com o Diabo e, Lúcifer, torna-se o nome próprio deste. Segundo o
pesquisador Carlos Augusto Vailatti, “o vocábulo ‘Satanás’ vem do hebraico ‘satan’,
termo este que tem sido relacionado etimologicamente a uma variedade de significados,
alguns dos quais pouco convincentes e tidos como supostos verbos em hebraico e em
línguas cognatas. (…) Entretanto, ao que tudo indica, o termo ‘satan’ pode ser mais
corretamente definido como ‘adversário’, ‘oponente’, ou ainda como ‘contrário, contendor,
competidor, antagonista, rival, inimigo’”. O adversário de Deus – o Diabo – é chamado
nos Evangelhos de “diabolos”, palavra grega que foi traduzida para o latim como
“diabolus”, significando acusador ou difamador. No livro do Apocalipse, o apóstolo João
pontua que “Satanás” e “Diabo” são dois termos referentes a um mesmo ser: “Houve
então uma guerra no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os
seus anjos revidaram. Mas estes não foram suficientemente fortes, e assim perderam o
seu lugar no céu. O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada
diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançado à terra”
(Ap 12.7-9).

O MACACO DE DEUS

A ideologia luciferiana, de tempos em tempos, renova sua fantasia. Versado em


meias verdades, o “pai da mentira” engana desde o princípio. Apelidado acertadamente
por Lutero como o “macaco de Deus”, o diabo não passa de um mero imitador. No livro
do Apocalipse o apóstolo João menciona a falsa trindade formada por “Satanás, o
anticristo e o falso profeta”, o que denota uma paródia da verdadeira Trindade: Pai, Filho
e Espírito Santo. Quando se denomina “Portador da luz” àquele que reina nas trevas, o
que se tem na prática é uma inversão cognitiva, ou seja, a designação da coisa pelo seu
inverso, podendo também ser associada à dialética negativa. No entanto, uma
advertência a esse respeito feita há 700 anos antes de Cristo, pelo profeta Isaías, já
dizia: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; dos que dizem que as trevas são
luz e a luz trevas; dos que fazem do amargo doce e do doce amargo!” (Is 5.20). E o
apóstolo Paulo, atento às artimanhas do mal, completa: “E não é de admirar, porquanto o
próprio Satanás se disfarça em anjo de luz” (2Co 11.14). Em carta aos cristãos de
Tessalônica, atordoados por temerem estar no limiar do cumprimento da profecia
apocalíptica, Paulo os tranquiliza a respeito da sequencia de atuação da falsa trindade:
“Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele,
rogamos a vocêsque não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por
profecia, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do
Senhor já tivesse chegado.Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes
daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da
perdição. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de

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adoração, chegando até a assentar-se no santuário de Deus, proclamando que ele
mesmo é Deus. Não se lembram de que quando eu ainda estava com vocês costumava
lhes falar essas coisas? E agora vocês sabem o que o está detendo, para que ele seja
revelado no seu devido tempo. A verdade é que o mistério da iniquidade já está em
ação, restando apenas que seja afastado aquele que agora o detém. Então será
revelado o perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e
destruirá pela manifestação de sua vinda. A vinda desse perverso é segundo a ação de
Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. Ele fará uso de
todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto
rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um
poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não
creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça” (2T 2.1-12).

OS ALERTAS DO ARCEBISPO VIGANÒ

O mais intrigante é que ao se traçar um paralelo entre as palavras do apóstolo


Paulo e as duas cartas enviadas pelo monsenhor Carlo Maria Viganò ao então
presidente Donald Trump em 2020, tem-se a impressão de que uma profecia acaba de
ser cumprida. Dom Viganò é conhecido por sua defesa intransigente dos princípios
cristãos encapados pela Igreja, o que evidentemente contraria a ala afinada com as
políticas vigentes no mundo. Na primeira carta envida no mês de junho, chama a
atenção a clara visão de que há uma “guerra espiritual” em curso, travada pelos filhos
das trevas contra os filhos da luz. Diz ele: “Nos meses recentes temos testemunhado a
formação de dois lados opostos que eu chamaria bíblicos: os filhos da luz e os filhos das
trevas. Os filhos da luz constituem a parte mais evidente da humanidade, enquanto que
os filhos das trevas representam uma absoluta minoria. E, no entanto, os primeiros são
objeto de uma espécie de discriminação que os coloca numa situação de inferioridade
moral relativamente a seus adversários, que frequentemente mantêm posições
estratégicas no governo, na política, na economia e na mídia. De um modo
aparentemente inexplicável, os bons são feitos reféns pelos maus e por aqueles que os
ajudam, seja por interesse, seja por medo”.

Diferentemente dos que negam uma realidade transcendente, monsenhor Viganò


identifica a origem desse conflito no livro de Gênesis 3.15. “Estes dois lados, que têm
uma natureza bíblica, seguem a nítida separação entre os filhos da Mulher e os filhos da
Serpente. De um lado estão aqueles que, embora tenham mil defeitos e fraquezas, são
motivados pelo de desejo de fazer o bem, de ser honestos, de formar família, de se
dedicar ao trabalho, e dar prosperidade à sua pátria, de ajudar os necessitados e,
obedecendo a Lei de Deus, merecer o Reino dos Céus. Do outro lado estão aqueles que
servem a si próprios, que não detêm quaisquer princípios morais, que querem demolir a
família e a nação, explorar os trabalhadores para tornarem-se indevidamente ricos,
fomentar divisões internas e guerras e acumular poder e dinheiro”. Se alguém ainda
alimentava alguma incerteza a respeito desta guerra, a pandemia de COVID-19 serve de
pano de fundo para dissipar qualquer dúvida. E é nesse contexto que a carta ao
presidente norte-americano lançou luz sobre os tentáculos do deep state e sua influência
nociva: “Na sociedade, Senhor Presidente, estas duas realidades opostas coexistem

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como inimigos eternos, assim como Deus e Satanás são inimigos eternos. E parece que
os filhos das trevas – que podemos facilmente identificar com o deep state a que V. Exa
sabiamente se opõe e que está, nestes dias, em guerra feroz contra o senhor –
decidiram mostrar suas cartas, por assim dizer, revelando agora seus planos”.

Já na segunda missiva, monsenhor Viganò assume ares proféticos ao apontar a


astúcia dos filhos das trevas: “Escrevo-lhe em meio ao silêncio das autoridades civis e
religiosas. Que o Sr. aceite estas minhas palavras como ‘a voz daquele que clama no
deserto’ (Jo 1,23). Como já havia escrito em junho em minha primeira carta, este
momento histórico vê as forças do mal unidas em uma luta sem fim contra as forças do
bem; forças do mal que parecem poderosas e organizadas ao enfrentarem os filhos da
luz desorientados e desorganizados, abandonados por seus líderes mundanos e
espirituais”.

As palavras do arcebispo se mostram providenciais e apropriadas, pois os


partidários das sombras anunciam mais um plano macabro, qual seja, mergulhar o
ocidente no caos. Com que propósito? Lançar novas bases culturais e apagar qualquer
traço civilizatório que tenha raízes na cosmovisão cristã. Isso significa que valores
morais fundamentados em princípios absolutos cederão lugar ao politicamente correto.
Tal plano pretende ser oficialmente apresentando no próximo Fórum Econômico Mundial,
um evento que acontece anualmente, em Davos, na Suíça. A este respeito diz Dom
Viganò: “Um plano global, chamado Great Reset, está a caminho. Seu arquiteto é uma
elite global que procura subjugar toda a humanidade tomando medidas coercitivas que
restringem drasticamente as liberdades individuais de toda a população. Em vários
países este plano já foi aprovado e financiado, enquanto em outros está ainda em
estágio inicial (…) Além dos enormes interesses econômicos que motivam os defensores
do Great Reset, a introdução da vacinação será acompanhada pela implantação de um
passaporte de saúde e de uma carteira de identidade digital, com o consequente
rastreamento da população de todo o mundo. Aqueles que não aceitarem estas medidas
serão trancados em campos de concentração ou colocados em prisão domiciliar, e todos
os seus bens serão confiscados”.

Outra importante observação apontada nesta segunda carta diz respeito ao fato de
que numa guerra espiritual, a Igreja de Cristo atua na esfera religiosa e o líder da nação
na esfera política. Do atual papa, como visto, Viganò nada pode esperar; porém, à
época, considerou o presidente americano como um obstáculo na implementação da
Nova Ordem Mundial: “Mas, agora ficou claro que aquele que detém a Cátedra de Pedro
nos traiu, desde o início, assumindo papel em defesa e promoção da ideologia globalista
e no apoio à agenda da Deep Church, que o elegeu de suas fileiras. Senhor Presidente,
o senhor deixou claro que quer defender a nação – uma nação sob Deus, liberdades
fundamentais e valores não negociáveis que hoje são negados e combatidos. É o Sr,
caro Presidente, que está ‘resistindo ao Deep State, ao último ataque dos filhos das
trevas”. A história mostrou, novamente, o que Cristo já constatara: “Os filhos das trevas
são mais astutos do que os filhos da luz” (Lc 16.8).

DOIS DESTINOS

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Na “era da fraude” todos as ações dos emissários das trevas têm a mentira como
base, a exemplo da já mencionada eleição americana, sem contar os inúmeros
desacertos da OMS, o cinismo dos especialistas, o jogo duplo dos comunistas chineses,
a hipocrisia dos órgãos de imprensa, a censura das big techs a despeito do combate ao
ódio, a celeuma em torno da obrigatoriedade das vacinas etc. Tudo isso compõe o cerne
da ideologia luciferiana, que travestida de progressismo, pretende arrastar o que resta de
ordem no mundo para o abismo. Haverá alguma saída? No mesmo contexto em que o
apóstolo Paulo orientou os tessalonicenses a não se abalarem com a inevitável profecia
apocalíptica, garantiu também que, uma vez revelado, o mal encarnado seria destruído
pelo próprio Senhor Jesus, em sua segunda vinda, com o sopro de sua boca. A
conclusão é que a ideologia luciferiana, ao final, tem auxiliado no ato de separar o joio do
trigo, pois evidencia a diferença entre dois tipos de sociedades apontadas por Santo
Agostinho (354-430) em sua obra A Cidade de Deus, quais sejam, a formada por
aqueles que se identificam com o “pai da mentira” e a estabelecida para os que
perseveram na fé: “O primeiro homem criado deu origem, junto com o gênero humano,
duas sociedades, deste modo duas cidades. Desde o princípio procediam por uma
oculta, mas justa determinação de Deus, duas classes e categorias de homens: uns que
deveriam ser companheiros dos anjos maus no suplício eterno e outros tendo como
prêmio a convivência eterna com os anjos bons”.

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