Débora Garofalo

Sugestões de atividades elaboradas pela autora.

SOBRE A AUTORA

Débora Garofalo é formada em Letras e Pedagogia, com

especialização em Língua Portuguesa pela Unicamp,
Mestra em Educação pela PUC-SP e pela FabLearn Fellow,
Columbia, EUA. Professora há 16 anos da rede pública de
SP, foi a idealizadora do trabalho de Robótica com Sucata
que se tornou uma política pública. Atualmente é coorde-
nadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de
Educação do Estado de São Paulo e colunista de Educação
Inovadora no blog Redes, da Editora Moderna.

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 A OBRA
A Educação 5.0, advinda da revolução in-
dustrial e que tem como porta de entrada a
cultura maker, a programação e a robótica,
chegou para ficar! Cada vez mais nossos estu-
dantes estão enraizados na cultura digital. As
constantes mudanças no mundo contemporâ-
neo trazem a necessidade de transformações
na Educação, para que possamos preparar os
estudantes para compreenderem o que existe
por detrás de dados e informações que circu-
lam em meio digitais e o funcionamento de
aplicativos e softwares, para que não sejam
só consumidores de tecnologia, mas também
produtores dela, sabendo usá-las de maneira
responsável e ética.
O movimento maker está relacionado a mui-
tas práticas, como construção de objetos com
as mãos, marcenaria, modelagem, prototipa-
gem e impressão 3D, ofertando aos estudantes
um mundo de possibilidades e experimenta-
ções, além de ser um caminho possível ao traba-
lho multidisciplinar e integrador, oportunizando
sua participação na construção do conheci-
mento e o protagonismo juvenil.
O trabalho com a vivência maker permite a
abordagem nas metodologias ativas, em que
o estudante experimenta a resolução colabo-
rativa de problemas reais, aprendizagem entre
pares, aprendizagem por projetos e a perspec-
tiva do ensino híbrido com as modalidades de
estações por rotações e sala de aula invertida,
além do desenvolvimento de habilidades so-
cioemocionais como: aprender a lidar com o
erro e a frustração, a colaboração e a empatia,
entre outros pontos.
É necessário que durante a Educação
Básica, os estudantes tenham a oportunidade
de vivenciar a cultura maker, a programação e
a robótica na busca por experiências significa-
tivas ao processo de ensino e aprendizagem, e
isso é um dos principais objetivos desta obra.
Com uma linguagem clara e acessível, o livro
é um convite para emergir no universo do faça
você mesmo, desvendando curiosidades sobre
os temas cultura maker, programação e robóti-
ca e sua história ao longo do tempo.
2
Além disso, o Robótica com sucata traz
atividades práticas para que qualquer pessoa
sem conhecimento prévio possa realizar seus
protótipos com os materiais que seriam des-
cartados, estimulando assim ações sustentá-
veis que promovam a atitude responsável de
praticar os 5R’s: repensar, recusar, reduzir,
reutilizar e reciclar.
Esta obra introdutória ao tema de robótica
com sucata busca contribuir com caminhos
para uma Educação 5.0, ao dar subsídios aos
estudantes do Ensino Fundamental para que
tenham autonomia e construam, coletiva-
mente, situações e saberes que serão usa-
dos em um futuro bem próximo e que serão
aprofundados no Novo Ensino Médio e nos
itinerários formativos.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Trabalho interdisciplinar: Língua Portuguesa;
História; Geografia; Matemática; Arte (estética).
Temas contemporâneos: Meio Ambiente;
Ciência e tecnologia; Trabalho.
Atividades para antes da leitura
A leitura é um momento mágico, é a possibili-
dade de conhecermos outros mundos, culturas,
assuntos e possibilidades que muitas vezes
desconhecemos. É essencial que ela ocorra
no formato dialógico, permitindo que os estu-
dantes tragam conhecimento sobre o assunto,
questionem e abordem questões, provocando a
curiosidade ao antecipar o que será lido, a fim de
aguçar a sua participação.
1. Nesta fase, você deve apresentar a obra aos
estudantes; acostumá-los ao manuseio do
livro, ao que será apresentado: identificar a
autora e a editora, conversar sobre o título e
o porquê de ele ser um almanaque; consultar
o sumário; ler a quarta capa; observar as
imagens e outros aspectos gráficos, como:
fonte, tipografia e tamanho.
2. Chame a atenção para a dedicatória do livro,
observando a quem a autora dedica a obra e
quais são as possíveis relações entre a au-
tora e as pessoas citadas. Faça os imaginar,
se eles fossem autores, a quem destinariam
a obra e por quê. Aguce a curiosidade deles
questionando por que a maioria dos escrito-
res, ao escrever uma obra, a dedica a alguém
e/ou a uma instituição.
3. Apresente aos estudantes o sumário do livro
e, com base no nome dos capítulos e tópicos,
estimule-os a criar hipóteses sobre o enredo
da obra e de que forma este será explorado.
Lembre-se de que o assunto pode ser abor-
dado de diferentes maneiras, dependendo do
conhecimento do(a) autor(a) possui sobre ele.
4. Converse com os estudantes sobre o tema do
livro, levando em consideração o que conhe-
cem sobre o tema e se já realizaram algum
trabalho no âmbito da cultura maker. Realize
com eles uma pesquisa sobre robótica com
sucata, elencando: o que conhecem sobre
reciclagem de materiais e sustentabilidade,
se possuem o hábito de separar materiais
para reciclagem e realizam algum reapro-
veitamento deles e se na rua onde residem
e/ou estudam há coleta seletiva para mate-
riais recicláveis. Incentive-os a falar sobre
o assunto, mesmo que demonstrem pouco
conhecimento sobre o tema, e leve para a
sala de aula algumas referências.
5. Oriente os estudantes a atentarem, nas mí-
dias impressa e eletrônica, para as notícias
sobre sustentabilidade, meio ambiente,
ciência, tecnologia, mercado de trabalho e
abordagens inovadoras. A chegada de em-
presas à região e se essas possuem espaços
automatizados, criação de cursos, mercado
de trabalho, invenção de produtos inovado-
res e/ou de novos métodos de produção na
indústria. Se julgar oportuno, peça que levem
essas reportagens para a sala de aula para
serem lidas e para realizarem um mapea-
mento com discussões sobre os aspectos
levantados no livro.
3
Atividades para durante a leitura
Os estudantes possuem ritmos diferenciados
e leitura, e é importante que o professor os acom-
panhe, a fim de contornar possíveis dificuldades,
tornando o processo mais sistemático e dialógi-
co. Para isso, chame a atenção para a estrutura
do texto e dos boxes, esclareça dúvidas sobre o
vocabulário, palavras na língua inglesa e termos
utilizados por meio de metodologias ativas, como
mapas mentais e design thinking para esclarecer
dúvidas e deixá-los à vontade para falar sobre os
assuntos abordados.
Para que a leitura se torne fluida, proponha
leituras individuais e em grupos, além de peque-
nas discussões com a turma. Você pode propor
algumas questões para nortear a leitura, de
acordo com os seguintes objetivos pedagógicos:
• Você já conhecia sobre cultura maker? E
sobre robótica?
• O que achou das invenções de Leonardo
da Vinci? Tem alguma outra invenção que
conheça e não está na obra?
• De qual passagem do livro você mais gostou?
• Como podemos criar outros objetos com
base nessas ideias?
Durante a leitura, é possível realizar uma
série de atividades. Confira a seguir algumas
sugestões.
1. Durante a leitura, solicite aos estudantes que
anotem palavras que não conheçam, assim
como pessoas citadas, para que possam se
aprofundar a respeito, elaborando um glos-
sário maker que poderá ficar disponível na
sala de aula. O objetivo é que, durante a lei-
tura da obra, possam conhecer mais o tema,
entrando na narrativa e dando subsídios para
criarem os próprios protótipos, fazendo uso
da criatividade e do pensamento crítico.
2. Utilize estratégias de leitura que melhor vão
se adequar à turma. O livro traz uma série
de boxes com curiosidades, reflexões e
tarefas com passo a passo que podem ser
aprofundadas durante as aulas. Também é
 possível realizar diferentes leituras do livro,
já que a obra é um convite a mergulhar nas
ilustrações, fotografias, legendas e traz
uma série de informações sobre questões
atuais, como a preservação do meio am-
biente, atitudes sustentáveis e o mercado
de trabalho.
3. Recomende aos estudantes que pensem
em resoluções colaborativas de problemas
usando a cultura maker e a robótica como
solução; eles devem observar momentos
e passagens em que a obra aborda essas
questões. Proponha uma conversa dialógica
com os estudantes enfatizando atitudes e
iniciativas que buscam resolver colaborativa-
mente problemas e que trabalhem aspectos
socioemocionais como comprometimento,
engajamento, cooperação, foco, empatia e
amabilidade. Atente à história da autora e à
estratégia usada em sala de aula para a con-
dução do trabalho de robótica com sucata.
4. Crie momentos na sala de aula para realizar as
atividades propostas com os estudantes, se-
guindo as recomendações do livro. Lembre-se
de que muitos dos materiais propostos são
passíveis de substituição e de fácil acesso.
Organize feiras e exposições para apresentar
os trabalhos à comunidade escolar.
5. Após a realização das atividades, chegou
o momento de os estudantes idealizarem
os seus protótipos. Oriente-os a seguir os
passos e os incentive a exercitar a criativi-
dade, o pensamento crítico e o raciocínio
lógico em suas construções. Trabalhe
fundamentando-se em problemas reais
que envolvam a comunidade escolar e/ou
território educativo.
Atividades para depois da leitura
Atividades que envolvem a cultura maker e o
faça você mesmo têm uma grande oportunidade
de despertar a leitura e aguçar os estudantes
para que se interessem por novas formas de
fazê-la dentro de um mesmo livro, explorando os
gêneros, assistindo a vídeos e realizando leituras
complementares. Assim, é importante verificar a
compreensão de conceitos e identificar os prin-
cipais aprendizados.
A seguir, as discussões devem permitir a
retomada das considerações iniciais à luz dos
novos conceitos aprendidos, a fim de aplicá-los
em projetos futuros. Nessa etapa, a interpreta-
ção e a problematização são importantes para o
desenvolvimento de habilidades socioemocionais
híbridas, como a criatividade e o pensamento
crítico, e também para o desenvolvimento de
competências e habilidades de leitura, em suas
diferentes modalidades, além de reflexão e a
discussão de temas transversais relacionados
a Meio Ambiente, Ciência e tecnologia e Trabalho.
1. Leve para a sala de aula vídeos ou depoi-
mentos que demonstrem a automatização
nas indústrias e como a cultura maker
vem democratizando os processos fabris.
Depois, realize conversas e debates para
verificar o conhecimento dos estudantes e
suas reflexões após as etapas que eviden-
ciem a importância da robótica para a vida
social, industrial e cotidiana. Demonstre,
com uma linha do tempo, as mudanças
ocorridas durante o avanço das tecnologias
e como isso vem afetando nossa vida e o
futuro do trabalho.
2. Forme uma roda de conversa dialógica com
os estudantes para que discutam para que
serve a robótica e em quais outras possi-
bilidades eles compreendem que ela possa
atuar e contribuir. Aproveite este momento
para falar da importância da ciência e da
tecnologia e permita quem falem sobre o
mercado de trabalho e qual carreira gos-
tariam de seguir. Peça que realizem uma
breve pesquisa sobre a carreira escolhida,
considerando o mercado, campo de atuação
e salário, e que postem em um mural virtual,
usando ferramentas como o Padlet ou Canva,
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 para que os colegas possam visualizar e
trocar informações.
3. Após essa discussão, é importante dialogar
sobre o futuro do mercado de trabalho.
Peça aos estudantes que realizem um mapa
mental com os principais empregos que
serão substituídos com o avanço das tecno-
logias e outros que serão criados. Converse
com os estudantes sobre a importância
do aprendizado sobre a cultura maker e a
robótica em sala de aula.
4. Divida os estudantes em três grupos na sala
de aula para que possam pesquisar, seguin-
do um roteiro elaborado pelo professor,
os benefícios da robótica na educação, na
indústria e na vida cotidiana. Por meio da ela-
boração de uma pesquisa e roteiro, peça aos
estudantes que elaborem um podcast, com o
intuito de apresentá-lo em diferentes salas.
5. No capítulo “Conhecendo a história”, retome
conceitos da robótica e dialogue sobre as
personalidades citadas na obra. Na sequ-
ência, peça que pesquisem outras perso-
nalidades e que criem um jogo desplugado
de perguntas e respostas com o uso de
materiais recicláveis.
6. No capítulo “Robótica na Educação”, aborde
com os estudantes o trabalho que leva o
nome da obra Robótica com sucata, leve
vídeos da autora em que ela fala desse
trabalho e pergunte aos estudantes quais
aprendizados podem tirar dessa história,
para que exerçam ações sustentáveis. Com-
bine com a turma ações de preservação ao
meio ambiente, utilizando os 5R’s (repensar,
recusar, reduzir, reutilizar e reciclar) para
implementação no meio escolar.
7. No capítulo “Hora de colocar a mão na mas-
sa”, converse com os estudantes sobre a
possibilidade de construir novos objetos/
protótipos com os conhecimentos adquiri-
dos, por exemplo:
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∙ Força elástica: Qual outro projeto poderia
ser construído a partir deste conhecimento?
∙ Mão mecânica: É possível construir uma
mão diferente com o mesmo conceito? E
que tal aproveitar para trabalhar questões
étnico-raciais?
∙ Circuito de papel: Em quais outras ati-
vidades podemos utilizar esse mesmo
conceito?
∙ Elétrica para o robô desenhista: Seria
possível fazer um inseto ou um carrinho
elétrico com o mesmo conceito?
Essas perguntas servem para inspirá-los
a ir além dos projetos iniciais e a realizar
uma discussão de ideias em grupo para suas
próximas invenções, despertando o protago-
nismo juvenil e aguçando sua criatividade.
8. No capítulo “Programação”, oriente os es-
tudantes a pesquisarem outras referências
e abordarem personalidades femininas na
programação, demonstrando a importância
do pensamento computacional, como na
NASA, e a criarem um quadro com essas
referências, incentivando as alunas tam-
bém a ingressarem nesse campo. Depois,
eles devem pesquisar profissões usando
como base o campo da programação, como
designer de games e desenvolvedor, e fazer
uma lista com breve descrição de cada ati-
vidade para que os estudantes possam se
aprofundar no assunto.
9. Pergunte aos estudantes se na lista de pro-
fissões há alguma com que eles se identifi-
cam e que seguiriam. O livro é uma grande
oportunidade para inspirá-los a serem o
que quiserem, não apenas consumidores de
tecnologia, mas produtores dela.
10. Solicite aos estudantes que façam uma
pesquisa em grupo sobre programação,
inteligência artificial e Internet das Coisas
(IoT). Oriente-os a incluir na pesquisa os
conceitos, quando foram criados, quais
os efeitos para o dia a dia, entre outros.
 O objetivo é aprofundar o conhecimento
desses conceitos que já estão presentes no
cotidiano das pessoas.
11. Se tiver oportunidade, agende uma visita a
um makerspace (espaço maker), para que
os estudantes possam ter contato com
impressoras 3D, cortadora a laser, modela-
gem e prototipagem, além de conhecer um
pouco mais sobre as possibilidades na cul-
tura maker digital. Em muitas regiões, esses
locais são abertos para visitação.
12. No capítulo “Programação”, seção “Mão na
massa – idealizando o seu projeto”, pergun-
te aos estudantes como foi a experiência
de construir os próprios projetos e, com os
aprendizados adquiridos, o que mais gosta-
riam de criar. Solicite aos estudantes que
façam uma lista de cinco objetos que gosta-
riam de construir, planejando os materiais e
os desafios para realizar projeto.
13. Dialogue com os estudantes como foi realizar
os protótipos e se eles já tinham constru-
ídos algum projeto ou faziam ideia do seu
funcionamento. Explore como foi trabalhar
com colaboração e empatia na resolução de
problemas reais.
14. Os estudantes aprendem muito com a tro-
ca; solicite que eles façam uma entrevista,
usando os recursos digitais disponíveis, com
algum(a) empreendedor(a) maker do bairro e
questionando quais conselhos tem a ofere-
cer aos estudantes e pedindo que fale sobre
os desafios de empreender.
15. Solicite aos estudantes que idealizem para
a unidade escolar um canto “mão na massa”,
refletindo sobre:
∙ Qual espaço escolar poderá ser usado
para a implementação do canto?
∙ Como será personalização desse espaço?
∙ Quais materiais precisam estar nesse
canto?
∙ Como será o seu funcionamento? Quais
serão as regras e horário de uso?
6
∙ Qual será a escala dos responsáveis por
este espaço?
∙ Quais os benefícios para a comunidade
escolar?
∙ O espaço poderá servir como ponto de
coleta de materiais recicláveis e aberto a
comunidade?
16. Organize com os estudantes uma oficina
com uma das atividades propostas no livro,
para ser realizada com as demais salas ou
pais e familiares, a fim de democratizar
o acesso à cultura maker, propondo um
debate sobre meio ambiente e sustentabi-
lidade, além de promover uma escola com
ações sustentáveis.
17. Promova um bate-papo com os estudantes
sobre as habilidades socioemocionais e
como eles devem superar a frustração, lidar
com o erro, colaborar com a aprendizagem
do outro e exercer a cooperação. Leve para
a sala de aula exemplos de estudos de caso
e demonstre a eles que o processo de cons-
trução tem uma importância maior do que a
apresentação do produto final.
18. Organize com a turma uma exposição dos
protótipos realizados com dicas de ações
sustentáveis que promoveram no momento
das construções. Permita que apresentem
por meio da oralidade e do exercício do pro-
tagonismo juvenil, aguçando outras turmas
da unidade escolar a também realizarem
seus projetos.
19. Promova palestras e debates com makers
para que os estudantes possam ter acesso
a pessoas que vêm criando objetos com as
mãos e transformando a sociedade. Conver-
se sobre o projeto de vida e o que significa
ser maker.
20. Divida a sala em grupos para que possam
pesquisar grandes referências de makers
da história atual. Na sequência, realize um
mural com minibiografias das pessoas, dos
trabalhos e de suas construções.
 Atividades interdisciplinares
Língua Portuguesa
1. O livro está repleto de termos desconhe-
cidos aos estudantes, como as palavras
ciborgue, escafandro, autômato, protótipo
e outras que são da língua inglesa, como a
palavra maker. Peça aos estudantes que
listem palavras novas e realizem um quiz
digital com os seus significados.
Para cada projeto mão na massa, realize
com a turma um diário de bordo, que po-
derá ser individual e ou em grupo, em que
poderão trocar, compartilhar, exercitar a
leitura e a escrita e descrever:
∙ Etapas da construção do projeto.
∙ Resolução de problemas trabalhados.
∙ Soluções com o projeto.
∙ Alternativas de materiais para a constru-
ção do protótipo.
∙ A partir deste conceito o que poderiam
construir.
∙ Quais aprendizados e erros.
∙ O que gostariam de compartilhar com
os colegas.
História
1. Solicite aos estudantes uma pesquisa sobre
a história da revolução industrial, realizando
uma linha do tempo e os principais aconte-
cimentos e construções que marcaram a
história da nossa humanidade.
2. Peça aos estudantes que, em duplas, inves-
tiguem a história do bairro e seus principais
problemas, elaborando um design thinking
de como a cultura maker e a robótica pode-
riam ajudar a resolvê-los.
3. Solicite aos estudantes que, em grupos,
realizem uma pesquisa sobre o movimento
feminista, que teve suas primeiras manifes-
tações nos anos 1960 e sua relação com o
trabalho das mulheres em indústrias.
7
Geografia
1. Solicite aos estudantes que, em grupos,
façam uma pesquisa sobre o aquecimento
global e suas consequências no planeta.
Peça que realizem uma lista de ações que
poderiam ser evitadas.
2. Peça-lhes que pesquisem sobre sustentabi-
lidade e retornem ao livro para ver algumas
das medidas propostas e se elas ajudariam a
melhorar a qualidade de vida do bairro.
3. Divida a turma em dois grupos e peça que
retomem a lista de ações (sobre a temática
do aquecimento global) e pensem em ações
que poderiam ser implementadas na escola
para promover a sustentabilidade.
4. Realize com a turma uma caminhada pelas
ruas dos bairros para reconhecimento da
geografia, observar questões ambientais e
se a comunidade pratica ações sustentáveis:
como é realizado o descarte do lixo, se o bair-
ro possui coleta seletiva de materiais reciclá-
veis, se a prefeitura faz alguma campanha
para recolhimento de lixo de eletrônicos etc.
Feitas as observações, realizem anotações
com a turma e proponha a implementação
de ações sustentáveis no bairro e na escola.
Matemática
1. Proponha aos estudantes a seguinte dis-
cussão: Quais conhecimentos matemáticos
tiveram que utilizar para realizar a construção
dos protótipos, desde o uso de adição e sub-
tração de materiais, montagem de circuitos
eletrônicos com polos negativos e positivos,
gráficos, uso e conceitos de geometria, entre
outros, e conversem com eles sobre a impor-
tância da matemática no cotidiano.
2. Peça aos estudantes que pesquisem sobre
a Ada Lovelace, sua história na matemática
e suas contribuições para a escrita do pri-
meiro algoritmo a ser processado por uma
máquina.
3. Para aprofundar os conhecimentos, apre-
sente aos estudantes o Scratch (https://
scratch.mit.edu/) software livre educa-
cional para o ensino de programação, que
funciona através de bloco lógico. Dentro
de cada bloco existe um código que faz
com que a operação ocorra. Os estudan-
tes podem animar o seu nome, fazer um
objeto aparecer e desaparecer, entre ou-
tras possibilidades, de forma lúdica; para
isso, você pode apresentar alguns cartões
com comandos em: http://mod.lk/cards.
(Links acessados em 20 ago. 2021.)
Arte
1. Sugira aos estudantes que se aprofundem
na obra de Leonardo da Vinci e suas técnicas
de pesquisa e observação para a criação de
seus projetos, coletando imagens de obras,
esculturas e fotografias, e realize um museu
digital, em uma rede social ou em um espaço
de fácil acesso à comunidade escolar.
2. Na construção dos protótipos, a arte é
utilizada desde a concepção estética do
projeto até sua finalização. Promova em sala
de aula uma discussão sobre esses aspectos.
3. O cinema é um campo rico para o trabalho
com a robótica. Seguem aqui algumas su-
gestões que podem ser trabalhadas em sala
de aula:
∙ Blade Runner: O Caçador de Androides
(1982). Direção: Ridley Scott. Ficção cien-
tífica/Ação, 1h57min. 14 anos. O filme é
um clássico dos anos 1980, protagonizado
pelo consagrado Harrison Ford, e se passa
em uma Los Angeles futurista no ano de
2019. Neste universo, a Corporação Tyrell
conseguiu desenvolver androides tão
avançados, por meio de processos de bio-
engenharia, que eles mal se distinguem
dos seres humanos.
∙ Eu, Robô (2004). Direção: Alex Proyas.
Ficção científica/Ação, 1h55min. 12 anos.
Considerado um dos maiores clássicos
da literatura de ficção científica, escrito
pelo russo-americano Isaac Asimov em
1950, ganhou sua única adaptação para
as telonas em 2004, protagonizada por
Will Smith.
∙ Ex_Machina: Instinto Artificial (2014).
Direção: Alex Garland. Ficção científica/
Thriller, 1h50min. 14 anos. Nem só de ação
vivem os filmes com androides e cibor-
gues. Neste filme, o drama e o suspense
tomam conta do espectador.
∙ O Homem Bicentenário (1999). Direção:
Chris Columbus. Ficção científica/Ro-
mance, 2h12min. Livre. Indicado ao Oscar
na categoria de Melhor Maquiagem, “O
Homem Bicentenário” é uma adaptação
de outro clássico da literatura de ficção
científica, também escrito pelo russo-
-americano Isaac Asimov.
∙ WALL·E (2008). Direção: Andrew Stanton.
Infantil/Comédia, 1h43min. Livre. Um
dos clássicos da Disney-Pixar, vencedor
do Oscar de Melhor Animação em 2009,
“WALL·E” se passa em um futuro distante,
em que o homem deixou a Terra, por cau-
sa do excesso de lixo produzido, para viver
à deriva no espaço.
06/10/2021 13:54