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Conhecimentos necessários
• A farmacologia é uma área da ciência que requer o
conhecimento de várias disciplinas, entre as quais
a anatomia, a fisiologia, a química, a microbiologia
e a psicologia.
Conceitos gerais
Farmacologia Farmacologia
• A farmacologia pode ser definida como o estudo
dos medicamentos e das suas interacções com os
sistemas vivos.
• Engloba desta forma, o estudo das propriedades
físicas e químicas dos fármacos, dos seus efeitos
bioquímicos e fisiológicos, assim como da sua
absorção, distribuição, metabolismo e excreção
dos medicamentos.
Eficácia Segurança
• Um medicamento eficaz é aquele que suscita a • Um medicamento seguro é definido como aquele
resposta esperada e pela qual foi administrado. que não produz efeitos nocivos, mesmo quando
• A eficaz é a propriedade mais importante que um administrado em doses elevadas e durante um
medicamento pode ter. Independentemente das período de tempo longo.
suas outras virtudes, se um medicamento não for • Os medicamentos têm sempre benefícios e riscos
eficaz (não faz o que é pretendido) não há associados à sua utilização. Este facto pode
justificação para a sua administração. explicar a razão pela qual os gregos utilizavam a
• Todos os fármacos antes de serem aprovados têm palavra pharmakon, que pode ser traduzida como
de demonstrar ser eficazes. remédio e veneno.
Segurança Selectividade
• No entanto, o risco de efeitos nocivos nunca pode ser • Um medicamento seletivo é definido como um
eliminado. Os exemplos seguintes ilustram este ponto: medicamento que provoca apenas a resposta para a
• Certos anticancerígenos (ex.: ciclofosfamida, qual é administrado.
metotrexato), em doses terapêuticas habituais, aumentam
sempre o risco de infeções graves.
• No entanto não existe um medicamento inteiramente
seletivo porque todos os medicamentos causam
• Os analgésicos opióides (ex.: morfina, meperidina), em efeitos secundários.
doses terapêuticas elevadas, podem causar depressão
respiratória potencialmente fatal. • Exemplos comuns incluem a sonolência que pode ser
• A aspirina e congéneres, quando tomados por um longo causada por muitos anti-histamínicos; o edema
prazo em doses terapêuticas elevadas, podem causar periférico que pode ser causado por bloqueadores
ulceração gástrica com risco perfuração e hemorragia e dos canais de cálcio; e a disfunção sexual
consequentemente risco de vida. normalmente causada por certos antidepressivos.
Farmacologia Carlos Família Farmacologia Carlos Família
Jacqueline R. Burchum, Laura D. Rosenthal (2021). Lehne’s Pharmacology for Nursing Care (10ª ed.). Elsevier.
Farmacologia Carlos Família Farmacologia Carlos Família
Conceitos gerais Conceitos gerais
Farmacocinética Farmacodinâmica
• Os processos farmacocinéticos determinam a quantidade • Quando um medicamento atinge os seus locais de ação,
de uma dose administrada que chega aos seus locais de os processos farmacodinâmicos determinam a natureza e
ação. Existem quatro processos farmacocinéticos a intensidade da resposta.A farmacodinâmica pode ser
principais: considerada como o impacto dos fármacos no organismo.
1. Absorção do fármaco • Na maioria dos casos, o passo inicial que leva a uma
resposta é a ligação de um fármaco ao seu recetor. Esta
2. Distribuição do fármaco
interação fármaco-recetor é seguida de uma sequência
3. Metabolismo do fármaco de acontecimentos que, em última análise, resulta numa
4. Eliminação do fármaco resposta.
• Coletivamente, estes processos podem ser considerados • O estado funcional do doente pode influenciar os
como o impacto do organismo nos medicamentos. processos farmacodinâmicos.
Medicamentos com nome ortográfico e/ou fonético e/ou aspeto semelhantes Medicamentos genéricos
• Nomes de marca: Um medicamento genérico é tipicamente um medicamento mais barato que a
sua contrapartida de marca, devendo ser tão seguro e eficaz como o original,
• Celebrex - celecoxib
partindo do principio que satisfaz os seguintes critérios:
• Cipralex - escitalopram
• Octaplex - factores de coagulação do sangue • Deve ter o mesmo principio activo e na mesma quantidade
• Zemalex - picetoprofeno • A mesma via de administração
• Melex - mexazolam • O mesmo perfil farmacocinético
• O mesmo efeito terapeutico
• Denominação comum internacional (DCI)
• Daunorrubicina Se estes critérios forem satisfeitos, diz-se que é o medicamento é bioequivalente,
no entanto esta bioequivalência não quer dizer que um determinado doente não
• Doxorrubicina
responda de maneira diferente, uma vez que podem existir diferenças ao nível
• Epirrubicina da absorção e metabolização, o que é particularmente importante para
• Idarrubicina medicamentos com uma margem terapêutica estreita.
questão pode ser util no tratamento de outras • Apresentam um perfil de toxicidade bastante seguro
patologias.
Representam uma fonte importante de interacções,
reacções adversas e sobredosagem
Objectivos farmacoterapêuticos
• Todos os fármacos exercem as suas funções terapêuticas
ao chegar a uma célula ou tecido alvo especifico.
Antagonistas Antagonistas
• Antagonistas competitivos
• São aqueles que competem com os agonistas ou mensageiro natural pelo
local de ligação.
• Ligam-se ao receptor sem alterar o rádio de receptor activo / receptor inactivo
• Se for dado agonista em concentrações suficientemente elevadas, este pode
impedir a ligação do antagonista ao receptor
• Antagonistas não-competitivos
• São aqueles que levam a uma diminuição da resposta máxima sem que haja
desvios na curva.
• Ligam-se no local de ligação do agonista ou mensageiro natural de forma que
se pode considerar irreversível (libertação muito lenta dos receptores ou
ligação permanente), normalmente através de ligações covalentes, ou
ligações electrostáticas e hidrófobas fortes.
Conceitos de farmacodinâmica
EGAS MONIZ SCHOOL
OF HEALTH & SCIENCE
Potência
• Absorção rápida e rápido inicio de acção • Apenas permite a administração de pequenas doses
• pH aproximadamente neutro (estabilidade do • Apenas permite a utilização de fármacos que
fármaco) possam ser absorvidos facilmente na mucosa
• Não há efeito de primeira passagem hepática oral
• Pode ser difícil manter a dose na boca tempo
Entéric Sublingual
suficiente para absorção completa
a
• A membrana celular é composta principalmente por fosfolípidos e por proteínas, sendo que os • Características das moléculas que influenciam a difusão passiva:
fosfolípidos estão dispostos numa dupla camada com as cabeças polares orientadas para o • Solubilidade – a solubilidade nos lípidos é importante para a maioria dos fármacos
exterior da membrana e as caudas polares para o interior. afectando directamente a sua capacidade de atravessar membranas biológicas
• As proteínas encontram-se dispersas na membrana, normalmente na porção extracelular, (bicamadas lipidicas).
intracelular ou mesmo atravessando a membrana e apresentando uma porção intra e extra celular • Peso molecular - quanto menor o tamanho e volume da molécula, mais facilmente
• Os lípidos actuam como uma barreira à água, sendo no entanto permeável a substâncias solúveis consegue atravessar barreiras lipídicas.
nos lípidos. No entanto a presença de poros pode permitir a passagem de água e de outras
substâncias com carácter polar, dependendo da seu tamanho, carga e conformação
tridimensional.
Biodisponibilidade Distribuição
• A biodisponibilidade é o parâmetro que indica a A distribuição refere-se à extensão pela qual os
extensão do fármacos que atinge a circulação fármacos se distribuem uniformemente pelo
sistémica depois da absorção e efeito de primeira organismo ou são sequestrados num compartimento
passagem, é normalmente expresso em específico. Normalmente depende de vários factores:
percentagem da quantidade de fármacos • Permeabilidade tecidular
administrada.
• Fluxo sanguíneo
• Depende da via de administração e da capacidade
dos fármacos atravessarem barreiras biológicas ou
• Ligação às proteínas plasmáticas
membranas biológicas. • Ligação a componentes subcelulares
Homem saudável de
70 Kg
Vfluido corporal = 42
D
Vd =
Cp L
24.5 L de liquido
intracelular
12 L de liquido
extracelular
Metabolização Metabolização
• O principal orgão responsável pela metabolização
é o fígado. Normalmente as enzimas responsáveis
• A metabolização refere-se às alterações químicas que um pela metabolização, como as enzimas do
determinado fármacos sofre após administração. Estas normalmente
resultam na formação de uma versão alterada do composto original, complexo enzimático P450, encontram-se no
conhecido como metabolismo, e que pode ou não ser activo. retículo endoplasmático liso das células hepáticas.
• Estas modificações químicas normalmente destinam-se a aumentar a
carga das moléculas de fármacos, por oxidação, redução, hidrólise • A metabolização pode também ocorrer noutros
ou conjugação, de forma a serem mais facilmente eliminados pela orgãos, como pulmões, rins, epitélio gastro-
urina. intestinal e pele.
Nota: Por vezes o fármaco administrado é inactivo, conhecido como pró-fármaco, e a sua forma activa é apenas
conseguida após metabolização.
Eliminação Eliminação
Eliminação Eliminação
• Além do rim, existem outras vias de eliminação • A taxa de eliminação de um fármacos é importante
importantes, como os pulmões e tracto para determinar a dose e frequência das
gastrointestinal. administrações.
• Outras vias de eliminação menores incluem o suor, • Se um fármaco for administrado mais rapidamente
saliva e leite. do que é eliminado, irá acumular-se
excessivamente e poderá levar a efeitos tóxicos.
• Se um fármaco for eliminado mais rapidamente do
que é administrado, a concentração plasmática do
mesmo poderá nunca chegar a níveis terapêuticos.
Conceitos de farmacocinética
Intravenosa Oral
Perfusão contínua
Cp Cp Cp
t t t
Bólus
IV
Bólus
IV
Perfusão
contínua
Pharmacology for the Physical Therapist (2nd Edition), Erin E Jobst, Peter C.
Panus, Marieke Kruidering-Hall. McGraw Hill
{
Agentes colinérgicos Agentes colinérgicos
{
Gânglios autonómicos
libertada na fenda sináptica M2
Terminais nervosos
após estímulo. autonómicos
Receptores
M3
• Na fenda sináptica interage Muscarínicos Glândulas
{
degradada a colina e acetato
N1 Junção Neuromuscular
pela enzima Acetilcolina- Receptores
Nicotínicos
esterase. Gânglios Autónomos, Sistema
N2 Nervoso Central e Medula
Adrenal
Representação esquemática
Agonistas muscarínicos
Os agonistas muscarínicos são fármacos que imitam
a ação da Ach ao se ligarem aos receptores
colinérgicos muscarínicos. Potencializando assim os
efeitos do Sistema Nervoso Parassimpático.
Agonistas muscarínicos
Directos
Inibidores a acetilcolina-esterase
• Os efeitos farmacológicos
característicos dos agentes anti-
ChE devem-se principalmente à
prevenção da hidrólise da ACh pela
AChE nos locais de transmissão
Agonistas muscarínicos colinérgica.
Indirectos • O transmissor acumula-se assim,
aumentando a resposta à ACh que
é libertada
• Praticamente todos os efeitos
agudos de doses moderadas de
organofosforados são atribuíveis a
esta ação.
Toxicidade Toxicidade
• Os sinais iniciais dominantes são essencialmente • A terapêutica inclui sempre:
muscarínicos: • Manutenção dos sinais vitais - a respiração, em
• Miose, salivação, sudação, constrição particular, pode estar comprometida
brônquica, vómitos e diarreia. • Descontaminação para evitar mais absorção - isto
• Sistema nervoso central: pode exigir a remoção de todo o vestuário e a
lavagem da pele em casos de exposição a poeiras
• Distúrbios cognitivos, convulsões e coma
e sprays
• Efeitos nicotínicos periféricos:
• Atropina parentérica em grandes doses,
• Bloqueio neuromuscular despolarizante. administrada tantas vezes quantas as necessárias
para controlar os sinais de excesso muscarínico.
Toxicidade
• A terapêutica pode incluir:
• (Pralidoxima) Oximas são utilizadas para
promover a reactivação da AchE (eficazes se
administradas nas primeiras 24h)
Antagonistas muscarínicos
Agonistas nicotínicos
• Bloqueadores neuromusculares despolarizantes
(succinilcolina, dexametonium)
• Agonistas dos receptores nicotínicos que ao
provocar uma despolarização prolongada dos
Agonistas e antagonistas nicotínicos
receptores levam à inactivação dos canais de
sódio e consequente bloqueio neuromuscular
(paralisia flácida).
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Agonistas adrenérgicos
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• Agonistas adrenérgicos:
• Dopamina, epinefrina (ex. epipen ®), norepinefrina
• Nota: os agonistas β-1 e α-2 selectivos foram estudados nos capítulos sobre
fármacos com acção cardiovascular
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Sinapses adrenérgicas
• Fibras pós-ganglionares do sistema nervoso simpático, utilizam a • O precursor das Catecolaminas é o amino ácido tirosina.
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• Usos terapêuticos:
• Contra-indicações:
• Tratamento do choque e da Hipotensão arterial,
• Doença Coronária, Cardiomiopatias, HTA, Estenose Aórtica.
• Quadros hipovolémicos (ex. hemorragia);
• Hiponatrémia; • Curiosidades:
• Insuficiência suprarenal; • Os vasoconstritores são substâncias proibidas em atletas de alta competição, pois podem
induzir resultados positivos no controlo anti-doping.
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Antagonistas adrenérgicos β
• Efeitos secundários • Todos os fármacos β – bloqueantes são antagonistas competitivos, sendo que a
• Hipotensão ortostática; grande maioria destes fármacos actua ao nível cardiovascular ou
• Taquicárdia (reflexa à hipotensão); broncorespiratório, daí serem estudados noutros capítulos.
• Astenia;
• Disfunção sexual (devido ao bloqueio α-1); • Um dos principais efeitos farmacológicos resultante do bloqueio dos
• Tonturas, náuseas e vómitos; receptores β-1 é o efeito Ionotrópico e Cronotrópico negativo. Contudo, não
acontece a hipotensão postural, pois os receptores α- adrenérgicos mantém-se
• Precauções activos.
• Taquicárdia (reflexo baroreceptor); • A inibição dos receptores β-1 diminui igualmente a libertação de Renina.
• Angina pectoris • A inibição dos receptores β-2 não possui efeitos significativos nos indivíduos
saudáveis. Contudo, no asmático ou no DPOC a inibição do receptor β-2
• Pode existir potenciação de efeitos com fármacos anti-hipertensores.
pode induzir broncoconstrição grave
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• O bloqueio dos receptores β-2 pode ainda induzir alterações no metabolismo • O único fármaco em estudo, neste capítulo, será o Timolol (ex. Timoptol ®)
dos lípidos e dos hidratos de carbono.
• Bloqueadores β adrenérgicos NÃO selectivos podem afectar gravemente a • Colírio, β Bloqueante não selectivo, reduz a secreção de humor aquoso, Colírio
recuperação da hipoglicémia em diabéticos. Daí que não devam ser útil no tratamento do Glaucoma. Contudo, mesmo sob a forma de colírio, é
administrado a diabéticos... passível de extensa absorção sistémica.
• Todos os β Bloqueantes mascaram a taquicárdia observada na hipoglicémia,
pelo que impedem a manifestação de um importante sinal de alerta. • Efeitos secundários:
• Precauções
• Indivíduos com bradicárdia, insuficiência cardíaca ou asma.
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• Antagonistas β–adrenérgicos
• Avaliar os sintomas broncoconstrição → Pode diminuir a capacidade aeróbica do indivíduo.
• Não é correcto utilizar o batimento cardíaco como indicador da taxa de esforço do indivíduo.
• Soluções fisioterapêuticas
• Hipotensão ortostática - Para evitar quedas auxiliar o indivíduo nasmudanças de posição e em
ambientes quentes (ex. piscinas de água aquecida).
• Em caso de exercício aeróbico terminar o exercício com um período de recuperação mais
alargado.
• Dispneia – Para prevenir dispneia aumentar o tempo para executar exercícios aeróbicos (estar
atento à inibição da frequência cardíaca).
• Verificar a T.A e a F. C. antes, durante e após actividades aeróbicas.
• De modo geral, a maioria dos antagonistas adrenérgicos permitem ao indivíduo executar
exercícios aeróbicos minimizando o efeito de H.T.A., disrritmias ou de angor pectoris.
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Fármacos que actuam no sistema nervoso central IO
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Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos
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Ansiolíticos Sedativos
• Fármacos que diminuem a sensação de ansiedade podendo, ou não, diminuir as • Fármacos que diminuem a agitação psico-motora (ex: irritabilidade,
outras manifestações objectivas. Sendo que a sensação de ansiedade representa hiperactividade), actuando nas manifestações objectivas. No entanto podem
a vertente subjectiva da ansiedade, que é relativa ao indivíduo, e as não diminuir a sensação subjectiva de ansiedade.
manifestações objectivas objectiva (ex: roer as unhas, transpirar, etc.),
representam a vertente objectiva da ansiedade, vertente que pode ser
observada.
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Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos
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Hipnóticos Tranquilizantes
• Fármacos que induzem sono no indivíduo, mesmo que este não tenha sono ou • Definição que já não se usa (mas que ainda pode surgir em alguns manuais)
insónias. Destinam-se a facilitar o início e manutenção do sono natural e do
qual o indivíduo pode ser acordado de forma mais ou menos imediata • Tranquilizantes major - fármacos que reduzem a agressividade mesmo em
(dependendo do tipo de hipnótico). situações de grande agitação (anti-psicóticos).
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Benzodiazepinas Benzodiazepinas
• Alprozolam (Ex. Xanax ®; Unilan ®; Prazam ®; Pazolam ®) • As benzodiazepines ligam-se à sub-unidade α do receptor do GABA,
• Clonazepam (Ex. Rivotril ®) aumentando a sua afinidade para o GABA e assim que haja uma maior influxo
• Bromazepam (Ex. Lexotan ®; Bromalex ®) de Cl- para o neurónio, levando à hiperpolarização da membrana e
• Diazepam (Ex. Metamidol ®; Bialzepam ®; Valium ®) consequentemente a uma inibição da geração de novos potenciais de acção.
• Estazolam (Ex. Kainever ®)
• Flunitrazepam (Ex. Rohypnol ®)
• Lorazepam (Ex. Ansilor ®; Lorenin ®; Lorsedal ®)
• Midazolam (Ex. Dormicum ®)
• Oxazepam (Ex. Serenal ®)
• Triazolam (Ex. Halcion ®)
• Zolpidem (Ex. Cymerion ®; Stilnox ®) (Apesar de não ser uma BZD actua no
mesmo receptor que as benzodiazepinas).
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Benzodiazepinas
• Efeitos terapêuticos:
• Ansiolítico
• Sedativo Cloxazolam Efeito essencialmente
Alprazolam
ansiolítico
• Hipnoindutor (alguns) Bromazepam
Clobazam
Medazepam
• Relaxante muscular - aumenta o efeito inibitório do GABA no arco reflexo a Camazepam
Efeito ansiolítico
Oxipertina Clordiazepóxido
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• Usos terapêuticos: insónia e/ou pré-anestésico • Curta duração de acção (3-8 horas):
• Oxazepam
• Midazolam (ex. Dormicum®)
• Triazolam
• Via de administração: IV, IM
• Média duração de acção (10-20 horas):
• Usos terapêuticos: medicação pré-anestésica e intra-operatória • Alprazolam
• Clonazepam (ex. Rivotril®) • Estazolam
• Via de administração: oral • Lorazepam
• Usos terapêuticos: distúrbios convulsivos, maníaco-depressivos, adjuvante na mania • Temazepam
• Longa duração de acção (24-72 horas):
aguda e em determinados distúrbios do movimento.
• Clorazepato
• Diazepam (ex. Metamidol®; Bialzepam®; Valium®).
• Clordiazepóxido
• Via de administração: oral, IM, IV, rectal.
• Diazepam
• Usos terapêuticos: distúrbios de ansiedade, distúrbios convulsivos, relaxamento da • Flurazepam
musculatura esquelética, pré-medicação anestésica. • Quazepam
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Nota: A dose de ataque é feita por via I.V. em 0,2 mg/30 segundos, podendo
• A ansiedade é o principal síndrome de privação da privação das benzodiazepinas a um existir administrações subsequentes até resposta positiva ao antídoto.
indivíduo submetido a tratamento prolongado.
• Este síndrome é menos intenso com as benzodiazepinas de acção longa e com o Zolpidem.
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Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos
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Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos
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Barbitúricos
• Os barbitúricos formavam no passado a base do tratamento usado para sedação ou indução
do sono, no entanto devido ao seu potencial para abuso e toxicidade, têm sido substituídos
por benzodiazepinas.
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Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos
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Antipsicóticos
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Sistema dopaminérgico
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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Antipsicóticos
• Indicações terapêuticas • Mecanismo de acção
• Efeito depressor global sobre a maior parte das funções cerebrais. • Bloqueiam os receptores dopaminérgicos centrais e periféricos.
• Redução da agitação e a hiperactividade neuromuscular, proporcionando um • Consoante o fármaco, também bloqueiam outros receptores (α; H1; M; 5-
estado de tranquilidade e descontracção. HT, etc).
• Tratamento da Esquizofrenia, Mania, Agressividade súbita e ocasionalmente
na Depressão.
Nota: Possuem ainda efeitos anti-eméticos que serão estudados noutro capítulo.
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Antipsicóticos
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• Efeitos anti-eméticos
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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Antipsicóticos clássicos
• Efeitos anti-muscarínicos • Os antipsicóticos clássicos foram os primeiros a ser comercializados. São o
• resultante da inibição dos receptores colinérgicos.
grupo mais antigo, sendo menos selectivos, logo possuem mais efeitos
secundários (inclusive extra-piramidais).
• Efeitos extra-piramidais
• Parkinsonismo, acatisia (agitação motora), discinésia tardia (posturas inapropriadas do
pescoço, membros e tronco)
• Efeitos anti-adrenérgicos
• Resultantes da inibição dos receptores α-adrenérgicos).
• Efeitos endócrinos
• A maioria dos anti- psicóticos aumenta a secreção de prolactina (prl), devido ao bloqueio
dos receptores d2 da hipófise (que impedem a “regulação negativa” do hipotálamo). A
libertação da prl pode induzir galactorreia e ginecomastia...
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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Antipsicóticos atípicos
• São o grupo mais recente, possuindo menos efeitos 2os e menores efeitos • Indicações terapêuticas
extra-piramidais, em comparação com os clássicos, e maior eficácia na • Tratamento de distúrbios psicóticos agudos e crónicos. Embora não sendo
regulação dos sintomas negativos das psicoses. específicos para a psicose a ser tratada, são claramente eficazes nas psicoses
• São muito mais selectivos para o antagonismo dos receptores da Dopamina e como:
da Serotonina. • Esquizofrenia;
• Mania (e fase maníaca da doença bipolar);
• Psicoses agudas ideopáticas:
• Síndrome de “Gilles de la tourette”, autismo infantil; → Transtorno
delirante persistente;
• Alívio da psicopatologia da demência senil;
• Dor neurológica crónica;
• Tratamento coadjuvante do tétano (Cloropromazina)
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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• Tratamento do síndrome de abstinência associado a alcoolismo (especialmente • Apesar do sucesso dos anti-psicóticos, o uso isolado não constitui o melhor
nas psicoses associadas ao alcoolismo crónico); acompanhamento para os doentes psicóticos.
• Tratamento de náuseas e vómitos (alguns anti-psicóticos têm efeitos anti- • Geralmente são necessárias 2 a 3 semanas para se comprovarem os efeitos
eméticos podendo ser úteis, em casos de, por ex: positivos no paciente esquizofrénico. Sendo, geralmente, associados
• Vertigens; ansiolíticos e sedativos (ex. Benzodiazepinas) durante o início do tratamento
• Cinetose; anti-psicótico, diminuindo as doses quando se verificar a melhoria dos
• Vómitos induzidos por Radioterapia e Quimioterapia. sintomas.
• Por vezes associam-se anti-psicóticos e anti-depressivos, em especial nos
pacientes psicóticos deprimidos ou nos casos de depressão com agitação e
manifestações psicóticas.
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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• Os antipsicóticos podem comprometer a atenção ou as respostas motoras... • A maioria dos anti-psicóticos (especialmente os Atípicos) possui efeito
Atenção ao manuseamento de máquinas! terapêutico por 24h, o que leva à prática comum de se administrar a dose diária
• Geralmente, como os anti-psicóticos são utilizados de forma crónica e devido à 1x/dia (o que aumenta a “adesão” do doente ao tratamento). Contudo, a dose
hiperprolactinémia que produzem, existe a preocupação clínica sobre as suas deve ser individualizada para cada paciente.
possíveis contribuições para o cancro da mama. • No tratamento das crises psicóticas agudas, a dose de fármaco anti-psicótico é
• Embora não exista a confirmação de tal risco, os neurolépticos e outros agentes aumentada durante os 1os dias, até se obter o controlo dos sintomas.
que estimulem a secreção de PRL devem ser evitados em pacientes com Posteriormente a dose é ajustada durante as semanas seguintes, assim que as
carcinoma da mama, particularmente em caso de metástases. condições do paciente o permitam.
• A suspensão súbita de um tratamento anti-psicótico pode levar a mal-estar e /
ou dificuldade em conciliar o sono por vários dias e recidiva ou exacerbação
da Psicose.
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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• Para o tratamento da mania podem ainda ser administrados fármacos • Efeitos secundários, mais frequentes, dos anti-psicóticos
estabilizadores do humor e o lítio. Contudo, no tratamento inicial da mania • Retenção urinária
aguda torna-se mesmo obrigatório o uso de anti-psicóticos, uma vez que nas • Confusão mental
primeiras semanas o Lítio não tem efeito terapêutico. • Disfunção sexual
• Tremores
• Anti-psicótico de urgência: haloperidol i.v. (ou equivalente); • Hipotensão postural
• Obstipação
• A agitação grave e não controlada pode ser tratada com uma benzodiazepina • Dependentes do antagonismo da dopamina:
sedativa (ex. Lorazepam); • Galactorreia e ginecomastia;
• Indução do apetite → provável aumento de peso!!
• Disfunção sexual
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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• Discinésia tardia (movimentos involuntários nos membros, boca, língua). • Disfunção sexual
surge anos após o início do tratamento (em cerca de 50% dos indivíduos). • Antagonismo histamínico H1
• Sedação
Mais frequente após 50 anos. Pode não ser reversível.
• Anti-emético (pode ser benéfico)
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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• Considerações Em Fisioterapia
• Estar atento para os efeitos secundários que podem interferir com as sessões terapêuticas:
• Sedação
• Possível hipotensão ortostática
• Efeitos extra-piramidais (bradicinésia, tremor, rigidez).
• Discinésia tardia
• Soluções Fisioterapêuticas
• Hipotensão ortostática - Para evitar quedas, auxiliar o indivíduo nas mudanças de
posição e em ambientes quentes .
• Sedação acentuada - programar as sessões terapêuticas para o momento do dia em que
o efeito é menos sentido (variação individual).
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Antipsicóticos Antipsicóticos
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Antipsicóticos
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Análgésicos opióides
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Análgésicos opióides Análgésicos opióides
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• Estimulam os receptores opióides, simulam a acção de substâncias naturais do • Apesar de existirem algumas diferenças entre os diferentes analgésicos opióides
organismo conhecidas como endorfinas, os quais estão localizados em certas mais potentes, há um padrão mais ou menos comum nos seus efeitos.
células do sistema nervoso central, do sistema nervoso periférico e do tracto
gastro-intestinal. • Mecanismo de acção:
• Os opióides atravessam muito rapidamente a BHE.
• No SNC actuam nos receptores opióides, simulando a acção das ENDORFINAS
• Sistema opióide endógeno apresenta uma elevada complexidade e diversidade
de efeitos:
• Existem diversos tipos de receptores opióides:
• Inibição das respostas aos estímulos dolorosos;
• µ1 e µ2 - Cérebro
• Modulação / regulação da função gastro-intestinal, endócrina e autónoma;
• δ - Cérebro, Espinal Medula e
• Estímulo das propriedades gratificação e dependência;
• Tecidos Periféricos
• Modulação / regulação da função cognitiva, da aprendizagem e da memória.
• k - Cérebro e Espinal Medula
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Análgésicos opióides Análgésicos opióides
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• Analgésicos opióides que estimulam os receptores µ • Receptores opióides (de maior interesse)
• Morfina • Receptores µ - SNC, fármacos semelhantes à morfina (efeito analgésico)
• Heroína • Receptores µ1- ligados à analgesia
• Codeína • Receptores µ2- ligados à função respiratória
• Fentanil e derivados • Opióides não selectivos que estimulam o µ1 vão exercer efeitos sobre a
• Metadona e congéneres função respiratória (depressão respiratória).
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Análgésicos opióides Análgésicos opióides
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Análgésicos opióides Análgésicos opióides
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• Efeitos eméticos e náuseas. • Contracção do esfíncter de oddi, → > pressão intra-vesical → cólica biliar.
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Análgésicos opióides Análgésicos opióides
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• Tolerância e dependência:
• A morfina e os seus análogos podem induzir síndrome de abstinência e
adição compulsiva.
• Sistema endócrino:
• Principalmente a morfina pode induzir maior libertação de LH, FSH e ADH.
• Outras considerações:
• A morfina e derivados opióides são facilmente absorvidos por via
transdérmica, subcutânea, intramuscular, intratecal e epidural;
• A biodisponibilidade da morfina por via oral é de apenas 25%;
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Análgésicos opióides Análgésicos opióides
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• Dores musculares /cãibras, Irritabilidade, • Tratamento dor grave e tumoral e indução da analgesia; → Sedação pré-operatória;
• Alívio da tosse (de origem tumoral);
• Tonturas, náuseas,
• Humor disfórico e desejo de usar a droga.
• Efeitos secundários
• Naúseas; Vómitos; Obstipação;
• Sinais de abstinência:
• Hipotensão ortostática;
• Dilatação da pupila (midriase);
• Cólica biliar;
• Sudorese, • Retenção urinária;
• Piloerecção, • Urticária e prurido;
• Taquicárdia, • Alterações no ciclo menstrual e no desejo sexual (devido às interferências nos eixos hipotálamo-
• Vómitos, Diarreia, HTA, hipófise-gónadas / supra-renal);
• Febre. • Sobredosagem → convulsões e depressão respiratória.
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Análgésicos opióides Análgésicos opióides
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• Efeitos adversos comuns: • Fentanilo e derivados: alfentanilo (ex. rapifen ®); fentanilo (ex. durogesic ®) e
• Retenção urinária sulfentanilo, também são fármacos agonistas dos receptores opióides µ, mas com potência
analgésica cerca de 100x superior à morfina.
• Dependência
• Uteis no controlo da dor no pré, durante e pós-operatório:
• Depressão respiratória
• Rápido início de acção analgésica (analgesia máxima em 5 min.)
• Sedação
• Estabilidade C.V.;
• Obstipação • Rápida reversão após administração de pequenas doses.
• Náusea e vómitos
• Indicações terapêuticas:
• Adjuvante anestésico via i.v., intratecal ou epidural;
• Controlo da dor no pré, durante e pós-operatório;
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Análgésicos opióides Análgésicos opióides
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• Outros fármacos com potência semelhante à morfina para tratamento da: • Pentazocina
• Dor crónica grave • Antagonista parcial - receptores µ
• Dor tumoral
• Agonista - receptores k
• Dor pós-operatória Buprnorfina (ex. subutex)
Petidina
• Nevralgia do trigémio
• Cólica renal
• Fármaco útil quando há contra-indicação para a estimulação dos receptores µ,
especialmente quando a morfina está contra-indicada:
• Tramadol (ex. tramal ®) • Administração simultânea de agonistas fortes com
• Fraco agonista dos receptores opióides µ. • Agonistas/antagonistas - receptores µ
• Tratamento do dor moderada, apresentando menos efeitos secundários que a morfina e eficácia
• Aumento pressão intracraniana
semelhante.
• Diminuição da função respiratória
• Hipovolémia
• Clonixina (ex. clonix ®; algimate ®)
• Analgésico (mas não tanto como o tramadol), sendo eficaz na dor moderada. • Cólica renal
• Apresenta menos efeitos secundários que o tramadol • Diminuição da função hepática e/ou função renal
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• Asmático • O uso de opióides representa um dos métodos mais eficazes para tratar a dor crónica grave
ou dor aguda pós-cirúrgica.
• DPOC ou função respiratória diminuída,
• Apesar dos efeitos secundários (alguns podem ser controlados com outros fármacos) o
• Insuficiência renal ou hepática grave
alívio da dor potencia os exercícios terapêuticos.
• Perturbações no SNC;
• Atenção possível depressão respiratória que poderá resultar em hipóxia e hipercápnia
• Álcool, BZD, anti-psicóticos e outros fármacos depressores do SNC aquando de exercício aeróbicos mais intensos.
• Potenciam os efeitos analgésicos sedativos, inclusive a depressão C.V.; ADT, • Atenção à possível obstipação, principalmente nas condições que diminuem a motibilidade
Anticolinérgicos, potenciam a obstipação e retenção urinária. gastro-intestina (ex, Paraplegia/Tetraplegia, cirurgia abdominal) o que pode levar à
prescrição de laxantes.
• O uso crónico de opióides pode levar à dependência física e psíquica. Nestes casos a
redução de doses pode induzir síndrome de abstinência (entre os quais cãibras e dores
musculares)
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Análgésicos opióides Análgésicos opióides
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• Principais efeitos secundários que podem interferir com terapia física: • Controlo da dor - As sessões de terapia física devem ocorrer durante o período em que a
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Neurotransmissores envolvidos na depressão
Humor
Humor
Temperatura Emese
Motivação corporal
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Estratégias terapêuticas
Tratamento farmacológico
Inibição da MAO-A
O tratamento farmacológico dos distúrbios depressivos tem por objectivo a reposição
Mono-amina oxidase – A
dos níveis normais dos mediadores químicos, de forma a restabelecer a
Responsável pela degradação
neurotransmissão normal.
biológica das mono-aminas
(serotonina e noradrenalina)
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Antidepressivos
Antidepressivos
ADT
Antidepressivos tricíclicos
ISRSN
Inibidores seletivos da recaptação da
serotonina e da noradrenalina Diferentes perfis de efeitos secundários
Antidepressivos
iMAO
Inibidores da MAO-A (monoamina oxidase A)
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Antidepressivos tricíclicos
Inibem o reuptake de serotonina
EFEITO EFEITOS SECUNDÁRIOS
ANTIDEPRESSIVO Inibem o reuptake de noradrenalina
Estimulação 5HT1
Agitação Amitriptilina
5HT Estimulação 5HT2 Insónia
Disfunção sexual
Ansiedade
(metabolito da imipramina)
↑
Náuseas
Estimulação 5HT3 Vómitos
Cefaleias
Clomipramina
Diarreia
Obstipação
NA Doxepina
Boca seca
Bloqueio Taquicardia
ACH Visão turva
Tonturas
Retenção urinária
Maprotilina
HT1 Nortriptilina
Confusão
Sedação
Bloqueio Tonturas
HIST
Aumento de peso
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Antidepressivos tricíclicos
Antidepressivos tricíclicos • EFEITOS ADVERSOS
• EFEITOS ADVERSOS Bloqueio Efeitos adversos
recetores
Bloqueio Efeitos adversos Bloqueio Sedação
recetores recetores > peso
Histamina
Bloqueio a Hipotensão H1
ortostática
(vasodilatação)
Tonturas
http://www.cnsforum.com/imagebank/section/Antidepressants/default.aspx
http://www.cnsforum.com/imagebank/section/Antidepressants/default.aspx
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Antidepressivos tricíclicos
Antidepressivos tricíclicos
• EFEITOS ADVERSOS
Bloqueio Efeitos adversos
recetores
http://www.cnsforum.com/imagebank/section/Antidepressants/default.aspx
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Antidepressivos tricíclicos
Antidepressivos tricíclicos
• EFEITOS ADVERSOS
BLOQUEIO BLOQUEIO
H1BLOQUEIO H1 Bloq M ADT
alfa BLOQUEIO > NA
Absorção Bem absorvidos por via oral
M F=40-50% (metabolismo de primeira passagem hepática)
Distribuição Extensa ligação às proteínas plasmáticas
AD tricíclicos EFEITOS AGITAÇÃO CONVULSÕES SEDAÇÃO HIPOTENSÃO EFS GI > PESO EFS SEXUAIS EFS Extenso Vd (5-30L/kg)
ANTICOLIN CARDÍACOS
Metabolismo Cit P450:
Amitriptilina NA, 5HT 0 ++ +++ +++ +++ 0 ++ ++ +++ CYP 2C19, 1A2, 3A4, 2C9, 2D6 …
Eliminação Renal
Clomipramina NA, 5HT 0 +++ + ++ +++ + ++ +++ +++ < nos idosos
Doxepina NA, 5HT 0 ++ ++ ++ ++ 0/+ ++ ++ +++
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Antidepressivos tricíclicos
Antidepressivos tricíclicos Interações medicamentosas
• Metabolismo da imipramina (semelhante a outros ADT)
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Inibidores seletivos do reuptake da serotonina e NA (ISRSN)
Inibidores seletivos do reuptake da serotonina (ISRS)
Diminuem a recaptação da 5HT
Aumentam a sua concentração na sinapse + USADOS
Venlafaxina
Fluoxetina (Prozac®)
Fluvoxamina
Paroxetina
Sertralina
Escitalopram
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Inibidores seletivos do reuptake da serotonina e noradrenalina (ISRS, ISRSN)
Inibidores seletivos do reuptake da serotonina e noradrenalina (ISRS, ISRSN)
A serotonina inibe a libertação de
gonadotrofinas pelo hipotálamo,
podendo reduzir a atividade sexual.
EFEITOS ADVERSOS
A serotonina inibe o apetite e está
envolvida nos mov. perisálticos GI
ISRS Efeitos Agitação Convulsões Sedação Hipotensão Efs Gi > Peso Efs Efs
anticolin sexuais cardíacos
Fluoxetina 5HT + 0/+ 0/+ 0 0 +++ 0 +++ 0/+
ISRSN
Venlafaxina 5HT, NA 0/+ 0 0 0 0 +++ 0 +++ 0/+
Adaptado de http://hss.ulb.uni-bonn.de/2003/0302/0302.pdf
Katja Grasmäder. (2003) Pharmacokinetics of Antidepressants and Lithium. Doktorgrade Dissertation - Universität Bonn, Germany
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Inibidores seletivos do reuptake da serotonina
Inibidores seletivos do reuptake da serotonina
FLUOXETINA
FLUOXETINA t1/2 4 -6 dias (fluoxetina)
4 -16 dias (norfluoxetina)
Absorção Rapidamente absorvida após adm oral Eliminação lenta à Interações!!
4-6 semanas pós-descontinuação
F ~ 60%
Distribuição Ampla distribuição no organismo Eliminação 80% excretada na urina (10% não conjugada)
Leite materno
Dose 20 mg /dia (depressão)
60 mg (bulimia nervosa)
Lig proteínas plasmáticas ~ 94.5%
Máx 80 mg/dia
Vd 27 L/kg Problemas renais/hepáticos à redução da dose
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Inibidores seletivos do reuptake da serotonina
Inibidores seletivos do reuptake da serotonina
ISRS
iMAO à síndrome serotoninérgico (pode ser fatal)
Anticoagulantes *
Alcool e outros depressores à aumenta sedação e depressão SNC
SNC
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Inibidores da monoaminooxidase (iMAO)
Inibidores da monoaminooxidase (iMAO)
Handbook of Drug Interactions: A Clinical and Forensic Guide (2 nd ed) – Ch. 12
http://emedicine.medscape.com/article/815695-clinical#showall
• Moclobemida
• Eficazes no tratamento da depressão
• Graves efeitos adversos (apenas usados em doentes que não
respondem a outros antidepressivos) iMAOs mais antigos Mais recentes iMAOs
Moclobemida
• Inibem a MAO : ↓↓ degradação da NA, DA Fenelzina (Aurorix ®)
Isocarboxazida Pirlindol (Implementor®)
Ligação IRREVERSÍVEL
Ligação reversível
E FS A DV E RS O S à MAO
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Inibidores da monoaminooxidase (iMAO)
Inibidores da monoaminooxidase (iMAO)
Handbook of Drug Interactions: A Clinical and Forensic Guide (2 nd ed) – Ch. 12
http://emedicine.medscape.com/article/815695-clinical#showall
CRISE HIPERTENSIVA
http://www.cnsforum.com/imagebank/section/Antidepressants/default.aspx
Farmacologia Carlos Família
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Inibidores da monoaminooxidase (iMAO)
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Outros antidepressivos
Inibidores da monoaminooxidase (iMAO) Antagonista dos recetores α2 e 5HT2
Interacções medicamentosas
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Outros antidepressivos
Síndrome de Abstinência dos AD (descontinuação súbita)
Caraterizado por múltiplos sinais/sintomas psicológicos e fisiológicos Haddad and Anderson (2007) Advances in Psychiatric Treatment,13
• Antagonista recetores 5HT2 e inibidor da recaptação da 5HT (algum efeito Sintomas gerais Perturbações
Sintomas GI Movimento
antagonista a2) Letargia
Náuseas Acatisia
do sono
Cefaleias Insónia
Vómitos Espasmos
Sintomas gripais Pesadelos
Diarreia Tremor
Tremor
Dor abdominal
Diaforese
Trazodona, Nefazodona Anorexia
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Antidepressivos tricíclicos
• Cardiotoxicidade
• Alterações SNC § Hipotensão
• Agitação, confusão § Prolongamento do intervalo QT
§ Distúrbios de condução, arritmias
• Sonolência ventriculares
• Delírio, alucinações § Morte súbita
• Convulsões
• Coma
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Inibidores selectivos da recaptação de serotonina-norepinefrina
Inibidores selectivos da recaptação de serotonina
Outros antidepressivos
Epilepsia
ANTIEPILÉTICOS • Patologia crónica caraterizada pela repetição de crises epiléticas
recorrentes devidas a uma descarga neuronal excessiva a nível cerebral
15 16
perda de consciência, desmaio, Podem considerar-se 3 grandes categorias de mecanismos de
fase tónica (rigidez membros) (grande mal)
+fase clónica (convulsões) ação dos fármacos antiepiléticos
(pequeno mal)
infantil/juvenil, perda consciência (5-20seg) Modulação (inib) dos canais iónicos sensíveis à voltagem: Na+, K+, Ca++
Potenciação da inibição neuronal mediada pelo GABA
a) Estimulação da síntese do GABA
espasmos bruscos das extremidades b) Aumento da libertação do GABA
c) Agonismo dos recetores do GABA
d) Inibição da captação do GABA
perda consciência + rigidez e) Bloqueio do metabolismo do GABA
17 18
Fenitoína
Efeitos secundários
Fenobarbital
Primidona (principal
metabolito: fenobarbital)
Carbamazepina
Etosuximida
Apenas se utiliza em
epilepsias de ausências e foi Valproato de sódio
largamente substituído pelo
valproato
19 21
Década de 90:
novos fármacos
Gabapentina
Felbamato Se 2 agentes Evitar
Lamotrigina Início da de primeira Associação de sobreposição
terapêutica linha utilizados 2 p.a. (~15% de efeitos
Tiagabina sozinhos adversos e
com 1 p.a. doentes)
Topiramato falharem interações
Vigabatrina
Levetiracetam
Melhor perfil de
Efeitos secundários
22 23
24 25
Farmacocinética
Antiepiléticos
• Absorvidos por via oral
• Extensa metabolização hepática
INTERAÇÕES
EFEITOS ADVERSOS
• Ligam-se às proteínas plasmáticas (% variável) FARMACOCINÉTICAS
• t1/2 influenciado por idade e interações medicamentosas
Concentração dependentes
Com outros AE
(mais comuns)
26 27
Fenitoína
• Altera a condutância das membranas ao Na+.
• Também interfere com os níveis de Glu
Farmacocinética Efeitos adversos
•↑ Absorção GI Nistagmus
• Pico plasm = 3-12h
• t1/2=24h (12-36h) Diplopia e ataxia
• Via IV (por via IM pode pp)
• ↑ lig. proteínas plasmáticas (90%) à MTS Hiperplasia gengival
INTERAÇÕES Hirsutismo
• Acumulação no cérebro, fígado, músculo e tecido Reações cutâneas
adiposo (etc)
• Metabolização hepática (met. inativos); excreção
urinária
• INDUTOR ENZIMÁTICO
29
28
Carbamazepina
• Altera a condutância das membranas ao Na+ e Glu
• Elevada eficácia
Oxcarbazepina
Farmacocinética Efeitos adversos
• Absorção oral lenta; errática Diplopia e ataxia
• Pico plasmático = 6-8h Vertigens • ~ carbamazepina
• 70% lig. proteínas plasmáticas Efeitos GI • < potente
• Metabolismo hepático; met. ativo (Carbamazepina- Discrasias sanguíneas (anemia
10,11-epóxido) aplásica, agranulocitose) • t1/2=1-2h (metabolito com longa duração de ação e menos interações)
• Autoindução em adm. prolongada (↓t1/2) Alterações cutâneas • ↓ indução enzimática à ↓ interações
• t1/2=36h (dose inicial); 8-12h (terapêutica Retenção de fluidos (!idosos)
continuada)
• INDUTOR ENZIMÁTICO CYP2C, 3A4
• à MTS INTERAÇÕES (contracetivos orais, primidona,
fenitoína, etosuximida, ácido valpróico, clonazepam)
30 31
Lamotrigina Topiramato
• Altera a condutância das membranas ao Na+ e Ca2+ . Também interfere com • Altera a condutância das membranas ao Na+
os níveis de Glu • Também interfere com GABA
Farmacocinética Efeitos adversos Farmacocinética Efeitos adversos
• Boa absorção GI Náuseas e vómitos • Boa absorção via oral Litíase renal
• 55% lig proteínas plasmáticas Manifestações cutâneas • 40% excretado inalterado na
• t1/2=24h Febre, mal-estar, síndrome urina Mts efeitos adversos SNC (> outros AE)
• Metabolização hepática (glucuronidação) gripal • t1/2 20 h •Lentidão de raciocínio
• NÃO é indutor/inibidor enzimático Diplopia •Confusão
Cefaleias •Diminuição da capacidade de concentração e
Raramente disfunção memória
hepática, leucopenia e •Sonolência, fadiga
trombocitopenia •Perturbação do discurso
•Perturbações do humor e depressão
•Alterações do comportamento
32 33
Valproato de sódio Tiagabina
(ácido valpróico)
• Inibidor da recaptação do GABA
• Altera a condutância das membranas ao Na+
• Também interfere com os níveis de GABA e recetores de Glu
34 35
Fenobarbital Primidona
• Altera a condutância das membranas ao Na+e Glu
• Canais Na+/Ca++ • (*) Também interfere com ação do GABA
• Modulação alostérica dos recetores GABAA Farmacocinética Efeitos adversos
• Boa absorção oral Diplopia, nistagmus
Farmacocinética Efeitos adversos • Fraca lig proteínas plasmáticas (30%) Sonolência
• Boa absorção • Sedação Alterações do humor
• t1/2= 6-8 h Psicose
• t1/2 =75 a 125 h • Confusão
• INDUTOR ENZIMÁTICO • Ataxia • Metabolização hepática à Metabolitos ativos: Fadiga
• Reações cutâneas fenobarbital (*) e feniletilmalonamida Impotência
• Nistagmus • INDUTOR ENZIMÁTICO Rash cutâneos
36 37
Interações Medicamentosas AE/AE
> Conversão
FENITOÍNA PRIMIDONA primidona à
fenobarbital
< Metabolismo
ÁC VALPROICO FENOBARBITAL RISCO toxicidade
fenobarbital
RISCO toxicidade
ÁC VALPROICO FENITOÍNA fenitoína
(desloca-a local lig)
38 39
• Fenitoína e Fenobarbital à
ANTICOAGULANTES
• > metabolismo dos anticoagulantes orais
CONTRACETIVOS
• >>metabolização CO
ORAIS
40 41
Outras aplicações dos antiepiléticos
AE NA GRAVIDEZ – EFEITOS TERATOGÉNICOS
Risco cerca de 2x superior (malformações tubo neural e cardíacos) A dor pode surgir por dois mecanismos:
• (...)
42 43
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EGAS MONIZ
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Doença de Parkinson
Doença de Parkinson
• É uma doença degenerativa do SNC, lentamente progressiva, idiopática, rara
antes dos 50 anos, comprometendo ambos os sexos de igual modo. • A doença de Parkinson é caracterizada pelo distúrbio neurológico progressivo
do movimento muscular que origina a instabilidade postural (postura muito
• A etiologia base é a destruição dos neurónios dopaminérgicos do núcleo do característica com a cabeça em ligeira flexão, tronco ligeiramente inclinado
SNC denominado por “Substantia nigra”. A libertação da DOPAMINA é para a frente, flexão moderada da perna sobre a coxa e do antebraço sobre o
reduzida até à inibição completa (que acontece aquando da destruição completa braço e mãos flectidos ventralmente).
dos neurónios dopaminérgicos). Numa fase posterior da D.P. ocorre, inclusivé,
a destruição dos receptores dopaminérgicos.
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Doença de Parkinson
Doença de Parkinson
• Sintomatologia:
• Doentes mais novos têm formas mais agressivas de doença.
• Tremor “de repouso”;
• Rigidez muscular;
• Inicio tardio normalmente está associado a um melhor prognóstico, mas com
• Bradicinésia / Hipocinésia;
mais efeitos secundários resultantes da medicação.
• Dificuldade de execução de movimentos finos (ex. abotoar botões, cortar
alimentos no prato, etc)
• Existem outras formas de Parkinsonismo (ditas secundárias) que podem ser
• Instabilidade postural e da marcha (“bloqueio da marcha”);
transitórias e que podem surgir derivado a doenças virais (ex. encefalite viral),
• Outros distúrbios mais ligeiros:
lesões vasculares (ex. AVC), medicamentos (ex. Antipsicóticos em doses
• Sialorreia, retenção urinária, obstipação, depressão
elevadas), etc...
• Alteração do sono, micrografia, alterações cognitivas
• Slteração da líbido, discurso monocórdico, etc.
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Doença de Parkinson
Doença de Parkinson
• Os sintomas da D.P. somente surgem quando cerca de 80% dos neurónios dopaminérgicos
estão destruídos. • As acções gerais no tratamento da D.P. passam também por acções NÃO
FARMACOLÓGICAS, nomeadamente encorajar o doente a efectuar acções
• A Dopamina possui efeitos inibitórios sobre o sistema gabaérgico, ou seja, quando é comuns do dia a dia, fazer fisioterapia, terapia da fala, etc...
necessário, a Dopamina inibe a libertação de GABA.
• Por outro lado, o sistema colinérgico mantém-se activo, ou seja, há uma estimulação mais
ou menos constante do neurónio gabaérgico por parte da Ach... (daí o tremor, rigidez
muscular, etc)
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recaptação. Mas necessita de “alguns” neurónios dopaminérgicos funcionais enzimas que fazem essa degradação, aumentando assim o período de tempo
para que a Dopamina seja produzida... que a Dopamina pode actuar nos seus receptores.
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Off quando perde o efeito. Ocorre nas fases + avançadas da doença)). inibir a acção dos Anti-parkinsónicos, pois bloqueiam os receptores
dopaminérgicos;
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Doença de Huntington
Doença de Huntington
• A doença de Huntington é uma doença hereditária, autossómica dominante,
causada por uma mutação no cromossoma 4, o que induz a destruição dos • Os sintomas típicos são:
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• Nota: os efeitos secundários são semelhantes entre si e já descritos na secção considerável frequência. De causa desconhecida.
dos antipsicóticos.
• Esses tiques motores e vocais mudam constantemente de intensidade e não
existem duas pessoas que apresentem os mesmos sintomas.
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• Se estes não forem eficazes pode-se tentar Carbamazepina (anti-convusivante) autossómica recessiva. A principal característica é a acumulação tóxica de cobre
nos tecidos, principalmente cérebro e fígado, o que leva o portador a manifestar
ou Clonazepam (benzodiazepina)
sintomas neuropsiquiátricos e de doença hepática.
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• Para o tratamento da sintomatologia neuropsiquiátrica é frequente o uso: caracterizada por uma perda neuronal excessiva, sem retorno, como
• Clonazepam (bzd)
• Esta demência determina um comprometimento da capacidade cognitiva, de
início gradual, mas de progressão inevitável, que abrange a totalidade das
funções neuronais;
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Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
• Geralmente, a 1a manifestação clínica consiste no comprometimento da
memória recente, enquanto que a memória retrógrada se mantém preservada; • Uma vez que a DA afecta a memória e a capacidade neurológica, é possível
que haja uma modificação das emoções e comportamentos do doente,
• À medida que o distúrbio progride, outras capacidades são afectadas, como a nomeadamente:
capacidade de fazer cálculos matemáticos, ou o uso de objectos comuns • Sonolência Agressividade Alucinações Psicose “Desnorte”
(apraxia ideomotora), distúrbios comportamentais e confusão mental, entre • Muitas vezes estes sintomas agravam-se ao final do dia ou durante
• A morte do indivíduo é habitual entre 6 a 12 anos após o início das não regridem a D.A. (ex, antipsicóticos, antidepressivos,
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Esclerose Múltipla
• Inibidor dos receptores NMDA (para o glutamato):
• Doença inflamatória degenerativa do SNC (doença desmielinizante) que evolui
• Memantina (ex. ebixa ®, axura ®)
habitualmente por surtos de agravamento/exacerbação na fase inicial, e que induz
• A memantina é um antagonista não competitivo de receptores NMDA,
lesões neurológicas permanentes e invalidez. Início gradual e com a variedade de
sendo dos fármacos mais recentes para o combate à D.A, que diminui a
sintomas, que dificulta o diagnóstico. Comparativamente a outras doenças
progressão da doença quer do ponto de vista psíquico quer físico. Pode ser
neurodegenerativas, o início dos sintomas é precoce (entre os 20 e os 40 anos),
prescrito simultaneamente com os anticolinesterásicos. predominando na mulher (2:1).
• Nota: existem cada vez mais evidências da que as perturbações na • A sintomatologia da EM é caracterizada por períodos de disfunção neurológica
neurotransmissão glutâmica, especialmente nos receptores NMDA, interrompidos por períodos de recuperação parcial ou completa. Na maioria dos
contribuem para o agravamento dos sintomas e para a evolução da doença doentes existe um período de remissão dos sintomas após o diagnóstico inicial,
na demência neurodegenerativa. voltando a sintomatologia 10 a 15 anos após o diagnóstico. Contudo, cerca de 15% dos
doentes possui um agravamento do seu estado neurológico desde o início dos sintomas.
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Esclerose Múltipla
• Sintomas: Apresenta uma enorme variedade de sintomas, podendo ser qualquer sinal ou
sintoma neurológico. Contudo os sintomas mais frequentes são: • Evolução:
• Parestesias e perda de sensibilidade táctil • Primeira fase (inflamatória):
• Fadiga muscular
• Agressão imunológica maioritariamente celular (linfócitos T) aos
• Espasmos musculares
oligodendrócitos – mielina - formação de placas na mielina.
• Ataxia
• Disartria • Segunda fase (degenerativa):
• Disfagia • Gliose (processo cicatricial irreversível, comparável à cirrose no fígado)
• Nistagmo
• Obstipação
• Retenção /incontinência urinária
• Períodos de depressão e de ansiedade
• Fenómeno de Uhthoff (agravamento dos sintomas em exposição a temperaturas elevadas)
• Sinal de Lhermitte (sensação de corrente eléctrica que irradia pela coluna vertebral)
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Abordagem terapêutica
• Fármacos úteis nos surtos de agravamento da E.M.:
• Corticosteróides (ex. metilprednisolona) • Profilaxia do surto:
• Nota: quando a clínica é incomodativa, a corticoterapia é administrada para • Redução do número de surtos por ano
acelerar o restabelecimento da barreira hematoencefálica. A longo prazo • Redução da necessidade de internamento por surto
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Doença de Parkinson
• Tratamento das complicações
• Espasticidade
• Antiespásticos: Baclofeno, Diazepam e Tizanidina
• Fadiga
• Fluoxetina, Amantadina
• Disestesias (enfraquecimento ou alteração na sensibilidade dos sentidos,
sobretudo do tacto)
• Carbamazepina, Gabapentina
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Doença de Alzheimer
Esclerose multipla