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AULA TEÓRICA 19/10/2023

19 de outubro de 2023 18:29

Qual é a solução na eventualidade das partes remeterem para uma parte ou terceiro relativamente
a critérios de preço?
No âmbito dos critérios, o professor aplica o artigo 400/2 diretamente (discutindo assim contra
Henrique Mesquita e Raul Ventura), na interpretação da realização do Direito, ele efetua o critério
através da resolução do caso concreto, teremos que ver qual é o problema que a norma resolve,
chegando à resolução que o processo de interpretação e concretização do Direito é analógico,
nenhuma das três teses apresentadas revelam uma diferença de resultado (em teoria), mas na
prática podem existir casos que pode transportar-se para resultados diferentes.
Para o professor é impossível cumprir o mandamento do critério anti analógico de normas especiais,
porventura, ele poderia aplicar uma norma excecional se existisse uma correspondência direta entre
a norma excecional e o caso, porém, caso não tivesse uma correspondência a 100% e apesar de
estar dentro do caso implícito na norma excecional, o que ele poderia fazer? Iria aplicar a regra geral
e não a especial, apesar da correspondência estar quase a 100%, ele estaria obrigado a violar um
princípio constitucional, que é o princípio da igualdade, porque ele deve tratar os casos de forma
igual, e deve aplicar o direito igualmente igual.
Ele para respeitar o método de Tomás de Aquino (dar a cada um o que é seu), tem que respeitar a
igualdade, o artigo 10.º ao proibir a aplicação da analogia das normas excecionais, temos uma
violação do direito constitucional, para além disso, na interpretação do Direito temos uma
determinação completa num sentido de analogia.
O Positivismo exegético fala do juiz como “a boca da lei”, hoje em dia é contestado, e é contestado
pelo próprio professor, em bom rigor, a razão pela qual ele chama as três formas de interpretação
porque na teoria eles vão para o mesmo destino, mas na prática não, e é através desta razão que ele
leva o espirito jurídico para um caminho mais direto, no âmbito da obrigação da entrega, o
professor também não tem uma imagem literalista, a obrigação da entrega é vista como um plano
normativo, que é uma questão de disponibilidade da coisa.
A visão de que toda a interpretação é analógica, temos que erguer o problema do Direito Penal,
hoje genericamente diz-se haver um principio de tipicidade, o professor Diogo Costa Gonçalves diz
que não é possível respeitar 100% da tipicidade, mas o professor não concorda, seguindo a lógica do
Professor Castanheira Neves (Digesta, é uma obra dele), para ele todo o processo é analógico, e
tenta ultrapassar a tipicidade em geral ou criminal em especial, temos uma ideia de garantir uma
certa objetividade no processo de realização do Direito.
O professor Castanheira Neves, para termos maior certeza, temos que seguir um processo
metodológico especifico, ele extrai a tipicidade por método, o sistema em todos os vetores não
pode ser ou mais ou menos isolado em institutos jurídicos, tem que se invocar o Direito como um
todo e o pensamento igualmente como um todo, quando estou a interpretar uma norma penal,
deveremos invocar os ensinamentos da doutrina e da jurisprudência, reclamando assim algum
subjetivismo, como em tudo na verdade.
O Código Comercial, no artigo 466.º, a determinação do preço que couber a terceiro, podendo ser
feita segundo um critério que possa ser estabelecido com o artigo 400.º do CC, ou até mesmo,
invocando o livre arbítrio do terceiro, temos um parágrafo único, que consiste na afixação de preço
que não é conseguida através do livre-arbítrio, temos aqui uma situação que o contrato fica sem
efeito.
Esta regra então traz duas situações:

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- Uma em que o preço deve ser afixado com determinados critérios, aqui o tribunal pode
intervir pela aplicação do artigo 400/2

- Também temos que é tudo deixado ao arbítrio, o artigo 466.º diz que fica sem efeito caso
não conseguir ou querer afixar um preço, se as partes não se conformarem (ou uma das
partes), teremos de invocar o tribunal? O Professor acha que não, mas existe um caso
excecional, Embora consagrada a ideia de não sindicância esteja na Compra e Venda
Comercial, deveremos entender que também se deve aplicar na Compra e Venda Civil, como
se dita a resolução do caso do §318/2 do BGB (Código Civil Alemão), Todavia, se houver má fé,
dolo ou abuso de direito, deve entender-se que se remete para a sindicância do tribunal, a
sindicância é para afastar o preço estipulado, preço esse estipulado através da má-fé, dolo ou
abuso de direito, o contrato fica então sem efeito através da sentença

As partes podem não estipular preço - resolve-se litigio com o 400/2?


As partes podem dar o poder a um terceiro para estipular preço através de critério – resolve-se
litigio com o 400/2
As pares podem dar o poder a um terceiro para estipular preço através da equidade – resolve-se
litigio com o 400/2
Podem não estipular critérios – resolve-se litigio com o 400/2
Dão o Livre arbítrio – 466 do CCom
CASO:

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RESOLUÇÃO: O PROFESSOR PEDRO ROMANO MARTINEZ TEM UMA POSIÇÃO CURIOSA, QUE A
CLÁUSULA NÃO É OPONÍVEL A TERCEIROS, TODAVIA, CONSIDERA UMA POSIÇÃO DE IURE
CONDENDO, ONDE A CLÁUSULA DE RESERVA DE PROPRIEDADE NÃO É OPONÍVEL PORQUE TEM
EFICÁCIA INTER PARTES, ELE FOCA-SE NO DIREITO DO PROFESSOR VAZ SERRA, ELE TEM 4
ARGUMENTOS:

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