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VOTO:
Não obstante os dois critérios de realização fática, pode ocorrer que os dois
princípios se mantenham aplicáveis ao caso, o que leva à situação de um
deles vir a limitar o âmbito de atuação do outro. Esse é o limite jurídico,
que, de acordo com o modelo teórico da ponderação, deve ser resolvido pelo
chamado princípio da proporcionalidade em sentido estrito. É a técnica de
aplicação deste terceiro subprincípio que demanda a ponderação de valores.
Apesar da denominação, diante de tudo o que foi dito acima sobre regras e
princípios, estes devem ser concebidos com regras de otimização de
condutas para a máxima realização dos valores que os sustentam. Assim,
diante de uma concorrência de princípios, o esforço hermenêutico deve se
voltar para a realização máxima de um para justificar que o outro não seja
aplicado. Ou seja, o peso das razões para a aplicação de um princípio deve
ser maior do que o do outro no caso concreto
Com isso, sugiro que este Plenário vote no sentido de direito não
absoluto e nos debrucemos quanto aos critérios a ser aplicados a fim de que o direito de
reunião seja plenamente exercido e garantido.
Diante do exposto, VOTO no sentido de acompanhar o Ministro
Nelson Jobim e, caso os iminentes pares estejam de acordo, proponho que os critérios
da segurança nacional, interesse público e o princípio democrático sejam os critérios-
balizadores do direito de reunião. Todos, necessariamente, a serem justificados no caso
concreto.