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Resumo do Acórdão de 28 junho 2017 do Tribunal da Relação de Évora

Processo 6759/11

No acórdão que nos é apresentado estamos perante uma situação em que o exequente,
indivíduo que intenta uma decisão judicial, sente se inconformado com a decisão do Tribunal
da Relação de Évora de não aprovar/ indeferir a sua ação, relativamente ao facto de pretender
o pagamento de prestações de condomínio que venceram e não foram pagas por um dado
condómino.

A decisão foi indeferida pelo facto de apesar das atas de condomínio serem títulos executivos,
não detinham os requisitos necessários, ou seja, para ser eficaz o devedor teria de estar
presente na deliberação da Assembleia ou se não tivesse participado, as decisões seriam-lhe
transmitidas a posteriori, o que neste caso não aconteceu visto que o devedor não esteve
presente nas assembleias, e não se sabe se lhe foram transmitidas as deliberações referentes
às mesmas, relativamente ao pagamento das prestações , e não se juntou um documento
referente à deliberação ter sido notificada ao condómino.

Mais uma vez inconformado, o recorrente apresentou recurso à decisão do Tribunal e


apresentou várias fundamentações de como o seu requerimento deveria ter sido aprovado,
entre as quais o facto de que se fosse necessário para a eficácia da ata que os devedores
estivessem presentes nas assembleias, os mesmos não iriam comparecer de forma a tornar a
ata ineficaz e a fazer com que o condomínio tivesse que recorrer forçosamente. Conclui
também que não é requisito necessário do recorrente apresentar ao devedor os documentos
de interpelação judicial para que seja comprovado que o mesmo não cumpriu com a sua
obrigação, neste caso, o pagamento das contribuições mensais do condomínio, juntando ainda
que o devedor nunca pagou as contribuições desde que pertence ao condomínio. O recorrente
finaliza as suas conclusões dizendo que o juiz violou várias disposições dos artigos presentados
e evocados no recurso, e apela ao juiz que a decisão do Tribunal seja anulada e que exista
seguimento do recurso.

Tendo em conta estas fundamentações, os vários juízes expuseram as suas decisões


relativamente ao sucedido referindo que para que exista a obrigatoriedade de pagamento das
prestações, por parte do condómino devedor, exige-se a existência de um título executivo,
documento legalmente válido que expõe concretamente a realização das prestações que não
foram pagas. O condomínio apesar de delimitar concretamente os valores inerentes à dívida
do condómino, não o notificou das decisões, por não ter estado presente, o que faz com que
as decisões sejam ineficazes, como já fora referido.

Pode-se então dizer que a declaração tem efeitos quando logo que é conhecida pelo
destinatário, ou seja quando este toma conhecimento do conteúdo do documento ou quando
é notificado, constituindo-se isto, como uma exigência da lei. Posto isto e todas as
fundamentações dos juízes, o recurso foi indeferido, confirmando-se então, a decisão
anteriormente proferida pelo Tribunal da Relação de Évora.

Joana Alexandra Oliveira de Carvalho, Turma TPSLD 12

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