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PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
Registro: 2022.0000505671
ACÓRDÃO
Comarca: São Paulo – Foro Regional II- Santo Amaro – 1ª. Vara Cível
Agte: Marcelo Marques de Oliveira e Tatiana Rossi Correa Marques de
Oliveira
Agdo: Condomínio Edifício Pérola do Morumbi
Juiz: Fabiana Feher Recasens
29ª. Câmara de Direito Privado
VOTO Nº 12.297
Vistos.
Teixeira Guimarães Filho, pessoa que adquiriu os direitos dos suplicantes sobre a
unidade devedora, alienada fiduciariamente à Caixa Econômica Federal.
“Vistos.
A arrematação do bem não exime o devedor do pagamento de despesas
condominiais e impostos devidos até a data da arrematação. Assim, não sendo
suficiente o valor obtido com a alienação judicial suficiente para quitação da
dívida, legítima a perseguição de bens dos devedores para garantia do débito.
Isento, pois, o arrematante, do pagamento de despesas anteriores à
arrematação.
Assim, decorrido o prazo do credor para manifestação quanto à
pesquisa Infojud, aguarde-se provocação em arquivo.
Intime-se” A propósito, veja-se fls. 808.
É o relatório.
Pois bem.
Não por outra razão, este Egrégio Tribunal em julgado proferido pela
31ª Câmara de Direito Privado no autos do Agravo de Instrumento
2262778-56.2021.8.26.0000 em que foi relatora a Eminente Desembargadora
Rosangela Telles; Órgão Julgador (Data do Julgamento: 19/01/2022), foi asseverado
que “nas hipóteses em que a arrematação se dá nos mesmos autos em que se
persegue a satisfação das obrigações condominiais, tal como ocorreu no caso
concreto, compete exclusivamente ao ex-proprietário quitar o saldo remanescente,
uma vez que, do contrário, jamais se poderia arrematar o bem por valor inferior à
dívida”.
Ante todo o exposto, mais não precisa ser dito, para que se conclua que
o improvimento do recurso é medida que se impõe.