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Biografia de Carl Rogers

Carl Rogers (1902-1987) foi o psicólogo desenvolvedor da psicologia


humanista, em um momento em que a psicologia ainda não era reconhecida no
universo clínico, Rogers foi um dos principais contribuintes por este feito,
introduzindo a psicologia humanista e se tornando a terceira força da
psicologia.

Nascido em 8 de janeiro de 1902 em Oak Park, EUA, era quarto de seis filhos,
de uma família protestante onde existia uma atmosfera extremamente exigente
tanto no conceito moral quanto religioso que era guiada pelos valores
tradicionais com o incentivo ao trabalho duro.

Os pais de Rogers eram bastante controladores e tinham uma constante


preocupação com o bem-estar de sua família:

“Eles consideravam – e eu aceitava essa ideia – que nós éramos diferentes


das outras pessoas: nada de álcool, de danças, de jogos de cartas ou de
espetáculos, uma vida social muito reduzida e muito trabalho [...] Tornei-me
assim uma criança solitária que lia incessantemente e não tive, ao longo de
todos os meus anos de colégio, senão dois encontros com moças”.
(ROGERS,1961, p. 20)

Aos doze anos mudou-se com a família para zona agrícola, sendo como um
dos principais focos dos pais afastarem os filhos das “tentações” que a vida na
cidade poderia proporcionar. Segundo Schutz: “Rogers desenvolveu um forte
interesse pela natureza. Lia sobre as experiências agrícolas e sobre a
abordagem cientifica na solução dos problemas.” (Schultz, Sydney Ellen, 2005,
p.416)

FORMAÇÃO

Carl Rogers, iniciou seus estudos na universidade de Wisconsin, em ciências


físicas e biológicas, cursando a faculdade de Agricultura, devido seu
envolvimento em algumas reuniões estudantis sobre religião, em seu segundo
ano de faculdade, Rogers mudou seu foco da agricultura cientifica para o
sacerdócio. Em seu primeiro ano da faculdade de teologia, Rogers
foi escolhido para uma viagem à China, onde ocorreu uma
grande mudança em seu pensamento sobre religião, Rogers
relata em seu livro:

“Isso representou para mim uma experiência de extraordinária importância [...]


Fui forçado a admitir e compreender como é que pessoas sinceras e honestas
podiam acreditar em doutrinas religiosas muito divergentes. Emancipei-me pela
primeira vez da atitude religiosa dos meus pais e vi que já não os podia seguir.
Essa independência de pensamento provocou um grande desgosto e grandes
tensões nas nossas relações, mas, vistas as coisas à distância, compreendi
que foi nesse momento, mais do que em qualquer outro, que me tornei uma
pessoa independente.” (ROGERS,1961, p. 22)
Enquanto Rogers se dedicava à faculdade de teologia, criou-se um grande
interesse na área da psicologia e psiquiatria, foi então que Rogers se
aprofundou-se em psicopedagogia atuando na área de problemas infantis.

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