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Profa. Nancy A Rebouças
Primeiramente, procure entender bem o que está representado na tela desse programa.
O gráfico com fundo preto mostra na ordenada os valores de pressão hidráulica ou hidrostática em
mmHg (linha amarela), e pressão oncótica ou coloidosmótica ao longo dos capilares glomerulares (linha
vermelha); na abcissa, a extensão do capilar, do início (0) ao fim (1,0 ou 100%). Essas pressões estão
expressas como diferenças () entre as pressões no capilar e na cápsula de Bowman. na cápsula de
Bowman é zero, pois a proteínas não são filtradas. A pressão hidráulica na cápsula é aproximadamente
10 mmHg, mas poderá variar se houver uma obstrução ao livre fluxo urinário ou se a filtração variar
significativamente. Se não houver filtração, a pressão na cápsula cairá a praticamente zero.
A pressão hidráulica no capilar glomerular é a pressão exercida pelo sangue na parede dos capilares,
depende da energia cinética das moléculas presentes no interior dos capilares. Essa é uma força mais
facilmente 'intuída' e ela depende do funcionamento do coração. Como viram em Fisiologia Vascular, a
pressão hidráulica sistêmica é determinada pelo débito cardíaco e pela resistência vascular total.
A pressão oncótica é a pressão osmótica exercida pelas proteínas presentes no plasma, sendo a
albumina a proteína mais abundante. Só as proteínas são importantes na determinação dessa pressão
osmótica porque apenas elas não passam pela membrana dos capilares glomerulares; os demais solutos
passam facilmente e estão presentes praticamente na mesma concentração no plasma e no filtrado.
Essa pressão é menos facilmente 'intuída', mas ela exerce efeito osmótico retendo o fluido dentro do
capilar.
Observe uma coisa importante: a pressão hidráulica é praticamente constante ao longo do capilar. Há
uma queda muito pequena de 2 a 3 mmHg, isso porque, além da resistência da arteríola aferente, há
uma resistência na saída do capilar, a arteríola eferente. Além disso, os capilares são curtos e a distância
percorrida pelo sangue não é suficiente para uma queda significativa da pressão.
Isso é diferente nos capilares sistêmicos. Neles, como não há resistência na saída e os capilares são mais
longos, a queda de pressão é significativa.
No esquema abaixo do gráfico estão representados os capilares glomerulares como se fosse um tubo
único, de 0 a 100% da área dos mesmos. Nesse esquema estão representados a pressão hidráulica (P),
seta amarela, que é constante ao longo de todo o comprimento do capilar; a pressão oncótica (), seta
vermelha, que vai se tornando cada vez maior à medida que o plasma é filtrado, porque a concentração
das proteínas confinadas nos capilares vai aumentando à medida que ficam dissolvidas num volume
cada vez menor; e a pressão resultante ou pressão de ultrafiltração - PUFE, seta azul (PUFE = P - ).
Enquanto a pressão hidráulica for maior que pressão oncótica, haverá filtração.
No canto inferior à esquerda é mostrada uma seta amarela que indica o fluxo plasmático glomerular,
Qa, em nL/min. À direita do capilar está a fórmula que expressa a filtração por nefro (FPN), FPN = Kf x
PUF. Kf é o coeficiente de permeabilidade hidráulica dos capilares glomerulares e depende das
características de permeabilidade hidráulica da membrana filtrante (endotélio/membrana
basal/podocitos) - K, e da área dessa membrana filtrante - S (Kf = K . S).
No quadro azul superior à direita estão os determinantes da filtração glomerular: P, (concentração
de albumina - CA), Kf e Qa. Clicando nas setas verdes, você pode variar cada um destes determinantes,
individualmente, e avaliar o efeito sobre a filtração glomerular por nefro (FPN) e sobre a pressão
resultante de filtração (PUFE). Clique em REDEFINIR quando quiser voltar aos valores padrões. Faça isso
sempre que for variar um novo parâmetro.
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1 - Comece variando P:
Variações em P em geral são decorrentes de variações na pressão hidráulica dos capilares
glomerulares (PHcap), porque a pressão na cápsula de Bowman (~10 mmHg) varia pouco se o fluxo
tubular não estiver dificultado.
Usando as setas verdes, varie P entre seus valores extremos e verifique o efeito sobre FPN. Lembre-se
que esta é uma simulação em que P está variando isoladamente, sem variação no fluxo plasmático
glomerular (Qa).
Ao elevar P, compare os novos valores com os valores de referência (setas apenas com contorno, no
esquema). O que ocorre com ? e com PUFE? Observe que nesta simulação, ao se elevar P a valores
bem altos, a PUFE chega a zero na extremidade final do capilar (a seta azul desaparece), não ocorrendo
filtração a partir daí. Procure entender porque isso ocorre.
Agora reduza os valores de P. Qual o valor mínimo de P no qual ocorre filtração? Observe que não
ocorre inversão da filtração, que seria a reabsorção do ultrafiltrado de plasma presente na cápsula, se
> P. Por que não ocorre inversão da filtração, com volta do fluido para o capilar glomerular?
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redução progressiva de Qa, observe que ao longo do capilar logo e P se igualam e não ocorre mais
filtração.
HEMODINÂMICA GLOMERULAR
Resistências
Ao abrir essa simulação, você verá uma tela com os seguintes elementos:
- Uma linha superior com os comandos: Valores de referência; Roteiro de aula; Casos; Autorregulação;
Amplia; Reduz; Saída.
- No canto superior à esquerda, há uma seta de rolagem cuja movimentação lhe permite alterar a
pressão arterial sistêmica média (PA), cujo valor de referência é 94 mmHg.
- Ao lado da coluna da PA, há um gráfico no qual a seta amarela representa o fluxo plasmático
glomerular (Qa), cujo valor de referência é 136 nL/min.
- Na parte superior da tela, à direita, está a representação esquemática das arteríolas aferente e
eferente, com as respectivas resistências (Ra e Re), dos capilares glomerulares, da filtração por néfron
(FPN), cujo valor de referência é 61 nL/min, e do ritmo de filtração glomerular (total) de ambos os rins
(RFG), cujo valor de referência é 122 mL/min. As resistências arteriolares podem ser modificadas com
setas de rolagem à esquerda (resistência aferente) e à direita (resistência eferente).
- Na parte inferior da tela, um gráfico é apresentado à esquerda (Dinâmica Glomerular), no qual a linha
amarela representa a diferença de pressão hidrostática entre capilar glomerular e cápsula de Bownman
(∆P), e a linha vermelha é a pressão oncótica (π) em capilar glomerular, sendo a área cinza delimitada
pela diferença entre elas (∆P – π), a pressão efetiva de ultrafiltração (PUFE).
1) Variem os valores de PA, para cima e para baixo e verifiquem o que ocorre com os parâmetros
exibidos na tela (Qa, FPN, RGF, PUFE e perfil de pressão hidrostática ao logo da rede vascular glomerular.
2) Mantendo a PA alterada, procure variar a resistência da arteríola aferente de modo a retornar aos
valores normais Qa, FPN e RFG. Com a PA alterada, faça isso também para a arteríola eferente. Qual das
duas arteríolas permite voltar a valores de Qa e FPN mais próximos dos iniciais?
3) Volte aos valores de referência. Varie novamente a PA. Mas, agora, ao invés de variar manualmente a
resistência arteriolar, clique em autorregulação. O que você observa?
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4) Volte aos valores de referência. Agora, mantendo a PA no valor de referência, varie as resistências
arteriolares e observe o que ocorre com Qa, FPN, RFG e PUFE.