Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E TECNOLOGIA
Prof. Me. Marcel Santos Silva
Universidade de Marília
Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001
CEP 17.525–902- Marília-SP
ISBN xxxxxxxxxxxxx
CDD – 00000
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos
que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A
violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código
Penal.
Bons estudos!
Introdução à gestão
da informação e do
conhecimento
02
Princípios da
Governança de TI
0
0
1
2
3
4
0
1
2
03
A TI como diferencial
estratégico nas
organizações
Imagem 3 - Processo de planejamento estratégico corporativo
PROCESSO DE; . 10
ESTRATEGICO 1 _ PRESAIFUAL
Planejamento
estratégico de
tecnologia da
informação
05
Implementação e
avaliação de estratégias
na área de Sistemas de
informação
Olá, estudantes!
Um princípio básico que deve ser lembrado pelos gestores é que, ao se
alterarem as estratégias organizacionais, consequentemente, as estratégias de
TI deverão mudar com elas, pois são dinâmicas. Outro ponto importante é o
fato de as pessoas serem resistentes a mudanças e com isso elas geram riscos,
pois o fator de sucesso de sistemas de informação depende das habilidades e
cooperação entre as pessoas, além dos recursos de TI e do projeto de processos
do negócio.
De acordo com Turban e Volonino (2013), a estratégia de TI direciona as
decisões de investimentos e como os sistemas de informação serão
desenvolvidos, implementados ou adquiridos. Ainda, segundo os autores, as
estratégias de TI são organizadas em duas categorias:
Ainda, de acordo com Audy, Becker e Freitas (1998), a estratégia de SI pode ser
considerada um produto composto dos processos de aprendizagem e
planejamento, adicionados aos processos de planejamento estratégico de
Sistema de Informação. Enxergar as empresas como ambientes de
aprendizagem implica admitir que cada empresa possui características que a
torna diferenciada perante as concorrentes, contexto histórico que corrobora
com sua cultura e estão alicerçados em capacidades de aprendizagem
acumuladas ao longo do tempo.
No que se refere à definição das estratégias de TI, o processo de
retroalimentação ocorrida por meio do processo decisório oportunístico, entre a
fase de implantação e as fases de avaliação e estratégica, possibilita a realização
de ajustes das estratégias, entre a originalmente estabelecida e a efetivamente
realizada.
Os sistemas de informação têm a capacidade de contribuir com três tipos de
recursos para uma organização, são eles: recursos tecnológicos, recursos
gerenciais de TI e capacidades técnicas.
CONECTE-SE
O alinhamento
estratégico entre TI e
negócios
A tecnologia da informação não é mais algo que necessite de uma escolha para
cada caso, obrigando uma análise completa do custo/benefício para cada
implementação. Na verdade, no mundo digitalizado como o vivido atualmente,
não há possibilidade de uma empresa sobreviver sem o uso da tecnologia. O
que acontece, geralmente, é que os processos de negócios são construídos em
torno dos seus aplicativos de negócios e não o contrário, como deveria ser.
A tecnologia da informação evolui no sentido de deixar de realizar apenas uma
função burocrática e de suporte para o desenvolvimento de soluções bem mais
estratégicas, visto que as aplicações e modelos avançam no sentido de melhor
qualificar a tomada de decisão dos gestores da alta administração,
principalmente.
Conforme define Luftman (2000), o nível de alinhamento de uma organização
pode ser medido por meio de seis critérios básicos. O primeiro deles é a
Comunicação, que consiste no compartilhamento compreensível e coerente
de ideias entre negócios e TI, e vice-versa, buscando o entendimento e a troca
de conhecimento que assegure a execução da estratégia. Em algumas
situações, as organizações buscam pessoas que sejam capazes de mediar esta
interação, porém, isso pode restringir mais do que fomentar a comunicação.
O segundo critério consiste em Medidas de Valor e Competência, relacionadas
às práticas e indicadores cujo objetivo é atestar o valor e a competência de TI,
de modo que o negócio as compreenda. Vale ressaltar que não é simplesmente
mensurar fatores de desempenho, mas aplicar os recursos necessários para a
evolução contínua.
O terceiro critério é a Participação, que busca garantir que os participantes
adequados de TI e negócio estejam envolvidos diretamente na discussão e
revisão de prioridades e alocação de recursos, assim como da interação entre
estratégias, defendidos por Weill e Ross (2006).
O quarto critério é a Parceria, que tem como foco o relacionamento entre
negócios e TI, com o envolvimento da segunda, na definição de estratégias,
construindo confiança entre as partes e partilhando os riscos e resultados.
O quinto critério é o Escopo e Arquitetura, que busca analisar o quão capaz é a
TI de assumir um papel de suporte para uma infraestrutura flexível e
transparente, avaliar e aplicar tecnologias emergentes, viabilizar padrões
integrados e soluções customizáveis para as demandas do negócio.
O sexto e último critério são as Habilidades que incluem todas as
características dos recursos humanos, muito além das responsabilidades
convencionais, como salários, desempenho, carreira etc.
SAIBA MAIS
CONECTE-SE
SAIBA MAIS
Modelos de decisão
Há diversos modelos que descrevem como os indivíduos tomam suas decisões:
Capacidade do SSD
Um sistema de suporte à decisão deve fornecer capacidades para responder às
questões e alcançar decisões mais assertivas. Tais capacidades que
caracterizam esse tipo de sistema são: representações, operações, ajuda de
memória e ajuda de controle.
A representação consiste na conceitualização de informações utilizadas para a
tomada de decisão, que podem ser: gráficos, listas, tabelas, relatórios e
simbologia para operações de controle.
A operação consiste na manipulação de dados matemáticos e lógicos, como
coletar informações, preparar relatórios, construir listas, atribuir valores e riscos,
além de gerar estatísticas e simular alternativas.
As ajudas de memória são visões em banco de dados, relacionamentos entre
visões e base de dados, bibliotecas e demais capacidades de refazer e atualizar
a memória.
As ajudas de controle são capacidades que possibilitam ao usuário controle
das atividades do SSD. Elas incluem funcionalidades, como multiplicidade de
menus e help, que garantem que o usuário controle as representações,
operações e memórias.
Há basicamente três tipos de pessoas envolvidas com os sistemas de suporte à
decisão, que são:
Desenvolvedores: são imprescindíveis para a construção das bases de
dados, modelos e linguagens de controle.
Usuários finais (gestores): o SSD deve disponibilizar formas para que os
usuários finais controlem a sessão. Estes devem ter a capacidade de
localizar dados relevantes, selecionar e executar modelos relevantes, além
de controle de operações sem a necessidade de intervenção dos
desenvolvedores.
Especialistas: precisa estar à disposição para consulta, treinamento,
conselhos e apoio, porém, as sessões devem ser coordenadas pelos
usuários finais.
Sistemas de Informação
de apoio ao processo
decisório
Os sistemas de informações possuem dados de vital importância para a
organização, bem como sobre o ambiente que o cerca. No início, a tomada de
decisão pertencia somente ao diretor/dono da organização. Porém, atualmente,
com a evolução dos Sistemas de informações também nos níveis táticos e
operacionais, os gestores desses níveis passaram a disponibilizar informações
que contribuem para o a tomada de decisão, aumentando assim a importância
dos SIs dentro do processo decisório (LAUDON, LAUDON; 2010).
Qualidade da informação
Para que os Sistemas de Informações propiciem um suporte adequado às
tomadas de decisão da organização, vários fatores devem ser considerados.
Dentre eles, a qualidade da informação produzida por estes sistemas (ASSIS
et.al, 2018). De acordo com Laudon e Laudon (1996) apud Assis et. al (2018),
alguns fatores que interferem na qualidade da informação disponibilizada
pelos sistemas de informação são os seguintes:
Ruído: para que não ocorram ruídos, a informação deve ser adequada ao
nível hierárquico a que se destina. Desta forma, as informações mais
analíticas são direcionais para os níveis de hierarquia mais baixa e as mais
sintéticas para níveis ais altos.
Precisa versus correta: depende do uso da informação, pois há situações
em que a informação correta já é suficiente. Existem outros casos em que
ela deve ser precisa e correta, ou seja, as informações devem estar
disponíveis no maior grau de detalhe possível.
Padronizada: informações repetitivas devem ser padronizadas para
fundamentar seus custos de produção, bem como facilitar a sua
compreensão de quem a recebe.
Previsão: em algumas situações há necessidade de se projetar o
comportamento atual no longo prazo, pois a comparação baseada em
dados históricos somente não atende.
Relevância: consiste no grau de significância que a informação possui.
Importante destacar, que ela deve ser unicamente necessária e suficiente
para a tomada de decisão.
Confiabilidade: é o grau de confiança que o tomador de decisão atribui à
informação. Estatisticamente falando, essa confiabilidade é a
porcentagem de vezes que a informação se mostra nos limites
considerados precisos.
Frequência: se refere a quantidade de oferecimento desta informação em
determinado período.
Redundância: é o excesso de informação que se possui por unidade de
elemento de dado. Consiste em uma forma de segurança contra erros no
processo de comunicação.
Custo/Benefício: o custo da produção da informação deve ser, no mínimo,
equivalente ao resultado proporcionado. Esse resultado pode ser medido
pela agregação de valor a um determinado processo.
Disponibilidade: consiste no local e momento em que a informação deve
estar disponível.
Transmissão: é garantir que os dados sejam transmitidos de forma
eficiente, reduzindo os pontos de transmissão, para que a entrega ocorra
sem distorção, omissão ou excesso e no tempo desejado.
09
Abordagens e processos
para a gestão da
informação nas
organizações
Olá, alunos!
Os conceitos de governança de dados podem ser aplicados nas mais distintas
situações. De acordo com o Data Governance Institute (2022), a Governança de
Dados é um sistema de direitos de decisão e responsabilidades para processos
relacionados a informações, executado de acordo com modelos acordados que
descrevem quem pode realizar quais ações, com quais informações e quando,
sob que circunstâncias e com quais métodos.
A Governança de Dados é uma disciplina que deve tratar do planejamento,
supervisão e controle sobre a gestão de dados, bem como do seu uso. É a
organização e implementação de políticas, procedimentos, comitês, papéis e
responsabilidades que confirmam as regras de comprometimento, direitos
decisórios e prestação de contas sobre o uso apropriado do dado (DAMA, 2022).
Para Fernandes, Diniz e Abreu (2019), qualquer que seja o foco estabelecido
pela organização, alguns objetivos são considerados comuns para
implementação de um programa de governança de dados, tais como:
Comunicações
Caso de negócio
Financiamento do programa
Gestão da governança
Gestão de metadados
Perfil de dados
Qualidade de dados
Avaliação da qualidade de dados
Limpeza de dados
Gestão do fornecedor
Abordagem arquitetural
Padrões arquiteturais
Integração de dados
Gerência de processos
Garantia da qualidade de processo
Gestão de risco
Gestão de configuração
SAIBA MAIS
1 Governança de dados;
2 Arquitetura de dados;
5 Segurança de dados;
6 Referência e dados mestres;
9 Documentos e conteúdos;
10 Metadados; e
11 Qualidade de dados.
O DGI Framework foi construído pelo DGI (Data Governance Institute) com o
objetivo de auxiliar as organizações a empreenderem as iniciativas de
governança de dados. Ele busca apoiar as organizações a absorver informações
importantes para a implementação da governança de dados, como: missão da
governança de dados, o trabalho que deverá ser realizado, os papéis funcionais
envolvidos, a interação dos papéis para gerar valor à organização e quando os
processos serão executados.
ATENÇÃO
Ferramentas de
tecnologia para a gestão
da informação
É sabido que, atualmente, se uma empresa não possui sistemas de tecnologia
da informação, consequentemente, não conseguirá permanecer no mercado,
pois há a necessidade de ao menos um sistema simples para gerenciar as
informações básicas e atender às obrigações legais.
Para que uma empresa consiga sobreviver e crescer no mercado atual é preciso
focar em produtividade e competitividade, por isso, algumas ferramentas
estratégicas de gestão da informação são essenciais para alcance dos níveis de
exigência do mercado, principalmente se diferenciar em relação à
concorrência.
Novas ferramentas
Uma ferramenta de grande relevância que ganhou espaço dentro das
organizações é o BI (Business Intelligence), pois devido à qualidade dos
resultados que podem ser obtidos e usados para a tomada de decisão tornou-
se um diferencial competitivo. De acordo com Cortez et al. (2021), apesar de o BI
trabalhar com coleta de dados, é incontestável sua existência sem um ERP
suportando a estrutura de gestão e armazenamento de dados.
O Big Data é outra ferramenta estratégica de gestão da informação, pois
consegue processar um grande volume de dados com alto desempenho, o que
geralmente não é possível ser realizado por banco de dados convencional.
Russom (2011) descreve que a maioria das ferramentas projetadas para
mineração de dados ou análise estatística tende a ser otimizada para grandes
conjuntos de dados.
Na verdade, a regra geral é que quanto maior a amostra de dados, mais
precisas são as estatísticas e outros produtos da análise. Em vez de usar
ferramentas de mineração e estatísticas, muitos usuários geram ou codificam
manualmente SQL complexo, que analisa big data em busca do segmento de
cliente certo, perfil de rotatividade ou custo operacional excessivo. A mais nova
geração de ferramentas de visualização de dados e funções analíticas no banco
de dados também opera em big data.
Outra ferramenta que pode ser incorporada à gestão da informação é o uso do
aprendizado de máquina, como, por exemplo, ao se possuir os processos
mapeados dentro de uma ferramenta de gestão, é possível controlar e extrair
diversas informações, como: dados, prazos, valores, tempo gasto, quantidade de
tarefas, entre outras, que passam a estar armazenadas de forma estruturada
em uma base de dados.
ATENÇÃO
Governança Empresarial
de Tecnologia e
Informação - Cobit 2019
Não há como tratar de governança empresarial de tecnologia da informação e
não relacionar ao COBIT (Control Objectives for Information and related
Technology), que é baseado em uma visão corporativa e alinhada às boas
práticas de governança corporativa. Sua estrutura única e abrangente com
orientação consistente e integrada é expressa em linguagem não técnica e
independente de tecnologia.
Trabalhar em uma estrutura e alavancar boas práticas possibilita o
desenvolvimento e a otimização de processos de governança apropriados, além
de outros componentes do sistema de governança. A estrutura COBIT
estabelece a abordagem geral, além de orientar, por meio de normas e boas
práticas específicas, que podem ser aplicadas a processos, práticas, políticas e
procedimentos específicos, à medida que a empresa adapta sua
implementação. Nos aprofundaremos aqui na versão do COBIT 2019.
Objetivos de
Objetivos de Gestão
Governança
CONECTE-SE
Gestão e Governança
Digital 4.0
O mundo atual passa por um processo de transformação digital em todas as
áreas do conhecimento. Para compreendermos o impacto que essa
transformação pode causar sobre a gestão e governança de TI, é preciso
analisarmos a situação atual das atividades de TI, tanto no que se refere à
tecnologia em si, como no que se refere às novas maneiras e arranjos
organizacionais que influenciam como os serviços e projetos são desenvolvidos,
não deixando de incluir os princípios aplicados às organizações exponenciais e
startups focados em organizações que já nascem digitais.
Desta forma, Silva et al. (2019) apontam os movimentos no mercado no que se
refere a processos de negócios, como:
SAIBA MAIS
CONECTE-SE
Tecnologias
habilitadoras da
transformação digital
A revolução 4.0 traz consigo uma nova etapa de desenvolvimento da
humanidade, proporcionada pelo amadurecimento paralelo de diversas
tecnologias que tem origem no mundo físico, biológico e digital. Há um
conjunto considerável de tecnologias em destaque, que expõem avanços
significativos que propiciam oportunidades de benefícios para os negócios em
decorrência de sua aplicação. Podemos citar algumas, como: robótica
colaborativa, impressão 3D, internet das coisas, realidade virtual e aumentada,
inteligência artificial e aprendizado de máquina, blockchain, big data,
automação de processos robóticos, métodos ágeis, DevOps, modelagem
biológica, edição genética entre outros.
SAIBA MAIS
Para Silva et al. (2019), as tecnologias podem ser classificadas como originadas
em:
Mundo físico: robótica e impressão 3D;
Mundo digital: internet das coisas, gêmeos digitais, realidade
virtual e realidade aumentada, inteligência artificial, machine
learning, deep learning, blockchain e RPA (Robotic Process
Automation);
Mundo biológico: edição genética e modelagem e simulação
biológica;
Voltada para dados: big data e Analytics; e
Voltada para softwares e soluções digitais: Métodos ágeis e
DevOps.
Robótica Colaborativa
A robótica colaborativa consiste na automação de processos e a troca de
informações com o exterior são os objetivos buscados atualmente, fazendo
com que máquinas, sistemas de TI e equipes humanas trabalhem em rede. O
objetivo é conectar robôs e veículos guiados automatizados com o resto da
organização para obtenção do máximo desempenho.
Por meio da robótica colaborativa, os robôs deixam de ser somente máquinas
com braços mecânicos ou semelhantes a um humanoide, mas passam a ser
compostos de sensores, sistemas de visão e com capacidade de execução de
tarefas ao lado dos humanos. Isso faz com que a capacidade de aplicação seja
expandida e a produtividade melhore consideravelmente (SILVA et al., 2019).
Para Silva et al. (2019), novos tipos de robôs surgiram nos últimos anos, como:
Veículos autônomos: em que se destacam empresas, tais como Waymo,
Uber e Tesla;
Veículos com dispositivos de autonomia e segurança: uma resposta das
montadoras às iniciativas de veículos autônomos;
Drones ou robôs: equipamentos que realizam picking no warehouse e
realizam atividade de reposição de estoques com produtos; e
Sistemas dotados da capacidade de compreensão de textos e
automatização de tarefas: que antes eram restritas somente aos seres
humanos, tais como os advogados na análise de um contrato.
A robótica colaborativa torna a tecnologia, especialmente a automação
robótica, mais acessível às pequenas e médias empresas. De fato, representa
uma nova era na automação industrial, pois permite a introdução de robôs em
setores e processos industriais nos quais, até o momento, não era possível. Isso
significa maior flexibilidade e competitividade na automação de diversas
tarefas que geralmente são realizadas em ambientes fabris.
Impressão 3D
A tecnologia de impressão 3D contribui para a evolução e mudança do cenário
organizacional com a possibilidade de criação de produtos personalizados,
reduzindo perda de materiais durante esse processo, por meio do que é
chamado de manufatura aditiva.
Conforme afirmam Silva et al. (2019), essa tecnologia torna viável um conjunto
de abordagens que, anteriormente, não era possível, como:
Blockchain
A tecnologia blockchain é uma das inovações mais recentes, que pode ser
considerada como um novo paradigma para a regulação das atividades
humanas e empresariais. Ela consiste em um mecanismo de consenso
distribuído para armazenar as informações da transação em uma rede Peer-to-
Peer (P2P). Na verdade, foi projetado como um projeto de código aberto para a
introdução de uma moeda digital, conhecida como bitcoin. Embora o conceito
de blockchain tenha sido discutido, pela primeira vez, por meio da bitcoin, ele
possui aplicações que vão muito além das criptomoedas.
ATENÇÃO
Qualidade, segurança e
controle da informação
No que diz respeito à segurança da informação, a governança de TI deve lidar
com o estabelecimento de um sistema de gerenciamento de segurança da
informação, que esteja alinhado aos desejos da organização.
De acordo com Silva et al. (2019), a governança também é responsável pela
elaboração de políticas, processos e procedimentos, tais como:
Segurança da Informação
Para Nieles, Dempsey e Pillitteri (2017), segurança da informação se define
como a proteção de informações e sistemas de informações contra acesso, uso,
divulgação, interrupção, modificação ou destruição não autorizada, a fim de
garantir confidencialidade, integridade e disponibilidade. Estes três últimos
termos formam o que é conhecido como a tríade CIA, do acrônimo em inglês
para confidentiality, integrity e availability.
De acordo com a NBR ISO/IEC 27002 (2013):
A segurança da informação é alcançada pela implementação de um
conjunto adequado de controles, incluindo políticas, processos,
procedimentos, estrutura organizacional e funções de software e
hardware. Estes controles precisam ser estabelecidos,
implementados, monitorados, analisados criticamente e
melhorados, quando necessário, para assegurar que os objetivos do
negócio e a segurança da informação da organização são atendidos.
CONECTE-SE
Normas
Uma norma pode ser definida como a medida para a realização de uma
determinada atividade. Ela tem como premissa básica, definir regras e
instrumentos de controle para garantir a conformidade de um processo, um
produto ou um serviço.
Conforme estabelece a ABNT ISO/IEC Guia 2 (2006), o objetivo do documento
de normalização consiste na definição de soluções, em consonância dos
envolvidos, para temas que possuem caráter repetitivo, tornando-se uma
poderosa ferramenta na autodisciplina de agentes ativos dos mercados.
Garante ainda, evidência aos legisladores se há necessidade de
regulamentações específicas em matérias que não são cobertas por normas.
ATENÇÃO
Existem ainda duas normas que merecem um pouco mais de destaque que
são:
ABNT NBR ISO/IEC 27001:2019 Versão Corrigida 2020 – Técnicas de
segurança — Extensão da ABNT NBR ISO/IEC 27001 e ABNT NBR ISO/IEC
27002 para gestão da privacidade da informação — Requisitos e diretrizes.
CONECTE-SE
Gestão Inteligente
da informação nas
organizações
A Gestão Inteligente de Informação pode ser definida como um conjunto de
processos que tem por objetivo organizar, gerenciar e compreender todos os
tipos de dados, além da integração de descoberta de dispositivos IP,
compartilhamento de dados, banco de dados de infraestrutura, integração de
terceiros, patches automatizados e aplicativos.
Dentro das organizações, é preciso realizar muito mais atividades do que
somente capturar documentos, é necessária a absorção de todas as
informações disponíveis e a transformação destas em processos de negócios,
padronizando e automatizando-os, quando possível.
ATENÇÃO
CONECTE-SE
Aspectos éticos,
sociais e ambientais
das tecnologias da
informação
Nos últimos anos, tem aumentado a preocupação em adotar práticas
ambientais, sociais e de governança nos negócios, que podem ser utilizados
como critério para investimentos. Esse movimento é conhecido como ESG
(Environment, Social and Governance) que se refere à medição da
sustentabilidade de negócios em três fatores centrais, sendo critérios
ambientais, sociais e de governança.
Critérios ambientais: avaliam como uma organização contribui para os
desafios ambientais enfrentados pela sociedade, tais como resíduos,
poluição, desmatamento, mudanças climáticas e emissão de gases de
efeito estufa.
Critérios sociais: analisam como a organização trata as pessoas, como, por
exemplo, gestão de capital humano, diversidade, igualdade de
oportunidades, condições de trabalho, saúde e segurança.
Critérios de governança: buscam verificar como uma empresa é
governada, levando em consideração os quesitos referentes à
remuneração de seus executivos, diversidade e estrutura do conselho,
práticas fiscais, estratégia e corrupção.
SAIBA MAIS
Sistemas
A governança faz parte da estrutura do ESG, pois sistemas que definem e
gerenciam os processos, evitando fraudes, estão diretamente ligados a esta
agenda. Não se pode deixar de incluir as soluções que gerenciam a cadeia
produtiva e estabelecem as relações dos fornecedores com seus funcionários,
gerenciando aspectos sociais de extrema relevância, como a possível existência
de trabalho análogo à escravidão.
No que se refere à questão ambiental, existem sistemas que monitoram os
processos de fabricação em busca da redução de materiais, além do consumo
energético e de água potável.
Segurança e comunicação
É de total responsabilidade da TI exercer governança sobre os perfis de acesso
aos sistemas e ambientes, bem como controlar e gerir o acesso a todo tipo de
informação, a disponibilização de sistemas para ambientes remotos, além do
controle sobre dispositivos móveis.
Armazenamento de dados
Existe um conjunto de KPIs criados e disponibilizados para aferir o
desempenho das empresas nos aspectos estratégicos ligados à ESG. A
capacidade da TI de construir esses KPIs, por meio de suas bases de dados, está
diretamente relacionada ao desempenho que a organização possuirá para
atingir suas metas sociais, ambientais e de governança.
Se a Tecnologia da informação pode contribuir com o sucesso de uma agenda
ESG na organização, a recíproca também é verdadeira, pois as estratégias de
ESG podem acelerar o processo de inovação tecnológica das empresas. No
entanto, para que isso ocorra, a TI precisará estar estruturada para receber as
demandas por projetos relacionados à inovação.