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ESTUDO DE CASO REFERENTE A EFICIENCIA DO CICLO DE

REFRIGERAÇÃO EM UM FRIGORÍFICO

Autor (1): Victor Cachafeiro Soidan Fernandes – soidanemc@gmail.com


Centro Universitário Jorge Amado
Salvador – Bahia

Autor (2): Caique Mauricio da Cruz – caiquemauricio08@hotmail.com


Centro Universitário Jorge Amado
Salvador – Bahia

Autor (3): Cassio Fernandes Nascimento – cassiocfn@hotmail.com


Centro Universitário Jorge Amado
Salvador - Bahia

Resumo: Neste documento está cálculos referentes a cargas térmicas em um frigorífico,


além de normas regentes para trabalhos com exposição a baixa temperatura. Também foi feito
um estudo referente a bancada de estudos no laboratório da UNIJORGE, o qual por fim é
comparado com o calor necessário do frigorífico.

Palavras-chave: Refrigeração; Frigorífico; Compressor;

1. INTRODUÇÃO

Um dos maiores produtos alimentícios mais consumidos na atualidade, é de longe a carne


bovina. Para se ter uma ideia somente em 2018 estimasse que a população brasileira tenha
consumido quase 8 milhões de toneladas de carne bovina, ocupando o terceiro lugar mundial,
estando apenas atrás de China e Estados Unidos (beef2live, 2019). Isso representa 13% do
consumo global, e para manter esse mercado é necessário ter estoque do produto, e como
mantem um produto de origem animal bom para consumo durante o armazenamento? Aí entram
os ciclos de refrigeração, mais especificamente o ciclo de refrigeração por compressão a vapor
que será abordado neste estudo. Idealizado por Kelvin, tal ciclo facilita o armazenamento do
produto, deixando-o fresco e consumível enquanto não chega à mesa do consumidor final.

2. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE UM CICLO DE REFRIGERAÇÃO

O ciclo de refrigeração por compressão de vapor, idealizado por Kelvin. Inicialmente, um


fluido refrigerante entra no compressor como vapor, que por sua vez é comprimido de forma
isentrópica, saindo em estado superaquecido. Então o vapor superaquecido é deslocado até o
condensador onde há um arrefecimento do fluido a pressão constante. Após o arrefecimento do
fluido, este passa pela válvula de expansão, onde ocorre uma queda de pressão abrupta. Por fim,
esse fluido parcialmente evaporado após a válvula, passa pelo evaporador, onde através de
serpentinas e um ventilador arrefece o ar que o atravessa.

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Figura 1: Representação do ciclo de refrigeração por compressão de vapor.

Fonte: https://pt-static.z-dn.net/files/dc3/64ac3138fa7003464a4d037708805cfa.png

Figura 2: Gráfico Pxh do ciclo.

Fonte: http://principo.org/controle-trmico-de-ambientes/31084_html_4184eaf8.jpg

Como é possível ver nas figuras 1 e 2, o compressor encontra-se entre as posições 1 e 2,


onde ocorre um processo isentrópico. O condensador está entre os pontos 3 e 4, onde ocorre um
processo isobárico. A válvula de expansão está entre os pontos 3 e 4, onde há um processo
isoentálpico. O evaporado encontra-se entre os pontos 4 e 1, onde novamente há um processo
isobárico.

3. ARMAZEM FRIGORÍFICO PARA CARNES

Um frigorífico de pequeno porte foi escolhido como estudo de caso. O mesmo terá
capacidade de comportar 6 pallets com duas caixas cada, as quais possuem capacidade (volume
interno) de 61 Litros de carne bovina. As caixas podem ser empilhadas até aproximadamente
1,80m de altura, onde é a altura de um ser humano, totalizando aproximadamente 60 caixas

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dentro do armazem. As carnes devem ser armazenadas a uma temperatura abaixo de 5ºC para
que o produto seja consumível após o armazenamento do mesmo.

Art. 41. Os alimentos proteicos de origem animal a serem consumidos crus devem ser
manipulados em área climatizada entre 12°C e 18°C (doze e dezoito graus Celsius),
além de armazenados e distribuídos à temperatura inferior a 5°C (cinco graus Celsius).
ANVISA (2015).

As dimensões do frigorífico seguem a tabela 1:

Tabela 1: Dimensões do frigorífico.

Dimensões em metros
Comprimento 5
Largura 3
Altura 2,5
Fonte: Próprios autores.

Os paletes e caixas seguem as dimensões dispostas nas tabelas 2 e 3.

Tabela 2: Dimensões dos pallets.

Dimensões em metros
Comprimento 1,2
Largura 1
Altura 0,15
Fonte: http://detrix.com.br/produtos/indstrias/paletes-plsticos

Tabela 3: Dimensões das caixas.

Dimensões em metros
Comprimento 0,61
Largura 0,39
Altura 0,32
Fonte: http://detrix.com.br/produtos/indstrias/caixas-plsticas-fechadas-

Com 60 caixas, cada uma tendo uma capacidade de 61 litros, o armazem tem uma
capacidade de aproximadamente 3660 litros (ou 3,66 m3) de carne, o que daria
aproximadamente 3730kg de carne armazenada.
As caixas e pallets são fabricadas em polietileno de alta densidade (PEAD) na cor branca,
material este que possui resistência a variações climáticas. O motivo pelo qual também este
material foi escolhido, deu-se pela sua facilidade de limpeza, além da cor branca facilitar a
identificação de sujeiras nos pallets e caixas, aumentando a higienização do ambiente. Além
dos containers existem ainda as embalagens dos próprios alimentos, que normalmente são
compostas por plástico e isopor, reduzindo o contato com o container o qual já teve contato
com outras carnes.

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4. CONFORTO TÉRMICO PARA COLABORADORES

O trabalho em frigorifico aponta diversos riscos ocupacionais, o cuidado com o conforto


térmico é um deles, pois o colaborador exposto a temperaturas que chegam a menos 0 ºC por
longos períodos, podem trazer doenças como; ulcerações da pele, hipóxia, dormência corpo
entre outras, como demonstrado na tabela 4.
Tabela 4: Sinais clínicos de acordo com a temperatura interna do corpo humano.

Fonte:http://www.acm.org.br/acm/acamt/documentos/curso_prova_titulo/modulo6/aula_temperatura_prof_marc
elo.pdf

Para que seja evitado esses tipos de problemas deve-se existir um controle eficiente quanto
a jornada de trabalho dos colaboradores, evitando longas jornadas exposto a temperaturas de
armazenagem, fornecimento e controle do uso de EPI’s para que evitem exposição demasiada
a umidade, contaminações biológicas, temperatura muito baixa. Os equipamentos de proteção
individual, segundo a NR 36, necessários para realizações de trabalho na câmara frigorífica são;
uniforme completo para câmara fria (corpo inteiro), capaz de proteger tronco e membros do
colaborador em temperaturas muito baixas, luva de segurança para proteção das mãos, capuz
de segurança, responsável por proteger a cabeça e pescoço, bota térmica, que o protegerá os pés
contra a umidade e o frio. Ressaltando o cumprimento ao art. 253 da C.L.T que diz que em caso
de transição de ambientes quente para frio no cumprimento do trabalho, deverá ter uma pausa
de 20 minutos para cada 1 hora e 40 minutos trabalhados.

Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e
para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e
vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será
assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo
como de trabalho efetivo. (JusBrasil, 1943).

Em seu parágrafo único, também descreve o que é considerado frio, separando as


temperaturas por zonas.

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Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o
que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do
Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a
12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus). (JusBrasil,
1943).

5. NORMAS TÉCNICAS REGENTES

A principal norma regente para trabalhos em câmaras frigoríficas é a Norma


Regulamentadora Nº 36, ou NR36. Essa norma dispõe condutas a serem seguidas buscando a
saúde e segurança dos colaboradores em empresas de abate e processamento de carne e
derivados.
Em seu item 36.2.10.1 por exemplo, a norma diz que as câmaras frias dispositivos que
possibilitem a aberto da câmara pelo seu interior sem muito esforço, além de alarmes ou
sistemas de comunicação em casos de emergência. Já no item 36.2.10.1.1 diz que em câmaras
onde a temperatura interna seja igual ou inferior a -18ºC, deve-se ter um aviso de tempo de
permanência máxima em seu interior.

6. BANCADA DE CICLO DE REFRIGERAÇÃO

A bancada pode operar ciclos de refrigeração com dispositivo de expansão por válvula ou
capilar e ciclo de aquecimento com expansão por capilar. O ciclo de aquecimento é conhecido
como bomba de calor e os dois ciclos tem operação similar. O fluido refrigerante adotado é o
R-134A que é classificado com baixo ODP (Ozone Depletion Potential).
A bancada de refrigeração é composta pelos seguintes equipamentos e acessórios.

 Circuito de Refrigeração:
 Um compressor de recíproco;
 Um condensador a ar com velocidade do forçador variável via potenciômetro;
 Um evaporador do tipo trocador de calor a placas;
 Uma válvula de expansão;
 Uma válvula reversora quente/frio;
 Um tubo capilar;
 Válvulas de retenção, vál. de esfera para manutenção, válvula rotolock, válvula
solenoide, visores de fluxo, filtros. Acumulador de sucção, tanque de líquido e
demais miscelâneas distribuídas por todo o sistema.

Para se obter a razão entre a bancada e o frigorífico em questão

Estado 1:
H1 = 414,992 KJ/Kg
P1 = 200 KPa

Estado 2
H2 = 429,5548 KJ/Kg
P2 = 1200 KPa

Estado 3:
H3 = 252,1414 KJ/Kg
P3 = 1200 KPa

Estado 4:

5
H4=H3= 252,1414 KJ/Kg
P4 = 200 KPa

Vazão mássica: 0,033477 Kg/s

Com esses dados podemos calcular o calor frio da bancada de estudos em classe.

𝑄𝑓 = 0,033477 (414,992 − 252,1414) = 5,45 𝑘𝑊

7. INFLUÊNCIAS NA CARGA TÉRMICA DEMANDADA

Para definir uma carga térmica demandada para manter a temperatura ambiente dentro dos
limites da norma, deve-se levar em consideração diversas fontes de calor que podem influenciar
neste resultado. Dentre eles pode-se considerar a condução e irradiação de calor pelas paredes,
piso e teto do frigorífico, o próprio calor do produto, calor cedido por colaboradores ao entrar
no ambiente, afinal somos geradores de calor, e equipamentos de iluminação.
A carne bovina tem aproximadamente 1020 kg/m3 de massa específica (LUZ, 2019).
Levando isso em consideração, cada caixa com 61 l (0,061m3) pode comportar em média
62,22kg de carne bovina, totalizando 3730kg de carne bovina armazenada.
Agora já se tem os dados para iniciar os cálculos, os mesmo estão dispostos na tabela 4.

Tabela 5: Dados coletados.

Dados
Dimensões armazem 5 x 3 x 2,5 m
Quantidade de carne armazenada 3730 kg
Massa dos pallets + caixas 234 kg
Revestimento Poliuretano - 100 mm
Temperatura ambiente externa 35ºC
Temperatura de entrada do produto -18ºC
Temperatura ambiente interna -10ºC
Fonte: Próprios autores.

Primeiro foi calculado a tranferência de calor realizada pelas paredes, teto e piso do
armazem utilizando a fórmula 1.

Fórmula 1: Quantidade de calor tranferido em 24h.


𝑄𝑎 = 𝐴 × 𝑈 × ∆𝑇 × 24

 Qa = Calor transferido em 24h (kcal/24h).


 A = Somatório das áreas internas do armazem (m2).
 U = Coeficiente global de transmissão de calor (kcal/m2*h).
 ∆𝑇 = Temperatura externa – interna (ºC).

Substituindo os dados que foram coletados na fórmula 1, temos a seguinte composição:

𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑎 = 60 × 0,2557 × 45 × 24 = 16569,36
24ℎ

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Agora é necessário calcular a carga térmica do produto armazenado, para isso será utilizada
a fórmula 2.

Fórmula 2: Calor tranferido do produto armazenado em 24h.


𝑄𝑏 = 𝑚 × 𝑐 × ∆𝑇

 Qb = Calor transferido do produto em 24h (kcal/24h).


 m = Massa total do produto armazenado (kg).
 C = Calor específico do produto armazenado (kcal/kg*ºC).
 ∆𝑇= Variação de temperatura (temperatura de entra – interna do armazem).

Substituindo os valores encontrar e considerando 0,4 kcal/kg*ºC como calor específico de


acordo com a tabela 6, temos a seguinte fórmula:

𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑏 = 3730 × 0,4 × 8 = 11936
24ℎ

Tabela 6: Tabela com dados de diversos produtos de origem animal.

Fonte: http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf

Tendo o valor de transferência de calor do produto armezado, agora é necessário calcular


a transferência de calor por infiltração, onde utilizaremos a fórmula 3.

Fórmula 3: Calor infiltrado no armazem.


𝑄𝑐 = 𝑣 × 𝑛 × 𝑒

 Qc = Quantidade de calor infiltrado no armazem (kcal/24h).


 V = volume interno do armazem (m³).
 n = Número de abertura da porta.
 e = Ganho de Energia por m³ do container, levando em consideração a temperatura
e umidade relativa dos ambientes externo e interno (Kcal/m³).

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Tabela 7: Número de troca de ar em 24h por volume.

Fonte: http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf

Tabela 8: Calor necessário para resfriar o ar externo até a temperatura da Câmara.

Fonte: http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf

Através das tabelas 6 e 7, pode-se determinar os valores de “n” e “e”. Como o volume
interno do armazem é de 60m3, o valor de “n” será de 9, enquanto o “e” será 30,8 devido a
temperatura interna do armazem ser de -10ºC. Agora, substituindo esses valores na fórmula:

𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑐 = 60 × 9 × 30,8 = 16632
24ℎ

O cálculo da carga de térmica transferida pelos corpos dos colaboradores dentro do armazem pode
ser realizado através da fórmula 4.

Fórmula 4: Calor tranferido por unidade de colaboradores.


𝑄𝑑 = 𝑞𝑡𝑑 𝑐𝑜𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 × 𝐶𝐸 × ∆𝑡

 Qd = Quantidade de calor das pessoas (kcal/24h);


 CE = Calor equivalente por pessoas em (Kcal/h);
 ∆𝑡 = Tempo de Permanência dentro do container (h).

A quantidade do calor equivalente por pessoa pode ser encontrada de acordo com a tabela 8,
considerando que a temperatura da câmara (armazem) seja de -10ºC e 2 colaboradores totalize 4h
trabalhadas em seu interior.

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Tabela 9: Calor de ocupação.

Fonte: http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf

𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑑 = 2 × 288 × 4 = 2304
24ℎ

Agora deve-se calcular a transferência de carga térmica pelas embalagens.

Fórmula 5: Calor das embalagens.


𝑄𝑒 = 𝑚 × 𝑐 × ∆𝑇

 Qe = Calor das embalagens (kcal/24h);


 m = massa das embalagens (Kg);
 c = calor específico das embalagens (Kcal/Kg*ºC)
 ΔT. = variação de temperatura do produto (temperatura de entrada – temperatura
interna do armazem) em (ºC).

Como cada caixa pesa em média 3kg, somando as 60 necessárias, totaliza 180kg de
embalagens. Levando em consideração que as mesmas são fabricadas em plástico, pode-se
obter o valor do calor específico através da tabela 9 e substituir na fórmula.

Tabela 10: Calor específico para cada tipo de material de embalagens.


Embalagens do produto
Tipo de Embalagem Calor Espec. (Kcal/kgºC)
Alumínio 0,2
Vidro 0,2
Ferro ou Aço 0,1
Madeira 0,6
Papel Cartão 0,35
Caixa de Plástico 0,4
Fonte: http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf

𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑒 = 180 × 0,4 × (−8) = −576
24ℎ

Para calcular a carga da iluminação utilizamos a fórmula 6.

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Fórmula 6:
𝑄𝑓 = 𝑃 × 860 × 𝑇𝑈

 Qf = Quantidade de calor da iluminação (kcal/24h);


 P = Potência da lâmpada (Kw);
 860 = Fator de conversão (Kw para Kcal/h);
 TU = Tempo de utilização da iluminação (h).

Segundo a NBR ISO8995, áreas de açougue, abatedouros, leiteirias, filtragem, etc,


necessitam de no mínimo 500 lux, o que configura 500 lm (lúmens) por m2. Considerando que
o armazem proposto possui 15m2, e utilizando as lâmpadas LED tubular T8 ZL-2805 que
possui 1724 lm, seriam necessárias 5 lâmpadas de 11W para atender a norma.

𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑓 = (5 ∗ 0,011) × 860 × 4 = 189,2
24ℎ

Para encontrar a carga térmica requerida, precisa-se então utilizar fórmula 7.

Fóruma 7: Carga requerida.


𝑄𝑇
𝑄𝑟 =
24ℎ

 Qr = Carga requerida (kcal).


 QT= Carga total (somatório de todas as cargas).
 24h = Tempo de uso.

[16569,36 + 11936 + 16632 + 2304 + (−576) + 189,2] 𝑘𝐶𝑎𝑙


𝑄𝑟 = = 1960,61
24ℎ ℎ

Em KW: 2,30 KW.

8. FLUIDO REFRIGERANTE UTILIZADO

O fluido refrigerante utilizado para refrigeração de frigorífico é classificado de acordo com


a sua toxicidade e inflamabilidade, estabelecidas na norma ANSI/ASHRAE 30-2010. A
classificação de segurança serve para determinar como o fluido deve ser usado, por exemplo,
sua aplicabilidade em lugares ocupados ou a sua quantidade máxima permitida para espaços
confinados.

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Tabela 3 - Classificação do grupo de segurança dos fluidos frigoríficos.

Grupo de segurança

Maior Inflamabilidade A3 B3
Aumento da inflamabilidade

Velocidade de propagação >


A2 B2
10cm/s
Menor
inflamabilidade
Velocidade de propagação ≤
A2L B2L
10cm/s

Sem propagação de chama A1 B1

Menor Maior
toxicidade Toxicidade
Aumento da toxicidade
Fonte:http://boaspraticasrefrigeracao.com.br/upload/publicacao/publicacao-407556116.pdf

O fluido refrigerante utilizado para refrigerar o armazém frigorifico é o R-134a. Um fluido


HFC classificado no grupo de segurança A1, tendo um menor grau de toxicidade e sem
propagação de chama.

Tabela 4 - Dados de HFC.


Fluido Frigorífico PDO GWP (100 anos) Grupo de segurança
R-134a 0 1430 A1
*Potencial de Destruição do Ozônio – PDO
**Global Warming Potential – Potencial de Aquecimento Global
Fonte:http://boaspraticasrefrigeracao.com.br/upload/publicacao/publicacao-407556116.pdf

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A junção de conteúdos dado em sala de aula e pesquisados para a elaboração do trabalho


foi de grande valia para o incremento na nossa base de conhecimento referente ao tema. A
equipe teve dificuldades durante o processo de cálculos de cargas, no entanto, após pesquisa foi
encontrado um documento que foi de grande ajuda na elaboração dos mesmos.

10. REFERÊNCIAS

MATERIAIS. Peso específico da carne bovina.


<https://www.materiais.gelsonluz.com/2019/04/peso-especifico-da-carne-bovina.html>,
acessado em 02/06/2019,

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ZAGONEL. Informações técnicas lâmpada.
<http://www.zagonel.com.br/arquivos/produto/20/xfKN6DHkh4FQcoSaBeMr93EUyIgRAm
Lb-spyVkoeGujQr3tNPZAJWicHL4XUvE0d7.pdf>, acessado em 02/06/2019.

BEEF2LIVE. World beef consumption. <http://beef2live.com/story-world-beef-


consumption-ranking-countries-130-106879>, acessado em 02/06/2019.

GUIA TRABALHISTA. EPI e Vestimentas.


<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr36.htm#36.10_Equipamentos_de_Prote%
C3%A7%C3%A3o_Individual_-_EPI_e_Vestimentas_de_Trabalho_>, acessado em
02/06/2018

JUSBRASIL. Lei 5452 de 1943.


<https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10736527/paragrafo-1-artigo-253-do-decreto-lei-n-
5452-de-01-de-maio-de-1943>, acessado em 03/06/2019.

http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr36.htm#Sum%C3%A1rio

NEGOCIOL. Cálculo de carga térmica. <http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf>,


acessado em 02/06/2019.

ANVISA. Resolução Número 43 de 2015.


<http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_43_2015_.pdf/2d1da3b5-f322-
47b0-85b7-d538f6658493>, acessado em 02/06/2019.

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