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REFRIGERAÇÃO EM UM FRIGORÍFICO
1. INTRODUÇÃO
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Figura 1: Representação do ciclo de refrigeração por compressão de vapor.
Fonte: https://pt-static.z-dn.net/files/dc3/64ac3138fa7003464a4d037708805cfa.png
Fonte: http://principo.org/controle-trmico-de-ambientes/31084_html_4184eaf8.jpg
Um frigorífico de pequeno porte foi escolhido como estudo de caso. O mesmo terá
capacidade de comportar 6 pallets com duas caixas cada, as quais possuem capacidade (volume
interno) de 61 Litros de carne bovina. As caixas podem ser empilhadas até aproximadamente
1,80m de altura, onde é a altura de um ser humano, totalizando aproximadamente 60 caixas
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dentro do armazem. As carnes devem ser armazenadas a uma temperatura abaixo de 5ºC para
que o produto seja consumível após o armazenamento do mesmo.
Art. 41. Os alimentos proteicos de origem animal a serem consumidos crus devem ser
manipulados em área climatizada entre 12°C e 18°C (doze e dezoito graus Celsius),
além de armazenados e distribuídos à temperatura inferior a 5°C (cinco graus Celsius).
ANVISA (2015).
Dimensões em metros
Comprimento 5
Largura 3
Altura 2,5
Fonte: Próprios autores.
Dimensões em metros
Comprimento 1,2
Largura 1
Altura 0,15
Fonte: http://detrix.com.br/produtos/indstrias/paletes-plsticos
Dimensões em metros
Comprimento 0,61
Largura 0,39
Altura 0,32
Fonte: http://detrix.com.br/produtos/indstrias/caixas-plsticas-fechadas-
Com 60 caixas, cada uma tendo uma capacidade de 61 litros, o armazem tem uma
capacidade de aproximadamente 3660 litros (ou 3,66 m3) de carne, o que daria
aproximadamente 3730kg de carne armazenada.
As caixas e pallets são fabricadas em polietileno de alta densidade (PEAD) na cor branca,
material este que possui resistência a variações climáticas. O motivo pelo qual também este
material foi escolhido, deu-se pela sua facilidade de limpeza, além da cor branca facilitar a
identificação de sujeiras nos pallets e caixas, aumentando a higienização do ambiente. Além
dos containers existem ainda as embalagens dos próprios alimentos, que normalmente são
compostas por plástico e isopor, reduzindo o contato com o container o qual já teve contato
com outras carnes.
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4. CONFORTO TÉRMICO PARA COLABORADORES
Fonte:http://www.acm.org.br/acm/acamt/documentos/curso_prova_titulo/modulo6/aula_temperatura_prof_marc
elo.pdf
Para que seja evitado esses tipos de problemas deve-se existir um controle eficiente quanto
a jornada de trabalho dos colaboradores, evitando longas jornadas exposto a temperaturas de
armazenagem, fornecimento e controle do uso de EPI’s para que evitem exposição demasiada
a umidade, contaminações biológicas, temperatura muito baixa. Os equipamentos de proteção
individual, segundo a NR 36, necessários para realizações de trabalho na câmara frigorífica são;
uniforme completo para câmara fria (corpo inteiro), capaz de proteger tronco e membros do
colaborador em temperaturas muito baixas, luva de segurança para proteção das mãos, capuz
de segurança, responsável por proteger a cabeça e pescoço, bota térmica, que o protegerá os pés
contra a umidade e o frio. Ressaltando o cumprimento ao art. 253 da C.L.T que diz que em caso
de transição de ambientes quente para frio no cumprimento do trabalho, deverá ter uma pausa
de 20 minutos para cada 1 hora e 40 minutos trabalhados.
Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e
para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e
vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será
assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo
como de trabalho efetivo. (JusBrasil, 1943).
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Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o
que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do
Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a
12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus). (JusBrasil,
1943).
A bancada pode operar ciclos de refrigeração com dispositivo de expansão por válvula ou
capilar e ciclo de aquecimento com expansão por capilar. O ciclo de aquecimento é conhecido
como bomba de calor e os dois ciclos tem operação similar. O fluido refrigerante adotado é o
R-134A que é classificado com baixo ODP (Ozone Depletion Potential).
A bancada de refrigeração é composta pelos seguintes equipamentos e acessórios.
Circuito de Refrigeração:
Um compressor de recíproco;
Um condensador a ar com velocidade do forçador variável via potenciômetro;
Um evaporador do tipo trocador de calor a placas;
Uma válvula de expansão;
Uma válvula reversora quente/frio;
Um tubo capilar;
Válvulas de retenção, vál. de esfera para manutenção, válvula rotolock, válvula
solenoide, visores de fluxo, filtros. Acumulador de sucção, tanque de líquido e
demais miscelâneas distribuídas por todo o sistema.
Estado 1:
H1 = 414,992 KJ/Kg
P1 = 200 KPa
Estado 2
H2 = 429,5548 KJ/Kg
P2 = 1200 KPa
Estado 3:
H3 = 252,1414 KJ/Kg
P3 = 1200 KPa
Estado 4:
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H4=H3= 252,1414 KJ/Kg
P4 = 200 KPa
Com esses dados podemos calcular o calor frio da bancada de estudos em classe.
Para definir uma carga térmica demandada para manter a temperatura ambiente dentro dos
limites da norma, deve-se levar em consideração diversas fontes de calor que podem influenciar
neste resultado. Dentre eles pode-se considerar a condução e irradiação de calor pelas paredes,
piso e teto do frigorífico, o próprio calor do produto, calor cedido por colaboradores ao entrar
no ambiente, afinal somos geradores de calor, e equipamentos de iluminação.
A carne bovina tem aproximadamente 1020 kg/m3 de massa específica (LUZ, 2019).
Levando isso em consideração, cada caixa com 61 l (0,061m3) pode comportar em média
62,22kg de carne bovina, totalizando 3730kg de carne bovina armazenada.
Agora já se tem os dados para iniciar os cálculos, os mesmo estão dispostos na tabela 4.
Dados
Dimensões armazem 5 x 3 x 2,5 m
Quantidade de carne armazenada 3730 kg
Massa dos pallets + caixas 234 kg
Revestimento Poliuretano - 100 mm
Temperatura ambiente externa 35ºC
Temperatura de entrada do produto -18ºC
Temperatura ambiente interna -10ºC
Fonte: Próprios autores.
Primeiro foi calculado a tranferência de calor realizada pelas paredes, teto e piso do
armazem utilizando a fórmula 1.
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑎 = 60 × 0,2557 × 45 × 24 = 16569,36
24ℎ
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Agora é necessário calcular a carga térmica do produto armazenado, para isso será utilizada
a fórmula 2.
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑏 = 3730 × 0,4 × 8 = 11936
24ℎ
Fonte: http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf
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Tabela 7: Número de troca de ar em 24h por volume.
Fonte: http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf
Fonte: http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf
Através das tabelas 6 e 7, pode-se determinar os valores de “n” e “e”. Como o volume
interno do armazem é de 60m3, o valor de “n” será de 9, enquanto o “e” será 30,8 devido a
temperatura interna do armazem ser de -10ºC. Agora, substituindo esses valores na fórmula:
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑐 = 60 × 9 × 30,8 = 16632
24ℎ
O cálculo da carga de térmica transferida pelos corpos dos colaboradores dentro do armazem pode
ser realizado através da fórmula 4.
A quantidade do calor equivalente por pessoa pode ser encontrada de acordo com a tabela 8,
considerando que a temperatura da câmara (armazem) seja de -10ºC e 2 colaboradores totalize 4h
trabalhadas em seu interior.
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Tabela 9: Calor de ocupação.
Fonte: http://files.negociol.com/257_camara_fria_carga.pdf
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑑 = 2 × 288 × 4 = 2304
24ℎ
Como cada caixa pesa em média 3kg, somando as 60 necessárias, totaliza 180kg de
embalagens. Levando em consideração que as mesmas são fabricadas em plástico, pode-se
obter o valor do calor específico através da tabela 9 e substituir na fórmula.
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑒 = 180 × 0,4 × (−8) = −576
24ℎ
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Fórmula 6:
𝑄𝑓 = 𝑃 × 860 × 𝑇𝑈
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑄𝑓 = (5 ∗ 0,011) × 860 × 4 = 189,2
24ℎ
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Tabela 3 - Classificação do grupo de segurança dos fluidos frigoríficos.
Grupo de segurança
Maior Inflamabilidade A3 B3
Aumento da inflamabilidade
Menor Maior
toxicidade Toxicidade
Aumento da toxicidade
Fonte:http://boaspraticasrefrigeracao.com.br/upload/publicacao/publicacao-407556116.pdf
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
10. REFERÊNCIAS
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ZAGONEL. Informações técnicas lâmpada.
<http://www.zagonel.com.br/arquivos/produto/20/xfKN6DHkh4FQcoSaBeMr93EUyIgRAm
Lb-spyVkoeGujQr3tNPZAJWicHL4XUvE0d7.pdf>, acessado em 02/06/2019.
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr36.htm#Sum%C3%A1rio
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