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4.3.

Registos de língua

Aqueles em que o enunciador deve adoptar o seu discurso aos usos linguísticos de acordo com as normas
Registos de língua sociais e estéticas convencionais.

Para produzir um enunciado (oral/escrito), o enunciador deve ter em conta o seguinte:


• o seu interlocutor;
• a natureza da mensagem que pretende transmitir;
• as circunstancias espaciais, temporais e sociais em que ocorre o acto comunicativo.

Os tipos de registos de língua

Utilizado em situações formais em que os interlocutores são considerados falantes social e culturalmente
bem posicionados.
a) Registo cuidado Características: elevado rigor sintáctico, vocabulário diversificado e erudito,
Situações comunicativa: conferências, discursos, sermões, formaturas…
Ex.: néscio, estupefacto…

Corresponde à norma, ou seja, o uso correcto da língua que funciona como modelo dentro de uma
determinada comunidade linguística.
b) Registo corrente Características: palavras, expressões e construções simples e correctas.
Situações comunicativas: nos media …
Ex.: ignorante, admirado …
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Utilizado em situações informais, isto é, em famílias e entre amigos.
Características: baixa correção linguística, vocabulário simples e pouco variado, frase
c) Registo familiar gramaticalmente simplificada, usa-se mais na oralidade do que na escrita.
Situações comunicativas: meio familiar..
Ex.: burro, boquiaberto

Utilizado por falantes de um nível de pouca escolarização.


d) Registo Popular Características: incorreções sintáticas e de pronúncia, expressões proverbiais
Ex: to bem..., a mãe tá lá…

Linguagem utilizada por determinados grupos socioprofissionais.


Características: termos cuja significação é apenas conhecida pelos membros de um grupo restrito.
e) Gíria
(gíria estudantil, desportiva, política)
Ex.: borla, a menina,

Conjunto de palavras ou expressões consideradas leves ou grosseiras que ocorrem mais no registo
f) Calão familiar e popular.
Ex.: chato, gajo

Termos ligados à terminologia própria de vários domínios do conhecimento, quer da ciência quer da
g) Linguagem
tecnologia.
técnico- científica
Ex.: AVC, backup, IRT

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4.4. Níveis de tratamento

Formas conversacionais e de cortesia de que o locutor se serve para interagir com o interlocutor, com maior ou
Níveis de tratamento
menor deferência.

O sistema do português europeu é uma das raras variantes que apresenta uma hierarquia de níveis de tratamento tripartida:
• Familiar: Formas verbais, pronomes na segunda pessoa do singular (tu).
É usado na intimidade.
• Intermédio: formas verbais, pronomes na terceira pessoa do singular (você).
É usado um nível intermédio.
• Formal: Formas verbais, pronomes na terceira pessoa do singular – quando for na oralidade: (o/a senhor/a) e quando for na escrita
(Vossa Excelência)

As formas de tratamentos podem ser agrupadas de acordo com a área socioprofissional:


• Académico: Senhor professor, Senhor doutor,…
• Nobiliárquico: Vossa Majestade (Reis), Vossa alteza (príncipes, duques, arquiduques)
• Eclesiástico: Vossa Santidade (Papa), Vossa eminência (cardeais), Vossa reverência (Padre)
• Cargos honoríficos: Senhor presidente, Senhor ministro, magnífico reitor

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