Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
>e!urt und >ra!, 3in e5iges Meer, 3in 5ecselnd e!en, 3in glFend 9e!en. +Nasciento e se0ltra,
U eterno ar, U o5iento scessi5o, Ua 5ida ardente. A2i a orte e a 5ida não se op*em/ o
nascimento e a sepultura sobre0@e/se, li3a/se da esa 4ora ao seio 0rocriador e absor5ente da terra
e do cor0o, entra da esa aneira, coo 4ases necess:rias, no conDnto 5i5o da 5ida e eterna
dança, e eterna reno5aç!o. Isso < ito t0ico da conce0ç!o do ndo de Soethe. 9 ndo onde
se o0@e a 5ida e a orte, < totalente di4erente do ndo onde nasciento e se0ltra se
con4ronta. Este Gltio 0ertence cltra 0o0lar e < tab< e 3rande 0arte o do 0oeta.
ins0irado na conce0ç!o carna5alesca do ndo.
No sistea de ia3ens 3rotescas, 0ortanto, a orte Y a reno5aç!o s!o
inse0ar:5eis do conDnto 5ital, e inca0aes de in4ndir teor.
C 0reciso notar 2e no 3rotesco da Idade M<dia e do Renasciento h:
eleentos c?icos eso na ia3e da orte +at< no ca0o 0ictrico,
coo 0or exe0lo nas 8anças acabras8 de Holbein o rer. A 63ra do
es0antalho c?ico rea0arece co aior o enor rele5o. Nos s<clos
se3intes, 0rinci0alente o s<clo I, 0erde/se a co0reens!o da coicidade
0resente nessas ia3ens, 2e 4ora inter0retadas co absolta seriedade e
nilateralidade, ra!o 0ela 2al se tornara 4alsas e andinas. 9 s<clo I
br3>s s tinha olhos 0ara a coicidade satrica, o riso retrico, triste, s<rio e
sentencioso +n!o adira 2e tenha sido co0arado ao l:te3o o aos açoites.
Aditia/se ainda o riso 0raente recreati5o, des0reoc0ado e tri5ial. 9 s<rio
tinha 2e 0eranecer 3ra5e, isto <, ontono e se rele5o.
9 tea da orte concebida coo reno5aç!o, a s0er0osiç!o da orte e
do nasciento e as ia3ens de ortos ale3res t> 0a0el 4ndaental no
sistea de ia3ens de Rabelais, e 0or isso 5aos analis:/las concretaente
nos ca0tlos se3intes do nosso estdo.
9 Gltio as0ecto da conce0ç!o de Ka#ser 2e exainareos a2i, < a sa
an:lise do riso 3rotesco.
Esta < a sa de6niç!o' 89 riso esclado de dor ad2ire, ao entrar no
3rotesco, os traços do riso brlador, cnico e 6nalente sat1nico8.
Ka#ser concebe o riso 3rotesco da esa 4ora 2e o 5i3ia de BonaZentra
e a teoria do 8riso destrti5o8 de ean/&al isto <, dentro do es0rito do 3rotesco
ro1ntico. 9 riso n!o te o as0ecto ale3re, liberador e re3enerador, o seDa,
criador. &or otro lado, Ka#ser co0reende ito be a i0ort1ncia do
0roblea do riso no 3rotesco e e5ita resol5>/lo de aneira nilateral +c4. op cit.,
0. *Q.
-oo D: disseos, o 3rotesco < a 4ora 0redoinante 2e adota as
di5ersas correntes odernistas atais. A conce0ç!o de Ka#ser no essencial 0ode
ser5ir/lhes de 4ndaento terico e, ebora co al3as reser5as, esclarecer
certos as0ectos do 3rotesco ro1ntico. Mas 0arece/nos inadiss5el estend>/la s
otras 4ases da e5olç!o da Ia3e 3rotesca.
9 0roblea do 3rotesco e de sa ess>ncia est<tica s 0ode ser
inteiraente colocado e resol5ido dentro do 1bito da cltra 0o0lar da Idade
M<dia e da literatra do Renasciento, e nesse sentido Rabelais <
0articlarente esclarecedor. &ara co0reender a 0ro4ndidade, as Glti0las
si3ni6caç@es e a 4orça dos di5ersos teas 3rotescos, < 0reciso 4a>/lo do 0onto
de 5ista da nidade da cltra 0o0lar e da 5is!o carna5alesca do ndo; 4ora
desses eleentos, os teas 3rotescos torna/se nilaterais, d<beis e andinos.
`...
*) As ia3ens 2e ex0rie esse cobate, est!o 4re2enteente istradas a otras, 2e reVete a
lta 0aralela desenrolada no cor0o do indi5do, contra o se nasciento e eio s dores e o
0ressentiento da a3onia. 9 teor csico < ais 0ro4ndo e ais essencial; ele 0arece re43iado no cor0o
0roX criador da hanidade, e assi insino/se nos 0r0rios 4ndaentos da ln3a, das ia3ens e do
0ensaento. Esse teor csico < 0ortanto ais essencial e ais 4orte do 2e o edo indi5idal e
cor0oral da orte 5iolenta, se be 2e 0or 5ees as sas 5oes se na nas ia3ens 4olclricas e
sobretdo liter:rias. Esse edo csico 4oi le3ado 0ela i0ot>ncia dos 0rieiros hoens diante das 4orças
da natrea. A cltra 0o0lar i3nora5a esse teor, ani2ila5a/o 0or eio do riso, da cor0ori6caç!o
c?ica da natrea e do cosos, 0ois ela esta5a 4ortalecida na base 0ela con6ança inde4ect5el no 0oder
e na 5itria 6nal do hoe. &elo contr:rio, as cltras o6ciais tilia5a itas 5ees, e at< eso
clti5a5a, esse teor a 6 de hilhar e o0riir o hoe.
$oltareos ais tarde a esses as0ectos da 6loso6a do Renasciento. No
oento, 3ostaraos de sblinhar 2e as 0essoas assimilavam e sentiam em si
mesmas o cosmos material, com os seus elementos naturais, nos atos e unç*es
eminentemente materiais do corpo/ alimentação, e"crementos, atou se"uais/ a <
2e encontra5a e si esos e tatea5a, 0or assi dier, saindo do seu
corpo, a terra, o ar, o ar, o 4o3o e, de aneira 3eral, toda a at<ria do ndo
e todas as sas ani4estaç@es, o assi a assiila5a. Fora Dstaente as
imagens relativas ao L!ai"oL corporal 2e ad2irira valor microc1smico
essencial.
Na obra 4olclrica liter:ria, o temor c1smico +coo 2al2er teor <
5encido 0elo riso. Assi, a matéria ecal e a urina , matéria c@mica, corporal,
compreensível, tinha a 0a0el ito i0ortante. Elas 63ra tab< e
0uantidade astron@mica, numa escala [295] c1smica. O cataclismo c1smico,
descrito co a aDda das imagens do !ai"o material e corporal, é re!ai"ado,
umanizado e transormado num alegre espantalo. Assi o riso 5ence o terror
csico.
`...