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Técnico em
Biblioteconomia
Gestão Documental
Marilucy da Silva Ferreira
Curso Técnico em
Biblioteconomia
Educação a Distância
Recife
Design Educacional
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Secretaria Executiva de
Helisangela Maria Andrade Ferreira Educação Integral e Profissional
Jailson Miranda
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Diagramação
Jailson Miranda
Gerência de Educação a distância
Catalogação e Normalização
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................. 42
Agora, andando pelo conteúdo deste E-book, você irá identificar que o documento
apresenta diversas perspectivas: histórica, comprobatória, identificação, etc.
Assim, nossos encontros com o mundo documental acontecerão neste E-book em duas
competências:
• Definir os Conceitos, as Características e a Organização Legal da Arquivística no Brasil.
• Compreender a Gestão Documental nas Empresas.
Um ótimo estudo!
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UNIDADE 01 | OS CONCEITOS, AS CARACTERÍSTICAS E A ORGANIZAÇÃO
LEGAL DA ARQUIVÍSTICA NO BRASIL
Quem é você? Já se perguntou isso alguma vez para o espelho? A sociedade e o mercado
de trabalho querem saber! Seu nome, idade, endereço, profissão, antecedentes, etc. Tudo isso
abrange suas credenciais de origem: pais, país, locais de formação, títulos e capital (status da conta
bancária!). E tudo isso demanda comprovação, documentos.
Ou seja, a vida em sociedade, composta por regras e normas, nos permite uma identidade
concreta, objetiva, um lugar no mundo em que temos uma referência de onde viemos e quem somos.
Ei, dá uma paradinha aí, e vai no AVA ouvir o Podcast desta competência que
tem umas dicas massa!
Assim como as pessoas físicas (como você), as pessoas jurídicas (instituições/ empresas)
também produzem e precisam de documentos para validar sua proveniência. Isso requer delas
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competências para a gestão, para organização, guarda, preservação e uso de seus documentos em
arquivos internos.
Portanto, os documentos não aparecem, aqui ou ali, pelo efeito de “desígnios dos
deuses”, mas dependem de causas humanas que não escapam de forma alguma à análise e os
problemas que são postos pela sua transmissão (MARC BLOCH, p.194-42 citado por LE GOFF, 1990,
p. 469). Muitos autores buscam discutir o conceito de documento.
E na biblioteca, será que documento é importante? Vamos refletir com a citação a seguir:
Na Biblioteca, no desempenho de atividades em biblioteca, a papel crucial, pois, mediante
dela são realizadas atividades que só são possíveis por meio de práticas documentais, como
registros catalográficos de livros, resumos, livro de normalização, e entre outros
procedimentos que depende documentação como base.(SILVA ; PEREIRA, 2022, p.2).
E o arquivo, quando será que a história do arquivo começou no Brasil? Será que os nativos
que aqui habitavam já tinham arquivos? Não. A história dos arquivos brasileiros começa com o
processo de colonização, durante a ocupação portuguesa. Nesta competência você verá mais sobre
conceitos e também um pouco da origem deles no Brasil, além de suas características e tipos.
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“A estruturação do Brasil como um país independente em 7 de setembro de
1822 trouxe consigo nos anos subsequentes a necessidade de construção da
identidade nacional. Nada mais forte para marcar essa construção do que a
criação do Arquivo Nacional, proposta pela Constituição de 1824. Porém, só
foi estruturado no ano de 1838[ ...]” (MELO; SILVA; DORNELES, 2017, p. 135).
“Entre os séculos XVI e XVIII, cabia a cada uma das autoridades
metropolitanas na colônia (governo, ouvidoria, provedoria, bispado,
Câmaras, exército, Igreja etc.) e seus escrivães manterem e organizarem os
seus cartórios, os quais por sua vez formavam sistemas de informações
interligados, mas distintos. Para o governo das capitanias essa tarefa competia
aos Secretários do Governo. Tendo-se em consideração às
necessidades jurídico-administrativas, era indispensável tanto para a
metrópole quanto para as instâncias de poder na colônia, não só o despacho
dos vários assuntos, como também a manutenção e organização dos seus
‘arquivos’, existindo normatizações régias para a organização e o
armazenamento dos documentos oficiais produzidos “(MELO, 2006, citado por
MELO; SILVA; DORNELES, 2017, p. 132).”
Fonte: https://periodicos.ufpb.br/index.php/pbcib/article/view/33763/17924
Tão importante quanto esses conteúdos, a área que reflete sobre a razão de ser dos
arquivos precisa ser também lembrada.
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Figura 2 – Profissional de arquivo
Fonte: https://cdn.xxl.thumbs.canstockphoto.com.br/trabalhando-escrit%C3%B3rio-muito-escritur%C3%A1rio-3d-
desenho_csp9244980.jpg
Descrição da figura: Boneco 3d branco sentado em cadeira giratória, digitando em um computador, em uma mesa de
madeira com pilhas de papel.
O arquivo, por sua vez, é a acumulação ordenada dos documentos, sendo a maior parte
textual, criados por uma instituição ou pessoa, ao longo de suas atividades e preservados para
consecução de seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro (PAES, 1997).
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Você sabe o que é um documento histórico?
https://alunosonline.uol.com.br/historia/o-que-um-documento-historico.html
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E por falar em valor histórico...
Você já ouviu falar sobre os 10 DOCUMENTOS MAIS ANTIGOS DA HISTÓRIA?
Não?! Então...
VEM POR AQUI: https://hypescience.com/10-documentos-mais-antigos-do-
seu-tipo/
No cenário da legislação vigente em torno do arquivo no Brasil, há três leis que merecem
destaque por focar arquivos em públicos e privados, a profissão do arquivista e diretrizes sobre
documentos digitalizados.
Aqui serão apresentados alguns trechos das leis, mas é importante que você,
estudante, busque aprofundar-se, pois, nas empresas isso pode otimizar seu
trabalho e, até mesmo evitar erros que podem se transformar em problemas
(exemplo: eliminar um documento que deveria ser arquivado)
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Parte do texto da Lei 8.159\1991:
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8159.htm
Para o cargo de arquivista, a lei é clara, exige-se diploma de graduação. Mas o que será
que a lei orienta para profissionais que queiram, por exemplo, um posto desta categoria em uma
empresa, ou assumir uma vaga de concurso na área, cujos requisitos peçam uma formação técnica
específica, ou algo que justifique competência comprovada para a função?
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Parte do texto da Lei 6.546 \1978:
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6546.htm
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Parte do texto da Lei 12.682\2012:
Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12682.htm
No que se refere às políticas públicas, destaca-se que a lei 8.159, de 1991, “vem reforçar
a necessidade de um maior envolvimento do arquivista com as questões relacionadas à gestão dos
arquivos correntes, pois, ela estabelece que a gestão dos documentos públicos correntes é de
competência das instituições arquivísticas.” (RODRIGUES, 2006, p.103).
Já sobre o aumento da produção de documentos, é a partir da segunda metade do século
XX, que há uma reorientação da profissão dos arquivistas, em virtude dos documentos produzidos
(RODRIGUES, 2006). Nese contexto, a eliminação de documentos antes de serem recolhidos para
guarda permanente entra em pauta, mais especificamente na América do Norte e repercute para
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outros países do Ocidente (RODRIGUES, 2006). Assim, é formulado “o conceito de ciclo de vida dos
documentos de arquivo.” (RODRIGUES, 2006, p. 103).
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1 – Conjunto de documentos de valor histórico, probatório e informativo
que devem ser definitivamente preservados.
Arquivo
2 – Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função
Permanente de seu valor.
3 - Arquivo responsável pelo arquivo permanente. Também chamado de
arquivo histórico.
Quadro 2 - Principais tipos de arquivos, adaptado de TJRJ, 2006.
Fonte: http://portaltj.tjrj.jus.br/web/guest/institucional/dir-gerais/dgcon/degea/dicionario-arquivistico#c
SE LIG@!
O arquivo, portanto, tem por função ser mais funcional que cultural,
enquanto instituições como bibliotecas e museus apresentam um objetivo
cultural (PAES, 1997). Acrescenta-se também que, além de cultural, os arquivos
históricos e públicos se prestam para fins de pesquisa histórica, jurídica e
científica.
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Quadro 3 - As três idades do documento arquivístico
Fonte: a autora (2022), adaptado de Paes (1997).
SE LIG@!
Há o Conselho Nacional de Arquivo - CONARQ, que atua no processo de
implantação e regulamentação de instituições arquivísticas, criado em 1938,
situado no Rio de Janeiro. O mesmo tem por finalidade “implementar e
acompanhar a política nacional de arquivos, definida pelo Conarq, por meio da
gestão, do recolhimento, do tratamento técnico, da preservação e da
divulgação do patrimônio documental do País” (CONARQ; ARQUIVO
NACIONAL, 2023).
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O determinante da validade do documento arquivístico se dispõe em relação ao meio que
o produziu, só assim, conforme afirma Bellotto (2004), ele tem sentido. Seu conjunto tem de retratar
a infraestrutura e as funções do órgão que o gerou, bem como suas atividades fim e meio (BELLOTTO,
2004).
Para a viabilização dos processos de guarda, recuperação e acesso aos documentos de
um arquivo, é necessário que haja arranjo dos mesmos. O termo arranjo, na terminologia arquivística,
é designado como: sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos
documentos de um arquivo ou coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente
estabelecido (TJRJ, 2006).
E aí, quanta coisa nova apresentada sobre arquivo, hein? Vale relembrar:
• Teorias e conceitos sobre documento e arquivo
• Classificação, tipos e características de documentos e de arquivos
• Legislação arquivística
• o que mais? Está tudo andando ou rodando? Se for rodando, pause e revise
depois...se está tudo andando, você já pode seguir.
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UNIDADE 02 | A GESTÃO DOCUMENTAL NAS EMPRESAS
Imagine suas roupas com todas as peças misturadas, imaginou? Agora transfira isso para
milhares de pilhas de documentos em uma empresa... E se as empresas guardassem seus documentos
de qualquer forma, misturando datas, tipos de documentos, que caos, não?
Ei, dá uma paradinha aí, e vai no AVA ouvir o podcast desta semana que tem
umas dicas massa!
Nesta competência Você irá ver de forma mais aplicada como é feita a Gestão Documental
nas empresas.
As empresas buscam arquivar, seja para usar no dia seguinte, algumas vezes ao ano, ou
mesmo para preservar a sua memória institucional, com a guarda permanente dos seus documentos.
Antes, porém, é importante entender quais os objetivos da mesma e quais suas atividades.
Se lig@!
Conforme a legislação, quando uma instituição privada vai à falência , é papel
do estado recolher para um dos seus órgãos a documentação e a preservar.
Ex.: você precisa de documentação de uma empresa que faliu:
Fonte: https://fagundesadv.com.br/blog/como-comprovar-tempo-de-
trabalho-em-empresas-que-nao-existem-mais/
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2.1 Conceito e objetivos da Gestão Documental
Observe, estudante, que o conceito apresenta a gestão documental como algo dinâmico,
vivo. Agora, que tal conhecer os objetivos da gestão documental? Mas antes, observe a tirinha e
reflita sobre tudo que foi pontuado até agora no contexto de arquivo.
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Fonte: Charles Schulz
Descrição da figura: Quadrinho no qual Snoopy fala ao seu amigo Woodstock. quadrinho 1 – Snoopy fala: Mais uma
carta de rejeição, arquive com as outras. Quadrinho 2 - o amigo de Snoopy aparece com uma pá. Quadrinho 3: Snoopy
reflete: acho que não quero ver o sistema de arquivamento dele.
Não podemos pensar no arquivo como um espaço inativo, pois, “o arquivo não está
morto. Nós é que ainda não temos consciência disso. O despertar só é possível por meio de reflexão,
responsabilidade e ações de conscientização sobre o valor de tudo que configura uma organização:
setores, estrutura, pessoas, atividades e, certamente, documentos.” (FERREIRA, 2017, p. 137).
Segundo documento elaborado pelo sistema de arquivo de São Paulo, coordenado por
Bernardes e Delatorre (2008), são objetivos da gestão de documentos:
• Assegurar o pleno exercício da cidadania
• Agilizar o acesso aos arquivos e às informações
• Promover a transparência das ações administrativas
• Garantir economia, eficiência e eficácia na administração pública ou privada
• Agilizar o processo decisório
• Incentivar o trabalho multidisciplinar e em equipe
• Controlar o fluxo de documentos e a organização dos arquivos
• Racionalizar a produção dos documentos
• Normalizar os procedimentos para avaliação, transferência, recolhimento, guarda e
eliminação de documentos
• Preservar o patrimônio documental considerado de guarda permanente
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• Utilização dos documentos - inclui todas as atividades de Protocolo (recebimento,
classificação, registro, distribuição, tramitação e expedição), todas as atividades de
Arquivo (organização e arquivamento, reprodução, acesso à documentação e
recuperação de informações) e a gestão de sistemas de protocolo e arquivo, sejam
eles manuais ou informatizados.
• Destinação de documentos - inclui uma das atividades mais complexas da gestão de
documentos, que é a avaliação. A avaliação se desenvolve a partir da classificação
dos documentos produzidos, recebidos e acumulados pelos órgãos públicos ou
empresas privadas, com vistas a estabelecer seus prazos de guarda e sua destinação
final, garantindo a preservação de documentos de guarda permanente e a eliminação
criteriosa de documentos desprovidos de valor probatório e informativo.
• Tramitação - estudo das instâncias de decisão, padronização e controle do fluxo
documental (workflow).
• Organização e arquivamento – de acordo com os critérios definidos no Plano de
Classificação.
• Reprodução – Duas razões para a reprodução: 1. reprodução visando a preservação
do documento original de guarda permanente e, 2. reprodução visando a
substituição do documento em papel pelo microfilme. O documento em papel de
guarda temporária poderá ser eliminado e o microfilme deverá ser preservado pelo
prazo indicado na Tabela de Temporalidade de Documentos de Arquivo.
• Classificação – recupera o contexto de produção dos documentos, isto é, a função e
a atividade que determinou a sua produção e identifica os tipos/séries documentais.
• Avaliação – trabalho multidisciplinar que consiste em identificar valores para os
documentos e analisar seu ciclo de vida, com vistas a estabelecer prazos para sua
guarda e destinação (eliminação ou guarda permanente).
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Ei, será que é importante guardar documentos em locais como hospitais?
Documentos como prontuários são fonte de informações importantes sobre o
paciente.
Nesse sentido, um arquivo hospitalar deverá ser responsável em :
• Guardar e preservação dos prontuários dos pacientes
• Manter a ordenação de arquivamento dos prontuários
• Controlar a movimentação dos prontuários para os diversos serviços
do hospital
• Arquivar cronologicamente quaisquer documentos pertinentes ao
prontuário que venham para o serviço
• Controle dos óbitos e estornos de consultas de pacientes com óbito
• Controle de duplicatas, encaminhando para a Central de Marcação,
para fusionar
• Numeração ordenada das capas dos prontuários
Fonte: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-
sul/husm-ufsm/saude/diretrizes-de-regulacao-assistencial/gestao-de-arquivo-
e-documentacao-clinica
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Conferência
Consiste na verificação de
Leitura
cada documento quanto ao Seleção
seu destino (arquivamento, Cada documento deve ser
informação, etc.) lido cuidadosamente, a fim
de verificar o seu conteúdo Selecionar o material que
e sob que classificação será realmente arquivado,
deverá ser arquivado. (se já daquele que poderá ser
existe pasta ou se há descartado imediatamente,
necessidade de abrir nova) sem prejuízo para a
instituição (como cópias,
comunicados passageiros)
Sempre que se fala em métodos, alude-se a processos, certo? Então, como processo, há
várias formas de se fazer gestão documental, mas todas devem seguir um roteiro. Se esse roteiro
inspirar praticidade e eficiência aos envolvidos, melhor ainda. E como isso é possível? Indo devagar;
integrando todos os atores: gestão, arquivistas, técnicos e usuários; planejando; avaliando e
mensurando a realidade atual e definindo metas para o resultado que se deseja alcançar.
Em outras palavras: comece pequeno, converse com sua equipe, identifique o problema,
desapegue, pense também nos documentos novos, etc. (SIMA, 2023).
https://simagestao.com.br/7-dicas-praticas-para-uma-digitalizacao-de-
documentos-bem-sucedida/
https://simagestao.com.br/organizacao-de-arquivos-nocoes-basicas-parte-iii/
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Note, estudante, que, até então, falou-se sobre a gestão de documentos. Todavia, tão
importante quanto, é necessário também que você conheça um pouco sobre a Gestão Eletrônica de
Documentos – GED. A lei 12.682, entende a digitalização como a conversão da fiel imagem de um
documento para código digital.
Assim como documento que nasce em meio virtual, o documento físico que, ao ser
digitalizado, torna-se uma fonte legal ou histórica, disponível em meio digital. A Gestão Eletrônica de
Documentos, ou GED, é uma soma de todas as tecnologias e produtos com objetivo de gerenciar
informação eletronicamente de forma eletrônica (KOCH, 1997, citado por BAHIA; FACHIN, 2010, p.15
).
A GED “surgiu da prática ou teoria dos arquivos, mas por uma necessidade da
administração pública” (RODRIGUES, 2006, citado por BAHIA; FACHIN, 2010, p.15). A GED busca
tornar o armazenamento, fluxo e acesso aos documentos mais rápido e eficaz.
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Assim, seu processo consiste em, a partir de um acervo, gerenciar uma coleção de
documentos, através de uma seleção planejada, para digitalização, armazenamento e fluxo.
Após essa fase, o documento ainda precisa passar por controle de qualidade, classificação
e indexação, sendo validado para o acesso pelo pesquisador| cliente. E quais são as etapas de um
GED? Confira abaixo:
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ter atenção para que a resolução seja de qualidade e com um tamanho de
arquivo menor. O Tipo de Scanner influenciará em uma melhor resolução do
documento.
Nesta etapa a atenção deve ser dada aos arquivos, verificando se há alguns
Controle de com defeitos como manchas, riscos, e partes sem aparecer, por o documento
estar mal posicionado. Assim, ao digitalizar os documentos, faz-se necessário
qualidade
um controle de qualidade, verificando a legibilidade e a boa definição dos
documentos para que sejam armazenados em um sistema GED.
Nesta etapa, os documentos são migrados para o local em que serão
armazenados e é criado um modelo de organização, o qual pode ser temático
Indexação (assuntos, palavras), cronológico (por datas), geográfico (lugares), seções,
tipos, etc. Tudo isso facilitará a localização\recuperação do documento no
sistema.
Nesta etapa os documentos já podem ser acessados pelos usuários. Esse
acesso dos usuários aos documentos ocorre remotamente com o sistema
Disponibilização GED. Dessa forma, as consultas são mais rápidas e seguras. Tal segurança e
agilidade diminui o risco de perda de documentos, o que é passível de ocorrer
com o documento em meio físico.
A recuperação também é mais rápida, pois não é preciso que o arquivista, ou profissional
de determinada empresa para sua atividade para irem um local específico busca o documento. Outro
ganho também a citar é que o documento original tem sua vida mais longa, visto que o manuseio,
ainda que com luvas com o tempo pode danificá-lo.
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uma lupa sobre as mesmas.
Ressalta-se que, mesmo com um scanner, a empresa tenha o cuidado de treinar a equipe
para digitalizar, dando instruções quanto ao processo, salientando as etapas da digitalização. Caso a
empresa opte por terceirizar o serviço e contratar uma empresa que o faça, é importante observar
se há um projeto relacionado ao que será feito com fluxo de trabalho para apresentar informações
como:
• quantitativo da equipe operacional;
• materiais a serem utilizados pela equipe (luvas, toucas, máscaras, óculos de proteção,
álcool, etc.);
• materiais a serem utilizados nas pastas ou documentos (flanelas, pincéis, lápis para
anotações, envelopes e pastas para rearquivamento dos documentos físicos, papel
ofício para gerar novas etiquetas, etc.);
• equipamentos para digitalização: quantidade de scanners, computadores;
• quantidade de documentos digitalizados por semana, ou mês;
• formas de backup dos documentos digitalizados;
• envios atualizados de relatórios e estatísticas de produção parcial e global;
• orçamento por demanda em pequena, média e grande escala;
• relato de problemas, quando houver, etc.
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2.3 Gestão Documental e as Empresas
Até aqui, foi abordado a GED em suas etapas e o que se requer para que ela aconteça.
Agora, veja alguns exemplos de ferramentas e projetos em instituições que fazem a gestão
documental. Tanto empresas privadas, como empresas públicas têm adotado a gestão documental
como uma ferramenta para otimizar seus processos, sejam em atividades meio, como é o caso de
arquivos dando apoio às atividades internas dentro das empresas, como em atividades fim, como é
caso da pesquisa em arquivos históricos.
Nos dias atuais, a gestão documental tem caminhado para um panorama virtual, ou seja,
a GED é adotada como iniciativa econômica de espaço e tempo do fluxo documental (produção, uso,
circulação, guarda, recuperação, preservação, etc.). Para que o GED seja eficaz, é preciso investir em
uma estrutura de equipamentos (computadores, scanners) e sistemas (softwares de tratamento de
documentos). Neste caso, há iniciativas como o Alfresco.
O Alfresco é um exemplo de programa que trata informação documental
eletronicamente. Ele é um software que visa facilitar o trabalho em equipe em documentos
armazenados no sistema. Tanto uma plataforma de gerenciamento de conteúdo quanto um sistema
de gerenciamento de documentos. Ideal para equipes que regularmente criam e atualizam conteúdo,
especialmente de maneira colaborativa. (LINUX SOLUTIONS, 2023).
Se lig@!
Administração econômica do ciclo de vida do conteúdo da criação à destruição
ou arquivo final:
O Gerenciamento do Ciclo de Vida da Informação (ILM) garante que os
registros estejam disponíveis até serem destruídos ou arquivados. O Alfresco
Governance Services permite que as empresas armazenem registros e
informações de maneira fácil e econômica ao longo do ciclo de vida, mantendo
os recursos de segurança para atender aos requisitos regulamentares e de
conformidade. (ALFRESCO, 2023).
Como empresa que presta um serviço de digitalização para outras empresas, a Arquivar
é um exemplo. Ela apresenta argumentos estatísticos interessantes para seu serviço ser adotado,
como o tempo de horas semanais para se localizar um documento, a reprodução de documentos mais
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de uma vez e a economia de espaço, ao migrar documentos para um sistema de armazenamento
digital (ARQUIVAR, 2020).
Se lig@!
9.3 horas
é o tempo gasto por semana por um funcionário buscando um documento
83% recriam
documentos nas empresas por não achar suas versões antigas
60% de espaço
é liberado ao migrar para um sistema de armazenamento digital
Fonte: https://arquivar.com.br/
As instituições públicas, muitas vezes, encontram barreira pela falta de recursos. Nesses
casos, recorrer a projetos junto a outras instituições culturais, ou mesmo empresariais, pode ser uma
alternativa.
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2.4 Perfil do profissional Técnico em Arquivo na Gestão Documental
Aqui seguem algumas recomendações para o profissional que for atual com conteúdo
digital ou digitalizado:
• Atualizar-se para o mercado digital e aprender elementos básicos para um processo
de digitalização.
• Aprender a operar equipamentos de digitalização, scanners, softwares de
armazenamento.
• Entender quais as demandas da empresa a qual está a serviço.
• Comprometer-se com a segurança física e digital dos documentos que estão sendo
tratados.
• Ensinar o que aprendeu e perguntar o que não sabe.
• Saber trabalhar em equipe e compartilhar suas novas habilidades que venham somar
com agilidade e qualidade em suas atividades.
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demandas que são do arquivista, repassadas para um profissional de nível técnico. Outro ponto é que
as atividades do técnico devem ser orientadas e supervisionadas pelo profissional arquivista.
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Perceba que o arquivista tem uma função mais gerencial, de coordenação, enquanto que
o técnico em arquivo tem uma função mais pontual, direcionada à execução de atividades. Já a
microfilmagem citada na lei 6.546 de 1978 é indicada para organizações que buscam preservar
documentos originais por muito tempo e desejam reduzir o espaço físico ocupado por eles. A solução
possui amparo legal (Lei n° 5.433, de 8 de maio de 1968. Decreto n° 1.799, de 30 de janeiro de 1996),
que permite a eliminação do documento em papel. (ARQUIVAR, 2020).
Agora é só seguir para a próxima competência, mas, antes, que tal assistir a
videoaula desta competência?
Ah, se quiser, você pode também aprender umas palavras específicas usadas
pelos profissionais de arquivo:
Sigilografia - disciplina que tem por objeto o estudo dos selos, sinetes e
carimbos. Também chamada esfragística.
Heráldica - disciplina que estuda os brasões e emblemas.
Fonte: Arquivo Nacional (2005)
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Ei, dá uma paradinha aí, e vai no AVA ouvir o Podcast desta competência que
tem umas dicas massa!
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O protocolo pode ser um setor, um serviço ou mesmo um livro de registro. Já na chegada
do documento ao setor de protocolo, pode-se iniciar a gestão dos documentos, entendidos aqui
como informação registrada.
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Vamos aprofundar os tipos documentais vistos na competência 1?
As empresas adotam boas práticas para organizar sua massa documental, por
perceberem que é mais vantajoso criar um fluxo desde a criação até a destinação final dos
documentos. Para poder desempenhar satisfatoriamente as suas funções, o arquivo necessita de
recursos humanos, instalações e recursos materiais (MARTINS, 1998).
Entre as operações necessárias a serem realizadas pela equipe do arquivo, Martins (1998,
p.8) destaca:
• Selecionar documentos
• Registrar documentos
• Estabelecer o método de classificação adequado
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• Codificar documentos
• Ordenar documentos
• Arquivar documentos de acordo com o método adotado
• Conservar os documentos mantendo o arquivo organizado e atualizado
• Localizar documentos
• Controlar a saída de documentos do arquivo
• Transferir e descartar documentos
• Orientar e treinar usuários
Se lig@!
Ao emprestar um documento, anote, protocole ou registre o evento com
informações como: Nome da pessoa que pegou o documento, data, tipo do
documento, classificação, etc.
Peça para quem; solicitou o empréstimo assinar abaixo dessas informações e
registrar a data (dia, mês e ano).
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Ei, que tal relembrar alguns pontos que caracterizam o documento?
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Veja trecho da lei que aborda sobre esses tipos de documentos:
Lei 6.015|1973 - Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências.
TÍTULO II
Do Registro de Pessoas Naturais
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 29. Serão registrados no registro civil de pessoas naturais:
I - os nascimentos
II - os casamentos;
III - os óbitos;
IV - as emancipações;
V - as interdições;
VI - as sentenças declaratórias de ausência;
VII - as opções de nacionalidade;
VIII - as sentenças que deferirem a legitimação adotiva.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6015consolidado.htm
CAPÍTULO IV
Do Nascimento
Art. 50. Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser
dado a registro, no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da
residência dos pais, dentro do prazo de quinze dias, que será ampliado em
até três meses para os lugares distantes mais de trinta quilômetros da sede
do cartório.
§ 2º Os índios, enquanto não integrados, não estão obrigados a inscrição do
nascimento. Este poderá ser feito em livro próprio do órgão federal de
assistência aos índios.
Fonte: Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 /
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015compilada.htm
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Lei 13.787 de 27 de dezembro de 2018.
Dispõe sobre a digitalização e a utilização de sistemas informatizados para a
guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de paciente.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/L13787.htm
Ah, se quiser, você pode também aprender umas palavras específicas usadas
pelos profissionais de arquivo:
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CONCLUSÃO
Quem bom que você esteve presente até aqui. Sua chegada e permanência já estão na
história deste curso. Indo para o contexto da disciplina, você ainda está no arquivo corrente (seus
documentos, histórico, mensagens do AVA, e, logo mais: seu diploma!).
Passado o tempo, você será parte de uma recordação de um todo que configura este
curso. Seu nome estará nessa história, como já falei. Para onde você vai a partir de agora? E qual a
sua história até aqui? Olhando para seus documentos você poderá responder muito bem sobre isso.
Há algo, no entanto, mais importante, o seu comprometimento em ser imparável!
Imparável para escrever a sua própria história e ir além dos documentos. Ficar na memória, sair das
bocas em forma de histórias, anedotas, causos e, quem sabe, grandes feitos!
Ninguém morre por inteiro, há pedaços, narrativas e vozes que não nos deixam morrer
nunca! É assim com os documentos, eles contam muita coisa, segredos, verdades que estavam
arquivadas, escondidas! Quando jovens, os documentos são ferramentas, caminhos para que as
pessoas busquem apresentar-se ao mundo, ao mercado!
Se você veio até aqui, não pare de documentar seus sonhos! Apresente-se a este universo
como alguém que, mais que executar tarefas, quer realizar sonhos, mais que aprender teorias, quer
compartilhar experiências! Assim como os documentos, você tem um grande poder: ser prova de que
a vida é um processo, que vai marcando a face, deixando o novo, encontrando o velho... o velho e
sábio tempo!
Sempre que quiser, arquive o que marcou com cor ou aprendizado a sua história, delete
o que já não faz bem a você e, desarquive tudo o que vale a pena reviver! Siga em frente, sempre
com os arquivos na memória de quem realmente é você para ir além do que você pode ser!
Bons estudos e uma GRANDE e MEMORÁVEL jornada!
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REFERÊNCIAS
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MINICURRÍCULO DO PROFESSOR
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