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Processo nº...
Pedro Paulo, nacionalidade..., estado civil..., endereço..., RG nº..., CPF nº..., vem
respeitosamente a presença de vossa Exa., requerer o RELAXAMENTO DE PRISÃO EM
FLAGRANTE, com fundamento no artigo 5º da CRFB/88, inciso LXV, e sua combinação com o
artigo 302, CPP.
DOS FATOS
Consta dos autos que o requerente e Marconi, estavam sendo investigados pela autoridade
policial da comarca de São Paulo, em razão da pratica do delito de tentativa de furto
qualificado pelo concurso de pessoas, ocorrido em 9/10/2009, por volta das 22h.
Ao Registrar a ocorrência policial, a vítima Maria Helena, narrou ter visto, dois indivíduos de
estatura mediana, com os cabelos escuros e utilizando boné, no estacionamento do shopping
IGUATEMI, tentando subtrair o veículo CORSA/GM, de cor verde, placa FU6643/SP, que lhe
pertencia.
Disse ainda que eles só não alcançaram êxito na empreitada criminosa por motivos alheios a
sua vontade, visto que foram impedidos de conclui-la pelos PM, que estavam em
patrulhamento na região.
No dia 30/10/2010, o requente foi convidado ´para que se fizesse presente naquela delegacia
de polícia e assim o fez, imediata e espontaneamente, afim de se submeter a reconhecimento
formal. Na ocasião negou a autoria do delito, relatando que, no horário do crime, estava em
casa dormindo.
A vítima Maria Helena, e a testemunha Agnes, que no dia do crime, iria pegar uma carona com
a vítima não reconheceram, inicialmente, Pedro Paulo como autor do delito.
Em seguida, o requerente foi posto em uma sala, junto com Marconi, para reconhecimento,
havendo insistência, por parte dos policiais, para que a vítima confirmasse que os indiciados
eram os autores do crime.
Então, a vítima assinou o auto de reconhecimento, declarando que Pedro Paulo, era a pessoa
que, no dia 9/10/2009, havia tentado furtar o seu veículo, conforme os policiais.
Diante Disso, o delegado autuou o requerente em flagrante delito e recolheu-o a prisão. Foi
entregue ao requerente a nota de culpa, e, em seguida, foram feitas as comunicações de
praxe.
DO DIREITO
Entretanto a prisão “em flagrante” efetuada vinte e um dia após os fatos, é ilegal, dispõe o
artigo 5º da Constituição Federal, inciso LXV:
II – acaba de cometê-la,
A prisão do requerente é ilegal vez que não preenche os requisitos do artigo acima citado,
ademais o reconhecimento foi obtido de forma ilegal, com abuso de autoridade, não obstante
o requerente se apresentou como o próprio inquérito relata “imediata e espontaneamente”, o
que via de consequência impede a prisão em flagrante, podendo se fosse o caso dar origem à
prisão preventiva a qual não encontra para a suposta conduta qualquer respaldo legal.
Fica então evidente que o Requerente merece ser posto em liberdade, pois não há motivo
para manter sua prisão, devido à todos os motivos já expostos anteriormente e ressaltando
que o mesmo possui residência fixa.
Outro detalhe muito importante é o fato de o Requerente estar trabalhando na firma, e sendo
assim a empresa precisa do mesmo com urgência, pois está com falta de funcionários e o
mesmo está deixando de prover sua família, vez que, o mesmo ajuda na manutenção de sua
casa, sem levar em consideração que poderá perder o emprego se ficar mais tempo preso.
REQUERIMENTO
Termos em que
Pede Deferimento,
Advogado
OAB/SP nº