INFORMACIONAL Curso de Biblioteconomia da UNIRIO Disciplina : Fontes de Informação Gerais Professor: Alex Guizalberth COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
Competência Informacional: constitui-se em
processo contínuo de interação e internalização de fundamentos conceituais, atitudinais e de habilidades específicas como referenciais à compreensão da informação, de sua abrangência, em busca da fluência e das capacidades necessárias à geração do conhecimento novo e sua aplicabilidade ao cotidiano das pessoas e das comunidades ao longo da vida (Belluzzo, 2004)”. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL O profissional da informação não pode ignorar a condição de um auto-aprendizado constante, pois as tecnologias mudam e avançam a uma velocidade incomum. Este profissional deverá adotar uma política dinâmica para acompanhar essa velocidade e o surgimento de novos recursos informacionais, afinal, a explosão da informação só fez aumentar. Discernir, qualitativamente dentre a gigantesca quantidade do que é produzida, uma da outra é o que fará com que o papel desse profissional faça a diferença. Desenvolver habilidades condizentes com essa nova realidade será a tônica de seu dia a dia. Interpretar cenários, monitorar segmentos de pesquisas, comprar e vender informação, coletar, analisar e disseminar serão atividades comuns nos dias de hoje. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
A criatividade é um elemento que compõe o
desenvolvimento de competências. (Belluzzo, in Passos, 2005, p. 36) “Em especial, o importante é que a criatividade humana possa ser utilizada mediante a promoção de espaços dinâmicos e interativos e atividades que permitam o acervo e uso da informação para a aquisição e produção do conhecimento – a competência em informação – nas dimensões do tempo, espaço e velocidade. Este é o diferencial do Século XXI”. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL Características pessoais: inteligência, precisão, critério, conhecimento profissional, cortesia, iniciativa, tato, vigilância, memória, interesse no trabalho e nas pessoas, imaginação, perseverança, saúde, presteza, paciência, ordem etc.
Espera-se que o bibliotecário saiba interagir não só com
os usuários e as fontes bibliográficas, como também com dados bibliográficos informatizados. Ele deve ser treinado para fornecer informação no formato requerido pelo usuário e deve estar consciente de que ele representa tudo que a biblioteca tem a oferecer àqueles que a procuram. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL Na sociedade da informação o papel das UIs é mais dinâmico. Elas deixaram de ser armazenadoras da informação e passaram a atuar voltadas mais para um processo de comunicação. Conforme comentário de Levy (2000), a comunicação é simultânea e um único emissor pode enviar informação para um único receptor ou vários, sendo esse receptor anônimo ou não. É também uma comunicação hipertextual: uma comunidade agrega membros de outra comunidade, estes apresentam esta mesma comunidade a outros e assim sucessivamente. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL Conforme Cerbiam (1998, p. 18), não se trata de interconexão de tecnologias e, sim, da interconexão de seres humanos pela tecnologia. É a inteligência conectada. São novos modelos e que exigem, sem moderação, uma nova postura embasado em novas competências. Cabe ao bibliotecário compreender a si mesmo, os seus limites até então, e compreender o seu usuário de que é preciso passar pela superação de lacunas tecnológicas surgidas, como as pressões naturais causadas pela evolução da sociedade. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
Se por um lado as TICs nos proporcionam uma forte
concorrência ao possibilitar o auto-atendimento, por outro, elas são um forte instrumento de alavancagem de suas funções em monitorar, adquirir, tratar, organizar, disponibilizar e disseminar a informação e, ainda, de estar, via rede, aonde quer que o seu usuário esteja.
Como agente ativo e único responsável nesse processo de
relação entre a UI, o usuário e as TICS, está o bibliotecário. E, para transitar por esse ambiente, são requisitos básicos desenvolver competências. Conforme Barreto (2005, p. 170) essas competências são: técnicas, conceituais, relacionais, cidadãs. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
Para Miranda (2004, p. 115) as
competências técnicas podem ser entendidas como: o “conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionadas que afeta parte considerável da atividade de alguém; se relaciona com o desempenho, pode ser medido segundo padrões preestabelecidos e pode ser melhorado por meio de treinamento e desenvolvimento”. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
Já as competências conceituais exigem
reflexão, ela surge da relação do sujeito com o trabalho e sob esse aspecto, somam-se as conjeturas individuais, ao respaldo da clientela e aos recursos estruturais que compõem a organização. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
As competências relacionais refletem a
capacidade de integração do sujeito como o seu igual, buscando compartilhar, harmonizar, vivenciar os seus momentos na organização, mobilizado subjetivamente e objetivamente para um bem comum. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
Na competência cidadã a visão se
expande para além de si mesmo e integra o eu ao ambiente social, num momento pautado na consciência do agir em função do desenvolvimento coletivo. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL Se por um lado o acesso, a qualidade, a quantidade de informação e as distâncias entre o produto final de uma “publicação” permitiram encontrar informações de todos os campos do conhecimento, o diferencial é o de como encontrar a informação que realmente tenha valor, no tempo necessário e a um menor custo. Para isso é fundamental o emprego de competências adequadas a esse fim. Para o bibliotecário, não exclusivamente, mas fundamentalmente, trata-se de competências informacionais. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
Essas competências estão ligadas diretamente ao trato
como os recursos tecnológicos, com a informação propriamente dita e numa visão social apurada e inclusiva, objetivada em contribuir para a alfabetização do século XXI, conforme salienta Belluzzo (2003). Ela acrescenta ainda que a maior responsabilidade desse profissional está em oportunizar a todos os cidadãos o acesso e a disponibilização de informação confiável com o intuito claro de gerar conhecimento produtivo. Em outras palavras, acesso a informação de alto valor agregado, sob a marca da Era Digital, de forma democrática e em função do desenvolvimento humano individual e coletivo. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
Valentim (2000, p. 136) chama a atenção para a
necessidade desse profissional em perceber qual a realidade ele está vivenciando, entender o ambiente, criar mecanismos eficientes de atuação, enfrentar mudanças e antecipar-se às necessidades futuras da sociedade.
A formação endógena, introspectiva, relacionada à
concepção e internalização de saberes deve ser contra balanceada por uma formação exógena, voltada para a práxis em busca de conhecimentos externos, aplicação dos mesmos e combinação de novos conceitos. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
O profissional da informação está bem preparado
para a explosão da informação moderna? E possui domínio da técnica? Conhece e sabe utilizar os atuais recursos tecnológicos? Em uma sociedade dita da informação ele comunica-se bem? Tem capacidade de obter, processar e usar novas informações?
Agora, temos outros paradigmas e oportunidades
infinitas surgem como o meio digital. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
Conforme observa Campello, muitos situam-se em uma
zona desconfortável denominada analfabetismo funcional. Isso, não só devido a essas lacunas tecnológicas, mas também com a dinâmica do tempo com que ocorrem. Assimilar uma diversidade de formatos, em várias línguas, novas informações que são produzidas praticamente em linha, e o efeito multiplicador proporcionado pelos uso das TICs, dão a tônica da era atual. Essa tônica faz parte do legado desse profissional, que deve dominá-la para orientar bem ao seu usuário/cliente e atuar de forma a “desenvolver mecanismos eficazes de processamento, elaboração e assimilação da informação. COMPETÊNCIA INFORMACIONAL Considerando que o profissional bibliotecário da sociedade da informação ainda não existe, ele será construído por nós, bibliotecários, que estamos convivendo com esta era de transição e de mudanças radicais, através de ações criativas e proativas. As possibilidades de crescimento e de renovação profissionais são imensas. Buscar soluções criativas é uma postura esperada e que garantirá espaço social e profissional na sociedade da informação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)