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TERAPIA DO ESQUEMA
E O PROCESSAMENTO
MENTAL INCONSCIENTE
Marco Callegaro
Inconsciente de Freud
A maior parte do
processamento realizado
pelo cérebro é inconsciente.
Só temos acesso consciente
a um resumo editado destas
informações.
Metáfora da mente como um
ceberg
Livro The New
Unconscious
O processamento inconsciente é
cerca de 200.000 vezes maior do
que o consciente (Dijksterhuis,
Aarts & Smith, 2005).
Consciente =
1
Inconsciente
200.000 X
Sentimentos conscientes e processamento
inconsciente segundo Antônio Damasio
Evolução de sistemas de memória
inconsciente
Caso
HM
Em 1953, um operário de linha de montagem chamado Henry, na época com
27 anos, teve sua porção medial do lobo temporal retirada em ambos os lados
do cérebro.
O hipocampo e as estruturas
adjacentes do lobo temporal
medial foram lesionados
bilateralmente (i. é., em ambos os
hemisférios do encéfalo), no
paciente H.M. (região indicada
pela área sombreada).
Brenda Milner
O paciente H.M. aprendeu com sucesso a traçar entre os dois contornos de uma estrela olhando para
sua mão pelo espelho. Ele mostrou um desempenho que melhorava dia a dia nessa tarefa envolvendo
habilidade motora, embora a cada dia ele não recordasse haver executado a tarefa anteriormente.
Memórias inconscientes
A habituação pode ser utilizada para estudar a percepção em recém-nascidos. Quando um bebê vê pela primeira vez um quadrado azul
novo, sua atenção visual é capturada pelo estímulo, e seus batimentos cardíacos e respiração diminuem. À medida que a apresentação
do quadrado azul se repete, o bebê aprende a ignorar o estímulo familiar, e suas respostas sofrem uma habituação. No entanto, quando
um quadrado vermelho novo é mostrado ao bebê, o novo estímulo irá imediatamente recapturar sua atenção visual, e suas frequências
cardíaca e respiratória diminuirão novamente. Dessa forma, os cientistas determinaram que um bebê pode distinguir uma cor de outra.
Unconscious memory and exposure: OCD
Exposição
Memórias inconscientes:
priming
O fenômeno intitulado de priming, ou pré-ativação, envolve uma melhora na
capacidade do sujeito de identificar estímulos como palavras ou objetos
depois de uma experiência prévia com eles.
Baxter e colegas (1992). Caudate glucose metabolic rate changes with both
drug and behavior therapy for obsessive-compulsive disorder.
Psicoterapia e funcionamento neural
Ambos os tratamentos
reduziram a atividade
da amígdala.
Furmark e colegas, (2002). Common changes in cerebral blood flow in patients with social phobia
treated with citalopram or cognitive-behavioral therapy.
“Uma amígdala hipersensível está associada
com um padrão de vieses cognitivos negativos
e crenças disfuncionais. Uma combinação de
amígdala hiper-reativa e regiões pré-frontais
hipoativas estão associadas com avaliação
cognitiva negativa e ocorrência de depressão”
(Beck, 2008).
A amígdala de pacientes depressivos apresenta elevada atividade, ocasionando
vieses na avaliação e interpretação de estímulos emocionalmente carregados, e
até mesmo na expectativa de estímulos ameaçadores. (Siegle et al., 2007;
Johnstone et. al., 2007; Abler et. al., 2007)
O foco seletivo nos aspectos negativos da
experiência resulta nas distorções cognitivas
como personalização, supergeneralização e
exagero.
Emoçã
o
Fisiologi Comportament
a o
EIXO HPA do STRESS:
Hipotálamo libera CRF – Pituitária (ou
Hipófise) libera ACTH – Adrenal libera
Adrenalina e Cortisol – atingem
receptores no cérebro e corpo.
Simpático Parassimpático
Ansiedade Relaxamento
Medo, ansiedade (TAG), Pânico, paranoia, fobia
simples e social, TOC e TEPT = acionamento
errôneo.
Controle
Ansiedade
Depressão
Papel do processamento consciente
1. Cirurgias.
Crença intermediária
Crença central
Exemplo clínico: transferência
Emoção
Adrenaline X Oxytocin
1. Confrontação.
2. Experiência afetiva.
3. Relacionamento terapêutico.
2. Mais tempo do que TC para identificar e superar a evitação cognitiva, afetiva e comportamental.
Cinco construtos da Terapia do Esquema
Jeffrey Young propõe cinco construtos teóricos para expandir o modelo cognitivo de Beck:
Manutenção do esquema.
Evitação do esquema.
Compensação do esquema.
Os Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs)
ou esquemas primitivos
São rígidos e incondicionais. Exemplo: quando o paciente sente que não importa o
que possa fazer, não será amado, mas sim abandonado e traído. O sujeito percebe
o EID como uma verdade a priori, irrefutável e aceita como uma realidade
intrínseca, essencial.
A definição revisada e compreensiva do EID
Young e colaboradores (2003)
Caráter autoperpetuador.
Resistência à mudança.
Mesmo que o sujeito seja enormemente bem sucedido na vida, isto não
acarretaria alteração do esquema disfuncional.
Exemplo: uma atribuição difícil para uma pessoa com esquema de fracasso pode
acionar pensamentos autoderrotistas com elevada carga emocional (“não vou
conseguir” ou “vou falhar e ser demitido”).
Papel da Genética na gênese dos EIDs
A Terapia do Esquema reconhece o papel das influências genéticas na gênese dos EIDs:
Largamente inatas.
Lábil Não-reativo
Resistentes à mudança.
Distímico Otimista
Ansioso Calmo
Obsessivo Distratibilidade
Passivo Agressivo
Irritável Contente
Tímido Sociável
Temperamento emocional
Aquele com temperamento tímido torna-se acabrunhado e fechado, cada vez mais
dependente de sua mãe.
1. Conexão e aceitação.
2. Autonomia e desempenho.
3. Auto-orientação.
4. Limites realistas.
Crença intermediária
Crença central
Esquemas Iniciais
Desadaptativos
Memória implícita
Via mais longa do tálamo ao córtex, que pode fazer distinções mais
elaboradas, leva dezenove milissegundos (cerca de 65% a mais de duração).
Amígdala
Via rápida e lenta
Convivendo com os EIDs ao longo da vida
1. Supercompensação – LUTA
Processamento Processamento
Sistema do Sistema da
consciente inconsciente
hipocampo/córtex amígdala
Consciente (memória explícita). Inconsciente (memória implícita).