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FORMULAÇÕES”
A palavra detergente tem origem do latim Detergere que tem seu próprio sentido:
1. Tirar enxugando, enxugar; 2. Limpar, fazer desaparecer.
A definição mais ampla de detergente é “substância ou preparação que favorece ou
promove o processo de remoção da sujidade de uma superfície”.
Existem outros conceitos que também definem detergentes:
“ Substância ou preparação destinada a dissolver gorduras e à higiene de recipientes
e vasilhas, e a aplicações de uso doméstico” (Lei N° 6.360 de 23/09/1976, artigo 3º item
VII-d).
“(preparações)... contendo basicamente agente tensoativo e substância coadjuvante,
tais como espessantes, sinérgicos, solventes, substâncias inertes e outras especialmente
formuladas para a remoção de gorduras, óleos e outras sujidades, ou de higienização de
objetos e utensílios domésticos, inclusive pisos e paredes” (Decreto N° 79.094 de
05/01/1977, artigo 70).
Estas considerações referentes à conceituação do termo detergente são necessárias
para um entendimento e esclarecimento de perguntas freqüentemente formuladas a
respeito:
- “Sabão é detergente?”
- “Sabão em pó é detergente?”
Para melhor compreensão da atuação dos detergentes, devemos ter em mente alguns
conceitos básicos ligados às suas propriedades. São eles: polaridade, miscibilidade, tensão
superficial ou interfacial, estruturas dos tensoativos, micelas e concentração micelar crítica.
CH3-CH2-CH2-CH2-CH2..........CH2-CH3
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Miscibilidade: Para que dois líquidos sejam miscíveis entre si, é necessário que ambos se
situem dentro da mesma faixa de polaridade. Ao se misturar um líquido polar com um
líquido não-polar (por exemplo: água e óleo) ocorrerá a separação das fases quase que
imediatamente.
Tensão superficial – Tensão interfacial: Quando dois líquidos não são miscíveis entre si,
forma-se entre os mesmos uma interface. O trabalho necessário para aumentar esta
interface em uma unidade de área é denominada "tensão interfacial". A tensão interfacial ,
é portanto, a força que impede a miscibilidade de dois líquidos.
No sistema CGS:
erg dyna
γ= =
cm 2 cm
A tensão superficial da água é de 72 dynas/cm (20 °C). Para que ocorra seu perfeito
espalhamento sobre a superfície é necessário reduzir sua tensão superficial a valores entre
30 e 40 dynas/cm. Esta redução de tensão superficial da água (ou da tensão interfacial entre
dois líquidos) é obtida pelo emprego de tensoativos, como é verificado na Tabela 1.
Tensoativos são substâncias que, em pequenas concentrações, reduzem de forma
apreciável a tensão superficial da água ou a tensão interfacial entre dois líquidos não
miscíveis.
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Tabela 1 – Tensão superficial de diversos líquidos.
Solução Tensão superficial (dynas/cm)
Água 72,8
Água + 0,001% tensoativo 31,1
Água + 0,01% tensoativo 28,9
Água + 0,1% tensoativo 28,8
Água + 1,0% tensoativo 28,7
Mercúrio 485,0
Benzeno 28,9
Álcool n-octílico 27,5
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Estas formações micelares não são exclusivas de sistemas aquosos, podendo ser
formadas em solventes orgânicos apolares ou de baixa polaridade. Nesses solventes, as
micelas se formam de uma maneira inversa às micelas formadas no sistema aquoso. Por
esta razão, são denominadas Micelas inversas.
A concentração a partir da qual se formam as micelas, é denominada “concentração
micelar crítica (C.M.C.). A concentração micelar crítica, em geral, não excede a 1 g / l para
a maioria dos tensoativos, havendo porém casos em que pode exceder a 20 g / l.
Carboxilatos:
São os tensoativos que constituem o sabão e sabonete. São sintetizáveis em nível de
pequena e média empresa. Sua síntese provém da hidrólise alcalina de corpos graxos (óleos
e gorduras).
Estima-se que os antigos egípcios já conheciam os sabões. Os fenícios, a 600 a.C.,
certamente já os utilizavam. Após o advento dos tensoativos sintéticos, pouco antes da
2ª Guerra, e a intensiva difusão de seu uso, durante e após a guerra, os sabões vêm decaindo
quanto a sua importância econômica.
Os motivos da substituição progressiva dos sabões por produtos sintéticos advêm
de aspectos econômicos e técnicos:
- econômicos: a matéria-prima utilizada para sua síntese, cada vez mais cede seu lugar para
a indústria alimentícia, tornando-se cada vez mais oneroso, de difícil aquisição e sem
elementos alternativos;
- técnicos: formação de sais insolúveis com os agentes de dureza da água (Ca e Mg) e
insolubilização em meio neutro ou ácido.
Vantagens: São de síntese e obtenção fáceis, com custo relativamente barato. São
biodegradáveis e de bom índice de espuma.
Desvantagens: Não agem em meio ácido ou em água dura. Em meio ácido, são deslocados
para a forma de ácido graxo, que são praticamente insolúveis em água. Em água dura, o
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carboxilato é precipitado na forma de carbonato de cálcio/magnésio, formando um corpo
graxo, insolúvel em água.
Sulfonatos:
Constituem os produtos mais comuns e apresentam o custo menos elevado. São
utilizados em formulação de detergentes domésticos, desengraxantes, limpa-carpetes,
limpa-vidros, etc. variando apenas o incorporantes e o pH da solução final.
Características: Apresentam médio índice de espuma. São menos solúveis em água
e resistentes em água dura. São desidratantes, causando irritação na pele através do
contato.
Os dois principais tipos de sulfonatos são: os alcanosulfonatos e os
alquilbenzenosulfonatos.
Sulfatos:
Devido às suas características umectantes e conseqüentemente não irritativas, são
amplamente empregados na confecção de cosméticos, como xampus e cremes hidratantes.
Os sulfatos são classificados em:
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Detergentes Catiônicos: (O radical hidrófilo é um cátion).
Seus principais representantes são os sais quaternários de amônio (maior interesse
econômico) e de fosfônio. Todos apresentam características de atuarem como bactericidas,
estáticos, formadores de película aderente, emulsionantes e de baixa espuma.
C12H25 – Solubilização;
C14H29 – Ação Microbiana;
C16H33 – Precipitação e Adsorção;
C18H37 – Amaciamento e Emoliência.
Detergentes não-iônicos:
Como o próprio nome indica, pertencem a este grupo os tensoativos que não se
ionizam quando dissolvidos em água. São utilizados em formulações que dependem de
baixo teor de espuma, o que é a sua maior característica. De regra geral são grandemente
biodegradáveis, neutros, sensíveis à pH excessivamente ácido ou alcalino. Não são
sensíveis a água dura. Outra vantagem é que são sintetizados industrialmente de acordo
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com as características e necessidades que mais lhe convier (maior ou menor índice de
espuma, solubilidade, biodegradabilidade, etc.).
Cabe salientar dois tipos básicos de detergentes não-iônicos:
- Polioxietilênicos (Alquil-Aril-etoxilados): O tipo mais comum é o nonilfenol etoxilado.
Em menor escala utilizam octilfenóis etoxilados. A reação de obtenção do nonilfenol
etoxilado é representada na Figura 6.
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- Derivados do Sorbitol (Monoestearato de Sorbitol, Dioleato de Sorbitol, Trioleato de
Sorbitol): São ésteres derivados do Sorbitol (Figura 7) e sua solubilidade varia de acordo
com os radicais acílicos que foram esterificados. São comumente empregados na área
alimentar como pós solúveis, na área de medicamentos (emulsionantes, solubilizantes,
etc.). Podem aparecer na indústria agroquímica, como espalhantes adesivos (colas,
solubilizantes de inseticidas, adubos, etc.) ou até como incorporantes em vacinas, onde são
utilizados como dispersores.
Detergentes Anfóteros:
Também conhecidos como Zwitteriônicos (anfifílicos).São os tensoativos que
podem apresentar caráter aniônico ou catiônico, em função do pH do meio. Caracterizam-
se por serem altamente resistentes a pH ácidos e alcalinos, e à dureza da água.
Normalmente são biodegradáveis. Apresentam-se com comportamento característico de
aminoácidos. Podem formar polímeros.
A desvantagem com relação ao uso desses detergentes é sua custosa obtenção
industrial, e, por isso dificilmente são empregados em formulações comuns.
São utilizados em produtos agroquímicos, pesquisa de enzimas, membranas
semipermeáveis e produtos de aplicação específica. Seus principais representantes são as
betaínas e sulfobetaínas. Uso concentrado especialmente em indústria de cosméticos, na
fabricação de xampus pouco irritantes.
Seus principais representantes são as Betaínas e Sulfobetaìnas.
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4. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO EM ESCALA INDUSTRIAL
4.3 Adição de Incorporantes: Deve ser feita, obrigatoriamente sob forma diluída, a frio e
sem estarem turvos, pois correm o risco de causarem turvação na solução de detergentes.
Mesmo que o fabricante adquira incorporantes sob forma líquida (soda principalmente)
estes devem ser previamente diluídos e estabilizados à temperatura ambiente, evitando-se
assim problemas de turvação ou formação de grumos.
4.4 Regulagem final do pH: Tanto a primeira com a segunda regulagem do pH são feitas a
partir de ácidos ou bases encontradas facilmente no comércio. Os mais comuns são:
- HCl, ácido muriático;
- HF, ácido fluorídrico;
- Na2CO3, soda barrilha;
- Ácido acético;
- Ácido fosfórico;
- Amônia líquida;
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- Amidas: Além de atuarem como espessantes, melhoram o índice de espuma e atuam
como umectantes. Têm como inconveniente o fato de apresentarem um certo teor de
aminas livres, o que alcaliniza o meio.
Alguns exemplos de amidas empregadas:
- dietanolamidas derivadas de óleos de côco e de babaçu;
- trietanolamidas diversas, etc.
- Sais: Tem como vantagem principal, o custo e o aumento da estabilidade da espuma. Seu
uso, porém é restrito pois as desvantagens são muitas: turvação da solução por variação da
temperatura ou de pH; embora estabilizem, diminuem o volume da espuma; diminuem o
poder de limpeza do detergente em si.
5.2 Reguladores de Espuma: Como o próprio nome sugere, são substâncias que aumentam
ou diminuem o volume de espuma.
- Para aumentar o volume de espuma: utilizam-se amidas ou detergentes próprios que
apresentam maior capacidade de espumar;
- Para diminuir o volume de espuma: são utilizados sais de cloreto (cloreto de sódio e
sulfato de magnésio); poli-álcoois (etileno glicol, propileno glicol e glicerina); géis e álcool
comum, o qual, além de diminuir a espuma também diminui a viscosidade da solução.
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5.7 Corantes e Perolantes: Atuam apenas como chamativo comercial. Os corantes
normalmente são soluções de pigmentos de extração vegetais. O único cuidado ao serem
utilizados é de apresentarem compatibilidade com o aroma e seu uso, além de ser estável
em uma ampla faixa de pH. Os perolantes (normalmente utilizados em cosméticos) são sais
pesados de bismuto ou ésteres de ácido esteárico.
5.8 Essências: São ésteres extraídos por masseração (essências florais e cítricas) ou arraste
de vapor (essências de eucalipto e pinho). Devem ser hidrossolúveis para evitar o gasto de
detergente na sua solubilização e a possível separação de fases. Também devem ser
compatíveis com a cor e o uso. Recomenda-se que os produtos de limpeza de cozinha
apresentem odor que lembrem ao mesmo tempo limpeza e substância comestível (limão,
laranja, maçã, etc.), produtos para limpeza de sanitários apresentam essências silvestres
(pinho e eucalipto) e cosméticos e amaciantes, essências florais.
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6.3 Indústria Alimentícia
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inativos, aumentam a pressão hidrostática no resíduo petrolífero, sendo assim, possível a
extração de petróleo antes considerada impossível ou onerosa.
7. OS TENSOATIVOS E A ECOLOGIA
7.1 Biodegradação
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Biodegradação primária: A biodegradação primária é a alteração da estrutura do
tensoativo, com conseqüente perda de suas propriedades pela ação de enzimas.
O desenvolvimento dos detergentes "moles" foi, sem dúvida, um grande passo dado
na redução da poluição por detergentes. Todavia representa sua adoção pura e simples, sem
outras medidas e não resolve praticamente nada. O que deve existir, em paralelo, são
instalações adequadas de tratamento de esgotos, que possibilitem a biodegradação antes do
lançamento das águas em rios e lagos.
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O primeiro é um teste mais simplificado, onde se mede a biodegradabilidade em
condições simples, após um período de adaptação, que não deve exceder a 14 dias, e mais
5 dias no máximo para o fim do teste (19 dias).
O segundo é um teste mais complexo, onde se mede a biodegradação média de 21
dias após um período de adaptação (em geral 14 dias).
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PARTE II
FORMULAÇÕES
1. DETERGENTES PARA LOUÇAS
Características
- pH neutro
- Bom índice de espuma
- São transparentes
- Possuem cor e odor agradáveis
- Quando em contato com a pele não são desidratantes
Formulação
Componente Quantidade
Ácido Sulfônico 4,5 a 7,0 %
Soda Caústica qsp pH 7,0
Amida 0,8 a 1,2 %
Uréia 0,5 %
Corantes qsp
Essência qsp
Sal (Cloreto de Sódio ou Sulfato de Magnésio) 0,5 %
Procedimento
1) Solubilizar o Ácido Sulfônico em cerca de 50% volume total, em água, tomando o
cuidado para não formar grande quantidade de espumas.
2) Após 15 minutos de agitação, adicionar lentamente a amida, evitando a formação de
grumos. Medir o pH da solução.
3) Adicionar lentamente a uréia previamente dissolvida em aproximadamente 10 % do
volume total;
4) Preparar uma solução de Soda Caústica 50 % (Solução 1).
5) Fazer uma diluição de 1:50 com a Solução de Soda Caústica 50 % (Solução 2).
6) Adicionar lentamente a Solução 1 à solução do item (3) até que o pH seja
aproximadamente 3. Prosseguir com a neutralização utilizando a Solução 2 até o pH 7.
7) Adicionar o Sal (previamente diluído em aproximadamente 10 % do volume total).
8) Agitar durante 15-20 minutos, adicionar o corante e a essência, completar o volume
com água e agitar por mais 20-30 minutos
Testes
1) Índice de espuma;
2) Viscosidade;
3) Persistência da Espuma;
4) Estabilidade da solução ( aquecer a 45-50 °C e em seguida, colocar na geladeira por
12 horas, verificando se ocorre ou não a formação de grumos ou precipitados).
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2. DESINFETANTES
Características
- pH entre 5,0 e 8,0;
- Baixo índice de espuma;
- São opacos (normalmente);
- Levemente irritantes quando em contato com as mãos;
- Com o acréscimo de soda aumenta a sua capacidade desengraxante;
Formulação
Componente Quantidade
Ácido Sulfônico (ou não-iônico) 2%
Álcool (96ºGL) 8,0 a 10,0 %
Formol 0,5 %
Opalescente (BRANCOL) qsp
Essência qsp
Procedimento
1) Solubilizar o Ácido Sulfônico em cerca de 60% volume total, em água, tomando o
cuidado para não formar grande quantidade de espumas;
2) Acrescentar (em ordem): o álcool, o formol, o opalescente e a essência, agitando por
10 - 15 minutos;
3) Completar o volume com água e agitar por mais 10 minutos;
OBSERVAÇÃO: São usados como opalescentes: óleos minerais e resinas (látex) vegetais.
Formulação
Componente Quantidade
Detergente Aniônico 14%
Formol 0,2 %
Óleo de Pinho 2%
Corante qsp
Procedimento
1) Adicionar lentamente o detergente em água e agitar até que o mesmo se dissolva
completamente.
2) Acrescentar o óleo de pinho, o formol e o corante agitando por 10-15 minutos.
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2.3 Desinfetante Eucalipto:
Formulação
Componente Quantidade
Detergente Aniônico 14%
Formol 0,2 %
Óleo de Eucalipto 2%
Opalescente qsp
Corante qsp
Procedimento
1) Adicionar lentamente o detergente em água e agitar até que o mesmo se dissolva
completamente;
2) Acrescentar o óleo de eucalipto, o formol, o opalescente e o corante agitando por
10 – 15 minutos.
Formulação
Componente Quantidade
Detergente Não-Iônico (nonil-fenol, RENEX) 1,0%
Detergente Catiônico (CLORETO de Benzalcônio) 1,1%
Corante (opcional) qsp
Essência Floral qsp
Procedimento
1) Adicionar lentamente o RENEX, o cloreto, a essência floral e o corante agitando por
10-15 minutos.
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3. AMACIANTE DE ROUPA
Características
- Existem amaciantes em pH próximo a 3 e outros em pH próximo a 9-10.
- Normalmente são opacos, irritantes de mucosas e pele, de odor floral agradável.
Formulação
Componente Quantidade
Detergente Catiônico (Cloreto de Dialquildimetil Amônio 4,0 %
em Álcool Etílico, BASE PARA AMACIANTE)
Corante azul qsp
Essência qsp
Procedimento
1) Dissolver o detergente catiônico em água morna;
2) Acrescentar a essência e o corante, agitando por mais 10 minutos.
Formulação
Componente Quantidade
Detergente Catiônico (Cloreto de Dialquildimetil 4,0 a 5,0 %
Amônio em Álcool Etílico, BASE PARA
AMACIANTE)
Tripolifosfato de Sódio 0,3 %
Opalescente qsp
Corante azul qsp
Essência qsp
Procedimento
1) Dissolver o detergente catiônico em aproximadamente 60% do volume final, em água;
2) Acrescentar o tripolifosfato previamente dissolvido no restante de água e agitar por
15 minutos;
3) Acrescentar o opalescente, a essência e o corante, agitando por mais 10 minutos;
4) Completar o volume com água.
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4. SABÃO LÍQUIDO PARA ROUPA
Formulação
Componente Quantidade
Ácido Sulfônico 7,0 %
Soda Caústica qsp pH 8,0
Tripolifosfato de Sódio 1,0 %
Metassilicato de Sódio 2,0 %
Amida 1,0 %
Uréia 0,5 %
Formol 0,1 %
Sal (Cloreto de Sódio ou Sulfato de Magnésio) 0,5 %
Essência qsp
Procedimento
1) Solubilizar o Ácido Sulfônico em cerca de 30 % volume total, em água, tomando o
cuidado para não formar grande quantidade de espumas;
2) Adicionar lentamente a Amida, o Metassilicato (previamente dissolvido em
aproximadamente 10 % do volume total) e Tripolifosfato (previamente dissolvido em
aproximadamente 10 % do volume total). Medir o pH da solução;
3) Preparar uma solução de Soda Caústica 50 % (Solução 1);
4) Fazer uma diluição de 1:50 com a Solução de Soda Caústica 50 % (Solução 2);
5) Adicionar lentamente a Solução 1 à solução do item (2) até que o pH seja
aproximadamente 3. Prosseguir com a neutralização utilizando a Solução 2 até o pH 8;
6) Adicionar lentamente a uréia previamente dissolvida em aproximadamente 10 % do
volume total;
7) Adicionar o Sal (previamente diluído em aproximadamente 10 % do volume total);
8) Agitar durante 15-20 minutos, adicionar o corante e a essência, completar o volume
com água e agitar por mais 10 minutos.
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5. LIMPA-CARPETE
Características
- pH entre 7 e 8;
- Viscosidade é menor do que nos detergentes;
- Baixo teor de espuma.
Formulação
Componente Quantidade
Detergente Aniônico 5,0 %
Glicerina 2,0 %
Tripolifosfato de Sódio 0,5 %
Álcool (96 GL) 5,0 %
Corante qsp
Essência Floral qsp
Procedimento
1) Adicionar o detergente aniônico lentamente, sob agitação até dissolver completamente;
2) Acrescentar a glicerina, o álcool, o tripolifosfato (previamente dissolvido em água), o
corante e essência e agitar por mais 15 minutos;
3) Ajustar o pH com ácido Muriático;
4) Caso necessário, acrescentar o opalescente.
Formulação
Componente Quantidade
Detergente Não-Iônico (nonil-fenol,RENEX) 5,0 %
Detergente Catiônico (Cloreto de Dialquildimetil amônio 2,0 %
em Álcool Etílico, BASE PARA AMACIANTE)
Tripolifosfato de Sódio 0,5 %
Álcool (96 GL) 5,0 %
Corante qsp
Essência Floral qsp
Procedimento
1) Dissolver o detergente não iônico e em seguida o detergente catiônico;
2) Acrescentar a glicerina, o álcool, o tripolifosfato (previamente dissolvido em água), o
corante e essência e agitar por mais 15 minutos;
3) Ajustar o pH com ácido Muriático;
4) Caso necessário, acrescentar o opalescente.
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6. LIMPA-FORNO
Características
- pH próximo de 13;
- Viscosidade é menor do que nos detergentes;
- Baixo teor de espuma.
Formulação
Componente Quantidade
Detergente Aniônico 3,0 %
Soda cáustica qsp pH 13
Corante qsp
Procedimento
1) Dissolver o detergente aniônico lentamente em água;
2) Ajustar o pH com solução de Soda até pH 13;
3) Adicionar o corante e agitar por mais 15 minutos.
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7. ÁGUA SANITÁRIA
Características
- pH > 10,5 (alcalino)
- Ausência de espuma
- Viscosidade baixa
Formulação
Procedimento
1) Adicionar o hipoclorito e agitar por mais 5 minutos;
2) Adicionar a Barrilha, no caso do Alvejante, e agitar.
Formulação
Componente Quantidade
Hipoclorito de Sódio 2,5 a 4,5 %
Soda Caústica 1,5 a 2,0 %
Procedimento
1) Adicionar o hipoclorito e agitar por mais 5 minutos;
2) Adicionar a Soda e agitar por 5 minutos.
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8. LIMPA-VIDROS
Características
- pH entre 10 e 11;
- Viscosidade baixa (semelhante à da água);
- Baixo teor de espuma.
Formulação
Componente Quantidade
Detergente Aniônico 2,0 %
Soda cáustica qsp pH 10
Álcool (96 GL) 12,0 %
Corante qsp
Essência Floral qsp
Procedimento
1) Dissolver o detergente aniônico lentamente em água;
2) Ajustar o pH com solução de Soda até pH 10;
3) Adicionar o corante e agitar por mais 15 minutos.
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9. LINHA AUTOMOTIVA
Características
- pH próximo de 13,5;
- Viscosidade (similar a da água);
- Teor de espuma 0,0;
- Coloração variável (geralmente azul).
Formulação
Componente Quantidade
Ácido Sulfônico 1,5 %
Detergente Não-Iônico (nonil-fenol, RENEX) 0,5 %
Querosene 0,5 %
Amido 0,5 %
Soda Caústica Líquida (Solução 50%) 12,5 %
Corante azul qsp
Procedimento
1) Colocar em um recipiente 50 % de água juntamente com o amido e deixar repousar
durante um dia;
2) Adicionar 50 % da Soda Líquida e agitar bem;
3) Adicionar o Ácido Sulfônico sob agitação e misturar o restante dos componentes;
4) Completar o volume em água.
OBSERVAÇÕES:
- No caso da utilização de Soda Caústica em escamas, após a diluição em água, resfrie a
solução para que esta não cozinhe o amido;
- Acrescentar um pouco de formol para controle de fungos;
- Se ocorrer turvação, acrescente gotas de álcool;
- Se a capacidade desengraxante for baixa, acrescentar um pouco mais de soda ou de
Metassilicato de Sódio.
Aplicações
- Desengraxante de motores, rodas, chassi;
- Evitar o uso em lataria, pois este produto pode favorecer o aparecimento de ferrugem
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9.2. Intercap - Decapante (Removedor de Ferrugens)
Características
- Fortemente ácido, eliminando desta forma a ferrugem (óxido férrico);
- Média Viscosidade Baixo teor de espuma ;
- Não combatem a ferrugem (só eliminam), podendo aparecer novos pontos de ferrugem.
Intercap I
Formulação
Componente Quantidade
Ácido Sulfônico 3%
HCl (Ácido Muriático) 8,0 %
HF (Ácido Fluorídrico) 5,0 %
Ácido Fosfórico (opcional) 4,0 %
OBSERVAÇÕES:
- O Ácido Fluorídrico é MUITO oxidante e em contato com a pele e com roupas é
bastante corrosivo;
- O Ácido Fosfórico além de decapante (atividade ácida), forma com o metal do chassi
uma película de fosfato férrico que impede o surgimento de novos pontos de ferrugem,
pois é uma substância inerte pouco solúvel.
Procedimento
1) Diluir os componentes em água.
Intercap II
Formulação
Componente Quantidade
Ácido Sulfônico 3,0 %
ÁCIDO RESIDUAL de Sulfonação 3,0 %
HF (Ácido Fluorídrico, 71 %) 3,0 %
Corante qsp
Procedimento
1) Diluir os componentes em água.
Aplicações
- É aplicado em chassis com pontos de ferrugem (ficam em contato com o chassi por 3 a
5 minutos e depois são enxaguados);
- Não pode ser utilizado na lataria (podem remover a cor e favorecer o aparecimento de
ferrugens).
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9.3 Cremol (xampu para automóvel)
Características
- Alta viscosidade;
- Alto índice de espuma;
- pH entre 6,5 e 8;
- coloração amarela;
- pode ser opaco ou translúcido;
- podem conter aromas florais ou cítricos.
Formulação
Componente Quantidade
Ácido Sulfônico 6,0 %
Amida 1,0 %
Soda Caústica Líquida (Solução 50%) qsp pH 6,5 - 7,0
Essência Floral qsp
Corante Amarelo qsp
Procedimento
1) Dissolver o ácido sulfônico em aproximadamente 50 % do volume final em água;
2) Adicionar a soda até pH 4,5 - 5,0;
3) Adicionar a amida lentamente até que a solução desturve e fique bem viscosa;
4) Ajustar novamente o pH em 6,5 - 7,0 com a solução de soda mais diluída.
5) Acrescentar o corante e a essência e agitar por mais 15 minutos. Completar o volume.
OBSERVAÇÕES:
- O brilho na lataria pode ser realçado pelo acréscimo de glicerina ou etileno glicol
(devem ser utilizados de 0,4 - 0,5 % para não diminuir a viscosidade e o índice de
espuma);
- É importante fazer o teste de turbidez em aquecimento e geladeira.
Aplicações
- Lavagens de latarias em geral
- Pode ser utilizado para lavagens externas e internas do automóvel
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9. SABONETE LÍQUIDO DE ERVA-DOCE
Formulação
REAGENTE PESO/VOLUME
Lauril Éter Sulfato de Sódio 40
Amida (Dietanolamida de Ácido Graxo de Coco) 3,5
Metilparabeno 0,05
Corante qsp
Ácido Cítrico qsp pH 5,0-6,0
Essência qsp
Cloreto de Sódio qsp
Procedimento
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PARTE III
CONTROLE DE QUALIDADE
1. MEDIDA DE TENSÃO SUPERFICIAL
Procedimento
1) Escolher três amostras e preparar soluções com títulos de 10%;
2) Colocar, em bureta limpa, certo volume de água e verificar o número de gotas
existentes em 5,00 mL;
3) Colocar as soluções preparadas no item (1) na bureta e determinar o verificar o número
de gotas existentes em 5,00 mL, utilizando sempre o mesmo segmento da bureta para
verificar o número de gotas de cada solução;
OBSERVAÇÃO: Iniciar a contagem das gotas com a água destilada para depois
verificar o número de gotas de cada solução.
4) Transferir 5,00 mL de detergente para um bécker limpo e de peso conhecido,
verificando a massa deste volume. Repetir duas vezes para cada solução;
5) Calcular a tensão superficial de cada solução utilizando a seguinte fórmula:
γ m2 ⋅ d 2
1
=
γ 2 m1 ⋅ d1
onde
γ1 é a tensão superficial da água a 25oC (72,75 dyna/cm);
γ2 é a tensão superficial da solução preparada;
m1 é o número de gotas de água existentes em 5,00 mL;
m2 é o número de gotas de solução preparada existentes em 5,00 mL;
d1 é a densidade da água a 25oC;
d2 é a densidade da solução preparada.
Procedimento
1) Preparar soluções do tensoativo desejado com concentrações variando entre 0,05% e
1,00% (0,05%; 0,10%; 0,15%;....; 1,00%);
2) Verificar o número de gotas existentes em 5,00 mL de água destilada;
3) Verificar o número de gotas existentes em 5,00 mL de cada uma das soluções
preparadas no item (1), tomando o cuidado de iniciar a partir da solução mais diluída
para a mais concentrada;
4) Calcular a tensão superficial de cada solução preparada através da fórmula vista na
prática anterior;
5) Construir um gráfico da tensão superficial em função da concentração de tensoativo.
A CMC poderá ser obtida a partir da região de inflexão mais acentuada do gráfico.
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3. DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ/BASICIDADE DA MATÉRIA
PRIMA
Esta parte é importante para se determinar quanto de base ou ácido será necessário
para neutralizar a matéria-prima.
Procedimento
1) Pesar 1,00 g da amostra em um bécker, dissolver em aproximadamente 50 mL de água
e transferir para um erlenmeyer;
2) Adicionar 3 gotas de fenolftaleína e titular com NaOH ou HCl padronizados até a
viragem de coloração.
Cálculos:
A massa de NaOH necessária para neutralizar 1000 g de matéria-prima ácida é
determinada por:
N . f .m L .40
m=
m mp
onde
m – massa de NaOH necessária para neutralização de 1000 g da amostra;
N – normalidade da solução de NaOH empregada;
f – fator de correção da solução-padrão;
mL – número de mililitros gastos na titulação;
mmp – massa da matéria-prima que foi inicialmente dissolvida.
Se a solução de matéria-prima for alcalina, não se calcula a massa de HCl mas sim,
o volume de HCl para neutralizar a matéria-prima e este cálculo é feito por:
mL g .1000
mL HCl =
m mp
em que
mLHCl – volume total (em mililitros) necessário para neutralização;
mmp – massa de amostra inicialmente dissolvida;
mLg – mililitros de HCl gastos na titulação.
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Procedimento
1) Pipetar 25,00 mL da soda comercial dissolvida existente e transferir para balão
volumétrico de 250,0 mL, completando o volume com água destilada até o traço de
aferição;
2) Homogeneizar e esperar o equilíbrio térmica;
3) Pesar 5,00 g da amostra de ácido sulfônico em um bécker de 250 mL, adicionar
aproximadamente 50 mL de água e dissolver, transferindo o dissolvido para um
erlenmeyer de 250 mL;
4) Lavar o bécker com aproximadamente 30 mL de água e transferir para o erlenmeyer;
5) Acrescentar 3 gotas de fenolftaleína ao erlenmeyer e titular com a solução de NaOH
preparada no item (1);
6) Considera-se que a reação atingiu a equivalência quando a solução mudar de incolor
para vermelho e persistir por 15 segundos.
Cálculos:
100.mL
ms =
ma
em que
ma – massa da amostra de ácido sulfônico utilizada;
ms – volume da solda comercial concentrada para neutralizar 1000 g de ácido sulfônico;
mL – número de mililitros gastos na titulação.
Procedimento
1) Colocar 20,00 mL da amostra em um bécker de 250 mL e acrescentar mais 40,00 mL
de água;
2) Agitar (com microagitador) durante 1 minuto;
3) Deixar em repouso por mais 1 minuto e efetuar a leitura do volume de espuma e
volume de solução;
4) Estabelecer a relação volume de espuma/volume de líquido;
5) Repetir a leitura a cada 15 minutos;
6) Construir um gráfico contendo a relação tempo X volume de espuma
5. DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE
Procedimento
Método simplificado
1) Completar uma proveta de 50 mL com uma amostra até a extremidade;
2) Colocar a bola de vidro na extremidade superior e soltá-la lentamente e com cuidado;
3) Medir o tempo de deslocamento da bola desde o início até o fim da proveta.
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6. ESTABILIDADE DO DETERGENTE
Procedimento
1) Aquecer o detergente a 45 °C – 50 °C e em seguida, colocar na geladeira por 12 horas;
2) Verificar a ocorrência de formação de grumos ou precipitados.
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ANEXO 01 - TABELA DE NOMES COMERCIAIS E CIENTÍFICOS
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BIBLIOGRAFIA
TAKEYAMA, O., SPERANDIO, C. A. , “Apostila do Curso de Detergentes”,
Departamento de Química, Universidade Estadual de Maringá, 1993.
MELLO, R., “Como fazer Sabões e Artigos de Toucador”, Editora Ícone, São Paulo,
1985.
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ÍNDICE
PARTE I : FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. INTRODUÇÃO 01
2. CONCEITOS BÁSICOS APLICADOS A DETERGENTES 01
3. CLASSIFICAÇÃO DOS DETERGENTES 04
4. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO EM ESCALA INDUSTRIAL 09
5. INCORPORANTES UTILIZADOS EM FORMULAÇÕES 09
6. APLICAÇÕES INDUSTRIAIS DOS TENSOATIVOS 11
7. OS TENSOATIVOS E A ECOLOGIA 13
PARTE II : FORMULAÇÕES
BIBLIOGRAFIA 34