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• Planejamento.
• Memória de trabalho.
• Atenção.
• Solução de problemas.
• Iniciação.
• Raciocínio.
• Flexibilidade cognitiva.
• Inibição.
• Monitoramento.
Na prática, a grande questão de ter dificuldades para executar essas tarefas
é que, sem dúvida, o dia a dia fica muito mais difícil. Muitas pessoas podem
acabar tomando o autista como desorganizado, desleixado, preguiçoso ou
até mesmo calcular o nível de inteligência com base nessas falhas de
processamento. E essas dificuldades serão, de fato, percebidas o tempo
todo. Tudo que fazemos na vida – trabalhar, se divertir, estudar, fazer os
cuidados pessoais etc. – depende das nossas funções executivas. ¹
É muito importante ter em mente que nem todos os autistas terão déficits
nas funções executivas. E mesmo aqueles que tiverem, não vão ter
questões com todos os problemas listados acima. ¹
Planejamento
A função de planejar é, sobretudo, a capacidade de pensar e escolher que
ações são úteis para atingir uma meta. O planejamento, então, é decidir
em que ordem as coisas acontecem e estabelecer um plano de ação.
Memória de trabalho
Muitas pessoas dentro do transtorno do espectro do autismo carregam
questões com memórias. No entanto, estamos falando tanto de pontos
fracos e pontos fortes. Talvez você se depare com um autista que sabe, por
exemplo, o nome de todos os modelos de carros esportivos. No entanto,
esse mesmo autista talvez não consiga memorizar os dias da semana ou as
etapas de higiene durante depois do almoço.
Atenção
A atenção tem tudo a ver com a memória de trabalho. E, assim como no
tópico anterior, falamos aqui de pontos fortes e fracos em relação à
atenção.
Solução de problemas
Pessoas neurotípicas sabem, por exemplo, o que elas devem fazer se um
copo cai e quebra (varrer os pedaços e jogar no lixo). Esse é, de fato, um
exemplo de como funciona a nossa função de solucionar problemas. A
função de solução de problemas utiliza quase todas as outras funções
executivas, ou seja, raciocínio, atenção, planejamento, iniciação, memória de
trabalho e monitoramento.
Como dissemos, um autista não exatamente tem déficits em toda a lista.
Porém, basta uma dessas coisas não funcionar adequadamente para
quebrar a cadeia lógica que o cérebro usa para chegar à solução.
Iniciação
Iniciação é a capacidade de colocar as ideias em prática, iniciando o plano
ou a tarefa. Para muitos autistas, os déficits de iniciação fazem com que
eles não consigam, por exemplo, montar o tabuleiro de um jogo que eles
querem jogar. Ou, então, começar a fazer o dever de casa.
Raciocínio
O raciocínio – mental ou verbal – é quando o indivíduo analisa, compreende
e pensa de forma mais crítica os conceitos. Um bom raciocínio é, também,
uma boa retransmissão do raciocínio.
Flexibilidade cognitiva
A flexibilidade cognitiva é, em resumo, a capacidade de acompanhar as
mudanças, aquelas coisas que podem mudar todo o nosso planejamento.
Autistas, em boa parte dos casos, precisam de previsibilidade, de uma
vida com regras, com estruturas. E mudar pode ser extremamente
desafiador.
Diante das mudanças, alguns autistas podem resistir com seus
pensamentos rígidos, com suas opiniões e ideias inflexíveis. Dependendo
do grau de impacto da mudança, pode levar muito tempo para que o autista
consiga se adaptar.
Inibição
Outra função executiva igualmente importante é a inibição, ou seja, o
controle dos impulsos. A inibição ajuda qualquer pessoa a não se deixar
levar por qualquer ideia. Pois nem tudo que pensamos em fazer é algo que
realmente pode ser feito.
Monitoramento
Por último, temos o monitoramento como uma das funções executivas no
autismo, um processo que é inconsciente que fica em ação quando estamos
fazendo aquelas tarefas normais. Em resumo, quando estamos no piloto
automático.
• Utilize meios visuais para orientação de tarefas. Esta é, sem dúvida, uma
forma muito útil não apenas para as funções executivas. Mas todo o
aprendizado de um autista tem benefícios no uso de meios visuais.
• Em casa, tenha lugares fixos para destinar coisas e tarefas. Por exemplo, a
escova de dente deve ficar no mesmo lugar; o cesto de roupas sujas deve ser
sempre o mesmo.
• Reserve um bom tempo e tenha paciência quando for ensinar uma tarefa
nova.
• Evite intervir toda vez que a criança tiver dificuldade. Fazer as coisas no
lugar dela não ajuda a desenvolver as funções executivas.
• Ao orientar uma tarefa, divida em partes. Para a criança, pode ser muito mais
funcional entender etapa por etapa da atividade até que ela assimile o caminho
inteiro.
• Se possível, conte com a ajuda profissional de um terapeuta ocupacional.
A importância de estimular as funções
executivas no autismo