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1- INTRODUÇÃO

1.1- Abordagem sobre as actividades realizadas na Prática Pedagógica i

No princípio das actividades didáticas houve certo receio por parte da maioria dos
colegas, pois notei dificuldades na realização das aulas. Eu não me excluo, pois
também tive dificuldades aqui e acolá. Com o tempo, portanto, houve certo grau de
melhoria por parte de muitos, o que foi gratificante quer para o professor, quer para
mim. Pacientemente tive melhorias, o que agradeço imenso.

1.2- Importância da cadeira para o curso

Como diz certo ditado famoso: “a prática leva à perfeição”. Com esta cadeira, posso
harmonizar a teoria à prática. Os conhecimentos que obtive nos anos anteriores,
especialmente nas cadeiras de Pedagogia Geral, Didática Geral e Didática de
Sociologia são indispensáveis e foram utilizados no decorrer do ano académico, a
saber, na elaboração dos métodos, meios, objectivos de ensino e na selecção do
conteúdo a ser dado. Em suma, esta disciplina é considerada uma das “chaves” do
curso, porque estou a ser formado para ser professor de Sociologia do II ciclo do
Ensino Secundário.

1.3- Objectivo da elaboração do relatório

Com o presente relatório, posso descrever as actividades realizadas na cadeira


(Prática Pedagógica I), com o objectivo de alistar as vantagens e as dificuldades
mais frequentes na realização das aulas. Com isso, pode-se melhorar o que está
mal e fazer o devido reforço nos aspectos que já se encontram em conformidade, de
modo à facilitar o processo de ensino.

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2- DESENVOLVIMENTO

2.1- Actividades didáticas desenvolvidas por docentes e discentes

Antes de começarem as aulas simuladas, o professor António Oliveira instruiu como


elaborar o plano de aula – reforçando os métodos a utilizar em cada fase didática e
o aspecto da retro-alimentação (feedback professor-aluno) –, e dizendo que o plano
era simplesmente uma ferramenta orientadora e que não deveria ser seguido à
risca, mas adaptado em função da realidade encontrada na turma.

Com o arranque das aulas práticas, ficou claro que alguns ainda não tinham
experiência, isto é, não tinham sequer dado aula uma única vez, porque não tiveram
formação pedagógica no ensino médio, no entanto paralelamente uma percentagem
já exercia a profissão de professor, logo , não tiveram tais dificuldades. Mas, esses
mesmos colegas sem formação pedagógica no ensino médio, acabaram por
surpreender a muitos. Até mesmo quem já era professor(a) desiludiu. Por mais que
se esteja inclinado no ensino primário, quem já era professor(a), por mim, não
deveria apresentar tantos problemas assim. Portanto, acredito que fui fundamental
passar por tal processo tanto pelos estudantes que nunca deram aulas quanto os
que já lecionam.

2.2- Organização das actividades e sua pertinência nas aulas

As aulas dadas eram todas simuladas, como já referi antes. As mesmas eram
debatidas e corrigidas no colectivo (tanto o professor como os estudantes
observadores davam as suas opiniões sobre a aula dada). Houve orientação na
elaboração dos objectivos e dos outros elementos da aula, já mencionados. Ao
darem--se as aulas, foi seguida uma sequência lógica (do geral ao específico e do
mais simples ao mais complexo), o que para mim foi importante porque permitiu uma
melhor compreensão dos conteúdos e facilitou-me ao recapitular a aula passada e a
relacioná-la com a aula seguinte.

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2.3- Procedimentos didáticos utilizados

Dei aulas simuladas, elaborei planos de aulas. Os mesmos foram corrigidos e


avaliados. Os meios de ensino mais utilizados foram aqueles já em disposição
( marcador, livro de ponto, manual de apoio, etc) houve uma clara fraqueza por parte
dos estudantes neste quesito uma vez que ao nosso nível esforços deveriam ser
feitos para enriquecer as aulas, admito que esse desleixo também esteve presente
nas minhas aulas o que com certeza foi uma das maiores lacunas nelas.

2.4- Distribuição e cumprimento das tarefas programadas

A distribuição dos temas era feita semanal ou quinzenalmente. Tinha todo esse
tempo para ler e interiorizar o conteúdo, planificar a aula e ensaiá-la. Normalmente,
o ideal é que o plano de aula seja entregue uma semana antes ou com 48 horas de
antecedência no mínimo, entretanto por certa falha por parte dos estudantes os
planos muitas vezes eram entregues um dia antes ou até mesmo no momento da
aula, o que mais tarde levou o professor Oliveira a adoptar uma postura rigorosa
avaliando apenas a aula e não corrigindo os planos que fossem entregues no
momento. Após ter o plano corrigido, era necessário que o estudante repassasse
novamente com as devidas correcções e entregar os dois planos ( um já corrigido e
outro limpo).

2.5- Relação professor-aluno

A minha relação com o professor António Oliveira foi muito boa. Diferente de muitos
profissionais que impõe barreiras na sala de aula, o professor deixava claro que
gostava das minhas aulas e não se restringia no que concerne aos elogios,
fomentando sempre uma relação amigável. Foi notável a sua paciência ao explicar-
me o conteúdo e os eventuais erros que cometi ao elaborar os planos, bem como a
minha maneira de dar aula que era pouco interativa e foi mudando graças às
recomendações do professor. Confesso que houve certa falha da minha parte no
começo pois eu não me fazia presente muita das vezes o que fez com que eu

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ficasse sem o tema para aula, logo era menos uma aula minha. No entanto, o
professor Oliveira foi me puxando de maneira que passei a ser mais participativo e
presente nas aulas dos colegas.Tem-se dito que só te repreende quem quer o teu
bem, então a professor Oliveira esteve bem nesse aspecto, pois não lhe faltou
“combustível” para criticar-me e ajudar-me a melhorar. Para mim, o professor foi
acessível e muito conselheiro.

2.6- Dificuldades no percurso das actividades

No começo das práticas pedagógicas, notei dificuldades de toda a natureza. No que


se refere a escola, houve dificuldade na aquisição/disponibilidade do marcador em
certas ocasiões, tendo o professor Oliveira vindo diversas vezes com os seus
marcadores e recomendado que todos tivessemos o nosso próprio marcador, facto
este que não foi acatado visto que a maioria não possuia marcador e uma vez fui
obrigado a dar aula sem escrever no quadro visto que não me tinha um marcador à
disponibilidade. No meu caso a maior dificuldade estava relacionada à caligrafia, que
embora seja vísivel não é totalmente legível, e, uma vez que a caligrafia de um
professor deve ser perceptível pretendo reforçar neste aspecto. No que se refere às
práticas pedagógicas, houve muita dificuldade na gestão do tempo por parte da
maioria, os colegas perdiam muito tempo na motivação inicial e escrita do sumário
no quadro. A falta de interação professor-aluno como já frisei em outros pontos foi
notória tanto nas minhas aulas como em aulas de outros colegas, levou muito tempo
para superarmos este aspecto. Houve, também, dificuldades no domínio científico
dos conteúdos e pronúncia de certos autores por parte de muitos colegas. Isso foi,
muitas vezes, reflexo da falta de leitura e dicção dos mesmos. As aulas na sua
maioria eram 70% do tempo ditando o conteúdo e posteriormente fazendo uma
pequena explicação, ou seja, havia mais conteúdo do que propriamente
esclarecimento, o que não é o ideal. Uma outra possível razão do insucesso na
prática de uma ou de outra aula foi a fraca preparação dos colegas.

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3- CONCLUSÃO

A Prática Pedagógica foi e continuará a ser uma cadeira de extrema importância


para munir ao “aspirante professor” competências para o bem agir na sua actividade
docente e que se desenrola com profissionalismo e qualidade de ponta. As
actividades foram planificadas de antemão e foram realizadas de forma
sistematizada (seguindo certo padrão e organização, as aulas eram dadas numa
sequência lógica em função da natureza do conteúdo). Houve orientação do
professor, o que foi um factor preponderante para o meu sucesso académico. Com
as aulas simuladas fui treinado para enfrentar a verdadeira batalha no “terreno”
(Prática Pedagógica II, estágio).

No total, dei 4 aulas simuladas, na ordem: tipos de caules (7.ª classe, 26/04/18),
estrutura do sistema urinário (8.ªclasse, 07/06/18), sistema linfático (9.ª classe,
13/09/18) e importância económica e ecológica dos fungos (12.ª classe, 01/11/18).

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4- SUGESTÕES

Em função das dificuldades encontradas e mencionadas na página 9, apresento as


seguintes conclusões:

1. Diversificar os fornecedores de materiais (marcador), a fim de ultrapassar a


deficiência;
2. Implementação de uma cadeira diretamente responsável para desenvolver a
caligrafia do estudante;
3. O uso de um relógio de pulso durante as aulas para que os estudantes
apliquem uma melhor gestão do tempo;
4. Que haja maior acompanhamento dos estudantes a fim de se verificar e
ajudar os que apresentam dificuldades na assimilação e/ou compreensão dos
conceitos.

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5- ANEXOS

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