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LINDB

Validade, Vigência e Eficácia


Ninguém pode alegar desconhecimento da lei, EXCEÇÃO art. 8º da Lei das Contravenções Penais (“No
caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis (justificável), a pena pode deixar
de ser aplicada). E art. 21 CP – Erro sobre ilicitude do fato ou de proibição – Evitável diminui a pena e
inevitável isenta.

Vigência se distingue de validade, e inclusive, em alguns casos de eficácia. A lei pode ser válida, mas
ainda pendente de vigência, bem como pode ser vigente, mas não eficaz.

A lei é valida quando é constitucional e pelas está de acordo com as normas infraconstitucionais
pertinentes. A validade é condição para que a norma entre no mundo jurídico e esteja apta a atribuir
efeitos. Se inválida a lei é nula.

Vigência dá exigibilidade aos comportamentos nela previstas, fala-se aqui da vacatio legis, ou vacância. A
lei, mesmo que válida, só pode ter sua aplicação após passado o período de vacância. A vigência da lei
deve ser sempre indicada de forma expressa, de modo a contemplar prazo razoável.

A lei que entra em vigor na data da publicação diz respeito para leis de pequena repercussão.

Em caso de omissão, salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar após 45 dias depois de
oficialmente publicada.

Considera ANO o dia e mês do ano subsequente o mesmo vale para MÊS, no caso de fevereiro (29)
considera-se o dia subsequente.

Os DIAS são contados em dias corridos.

LEI COMPLEMENTAR 95/98

ATENÇÃO, a contagem é diferente da contagem processual.

No EXTERIOR a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, inicia-se somente três meses
depois de oficialmente publicada.

Uma norma pode ser esgotar, mas é raro, quando a norma tem uma finalidade de definir algo.

Conflitos:
Uma lei estará em vigor até que outra a modifique ou revogue.
A lei só pode perder eficácia por outra lei, salvo por controle de constitucionalidade.
Pode perder vigência pela expiração de seu prazo de validade, em caso de leis
temporárias.
Uma norma temporária pode ser inserida no contexto de uma norma perene, como é o
caso que para entrar em vigor, dependerá e aprovação de um referendo popular por
exemplo.
A revogação não precisa ser expressa, pode ser tácita, bastando que a lei posterior
seja incompatível (NÃO É SEMPRE) ou quando regule inteiramente a matéria da
lei anterior.
Em casos de leis especiais, que não regulam toda a matéria já regulada por lei geral, mas
apenas minudência, detalha e especifica em relação a algum ponto peculiar, como
ocorre as normas do Direito do Consumidor em relação ao Direito Civil.
Norma especial derroga (revogação parcial) de norma geral.
A lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Em regra, não há repristinação da lei no ordenamento brasileiro, porém o STF pode dar
efeito repristinatória a norma revogada, não porque está revogando a norma revogante,
mas pela declaração de inconstitucionalidade, ou seja, uma norma apesar de
inconstitucional pode ser considerada válida. (Casos de decisão judicial).
O efeito repristinatório do STF não deve observar o ato jurídico perfeito, coisa julgada e
direito adquirido, pois lei inconstitucional simplesmente nunca existiu.

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