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nas questões de concurso. São aquelas normas que desde a entrada em vigor
da Constituição já estão aptas a produzir eficácia. Por isso, são definidas como
de aplicabilidade direta, imediata e integral.
Em relação às duas últimas classificações não se pode dizer o mesmo. Aqui o
candidato se confunde e com razão, pois a matéria se torna mais complexa.
3) Enquanto não houver lei a disciplinar norma de eficácia contida, esta poderá
ocorrer de forma plena. Na norma de eficácia limitada ocorre o contrário, pois é
impossível o seu exercício enquanto não houver a sua regulamentação, observe:
Como vão seus estudos? Hoje vamos falar sobre a eficácia das normas constitucionais,
um assunto recorrente nas provas de concursos públicos, na disciplina de Direito
Constitucional. Focaremos na classificação que mais aparece em provas, mas veremos
também outra classificação importante.
Tenha em mente que, nesse assunto, entender a matéria, e não apenas decorá-la, é
essencial. Os examinadores gostam de apresentar um artigo da Constituição Federal
de 1988 (CF/88) e questionar sobre a eficácia da norma apresentada.
Um concurseiro iniciante pode se preocupar, achando que isso implica decorar a eficácia
de todos os artigos da CF. Calma! Na verdade, se você realmente entender cada
elemento da classificação que veremos, conseguirá deduzir com tranquilidade qual
será a eficácia da norma na hora da prova.
Ainda, ressalto que entender esse tema nos dá uma boa base para entender muitos
outros assuntos em Direito Constitucional.
Preparado(a)?
Exemplo de norma constitucional de eficácia plena é: Art. 19. É vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – criar distinções entre
brasileiros ou preferências entre si.
Repare que, nesse artigo, a Constituição Federal não faz menção a outras leis que possam
vir a alterar o alcance desses dois artigos.
Alerta: apesar de as normas de que estamos tratando não precisarem de normas para
que possam produzir todos os seus efeitos, é possível que haja alguma norma
regulamentadora sobre o assunto. Porém, isso não muda o fato de as normas de eficácia
plena poderem produzir seus efeitos imediatamente, de forma integral e direta!
As normas de eficácia contida (ou prospectiva) são capazes de produzir todos os seus
efeitos desde sua entrada em vigor, mas que podem ser restringidas no futuro. Por
isso, sua aplicabilidade tem as seguintes características:
Note que você consegue perceber, pelo texto do artigo, que se trata de norma de eficácia
contida, pois se assegura o livre exercício da atividade econômica até que a lei diga o
contrário. Percebe a possibilidade de restrição futura?
Alerta: apesar de usualmente considerarmos que seriam leis que restringiriam as normas
de eficácia contida, isso não é necessariamente verdade. É possível que a eficácia de
uma norma venha a ser restringida até por um conceito jurídico indeterminado.
Por exemplo, o artigo 5º, XXV, diz: “no caso de iminente perigo público, a autoridade
competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário
indenização ulterior, se houver dano”.
Nesse caso, o iminente perigo público pode limitar o direito de propriedade. Esse
conceito é indeterminado, não estando definido em uma lei. Assim, a avaliação do caso
concreto permitirá dizer o que é “iminente perigo público”.
Por fim, temos as normas de eficácia limitada, que não estão aptas a produzir todos os
seus efeitos sozinhas, dependendo de complementação por outro ato normativo. Por
isso, sua aplicabilidade pode ser definida como:
Nesse exemplo, perceba que, até que o Poder Legislativo edite a lei, a defesa do
consumidor não estará concretizada. Viu como a norma tem eficácia indireta (depende
da lei mencionada), mediata (sua eficácia completa não é imediata) e reduzida?
Repare que as normas de eficácia limitada são diferentes das normas de eficácia
contida: estas estão aptas a produzir seus efeitos de forma imediata, mas poderão ser
limitadas no futuro; aquelas dependem necessariamente da complementação normativa
para que seus efeitos se tornem plenos!
Assim, dizemos que as normas de eficácia limitada possuem eficácia mínima ao entrar
em vigor. Estaria errada uma questão de prova que afirmasse que elas não têm nenhum
efeito