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Conversações de re-associação: possibilitar que o enlutado esteja inserido em um contexto que pode
se reposicionar em relação à morte da pessoa querida, contar histórias em narrativas, ter alívio,
trazer para perto, reassociar e ressaltar a importância daquela pessoa na construção da identidade
da pessoa
💭 Os fundamentos teóricos da prática narrativa foi influenciada pela ideia de diversos autores
Os problemas vividos pelas pessoas decorrem do modo como elas atribuem significados a fatos
da vida e não de uma disfunção no sistema familiar, o que também são influentes no modo como
as pessoas agem (fato → pensamento → significado → crenças → ação. Pode fazer um paralelo
com a TCC?)
Mapa das conversações externalizadoras: perguntas dos efeitos das atividades do problema e
avaliação destes efeitos → ajudar as pessoas a separarem “pessoas” e “problemas”
Foucault: compreensão dos dilemas humanos a partir da compreensão de que estes decorrem da
internalização de discursos sociais dominantes e estigmatizadores → construção de narrativa sobre
“verdades” → terapia como atividade política → terapeuta questionar as próprias práticas para que
não submeta as pessoas a uma ideologia dominante
A prática das conversações externalizadoras ajudam as pessoas a identificar discursos que são
dominantes (”verdades”) que foram construindo em sua identidade e experiências (Como isso
acontece? Como separar “pessoa” e “problema” faz com que ela identifique os discursos
dominantes?)
O terapeuta narrativo desenvolve um contexto conversacional que considere aspectos que foram
negligenciados e que ampliem o olhar e a compreensão sobre a vida e relação de seus
pacientes (Como esses aspectos negligenciados são evidenciados pela terapeuta?)
Para construir o sentido de alguma coisa, deve-se poder distinguir o significado que veicula
daquilo que não é (opositor) (Pode dar um exemplo?) → deve-se estabelecer a diferença do
significado com o contexto (contradições)
O terapeuta contribui para abrir e enriquecer histórias na busca de significados nas lacunas,
contradições e no não dito a fim de tornar as histórias mais ricas e com possibilidades de a
pessoa organizar sua vida e perspectiva de futuro
Jerome Bruner: uma história sobre a experiência vivida sempre está aberta a reformulações e
mudanças (inconclusas), uma vez que possui lacunas e contradições que convidam as pessoas a
preenchê-las e dar-lhes um sentido (E se a pessoa não conseguir dar um novo sentido para uma
narrativa?)
O processo de busca de novos significados numa ação colaborativa do terapeuta e família faz
surgir novas possibilidades de relatos que colocam em xeque a história dominante → os relatos
alternativos derivam-se do descobrimento de contradições que convidam a pessoa a abrir uma
nova perspectiva e construir novas identidades
As histórias são compostas por dois cenários: ação (fatos organizados em sequência e que se
desenvolvem no tempo) e consciência (interpretação dos personagens que fazem parte da
narração e do leitor ao penetrar a consciência desses personagens) (Como esses dois interagem
entre si na narrativa?)
Lev Vygotsky: existe uma diferença entre o modo como a pessoa aprende sozinha ou com a
colaboração de outras pessoas → a pessoa em terapia necessita dos andaimes construídos pelo
terapeuta na conversação e da ajuda de outras pessoas
Antes de ser incluída como testemunha externa, a pessoa deve ser aceita pelo cliente, além de
participar de um momento de explicação sobre seu papel e as etapas da cerimônia
Etapas:
1) Narrar da história pela pessoa em terapia
2) Renarrar da testemunha a partir do que ouviu e das perguntas do terapeuta
3) Renarrar do renarrar da pessoa no centro da experiência (cliente)
4) Finalização