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Sumário
O QUE É A FEMINILIDADE?...........................................................................................................2
A SOCIALIZAÇÃO FEMININA E OS RITOS DE GÊNERO……………………….…..…………3
APLICAÇÃO DA FEMINILIDADE EM CORPOS NÃO-BRANCOS…………..………….5
FEMINILIDADE E CAPITALISMO: O porquê de radicais sul-coreanas
estarem certas em suas propostas………………………………………………………….………….……..8
“COMO ROMPER COM A FEMINILIDADE?”: Um convite a todas as
mulheres brasileiras………………………………………………………………………………………………………...13
O que é feminilidade?
A feminilidade é um conjunto de práticas e comportamentos criados pelo
patriarcado, que são impostos à socialização de fêmeas humanas desde o
começo da vida da criança nascida com a genitália feminina, ditando a
qualificação e a preparação para o “ser mulher”. Tais práticas possuem o objetivo
de moldar fêmeas na dinâmica de submissão aos heteropatriarcas, de modo que
condiga com o esperado pelos homens e que facilite o acesso desses aos corpos
das socializadas mulheres.
A propósito, ser um objeto de desejo sexual sem pudores, para a mulher, é a base
de sua socialização. É nesse ponto em que a feminilidade se expressa de maneira
mais desesperada e voraz: quando fêmeas, desde novas, vivem as práticas hostis
de heterossexualização e feminilização para que, mais tarde, o resultado disso
seja o olhar, o elogio simbólico e o sexo com ele: o homem.
Posto isso, atesta-se, também, que o projeto político dos homens é tão grandioso
e potente que, caso a mulher rejeite toda a expressividade da feminilidade, logo
será categorizada e empurrada para a transição, pois dentro do patriarcado,
jamais seria possível que a fêmea existisse sem ser feminina. Ademais,
transicionar mulheres lésbicas e/ou desfeminilizadas também é rentável para o
mundo dos homens, uma vez que a mutilação dos seios e a hormonização
também compreendem um alto valor que enriquece as grandes indústrias e
engrandecem a amarra social.
Nessa perspectiva, as
radicais da Coreia vêm
realizando o ato de
rasparem os cabelos (ou
utilizarem cortes
realmente curtos),
quebrarem suas
maquiagens,
desfazerem-se de roupas
feminilizadas e
repensarem os comportamentos atrelados à feminilidade e à heterossexualidade
compulsória, partindo para o separatismo lésbico ou celibatário.
(Feminista radical,
Summer Lee, antes e após
o processo de
desfeminilização estética,
retirada do espartilho)
Mulheres já em
processo de
desfeminilização ou
que já tenham o feito
esteticamente
podem também
participar através da
publicação de
comparativos “antes e depois” com fotos, relatando a própria experiência e
convidando ainda mais mulheres para efetuarem a mesma atividade.
#TireOEspartilho
LUTEMOS.