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O AMOR DO MARIDO

OBSERVAÇÕES INICIAIS

1 - O Amor bíblico é oferecido pelo marido, e não exigido pela esposa.

O amor sacrificial é um presente que o homem dá à sua esposa.

Os maridos são exortados a amar sua esposa incondicionalmente, não somente se a esposa é submissa. Os maridos
devem amar a sua esposa em obediência ao Senhor e por causa do exemplo do amor de Cristo.

2 – O amor bíblico do marido é uma ordem, e não uma opção

Em Efésios 5.21 deixa claro que esse é um alinhamento vertical em primeiro lugar, entre o homem e Deus

3- O amor bíblico exige uma obra sobrenatural do Espírito Santo, produzindo a vida de Cristo no marido (Ef 5.18-
21)

Somos responsáveis, mas não podemos produzir esse amor por nós mesmos. Nós amamos porque ele primeiro nos
amou. Somente aquele que vive seguro no amor eterno de Deus, que conhece sua posição em Cristo, é capaz de
dar amor à esposa com o próprio amor de Cristo.

4 – O amor é uma escolha, e não uma emoção

A cultura popular aponta para a ideia de que o amor verdadeiro é um sentimento, um conjunto de hormônios que
arrepiam. Mas o amor bíblico é uma escolha de amar e buscar o bem do outro acima do próprio.

Os autores bíblicos nunca colocam o amor como condição para que duas pessoas se casem.

Nesta lição, procuraremos entender que tipo de amor é exigido do marido, analisando o amor de Cristo pelo seu
povo.

A Escritura coloca esse amor como referencial para o amor do marido pela sua esposa. E necessário então que os
maridos entendam o amor de Cristo pela igreja, para que possam saber de que maneira devem amar a esposa,
para que o casamento seja bem-sucedido.

O AMOR DE CRISTO PELA SUA IGREjA

esse amor se manifestou não somente em palavras, mas de forma bem concreta. Após dizer que Cristo amou a
igreja, o apóstolo acrescenta: “e se entregou por ela” (Ef 5.25).

No passado

A primeira manifestação está no passado e se refere ao que Cristo fez pela igreja: “… Cristo amou a igreja, e a si
mesmo se entregou por ela” (5.25).

Paulo está se referindo aqui à crucificação de Jesus como prova do amor dele por sua igreja.

Os dois verbos usados aqui (amou e entregou) apontam para uma verdade que foi consumada de maneira plena.
Foi entregando-se na cruz do Calvário que Cristo mostrou a natureza do seu amor pela igreja.

A natureza desse amor ficar mais clara quando nos lembramos de Romanos 5.8. Deus nos mostrou o quanto nos
ama pelo fato de que Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado.
O amor de Cristo não se baseou em qualquer mérito que tivéssemos. Ao contrário, foi um amor incondicional. Ele
não se baseou em quaisquer condições impostas por Deus a nós.

Essa demonstração de amor ensinava aos efésios a dimensão do amor de Cristo e funcionava como um referencial
para os maridos.

Cristo amou a sua Igreja quando ela era maltrapilha, pecadora, miserável e indigna. O amor de Cristo é diferente do
amor celebrado pelo mundo.

Nós amamos o belo, o agradável, o estético. O amor de Cristo, entretanto, foi incondicional, ele não olhou para a
feiura e a fraqueza do seu povo, mas entregou-se por nós, sendo nós ainda pecadores.

Essa entrega de Cristo foi voluntária.

Essa voluntariedade resultou na humilhação de Cristo. Ninguém pode amar verdadeira, incondicional e
voluntariamente, sem que passe pela humilhação, pelo quebrantamento e pela renúncia do ego.

Filipenses 2.5-8 revela a humilhação pela qual Cristo teve de passar para concretizar seu amor pela igreja.

Vejamos os seguintes aspectos da sua humilhação.

1. Esvaziou-se de si mesmo temporariamente, isto é, da sua glória celestial, sem, contudo, deixar de ser Deus;

2. Assumiu plenamente a nossa condição humana, sem, contudo, pecar;

3. Tornou-se servo dos homens, vindo para servir e dar a sua vida por muitos;

4. Morreu uma morte humilhante — morte de cruz.

Paulo ainda diz que Cristo morreu para que santificasse a sua igreja (Ef 5.26).

Cristo se doou pela igreja para libertá-la do seu estado de pecado e miséria, purificando-a e santificando-a por
Meio do seu próprio sangue.

Devemos entender a palavra santificar no sentido de separação. “Santificar” é separar algo para o uso exclusivo de
Deus.

Quando Paulo diz que Cristo morreu para santificar a sua igreja, ele está dizendo que Cristo morreu para que
pudesse separar a igreja de entre a humanidade, entre todos os povos, para ser seu povo, a sua amada.

Essa separação é fundamentalmente do pecado para Deus. Significa separar de todo o mal, de toda a impureza.

No presente

No presente, Cristo está trabalhando no processo de preparação de sua igreja, para apresentá-la a si mesmo no
último e grande dia do juízo.

Referimo-nos ao processo diário de santificação, pelo qual os eleitos de Deus, no poder do Espírito Santo,
mortificam a sua natureza pecaminosa e se revestem mais e mais de Cristo.

Cristo está agora empenhado na tarefa de santificação da igreja (Jo 17.17; Rm 8.34).

E dessa maneira que os maridos devem amar suas esposas, cuidando delas, promovendo o seu crescimento
espiritual, orientando-as, ajudando-as em suas dificuldades, como também Cristo faz pela sua igreja.

No futuro
Cristo morreu pela igreja no passado, está santificando-a no presente e a receberá para si mesmo no futuro, como
igreja “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, po rém santa e sem defeito” (Ef 5.27).

E provável que Paulo esteja fazendo menção ao último dia, quando a igreja, totalmente reunida em um só corpo,
será apresentada diante de Cristo, para com ele ficar eternamente.

Paulo sempre tinha esse dia em mente, e se esforçava para apresentar os crentes perfeitos diante de Cristo,
naquele grande dia (2Co 11.2; Cl 1.28-29).

Quando isso ocorrer, o seu trabalho de santificação será completado pela ressurreição dos mortos e pela
transformação daqueles que se encontrarem vivos. Assim, a sua obra estará consumada.

Em outras palavras, Cristo cuidou no passado da nossa salvação, no presente cuida da nossa santificação e no
futuro efetuará a nossa glorificação.

Todos esses aspectos da obra perfeita e consumada de Cristo revelam o seu amor pela igreja.

O AMOR DO MARIDO PELA ESPOSA

POR QUE HÁ UM MANDAMENTO PARA OS MARIDOS?

O marido é o responsável primário pela felicidade e sucesso do casamento e da família. Muitas famílias são
dissolvidas, desestruturadas e destruídas porque o marido, como cabeça do lar, falhou em exercer
responsavelmente o seu papel.

A Bíblia ordena que os maridos amem suas esposas com base no amor de Cristo pela Igreja e por causa da dureza
do coração. O amor do marido pela esposa possui três aspectos. O amor eros (sexual), filéo (amizade) e ágape
(voluntário e incondicional). Sem anular os outros, o mais importante é este último. Por fim, a base do amor não
está na beleza física ou no aspecto sexual, mas no casamento. É o compromisso do casamento que faz e sustenta o
verdadeiro amor.

0 modelo da autoridade de Cristo


A primeira e maior razão pela qual o marido deve amar sua mulher tem fundamento na autoridade de Jesus Cristo.

Por trás do conceito do casamento está a doutrina de Cristo e da igreja. Como Cristo fez, assim devem os maridos
fazer e, assim como a igreja faz, assim devem as esposas fazer.

Em outras palavras, só podemos entender corretamente a natureza do casamento e os papéis dos cônjuges à luz da
doutrina da igreja e sua relação com Cristo.

Quando Paulo diz aos maridos para amarem suas esposas, está simplesmente refletindo o fato de que a autoridade
de Jesus sobre a igreja se baseia no seu amor sacrificial.

Lembremo-nos da declaração de Jesus aos discípulos: “… toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt
28.18). A autoridade só foi dada depois que ele passou pela “paixão” (sofrimento), quando se deu pela igreja e
morreu por ela. Em consequência, Deus o colocou em uma posição de autoridade (cf. Fp 2.8-9).

Semelhantemente, a autoridade do marido é exercida com base em seu amor sacrificial pela esposa.

A dureza do coração
O amor do marido pela esposa deveria ser algo natural no casamento, mas infelizmente muitas vezes não é.

O que por vezes impera no coração do casal, especialmente do homem, é a dureza, a falta de amor e perdão. O
coração masculino é mais propenso à dureza (Dt 9.27; Mt 19.8).

O mandamento “amai” funciona como uma bengala na qual os maridos podem ser apoiar, quando os sentimentos
pela esposa estão em baixa.

O marido cristão pode enfrentar crises de sentimentos e emoções.

Evidentemente, se ele tratar a esposa segundo os altos e baixos aos quais está sujeito, o casamento será
totalmente instável e imprevisível.

à luz do eterno amor de Cristo por sua igreja, os maridos devem amar suas esposas até o fim.

Neste sentido, vejamos como os maridos devem viver e expressar amor para com suas esposas.

Morrendo para si

O amor requerido torna-se impossível sem que o marido morra para o seu próprio ego. Isso significa renunciar a
seus direitos e procurar prioritariamente o bem da esposa. Muitos maridos têm a tendência de fazer o oposto de
Cristo; querem ser servidos ao invés de servir.

Para que o marido ame sua esposa como Cristo amou a igreja é preciso renunciar ao instinto carnal do egoísmo
que o faz desejar que o mundo gire em torno de si (Cl 3.8-10).

Morrer para si mesmo implica renúncia (G1 2.20). No casamento, essa renúncia tem de ser incondicional. Às vezes,
o marido está pronto a renunciar a alguma coisa, desde que a esposa renuncie a outras.

Ao invés de renunciar incondicionalmente, ele tenta negociar. Porém, não foi assim que Cristo amou a sua igreja.
Cristo a amou independentemente do fato de que os eleitos eram pecadores, desobedientes e inimigos de Deus.
Cristo nos amou incondicionalmente, sem impor condições e termos.

Esse morrer para si mesmo é voluntário, como foi o de Cristo.

A consciência do marido para com Deus deve impeli-lo a isso e seu amor pela esposa torna essa renúncia algo
prazeroso — mesmo que isso implique morte para o ego.

Santificando a esposa

Como vimos, o objetivo da morte de Cristo por sua igreja foi santificá-la, para finalmente apresentá-la a si mesmo
pura e imaculada.

Semelhantemente, os maridos devem expressar seu amor pela esposa como líderes espirituais, orientando e
ajudando a esposa a crescer espiritualmente.

Cada marido deve se preocupar com o estado espiritual da esposa, orar por ela e com ela, apoiá-la, ajudá-la,
confortá-la e compreendê-la. A esposa, como vaso mais frágil, está mais sujeita às pressões e angústias deste
mundo e precisa do apoio e da proteção espirituais do marido.
O marido tem o compromisso de ser o cabeça para sua esposa. Ele é o responsável pela vida espiritual dela. Se ela
vai mal espiritualmente, cai sobre ele essa responsabilidade (Gn 35.1-3,7).

Somente um homem cristão, cheio do Espírito, que tenha vida com Deus, poderá suprir o aspecto espiritual da
esposa, algo tão essencial para a sobrevivência e manutenção do casamento.

Alegrando-se na esposa

Por fim, o marido deve manifestar amor por sua esposa alegrando-se nela . Amor e alegria são duas coisas que
andam juntas. Alegrar-se com a esposa é visto como uma das bênçãos de Deus ao homem que o teme (Pv 5.18; Ec
9.9). Cristo se alegra com sua igreja amada aqui neste mundo.

Essa alegria de Cristo é incondicional. O u seja, não depende da beleza e das virtudes da igreja, mas do que ela
representa: o povo eleito.

Semelhantemente, os maridos devem amar incondicionalmente suas esposas e manifestar concretamente a alegria
em tê-las.

CONCLUSÃO

Cristo manifesta o seu amor pela sua igreja em todos os tempos: no passado — salvando-a; no presente —
santificando-a; e no futuro — glorificando-a. A exemplo do amor de Cristo pela igreja,

os maridos devem manifestar seu amor por suas esposas da seguinte maneira:

morrendo para si — a sua própria vontade; santificando a esposa — liderança espiritual; e alegrando-se nela —
alegria incondicional.

Por fim, amar a esposa na prática significa demonstrar o amor de maneira concreta e responsável.

Homens não magoados

– a falta de perdão no casamento leva a sua destruição

– Uma proibiação – Cl 3.19 não a trateis com amargura

– Os homens tem um problema especifico com a magoas (Ef 4.31-5.2)

– O amor de Cristo não convive com mágoas

– Magoas são uma questão de coração, uma questão de perdão

Causas

a0 Mulheres não submissas

b)Homens egocentricos, egoistas não cumprem com o seu papel

c) conjuges omissos

d) outras causas de mágoas

– a cura da doença é o amor de Cristo estendendo perdão Cl 3.1315

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