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CURSO AVANÇADO DE

ALFABETIZAÇÃO

Licensed to Ana Paula Dias - ana.padias@outlook.com - 665.032.130-34


MEDIADORA:
ÉRIKA DE CÁSSIA LOPES SILVA MARONESI

G raduada em Pedagogia, pós graduada em Psicopedagogia Clínica e Institu-


cional e em Ética, Valores e Cidadania na Escola, com extensão em Distúrbios
Emocionais e Comportamentais na Infância e Adolescência e Neuropsicopeda-
gogia e aprimoramento em Transtornos Neurofuncionais do Desenvolvimento.
Mestra em Educação Profissional e Tecnológica. Supervisora de casos clínicos,
mentora de carreira, formadora e docente do Programa de Pós-Graduação do
Centro Universitário Barão de Mauá- RP.

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QUE É MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO?

Método de Alfabetização é todo e qualquer método que


abrange desde a aquisição do princípio alfabético até o prin-
cípio ortográfico.

ÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO

TRADICIONAIS FÔNICO MULTISSENSORIAL

Centrado no professor; Ensina as correspondên- Método que engloba a


Aula mecânica; Apren- cias grafofonêmicas; Se estimulação auditiva,
dizagem por meio de preocupa com o desen- visual, cinestésica arti-
repetições de exercícios; volvimento das habili- culatória, da estereog-
Ensino realizado por eta- dades metafonológicas nosia (tato sem campo
pas, partindo de unida- (na consciência de mani- de visão) e grafoestesia
des maiores ou menores pular e refletir sobre os (traçado sobre a pele);
(Analíticos- da macro para sons da fala) e no princí- Frequentemente confun-
microestrutura e Sintéti- pio alfabético. dido com alguns méto-
cos- da micro para macro- dos multimodais que não
estrutura; Cartilhas. contemplam as 5 áreas.

ÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO – TRADICIONAIS


Sintéticos Analíticos Mistos
• Palavração • Alfabético • Engloba as duas
• Sentenciação • Fonético abordagens
• Global de contos/ • Silábico
textos

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ISCUSSÃO SOBRE ALFABETIZAÇÃO?

• Na década de 80 o Construtivismo chegou ao Brasil.

• Construtivismo é método de alfabetização?

• O que aconteceu com o ensino sistemático? Com os métodos?

• Psicogênese da Língua Escrita?

• Qual a maior consequência? Evasão? Números em exames nacio-


nais e internacionais? Baixa apropriação e desenvolvimento de
habilidades e competências?

• Matemática?

• A COVID-19, no ensino público, deixou evidente a falta de infra-


estrutura das escolas;

• De acordo com o PISA/2018, somente 26% dos alunos estu-


davam em escolas com um bom acesso à internet, sendo que
40% dos alunos não conseguiram ter aula por ensino remoto
(IPEA, 2021);

• Muitos pais precisaram trabalhar em home office e a partir disso,


tiveram que dividir as tarefas domésticas com o trabalho e a edu-
cação dos filhos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2021).

• Apud (SANTOS, 2022, p. 21).

• De acordo com o Relatório Científico da Sociedade Brasileira de


Pediatria (2021), as repercussões sobre a aprendizagem serão
múltiplas e distintas, uma vez que os alunos sofrerão com a per-
da de conhecimentos e habilidades já adquiridas e acentuação
de dificuldades em escolares que já a possuíam antes mesmo da
Pandemia.

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• Mesmo antes da pandemia, a literatura (NICOLAU;
NAVAS, 2015) já destacava que havia um grande número
de escolares que se encontravam em defasagem em rela-
ção ao desempenho em leitura esperado para sua idade
e escolaridade.

• Apud (SANTOS, 2022, p. 21).

MPACTO NA ALFABETIZAÇÃO?

https://brasil61.com/n/ensino-remoto-durante-pandemia-impactou-alfabetizacao-de-criancas-
-bras216142

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ISCUSSÃO SOBRE ALFABETIZAÇÃO?
Número de crianças
que não aprenderam a
ler e escrever chega a
2,4 milhões e aumen-
ta mais de 65% na pan-
demia, diz ONG.

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2022/02/08/nu-
mero-de-criancas-que-nao-aprenderam-a-ler-e-escrever-
-aumenta-na-pandemia-aponta-levantamento.ghtml

STÁGIOS DE LEITURA

LOGOGRÁFICO ALFABÉTICO ORTOGRÁFICO

Reconhecimento visual da
Desenvolvimento e Desenvolvimento e
palavra, baseando-se em
aquisição do princípio aquisição do princípio
suas características físicas
alfabético. ortográfico.
e visuais.

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OMO FAZER UMA SONDAGEM DE LEITURA?

Materiais: Rótulos, embalagens, logos, listas de palavras e


pequenos textos

1º Ofereça rótulos, logos 3º Ofereça uma lista de


2º Ofereça uma lista de
e embalagens e solicite palavras com sílabas com-
palavras com sílabas sim-
sua leitura. Se possível plexas, de baixa frequên-
ples, de alta frequência e
troque os caracteres man- cia, com irregularidades e
regulares
tendo seu layout ortografias

5º Ofereça pequenos tex-


tos (com até 100p) para
4º Ofereça frases com
verificar fluência, entona-
apoio e sem apoio visual
ção, prosódia, acurácia e
compreensão

IPOS DE PALAVRAS

Frequência Existência Extensão Regularidades


• Frequentes • Palavra • Longas • Com ou sem orto-
• Não frequentes • Pseudopalavra • Curtas grafias, acentua-
• Não palavra ções, aberturas e
fechamentos de
vogais

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STRATÉGIAS DE LEITURA
O que crianças logográficas precisam desenvolver?

3.Estabilidade na escrita
1.Identificar o que 2.Conhecer a
do nome e palavras
pode ser lido e orientação da leitura
acompanhadas ou não de
diferenciar do que (esquerda-direita,
figuras e correspondência
não pode cima-baixo)
termo-termo

4.Repertório de
5.Características 6.Conhecer gêneros
letras e palavras
intra e interfigurais e portadores textuais
(associações)

EALISMO NOMINAL

O realismo nominal é uma característica do pensamento infantil,


onde a criança apresenta dificuldades em dissociar o significado
do significante (PIAGET, 1962). Isso significa que o escolar tende a
conceber a palavra como parte integrante do objeto, atribuindo
ao signo características do objeto ao qual se refere. Piaget (1962)
organizou dois tipos de realismo nominal: o ontológico e o lógico.

Desse modo, acreditavam que trem devia ser uma palavra gran-
de e formiguinha seria uma palavra muito pequena. Também era
possível acreditar que a palavra sofá seria parecida com a palavra
cadeira, porque ambas servem para sentar.

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EALISMO NOMINAL – FASES

NÍVEL 1A NÍVEL 1B NÍVEL 2

Ocorre uma transição;


A criança confunde a
Alterna entre as
existência, origem e loca- Focaliza a palavra,
respostas, admitindo
lização dos nomes com as independentemente do
apenas nos itens mais
próprias coisas a que eles seu significado.
sugestivos, tais como
se referem
anãozinho e gigante

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EALISMO NOMINAL – PERGUNTAS

1. Diga uma palavra grande. Perguntar:


– Por que é grande?
2. Diga uma palavra pequena. Perguntar:
– Porque é pequena?
3. Qual a palavra maior:
– boi ou aranha? Por quê?
– trem ou telefone? Por quê?
– anãozinho ou gigante? Por quê?
4. Diga uma palavra parecida com bola. Por quê são parecidas?
5. Baleia e bola são duas palavras parecidas? Por quê?
– Sabão e mamão são duas palavras parecidas? Por quê?
– Sapo e sapato são duas palavras parecidas? Por quê?

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6. Diante de um par de palavras BOI – ARANHA (em cartões)
“Nestes cartões estão escritos as palavras boi e aranha. Onde
você acha que está escrito aranha? Por quê?

7. Mostrando a palavra COPO e em seguida as palavras COLO e


ÁGUA, perguntar: – “ Qual é a palavra parecida com essa (COPO),
COLO ou ÁGUA? Por quê?

8. Qual é a palavra que combina com dente? Pente ou boca. Por quê?

LUÊNCIA DE LEITURA

A Fluência leitora é a capacidade de ler um texto com agilidade,


precisão e expressão adequada, por compreensão entende-se a
atribuição e apreensão do significado ao que se lê.

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EORIA DA AUTOMATICIDADE

Atenção para a
compreensão da
palavra

Atenção para o
reconhecimento
da palavra
(decodificação)

LABERGE; SAMUELS, 1947

LUÊNCIA DE LEITURA
A fluência na leitura é desenvolvida ao longo do tempo, através da
prática e da exposição à leitura, mas o nível de fluência pode ser
alterado ou reduzido, dependendo do contexto, familiaridade com
as palavras ou temas dos quais se possui pouco conhecimento,
como termos técnicos e descrições medicas (GONÇALVES, 2011).
Avaliando a fluência:
1- Selecionando o texto

CLASSIFICAÇÕES Nº PALS NÍVEIS

FÁCIL 82-123 NÍVEL 1

INTERMEDIÁRIO 64-185 NÍVEL 2

DIFÍCIL 127-194 NÍVEL 3


(MARTINS; CAPELLINI, 2018, p. 6)

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LUÊNCIA DE LEITURA – MONITORANDO

2- Escolhendo materiais: Alguns materiais já possuem a quantida-


de de palavras por texto, mas é possível inserir a quantidade de
palavras por linha.
3- Gravando a leitura para monitora-
mento do tempo total e palavras
por minuto: Com um texto im-
presso com o escolar e outro com
avaliador.
4- Verifique se temos mais palavras
corretas ou incorretas por minuto.
5- Veja se está dentro do esperado
para idade.

LUÊNCIA DE LEITURA – NORMATIVA EFI

Palavras lidas por minuto


• 1º ano: –
• 2º ano: 40 pals/min
• 3º ano: 70 pals/min
• 4º ano: 90 pals/min
• 5º ano: 100 a 110 pals/min

Adultos: 150 a 200 pals/min

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LUÊNCIA DE LEITURA – NORMATIVA EFII

Palavras corretas por minuto


• 4º ano: 95 pcpm
• 5º ano: 110 pcpm
• 6º ano: 115 pcpm
• 7º ano: 120 pcpm
(SCHETTINI, 2018, p.18)

LUÊNCIA DE LEITURA

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OMPREENSÃO DE LEITURA

• Definida como a capacidade de extrair significado e integrar este


significado a outros conhecimentos armazenados na memória para
manipulá-los (CUETOS, 2012; SILVEIRA, 2012; TRISTÃO, 2009).

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• Para que a leitura seja eficiente, é preciso que o sujeito seja
capaz de decodificar, com domínio do conhecimento das
convenções da escrita, e de compreender (SPINILLO, 2013).
• No início do aprendizado da leitura, a decodificação é o me-
lhor preditor do desempenho das crianças em leitura, uma vez
que, nesta etapa da escolarização, os pequenos leitores estão
aprendendo acerca das convenções da escrita. Os textos a
eles dirigidos não são extensos e contêm, em geral, ilustrações
atraentes ou outros elementos paratextuais. Desta forma, en-
quanto a criança não automatiza as convenções da escrita, seu
sucesso em compreensão de leitura vai ser mais dependente
da decodificação, do que da compreensão da linguagem oral
(PERFETTI, LANDI, & OAKHILL, 2013; MORAIS, LEITE, & KOLINSKY,
2013; CORREA & MOUSINHO, 2013; SPINILLO, 2013).
• (SOARES, 2015, p. 8)

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• Materiais: Textos diversos, canetas ou lápis coloridos e folhas
pautadas.

1º Ofereça textos nar-


2º Faça a identificação
rativos, expositivos e de 3º Elabore perguntas
das ideias principais
diferentes gêneros. Faça literais e inferenciais de
(tema/assunto) de cada
leitura exploratória e micro e macroestrutura
parágrafo
compreensiva

4º Elabore resumos 5º Elabore mapas mentais

LGUNS MATERIAIS INTERVENTIVOS

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esumo

• CACHORRO

Silábico com Silábico-alfa-


Pré- silábico Silábico sem Alfabético
valor sonoro bético
(jhsghiso ou valor sonoro (KAXORO ou
(CXR, ou KXR (KAXRO ou
k) (HJT) CACHORO)
ou AOO) CXRO)

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STÁGIOS DE ESCRITA

PS1 – PRÉ-SILÁBICO 1
• Não faz uso de letras para escrever.
• Geralmente desenha, mas pode usar símbolos e outros grafismos.
• Leitura global.

PS2 – PRÉ SILÁBICO 2


• Faz uso de letras.
• Diferencia desenhos de letras.
• Leitura global.

SSVS – SILÁBICO SEM VALOR SONORO


• Representa cada sílaba com uma letra.
• Não faz correspondência com seus sons.

SCVS – SILÁBICO COM VALOR SONORO


• Sabe que a escrita representa a fala.
• Usa uma letra para cada sílaba (podendo ser vogais ou consoantes).
• Generaliza para frases e textos.

SA – SILÁBICO ALFABÉTICO
• Escreve ora silabicamente.
• Ora escreve alfabeticamente (oscilações).

A1 – ALFABÉTICO 1
• Escreve do jeito que fala.
• Não domina convenções ortográficas.

A2 – ALFABÉTICO 2
• Já domina ortografias contextuais e não contextuais.

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ONDAGEM DE ESCRITA – COMO FAZER?

2º Selecione 4 palavras 3º Dite uma frase que


1º Selecione o campo
sendo: poli, tri, di e faça o resgate de uma
semântico
monossílaba palavra da lista

4º Peça para que a crian-


ça leia o que foi escrito 5º Faça a classificação e
apontando. Faça as marca- não se esqueça de datar a
ções indicando se houve atividade.
separação silábica e suas
correspondências sonoras

UGESTÕES DE PALAVRAS E FRASES

http://edu-candoconstruindosaber.blogspot.com/2013/06/tabela-de-nivel-de-escrita-e-lista-de.html

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ATERIAL DE REFERÊNCIA TEÓRICA

APA DE EVOLUÇÃO DA ESCRITA

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QUE É E PARA QUE SERVE A ORTOGRAFIA?

• É a compreensão do funcionamento do sistema ortográfico;


• Anular a variação linguística na escrita, para mantê-la padronizada
(CAGLIARI, 1989);
• Permite que falantes de dialetos diferentes possam ter uma forma
neutra de ler (MASSINI;CAGLIARI, 1999).
• A rota fonológica serve para escrever corretamente palavras
regulares e de ortografia natural;
• Rota lexical, serve para escrever corretamente pala-
vras com ortografias arbitrárias que estão na me-
mória lexical ortográfica.

IDIRECIONALIDADE DA LÍNGUA

CAZA, OSPITAU,
Princípio alfabético
CARO...

BIDIRECIONALIDADE
DA LÍNGUA

CASA, HOSPITAL,
Princípio ortográfico
CARRO...

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RROS NATURAIS E ARBITRÁRIOS (BATISTA, 2021)

• Ortografia natural: regularidades da língua, correspondência


unívoca, 1 pra 1, um fonema para 1 grafema, transparência;
• Ortografia arbitrária: correspondências múltiplas, 1 para 2 ou
mais, um fonema para 2 ou mais grafemas, opacidade;
• Grafema mais complexo para realizar a decodificação: x (/x/, /z/,
/s/, /ks/ e fonema mais complexo para realizar a codificação /s/:
s, c, x, z, ç, ss, sc, sç, xc, xs.

NSINO E ORTOGRAFIA

Silva, Morais e Melo (2005), contam que há três tipos de ensino


da ortografia:

Ensino Tradicional

Repetição e
memorização

Ensino Assistemático

Não se ensina sobre,


mas se cobra

Ensino Reflexivo

Ensino formal com


reflexão sobre a escrita

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QUE USAR PARA INTERVIR?

Ortografia
• Pares de letras que representam sons semelhantes;
• Sons nasais e suas marcas;
• Uso de R e RR.
Gênero textual
• Entrevista;
• Texto instrucional: regra de jogo;
• Trava-língua.
Revisão de textos
• Legibilidade;
• Omissões de letras em palavras;
• Espaçamento entre palavras;
• Uso de letra maiúscula;
• Substituição de pares auditivamente semelhantes.

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Ortografia
• Uso de M ou N (marcas de nasalização);
• emprego de L ou U;
• Letra S e seus usos.
Gênero textual
• Bilhete;
• Texto instrucional- regra de gincana;
• Relato pessoal;
• Trava-língua.
Revisão de textos
• Uso de M ou N;
• Legibilidade;
• Omissões de letras em palavras;
• Critérios do gênero bilhete.

Ortografia
• Diferenças entre fala e escrita;
• Uso de S, SS e Z;
• Tonicidade e acentuação;
• Tonicidade e uso de terminações AM ou ÃO.
Gênero textual
• Bilhete;
• Texto instrucional- regra de gincana;
• Relato pessoal;
• Trava-lingua.
Revisão de textos
• Uso de M ou N;
• Legibilidade;
• Omissões de letras em palavras;
• Critérios do gênero bilhete;

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Ortografia
• Terminações AM e ÃO;
• Acento agudo e circunflexo;
• Palavras de uso frequente/acentuação;
• A letra X e seus sons.
Gênero textual
• Placas;
• Placas e cartazes.
Revisão de textos
• Legibilidade;
• Omissões de letras em palavras;
• Uso das terminações AM e ÃO;
• Decisão léxica.

SCRITA CALIGRÁFICA

• Processamento visual dos símbolos gráficos;


• Responsável por tudo que se refere as questões viso-espaciais
da grafia. Há o reconhecimento e decodificação na área de
Wernicke (área da linguagem) e expressão
pelo córtex motor, na área de Broca (expres-
são da linguagem);
1. Occiptal
• Planejamento, organização e execução do
movimento.
• Outras estruturas dosarão a força, velocidade e
2. Parietal
agilidade, permitindo o ajuste do movimento;
• A escrita requer habilidades motoras finas,
percepção visual, integração-viso-motora e 3. Frontal
maturidade cognitiva.
• (CARDOSO; CAPELLINI, 2017)

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ESENVOLVIMENTO MANUAL
(CARDOSO; CAPELLINI, 2017)

3 anos 4 anos 5 anos

Mobilidade aos Movimento de Pinta com


movimentos pinça e realização maturidade
de preensão e de cópias
manipulação de
objetos

6 anos 7 anos 8 anos


Desenvolvimento Escrita automática Escrita com
da caligrafia e organizada intenção
comunicativa

IPOS DE PREENSÃO

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SCRITA CALIGRÁFICA – CUIDADOS!

• Metodologia de ensino da escrita manual;


• Gênero sexual;
• Idade e escolaridade;
• Texto a ser escrito;
• Acessórios de escrita;
• Investigação de fatores visuais;
• Investigação de fatores ergonômicos;
• Variedade na definição de “legibilidade”.

ELOCIDADE DE ESCRITA

• Velocidade de escrita
• Handwriting Assessment Protocol
(POLLOCK et al, 2009)
• INTERVENÇÃO: Verbalizar e criar
analogias: letras bastão maiúscu-
las (sapos) e letras cursivas minús-
culas (letras girafas, letras tartaru-
gas e letras minhocas);
• Utilizar pontilhados;
• Caixa de areia e estratégias multis-
sensoriais;
• Adaptadores grips (Stetro).

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RODUÇÃO TEXTUAL

• O ensino de textos que circulam na sociedade deve ser associa-


do às atividades realizadas pelo sujeito em suas relações sociais.
• Por isso é importante oferecer diferentes tipos de referências
e gêneros.
• É uma aprendizagem sistemática, estrutural, requer maior
elaboração, para atingir coerência, clareza e expressividade
ao interlocutor.
• Não é uma sequência de frases e sim um conjunto de carac-
terística.

RODUÇÃO TEXTUAL
(SARMENTO, 2003)

Narrativos
Fábulas, contos, lendas, romances, biografias, piadas, narrativas de aventura,
ficção, crônica e etc.

Relatos
Viagem, autobiografias, diário, notícia e reportagem.

Argumentativos
Artigo de opinião, carta do leitor, reclamação, solicitação, defesa, acusação,
resenha crítica e editorial.

Expositivos
Texto expositivo livros didáticos e provas, seminário, conferência, exposição,
palestra, entrevista, relatório, resenha e etc.

Instrucionais
Receitas, manuais, regulamentos, regras de jogo, comandos e etc.

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EXTO NARRATIVO – O QUE ANALISAR?
Competência
Semântica Lexical Gramatical
Ortográfica
• Erros de conversão • Vocabulário quantitativo • Fez uso de concordância
grafofonêmica. e qualitativo. verbal e nominal.
• Erros de regularidades e • Figuras de linguagem. • Utilizou orações
acentuação. • Antônimos e sinônimos. negativas, exclamativas,
• Irregularidades. interrogativas.
• Pontuação. • Fez uso de orações
coordenadas e
Textual Pragmática subordinadas.

• Narrador, personagens, • Estrutura (paragrafação).


espaço, tempo, • Coerência (sequência
situação inicial, conflito, lógica e encadeamento
resolução do conflito, de ideias).
desfecho. • Coesão (marcadores).
• Originalidade.

RODUÇÃO TEXTUAL – DICAS

3º Faça um check-list para


que conferir se há título,
1º Trabalhe inicialmente 2º Elabore um roteiro que
parágrafos, se revisou a
com escrita temática ajude na paragrafação
ortografia e acentuação,
letra maiúscula e etc.

4º Utilize sempre folha de


5º Valorize a produção,
rascunho e de texto defi-
partilhando os registros
nitivo. Dê preferência para
de alguma forma
uso do computador.

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ROCESSAMENTO VISUAL

• Se desenvolve por toda a infância e se aproxima do desenvol-


vimento adulto, aos 11/12 anos.
• Possui três fases: primária, secundária e terciária que envolve
outros sentidos.
• É diferente de acuidade visual.
• A criança terá que desenvolver 4 movimentos de olhos para lei-
tura: Fixações, movimentos sacádicos, perseguições e rotações.

OMPETÊNCIAS DA PERCEPÇÃO VISUAL

Discriminação visual Identificar diferenças em formas semelhantes.

Identificar o mesmo estímulo em diferentes situações


Constância de forma
independentemente do tamanho, forma, posição e cor.
Identificar um estímulo em relação a outros, em
Relação viso-espacial
diferentes ambientes e contextos.
Memorizar um estímulo ou vários em curto período de
Memória visual
tempo.
Identificar um estímulo em um fundo poluído
Figura-fundo visual
visualmente.
Identificar parte de um estímulo, mesmo quando
Closura visual
algumas partes estão ausentes.

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ROCESSAMENTO VISUAL E DIFICULDADES

As dificuldades no processamento visual também podem estar


associadas a alguns transtornos do neurodesenvolvimento. Isso
acontece devido ao aumento da vulnerabilidade do trabalho neu-
ral que é responsável pela integração sensóriomotora da informação
(CAPELLINI, 2021).

Leitura Escrita
Erros ortográficos
Omissões
Alteração na escrita
Acréscimos
caligráfica devido
Substituições
más formas, tamanho
Transposições
e posicionamento de
Lentidão
letras e números

ROCESSAMENTO VISUAL – ATIVIDADES

• Atividades de cópia com ou sem pontilhado;


• Seguir e continuar traçados;
• Atividades de contornos;
• Pedir que encontre letras e figuras em imagens poluídas visualmente;
• Atividades com códigos (converter imagens em letras/números);
• Atividade com sombra;
• Atividade para identificar estímulos que estejam na mesma posição;
• Atividades para colorir os mesmos espaços;
• Atividades para traçar as mesmas linhas, formando os mesmos
desenhos;
• Atividade para ampliar figuras;
• Dar pistas de movimentos e de espaços (letras girafas, tartarugas
e minhocas)

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NTEGRAÇÃO PERCEPTO-VISO-MOTORA
(CARDOSO; CAPELLINI, 2017)

TIPO 1 TIPO 2

Curtas e curvadas: Linhas e curvas:


e-c, a-c, a-o, a-e, b-d, b-p, p-d, q-p,
s-c, o-c q-b, q-d, n-u, n-m,
m-w, m-u, h-n

TIPO 3 TIPO 4

Altas, com linhas São raras, mas


centrais: podem ocorrer:
f-l, f-t, f-k, k-h, i-j r-n e y-u

OCÊ CONHECE O CÉREBRO?

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ÓRTEX PRÉ-FRONTAL

• Responsável pelas funções executivas;


• É nele que ocorre o planejamento e a análise das consequências
de ações futuras, relacionadas ao comportamento;
• É nele que acontece o pensamento abstrato e criativo, a veloci-
dade do processamento da informação, a fluência do pensamento,
linguagem, emoção, julgamento social, atenção e etc.

ROCESSAMENTO ATENCIONAL

ATENÇÃO:
• Dividida: possibilidade de manter a atenção em estímulos dife-
rente e executar duas ou mais tarefas distintas simultaneamente.
• Sustentada: capacidade de manter sua atenção em um estímulo
e inibir aqueles que são irrelevantes durante um tempo necessá-
rio para realizar uma tarefa.
• Alternada: capacidade de manter o foco de atenção ora em um
estímulo ora em outro.
• Seletiva: responder de maneira seletiva a determinados estímulos
e inibir aqueles que são irrelevantes.
• Concentrada: capacidade de selecionar apenas uma fonte de
informação, dentre outras que se encontram ao redor num deter-
minado momento.

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ROCESSAMENTO FONOLÓGICO

Se refere a três habilidades, sendo elas:

Habilidades
Metafonológicas

Processamento Memória Operacional


Fonológico Fonológica

Velocidade de
Acesso ao Léxico

OMPETÊNCIAS DA PERCEPÇÃO VISUAL

Palavra Sí-la-ba F-o-n-e-m-a

ONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

Rima (Identificação Análise silábica e


e Produção) fonêmica
Capacidade de Capacidade de
Mesmo segmento Consciência de
decompor palavras agrupar fonemas e
Mesmo segmento final a partir da palavras contribui
em sílabas ou sílabas para formar
inicial (BOLO / vogal tônica na segmentação
fonemas (PATO= palavras (PA+TO=
BONECA / BOLA) (MAMADEIRA / (AMENINABRINCA​
PA+TO ou PATO= PATO ou /P/+/A/+/
CADEIRA /MATA) DEBONECA)
P/+/A/+/T/+/O/) T/+/O/= PATO)
Consciência Síntese silábica e
Aliteração
sintática fonêmica

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Identificação de
Transposição
sílabas e fonemas
Capacidade de combinar
Habilidade de sílabas e fonemas de
Excluir e acrescentar palavras diferentes
Capacidade de identificar as
sílabas e fonemas Inversão de sílabas para formação de uma
contar sílabas mesmas em
(SER+PENTE=​ e fonemas para outra palavra (1ª sílaba
e fonemas (CA- diferentes
SERPENTE ou formação de novas de BARATA+2ª sílaba
CHOR-RO= 8 posições (iniciais,
CALÇADA-DA, CALÇA palavras (AMOR/ROMA de TATU+ 1ª sílaba de
letras, 3 sílabas e 6 mediais e finais)
ou LUPA-/P/= LUA ou ou LOBO/BOLO) TAPETE= BATATA ou 1º
fonemas) BATATA/ABACAXI/ fonema de OLHO+1º
/P/+ ANO= PANO)
JABUTICABA fonema de VACA+4º
fonema de GALO= OVO)

Contagem de
Manipulação Combinação
sílabas e fonemas

ROCESSAMENTO FONOLÓGICO

• A velocidade de acesso ao léxico é uma das habilidades mais im-


portantes para a realização da leitura e seus processos de deco-
dificação, fluência e até mesmo para conseguir alcançar uma boa
compreensão leitora, de forma que a habilidade de velocidade é
considerada na literatura como uma das habilidades preditoras
para o desenvolvimento da leitura e da escrita (CATTS et al, 2002,
apud SANTOS, 2022, p. 25).
• A memória operacional fonológica (MOF) é um sistema que re-
têm e manipula temporariamente as informações que podem ser
mantidas somente pela repetição ou pela transferência à memó-
ria de longo prazo. É pela memória que as palavras lidas são ar-
mazenadas até haver a compreensão de um texto (SOARES; SA-
CINTO; CÁRNIO, 2012, p.1).

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ROCESSAMENTO SEQUENCIAL

• Onde está o processamento sequencial? Na Memória de curto e


longo prazo para detalhes, na coordenação motora fina, na orga-
nização geral, na escrita mecânica, velocidade de leitura, sequen-
cializar palavras, pensamentos e ações, dificuldade, em lembrar
fórmulas e desenvolver procedimentos de cálculo matemático.
• Pessoas com bom processamento sequencial gostam de aprender
passo a passo, se familiarizam com etapas, entende as coisas de
forma gradual e lógica, gostam de explicar o raciocínio, priorizam
atividades progressivas e compreendem partes e depois o todo.
• Na leitura, por exemplo é preciso compreender que o processo
cognitivo acontece através da atenção, do planejamento, da
organização, automonitoramento, memória operacional, orga-
nização viso-espacial e sequencial.

ROCESSAMENTO AUDITIVO
• É a habilidade do Sistema Auditivo Nervoso Central em utilizar
a informação auditiva, ou seja processar auditivamente é o que
o cérebro é capaz de fazer com o que ouvimos.
• O PAC não está somente na percepção dos sons, mas em como
identificamos, localizamos, temos atenção, analisamos, memo-
rizamos e recuperamos a informação auditiva. Portanto, PAC
não é acuidade auditiva.
• DPAC é a alteração ou falta de habilidade na recepção, análise
e processamento da informação que chega pela via auditiva
(localizar, discriminar, reconhecer, memorizar e compreender a
fala, mesmo quando a audição periférica está normal e outras
funções cognitivas estão preservadas).
• O DPAC pode ocorrer juntamente com outras alterações tais
como o TA, TEA, TDL, TDAH...

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AC – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

• A avaliação é realizada por equipe multidisciplinar (fonoaudioló-


gica, neuropsicológica, neurológica e/ou psiquiátrica). No entan-
to, a diagnóstico do processamento auditivo é realizada por uma
fonoaudióloga que realiza testes em cabine acústica, onde o in-
divíduo é colocado com fones auriculares através dos quais são
aplicados os testes. Podem ser avaliados pessoas a partir da idade
mínima de 6 anos e isso pode ser identificado em qualquer fase
da vida.
• Treinamento Auditivo é feito pela fonoaudióloga (o) por meio de
terapia convencional ou cabine. Este treinamento pode mudar e
reorganizar as conexões neurais, com exercícios práticos e esti-
mulação, com estímulos verbais e não verbais em vários contex-
tos. Também há orientação aos pais e aos educadores quando a
adaptações na rotina diária.

AC – QUEIXAS E FATORES DE RISCO

• Fala muito “Hã?”, “O que?”


• Tem dificuldades em entender piadas ou duplo sentido;
• Os problemas de matemática são difíceis de interpretar;
• Tem dificuldade em contar um fato ou história;
• Possui dificuldade em seguir uma sequência de tarefas que lhe
foi falada;
• Tem dificuldades para ler ou escrever ou outras dificuldades
escolares;
• Faz inversões de grafemas (letras);

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• Tem alterações na noção de lateralidade;
• Tem agitação, hiperatividade ou apatia;
• Há dificuldade em compreender a mensagem acústica em am-
bientes ruidosos;
• Dificuldades quanto à comunicação oral e escrita, do compor-
tamento social;
• Na criança há dificuldade de manter a atenção durante expli-
cações verbais;
• Dificuldades de memorizar nomes e frases;
• Atrasos no desenvolvimento da linguagem;
https://tdahcampinas.com.br/transtorno-do-processamento-auditivo-central-tpac/

ONHECENDO O R.T.I

• Primeiros modelos de RTI surgiram na década de 80 e nasceu


nos EUA.
• A sigla RTI (do inglês Response to Intervention) representa um
modelo de Resposta à Intervenção integra a avaliação e a
intervenção.
• Tenta identificar crianças com dificuldades de aprendizagem e
de risco para transtornos no ambiente educacional, para pos-
teriormente monitorar a evolução dos alunos e proporcionar
intervenções com evidência científica e dependendo da res-
posta, ajustar as mesmas ou encaminhar.
• Este modelo foi denominado “um modelo de prevenção de três
camadas“.
• Implantação segura a partir do 4º ano.

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Intervenção instrucional, preventiva com aplicação de
1ª Camada Rastreio Universal e Intervenção coletiva em sala de
aula – 15 minutos – com professor.

Intervenção suplementar e remediativa , direcionada


2ª Camada para grupos menores – intervenção contínua e diária – 20
a 40 minutos com profissional de apoio.

Intervenção individual, remediativa e intensiva (realizada


3ª Camada por especialista e equipe interdisciplinar – 45 a 60
minutos – elegíveis para AEE.

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BJETIVOS R.T.I E IMPLEMENTAÇÃO

• Diminuir a incidência de falso-positivo (onde avaliações realiza-


das de forma imprecisa, são feitas de forma desenfreada isen-
tando a escola da responsabilidade).
• Diminuir a incidência de falso-negativo (quando acreditam que
a criança que tem de fato um transtorno, como dislexia, possui
apenas dificuldade de aprendizagem).
• É necessário conhecer formadores e materiais específicos.
• Artigos disponíveis em repositórios como: Modelo do R.T.I.
• Referências na área: Alexandra Cerqueira César, Simone Capellini
e Daniela Borges, com cursos <https://fonoonline.com.br/curso/
aprenda-a-aplicar-o-rti-modelo-de-resposta-a-intervencao/>.

IT R.T.I

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ÉCNICA DE CLOZE
(MACHADO; CAPELLINI, 2016)

• Compreensão de textos: depende não só da leitura do que está impres-


so, mas também das hipóteses e formulações do próprio leitor, a partir
das conexões intertextuais que permitem uma leitura mais significativa.
• A deficiência em compreensão de leitura tem sido apontada como
um dos principais obstáculos para a efetivação do processo de en-
sino-aprendizagem.
• Dentre as causas estão a decodificação, pobreza de vocabulário,
leitura oral pobre, deficiência de integração das informações e
de memória, falta de estratégias de aprendizagem adequadas.
• Surge a Técnica de Cloze que tem sido amplamente pesquisa-
da, revelando-se eficiente não só para fins de diagnóstico, mas
também como procedimento de treino usado didaticamente em
diversas situações de aprendizagem.

QUE É TÉCNICA DE CLOZE?


(MACHADO; CAPELLINI, 2016)

• A técnica de Cloze foi considerada como um instrumento que


encoraja o leitor a exercer um papel mais ativo e consciente du-
rante o processo da leitura, tornando-o mais capaz de controlar
o próprio processo de compreensão.
• Consiste em eliminar palavras de um texto escrito, substituindo-as
por um espaço vazio sublinhado que será preenchido pelo leitor
com a palavra que ele julgar mais adequada. As tarefas são organi-
zadas e os textos escolhidos a partir do interesse, das características
linguísticas e das necessidades educacionais específicas dos alunos.
• O procedimento deve levar em consideração o ano escolar, nível
de complexidade do texto e extensão em número de palavras
(250 a 300pl). Inicialmente os traços podem determinar a quan-
tidade de letras ou ter tamanho proporcional da palavra omitida.
Cada palavra correta é contabilizada.

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LASSIFICANDO
(MACHADO; CAPELLINI, 2016)

A compreensão pode ser classificada em três níveis:

Com percentual de compreensão de até 44% do total


Nível de
do texto, indicando que o leitor obteve pouco êxito na
frustração compreensão.

Com percentual de compreensão entre 44% a 57% do


Nível texto, mostrando que há compreensão suficiente, mas há
instrucional necessidade de auxílio adicional externo (do professor,
por exemplo).

Com percentual de compreensão superior a 57% de


Nível
acertos no texto, que equivalem a um nível de autonomia
independente do leitor.

XEMPLOS DE CLOZE

https://wordwall.net/pt-br/community/t%C3%A9cnica-de-cloze

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ATERIAIS DE CLOZE

OMEAÇÃO AUTOMÁTICA RÁPIDA

• A prova de RAN é considerada padrão ouro para avaliação da


habilidade de velocidade de acesso ao léxico.
• O sujeito deve realizar a nomeação de uma prancha com 5 es-
tímulos que se repetem em 10 linhas o mais rápido possível.
O desempenho é medido pelos segundos em que a nomeação é
realizada.
• Inicialmente era feito com cores (1972) e depois com letras,
números e objetos (1974).
• A velocidade de leitura está relacionada com a RAN tanto em
escolares com bom desempenho acadêmico quanto em esco-
lares com transtornos de aprendizagem e até mesmo atraso no
desenvolvimento cognitivo.

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Pranchas do teste de nomeação automática rápida (RAN)
(DENCKLA, 1974)

edidas
Os treinos são utilizados para eficácia da estimulação, mas temos
algumas medidas de referência:

Ano Escolar Dígitos Figuras


1º ano 45 a 60 segundos 45 a 60 segundos
2º ano 45 a 60 segundos 45 a 60 segundos
3º ano 44 segundos 43 segundos
4º ano 32 segundos 33 segundos
5º ano 35 segundos 37 segundos
Fonte: Protocolo Cognitivo- Linguístico (SILVA; CAPELLINI, 2019 e 2022)

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RONAR-LE

• O Programa de Remediação com a Nomeação Automática Rápi-


da e Leitura – ProNAR-LE é um instrumento de intervenção para
uso clínico e educacional composto por três cadernos, sendo um
manual de aplicação com a folha de respostas, um caderno de
pranchas para avaliação e um caderno de pranchas para a inter-
venção. O caderno de pranchas para a avaliação é composto por
4 pranchas, sendo: letras, dígitos, cores e objetos. O caderno de
pranchas para a intervenção é composto por 22 pranchas, in-
cluindo figuras, cores, palavras e pseudopalavras.
• Este instrumento de remediação foi elaborado para ser aplica-
do em escolares com dificuldades de aprendizagem, transtorno
específico de leitura (dislexia) e transtorno global da aprendiza-
gem, visando diminuir as alterações no nível da decodificação, da
precisão e da fluência da leitura da palavra destes escolares.

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REINO DE FLUÊNCIA DE LEITURA

Materiais:
• Textos diversos, impressos em 2 có-
pias (sugestão de material Coleção
Estrelinhas da Sônia Junqueira).
• Cronômetro.
• Gravador.
• Ficha para registro com título do
texto, data, total de palavras, tem-
po de execução total, PCPM e PIPM,
se houve prosódia e reconto.
• Pasta para envio.

Como fazer?
• Entregue o texto para o escolar e explique a atividade.
• Logo que o escolar iniciar a leitura, acione o cronômetro e o
gravador.
• Faça correções ao longo da leitura.
• Observe a entonação e prosódia.
• Pedir que reconte.
• Marque em sua folha quais palavras foram lidas incorretamente.
• Registre em sua folha o número de palavras corretas, incorretas
e tempo total.
• Envie o texto ou livro para casa e envolva a família na intervenção.
• Verifique como a leitura ocorreu em casa e reavalie para regis-
trar as mudanças.
• Troque o texto ou livro.
• Recompense.

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EMÓRIA LEXICAL ORTOGRÁFICA

Entendendo alguns conceitos:


• Léxico: é o acervo de palavras pertencentes a determinada língua.
• Semântica: é o estudo do significado das palavras.
• Há relação direta da memória visual com a memória lexical orto-
gráfica (bombardeio visual).
• O processo de desenvolvimento da leitura pode levar a uma ex-
pansão do léxico ortográfico através do gerativismo (exemplo:
derivações).
• 4º ano baixa frequência em erros de ortografia natural e 5º ano,
ortografia arbitrária.

Fonte: https://www.escolaweb.educacao.al.gov.br/odas/morfemas-47354

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TIVIDADES PARA CRIANÇAS PRÉ-SILÁBICAS
• Lê imagens ou palavras no livro?
• Orientação da leitura;
• Verificação da leitura por meio de rótulos;
• Estabilidade de palavras;
• Escrita do nome;
• Listas dentro e fora da sala de aula;
• Alfabeto móvel e/ou sílabas móveis;
• Grupos ascendentes e descendentes;
• Leitura com marcações e Técnica de Cloze;
• Bingo de letras;
• Classificar nomes em ordem alfabética;
• Contagem de letras e sílabas;
• Identificar letra e som inicial, medial e final;
• Completar com a letra ou sílaba que falta;
• Mural de nomes, fichas e crachás;
• Produzir textos orais com a ajuda do profes-
sor e de marcadores;
• Ler diferentes tipos de portadores de textos e gê-
neros textuais, sem facilitadores de vocabulário;
• Conhecimento das letras em diferentes
representações;
• Rimas e aliterações;
• Aberturas e fechamentos de vogais;
• Sugestão de vídeos: Como ler, sem saber
ler (Revista Nova Escola): Antecipação, se-
leção, decodificação, inferência e verifica-
ção (estratégias de leitura).

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EFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Os Neurônios da Leitura: Como a Ciência


Explica a Nossa Capacidade de Ler
DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da leitura - como a ciência expli-
ca a nossa capacidade de ler. Porto Alegre: Penso, 2011.

Alfaletrar: Toda criança pode aprender a ler


e a escrever
SOARES, Magda. Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a
escrever. São Paulo: Contexto, 2020.

Ler e Escrever na Escola: O Real, o Possível e


o Necessário
LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o ne-
cessário. Porto Alegre: Artmed, 2002

Psicogênese da Língua Escrita


FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita.
ed. com. Porto Alegre: Artmed, 1999

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Neurociência e Transtornos de Aprendizagem
RELVAS, Marta Pires. Neurociências e transtornos da
aprendizagem: as múltiplas eficiências para uma educação
inclusiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.

O que Todo Professor Precisa Saber Sobre


Neurologia
FERREIRA, Vicente José Assencio. O que todo o professor precisa
saber sobre neurologia. São José dos Campos: Pulso, 2004.

Dislexia E Outros Disturbios Da Leitura-Escrita


ZORZI, Jaime; CAPELLINI, Simone. Dislexia e outros distúrbios da
leitura-escrita: letras desafiando a aprendizagem. 2. ed. São José
dos Campos: Pulso, 2009.

VÍDEOS
https://www.youtube.com/watch?v=kg-r3oLS8ns&ab_channel=NOVAESCOLA

https://www.youtube.com/watch?v=qGqYVDCAfS8&t=20s&ab_channel=NOVAESCOLA

https://www.youtube.com/watch?v=jmTiLQRFcR0&ab_channel=NOVAESCOLA

https://www.youtube.com/watch?v=4s0p3x7pE_0&ab_channel=NOVAESCOLA

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Palavra não é privilégio de algumas pessoas,
mas o direito de todos.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

MUITO OBRIGADA!
Contato:

erikaclasilva@gmail.com

psicopedagogaerikasilva

psicopedagogaerikasilva

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