serve de entrada para vasos e • Órgãos situados no espaço nervos da região interna dos rins retroperitoneal sobre a parede e como saída da pelve renal – que posterior do abdome, localizados é uma dilatação do ureter – da um de cada lado da coluna cavidade renal, o seio renal, que é vertebral a altura de TXII e LIII. revestido pela gordura perirrenal. Sua margem lateral é convexa e • Relações anatômicas: sua margem medial é côncava. superiormente, os rins se • Envoltórios: os rins são envolvidos relacionam com as glândulas por três camadas: duas de gordura suprarrenais e com o diafragma. e uma fáscia. Partindo do interior, Inferiormente, a face posterior há a gordura perirrenal, que dos rins se relaciona medialmente circunda os rins e se estende até com o músculo psoas maior e sua cavidade central na parte lateralmente com o músculo medial dos rins – seios renais. Em quadrado do lombo. O rim direito seguida, encontra-se a fáscia está anterior ao fígado, ao colo renal - membranácea e ascendente e ao duodeno. O rim condensada -, que reveste não só esquerdo está posterior ao os órgãos de produção da urina, estômago, baço, pâncreas, jejuno como também as glândulas e colo descendente. A veia renal suprarrenais, os ureteres e os está anterior a artéria renal, a vasos daquela região. Por fim, qual está anterior a pelve renal. mais externamente existe o corpo • Vascularização: os rins são adiposo pararrenal (gordura irrigados pelas artérias renais, pararrenal), que pode ser melhor advindas da artéria aorta observada posteriormente aos abdominal. Essas artérias renais rins. se bifurcam em cinco segmentos • Músculos: os rins se relacionam através do ramo posterior da posteriormente com o músculo artéria renal e do ramo anterior quadrado do lombo diretamente e, da artéria renal. O ramo anterior sobreposto a ele, está o músculo origina a artéria segmentar profundo do dorso. Medialmente superior, que supre o segmento aos rins, encontra-se o músculo superior, a artéria segmentar psoas maior. Lateralmente, anterior superior irriga o encontram-se, em ordem do segmento anterossuperior, a interior para o exterior, músculo artéria segmentar anterior transverso do abdome, músculo inferior irriga o segmento oblíquo interno do abdome e anteroinferior do rim e a artéria músculo oblíquo externo do inferior supre o segmento inferior abdome. Esses três últimos são os renal. Posteriormente, saindo do músculos seccionados durante ramo posterior da artéria renal, cirurgias renais. origina-se a artéria segmentar • Estruturas internas: existe o hilo posterior, que supre o segmento renal, que é uma fenda profunda Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 2
posterior do rim. Essas artérias hidronefrose. A cólica nefrética
segmentares se dividem em manifesta-se na região lombar. artérias interlobares, que se Ureteres: seguem como artérias arqueada e, em seguida, como artérias • São ductos musculares com interlobulares, irrigando a porção lúmen estreito que conduzem a interna dos rins e chegando até o urina dos rins até a bexiga. glomérulo renal. • Constrições fisiológicas: 1. junção • Drenagem venosa: a drenagem pielo-ureteral - junção do ureter venosa dos rins inicia-se nas veias com a pelve renal, 2. cruzamento estelares, na região do córtex e dos vasos ilíacos - porção que nas veias interlobulares, na região cruza os vasos ilíacos em sua medular. As veias estelares bifurcação e 3. porção intra-mural desembocam nas veias – passagem através da bexiga interlobulares e seguem até as urinária. Nessas regiões é comum veias arqueadas, que chegam as ocorrer a obstrução por cálculos veias interlobares. Nessa porção, renais. as veias saem do rim como veias • Vascularização: a porção segmentares (superior, anterior abdominal chega medialmente por superior, anterior inferior, inferior meio das artérias renais e e posterior) e desembocam nas gonadais – testiculares nos veias renais. As veias renais homens e ováricas nas mulheres. drenam para a veia cava inferior. A porção pélvica chega • Drenagem linfática: fazem o lateralmente por meio das mesmo caminho da artérias ilíacas comuns. vascularização arterial, porém • Drenagem venosa: a drenagem da reversamente, chegando aos porção abdominal é feita pelas troncos linfáticos lombares, que veias renais e pelas veias gonadais passam pelos linfonodos – testiculares nos homens e lombares. ováricas nas mulheres. A porção • Inervação: a inervação simpática pélvica é drenada pelas veias dos rins é feita pelo plexo celíaco, ilíacas comuns. plexo renal e plexo mesentérico • Drenagem linfática: feita para os superior. Os nervos dessa divisão linfonodos ilíacos internos e que inervam os rins são: externos e, em seguida, para os esplâncnico lombar, esplâncnico linfonodos lombares. superior, esplâncnico inferior e • Inervação: ocorre pelo sistema esplâncnico mínimo. Já a nervoso autônomo. As fibras inervação parassimpática dos rins aferentes são fibras sensitivas é feita pelo plexo renal e pelo dolorosa. Já as fibras eferentes nervo vago. são divididas em fibras simpáticas • Cólica nefrética: as terminações e parassimpáticas. As fibras nervosas dos rins estão simpáticas são levadas através do localizadas na cápsula renal, o que plexo renal, do plexo aórtico e do leva à dor apenas em distensão plexo hipogástrico inferior, aguda e quando os cálculos enquanto as fibras encontram-se obstruindo os parassimpáticas são levadas pelo cálices, gerando um quadro de plexo hipogástrico inferior e pelos nervos esplâncnicos pélvicos. Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 3
• Cólica ureteral: quando os colo uterino e apoiada sobre a
cálculos renais saem dos rins e parede anterior do útero. atravessam a pelve renal até os • Superfícies vesicais: são quatro as ureteres, pode ocorrer a obstrução superfícies do órgão quando se do lúmen do ureter. Isso causa encontra vazio - ápice, colo, corpo uma dor forte intermitente e fundo da bexiga. (relacionada ao movimento do • Músculos: os músculos que cálculo). Essa dor é referida devido compõem a bexiga são o músculo às fibras sensitivas do ureter que detrusor e o músculo esfíncter chegam aos gânglios espinais. interno da uretra Pode se localizar na região lombar • Estruturas: existe a prega e pode atingir os órgãos genitais interuretérica, que é formada por (testículos e lábios maiores do uma protrusão do músculo pudendo) e a parte anterior da detrusor no colo da bexiga; os coxa por projeção do nervo óstios uretéricos, que são as genitofemoral porção femoral. aberturas em que os ureteres desembocam na bexiga e o óstio Bexiga: interno da uretra, que é a • Órgão oco de paredes musculares abertura para passagem da urina que age como reservatório para a uretra. Os óstios ureterais temporário de urina. Localizados juntamente ao óstio interno da acima dos ossos púbicos com seu uretra formam o trígono vesical, ápice na margem superior à que possui superfície lisa e não é sínfise púbica e inferior ao destensível, refletindo sua origem peritôneo. Quando vazia se embriológica nos ductos localiza na pelve menor e quando mesonéfricos embriológicos, cheia pode chegar até a margem diferentemente do restante da do umbigo. bexiga que se origina da cloaca. • Ligamentos: fixam firmemente o Há também a úvula da bexiga, que colo da bexiga. São os ligamentos é uma pequena elevação do vesicais laterais e o arco tendíneo trígono vesical e costuma ser da fáscia da pelve que fazem essa mais proeminente em homens fixação. Auxiliando nessa fixação após os 50 anos, devido ao existem os ligamentos aumento prostático. puboprostáticos (pubovesicais, • Vascularização: a vascularização nas mulheres) laterais e mediais. da bexiga é feita pelas artérias • Relações anatômicas: a face vesicais inferior e superior, superior se relaciona com o derivadas da artéria ilíaca interna. peritôneo, o colo sigmoide, o A artéria vesical superior irriga o intestino delgado e com o colo do ápice, a artéria vesical inferior útero, nas mulheres. A base da (substituída pela artéria vaginal, bexiga possui relações diferentes nas mulheres) irriga o colo e o entre homem e mulher. Nos fundo da bexiga. As artérias homens, está relacionada à obturatória e glútea inferior ampola do ducto deferente, às também enviam ramos para a vesículas seminais, ao reto e bexiga. apoiada sobre a próstata. Nas • Drenagem venosa: a drenagem é mulheres, está relacionada ao feita através do plexo venoso vesical, que está interligado ao Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 4
plexo venoso prostático, nos uretra é inibido por essas fibras,
homens, e ao plexo venoso relaxando. Esse mecanismo uterovaginal, nas mulheres. Esses possibilita a passagem da urina da plexos drenam para as veias bexiga para a uretra para ser vesicais inferiores e, em seguida, expelida. O músculo esfíncter para as veias ilíacas internas e externo da uretra é inervado pela pode drenar para as veias sacrais, divisão somática e, por isso, é que desembocam nos plexos voluntário. Dessa forma, ao longo venosos vertebrais internos. dos primeiros meses de vida, • Drenagem linfática: a drenagem aprendemos a controlá-lo e, da bexiga é feita por regiões. A consequentemente, controlar o face superior e inferolateral drena reflexo de micção até para os linfonodos ilíacos determinado ponto. externos, a base drena para os • Ejaculação: a ejaculação é um linfonodos ilíacos internos, mas processo estimulado pelo sistema principalmente para os externos e nervoso simpático, que inibe o o colo drena para os linfonodos músculo detrusor e estimula a sacrais e íliacos comuns. contração do esfíncter interno da • Inervação: a inervação da bexiga é uretra, o que impede o refluxo de feita pelo sistema nervoso sêmen para dentro da bexiga. autônomo e é dividido em parte Uretra: simpática e parassimpática em relação às fibras eferentes e • É um tubo muscular que conduz a possui fibras aferentes sensitivas urina entre os dois óstios da também. A divisão simpática é uretra para ser expelida do corpo. originada nos nervos espinhais Possui diferenças anatômicas torácicos inferiores e lombares entre homens e mulheres. Nos superiores, seguem até os plexos e homens, a uretra possui maior nervos hipogástricos, que chegam comprimento e é dividida em ao plexo nervoso vesical. Já as quatro porções: intramural, fibras da divisão parassimpática prostática, membranácea e são originadas nos nervos esponjosa. Nas mulheres, a uretra espinhais sacrais, seguem pelos é dividida em intramural e nervos esplâncnicos pélvicos e pelo membranácea apenas, pois tem plexo hipogástrico inferior, menor comprimento. desembocando suas fibras na • Músculos: nos homens, o músculo bexiga. As fibras aferentes esfíncter interno da uretra se seguem o caminho oposto às localiza na porção intramural e fibras simpáticas. As fibras recebe fibras da porção muscular sensitivas seguem o caminho da próstata e o esfíncter externo retrógrado das fibras da uretra se localiza na porção parassimpáticas na porção membranácea. Nas mulheres, as pélvica, mas na região superior fibras musculares não se seguem o caminho retrógrado às organizam formando o esfíncter fibras simpáticas. interno da uretra, estando • Reflexo da micção: o músculo ausente esse músculo. Já o detrusor é estimulado pela divisão esfíncter externo da uretra está parassimpática, contraindo-se, localizado na região do períneo enquanto o esfíncter interno da feminino. Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 5
Mulher: por sua vez possui fibras
simpáticas e parassimpáticas. Já • Vascularização: recebe a parte distal possui inervação suprimento arterial da artéria simpática, parassimpática e pudenda interna e artéria vaginal. somática. A divisão simpática é • Drenagem venosa: drenada por feita pelo plexo hipogástrico meio da veia pudenda interna e inferior e nervos esplâncnicos veia vaginal. lombares. A divisão • Drenagem linfática: drena para os parassimpática é feita pelos linfonodos ilíacos internos e nervos esplâncnicos pélvicos. Por linfonodos sacrais. fim, a inervação somática ocorre • Inervação: a uretra feminina é por meio do nervo dorsal do pênis. inervada pelo plexo vesical, que possui fibras simpáticas e Glândula Suprarrenal (Adrenal): parassimpáticas, e pelo nervo • Localizadas superomedialmente pudendo em sua porção terminal, aos rins e inferiores ao diafragma. que possui fibras aferentes A principal fixação é nos pilares do somáticas. diafragma. Seus formatos são • Infecção urinária em mulheres: é distintos entre si, sendo a mais recorrente devido à glândula suprarrenal direita em proximidade do óstio da uretra formato piramidal e a glândula com o ânus, ao menor suprarrenal esquerda em formato comprimento da uretra feminina e de lua crescente. à proximidade do óstio da vagina • Relações anatômicas: a glândula com o óstio externo da uretra. suprarrenal direita está Homem: relacionada ao pilar direito do diafragma, ao fígado e à veia cava • Vascularização: a parte proximal inferior. Já a glândula suprarrenal (intramural e prostática) é esquerda se relaciona com o pilar vascularizada pelas artérias esquerdo do diafragma, o baço, o vesicais inferiores e retais médias, estômago e o pâncreas. enquanto a parte distal • Divisão: dividida em medula (membranácea e esponjosa) é adrenal e córtex adrenal, sendo feita pelos ramos da artéria dorsal que cada uma dessas partes do pênis. secreta hormônios diferentes. A • Drenagem venosa: a parte medula adrenal secreta proximal é drenada pelo plexo catecolaminas (epinefrina e venoso prostático e a parte distal norepinefrina), enquanto o córtex é drenada pela veia dorsal secreta hormônios de acordo com profunda do pênis. a zona indicada – zona • Drenagem linfática: a parte glomerulosa secreta aldosterona, proximal drena para os linfonodos a zona fasciculada secreta ilíacos internos, enquanto a parte glicocorticoides, como o cortisol, distal drena para os linfonodos e a zona reticulada secreta DHEA, ilíacos externos. DHEAS e androstenediona. • Inervação: a parte proximal é • Vascularização: a glândula inervada pelo plexo nervoso suprarrenal é extremamente prostático, que recebe suas fibras vascularizada, devido à sua do plexo hipogástrico inferior, que função hormonal. As artérias Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 6
responsáveis por essa irrigação nos corpos cavernosos e no corpo
são a artéria suprarrenal superior esponjoso. (derivada das artérias frênicas • Músculos: isquiocavernoso e inferiores), a artéria suprarrenal bulboesponjoso – possuem função média (derivada diretamente da fixadora do pênis no espaço artéria aorta abdominal ao nível superficial do períneo. da artéria mesentérica superior) e • Vascularização: a artéria pudenda a artéria suprarrenal inferior interna origina três ramos, (derivada das artérias renais). chamados de artéria dorsal do • Drenagem venosa: as veias pênis, que segue juntamente com suprarrenais direitas (superior, a veia dorsal profunda do pênis e média e inferior) se unem para irriga as partes superficiais do drenar diretamente para a veia pênis, do corpo esponjoso e da cava inferior. Já as veias uretra, e dos corpos cavernosos. suprarrenais esquerdas (superior, Há também as artérias profundas média e inferior) se unem com a do pênis, que irrigam a porção veia frênica inferior para drenar, mais interna dos corpos primeiramente, para a veia renal cavernosos e a artéria do bulbo do esquerda e, em seguida, para a pênis, responsável por irrigar as veia cava inferior. glândulas bulbouretrais e o bulbo • Drenagem linfática: existem vasos do pênis. linfáticos que saem da porção • Drenagem venosa: a drenagem medular e vasos que saem da venosa do pênis ocorre por meio região cortical, porém todos das veias dorsais profundas e drenam para os linfonodos superficiais do pênis. A veia dorsal lombares. profunda e superficial drenam • Inervação: é derivada do plexo para a veia pudenda externa celíaco e dos nervos esplâncnicos superficial, enquanto as veias abdominopélvicos (maior, menor e cavernosa e bulbar drenam para a imo). As fibras simpáticas pré- veia pudenda interna. ganglionares derivam de TX e LI e • Drenagem linfática: linfonodos chegam aos gânglios pós- inguinais profundos e ilíacos ganglionares das células externos fazem a drenagem cromafins (neurônios pós- linfática do pênis. ganglionares modificados) e • Inervação: a inervação dos corpos estimulam a secreção de cavernosos ocorre pelos nervos epinefrina e norepinefrina. cavernosos, da divisão parassimpática, responsável por Pênis: inervar as artérias helicinas e • Órgão do sistema genital externo promoverem o aporte de sangue masculino, dividido em corpo e para a região. Já a inervação do raiz. A raiz do pênis é dividida em corpo esponjoso e da pele que bulbo, que dá origem ao corpo reveste o pênis é feita pelo nervo esponjoso, e em ramos, que dão dorsal do pênis, da divisão origem aos corpos cavernosos do somática e simpática. pênis. O corpo do pênis consiste
Próstata e outras glândulas do sistema reprodutor masculino:
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• As vísceras pélvicas masculinas Glândulas Seminais: estruturas
são compostas por próstata, alongadas, situadas entre o fundo da glândula seminal, ductos bexiga e o reto e em posição oblíqua deferentes, ductos ejaculatórios e superior à próstata. glândulas bulbouretrais. • Vascularização: ramos das Ductos Deferentes: consiste na artérias vesicais inferiores e continuação do ducto do epidídimo nos retais médias. testículos, ascende para a pelve pelo • Drenagem venosa: ramos das canal inguinal até se unir ao ducto da veias vesicais inferiores e retais glândula seminal e formar o ducto médias. ejaculatório. • Secreção: secreta um líquido alcalino rico em frutose, o qual • Vascularização: é irrigado pela oferece energia aos artéria do ducto deferente, espermatozóides. derivada da artéria vesical inferior. Próstata: a próstata é uma estrutura • Drenagem venosa: é feita pela que circunda a uretra prostática, com veia testicular e pelo plexo sua base ligada ao colo da bexiga, vesical. enquanto seu ápice se relaciona ao • Secreção:carrega os músculo esfíncter externo da uretra e espermatozóides dos testículos ao transverso profundo do períneo. até o ducto ejaculatório. • Divisão: é dividida Ductos Ejaculatórios: esses ductos são anatomicamente em lobos. A formados a partir da fusão do ducto porção medial anterior é chamada deferente com o ducto da glândula de istmo da próstata e os lobos seminal. Os ductos ejaculatórios direito e esquerdo possuem uma atravessam a porção posterior da subdivisão: lóbulo inferoposterior, próstata e desembocam nos utrículos lóbulo superomedial, lóbulo prostáticos. anteromedial e lóbulo inferolateral. • Vascularização: ocorre por meio • Fixação e sustentação: é de ramos da artéria do ducto sustentado pelo músculo deferente. esfincter externo da uretra e pelo • Drenagem venosa: feita pelas músculo transverso profundo do veias que unem os plexos períneo e fixada através do arco prostático e vesical. tendíneo da fáscia da pelve e pelos Glândulas Bulbouretrais: glândulas ligamentos laterais vesicais e pequenas de secreção mucosa, retrovesical. localizadas posterolateralemnte na • Vascularização: as artérias uretra membranácea, inseridas no prostáticas surgem a partir de músculo esfíncter externo da uretra. ramificações das artérias pudenda interna, vesicais inferiores e • Vascularização: feita pela artéria retais médias, as quais advêm da do bulbo do pênis, que é um ramo artéria ilíaca interna. terminal da artéria perineal. • Drenagem venosa: o plexo venoso • Secreção: possui função de prostático realiza parte de sua lubrificação da uretra e drenagem para o plexo venoso esterilização dela para a passagem dos espermatozóides. Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 8
vesical e outra parte para o plexo sacrais que chegam até os
venoso vertebral interno linfonodos lombares intermédios, • Secreção: é responsável pela podendo levar células produção de cerca de 20% do cancerígenas para a região sêmen, secretando uma lombossacral. substância levemente alcalina Inervação das vísceras masculinas: (7,3) que ativa os espermatozóides todas as vísceras masculinas são e inibe a acidez do trato vaginal, ricamente irrigadas pela divisão o que garante a sobrevivência dos simpática do sistema nervoso gametas por mais tempo e sua autônomo, sendo que suas fibras mobilidade. chegam através dos nervos esplâncnicos • Câncer: normalmente ocorre lombares e plexos hipogástricos e metástase desse câncer de acordo pélvicos. Essas estruturas também com a drenagem linfática dessa possuem inervação parassimpática, estrutura, uma vez que parte da feita pelos nervos esplâncnicos pélvicos, linfa é drenada para os linfonodos que chegam aos plexos hipogástrico e ilíacos internos, mas outras parte pélvico inferiores. é drenada para os linfonodos Genital Interno Feminino
Estruturas anatômicas: dessa depressão e encontra-
se muito próximo a essa Ovário: artéria na margem pélvica. • Localização anatômica: • Ligamentos ovarianos: o Lateralmente entre o útero o Ligamento útero-ovárico - e a parede lateral da fixação no ângulo lateral do cavidade pélvica; útero (remanescente do o Aderidos inferiormente ao gubernáculo ovariano); útero pelo Ligamento o Ligamento suspensor do Útero-ovárico; ovário - fixação o Encontra-se na fossa superolateral (abriga a veia, ovárica: depressão da artéria e vasos linfáticos do cavidade pélvica que abriga ovário). os ovários. A fossa ovárica é • Vascularização: limitada anteriormente pela artéria umbilical obliterada o Irrigação: e posteriormente pelo ▪ Artéria ovárica direita ureter e artéria ilíaca e esquerda; interna. ▪ Ramo ovárico da o Ooforectomia: cirurgia de artéria uterina. laqueadura que deve ser realizada com cautela, pois, o Drenagem venosa: ao clampear a artéria ▪ Plexo venoso ovárica na fossa ovárica, pampiniforme – drena existe a possibilidade de para a veia ovárica. lesionar o ureter, que demarca o limite posterior o Drenagem linfática: Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 9
▪ Linfonodos aórtico- ▪ Ramo tubário da
lombares. artéria ovárica;
• Inervação: ▪ Ramo tubário da
artéria uterina. o Simpático: plexo ovárico ligado aos plexos o Drenagem venosa: hipogástrico e aórtico; ▪ Veias tubárias - o Parassimpático: plexo drenam para o plexo hipogástrico inferior; uterovaginal – drena para as veias ováricas o Fibras aferentes de dor (veia ovárica esquerda (retrogradamente às fibras – desemboca na veia simpáticas); renal esquerda e veia o Fibras aferentes reflexas ovárica direita – (retrogradamente às fibras desemboca na veia parassimpáticas). cava inferior). Drena parte para a veia Tuba uterina: uterina. • Divisões: o Drenagem linfática: o Infundíbulo: extremidade ▪ Linfonodos lombares distal da tuba que se abre na cavidade peritoneal através o Inervação: do óstio abdominal da tuba ▪ Fibras aferentes de uterina. Possui fímbrias; dor: ascendem o Ampola: parte mais larga e retrogradamente às alongada da tuba, onde fibras simpáticas do geralmente ocorre a plexo ovárico e aos fertilização; nervos esplâncnicos lombares o Istmo: parte da tuba com parede espessa que chega ao ▪ Fibras aferentes corno uterino; reflexas: ascendem retrogradamente às o Parte intramural: região que fibras atravessa a parede uterina e parassimpáticas do abre-se na cavidade uterina plexo hipogástrico através do óstio uterino da inferior, aos nervos tuba uterina. esplâncnicos pélvicos • Fímbrias: projeções digitiformes e ao plexo uterino; do infundíbulo, as quais são ▪ Simpática: plexo responsáveis por capturar o celíaco; ovócito quando ocorre a ovulação para transportá-lo para dentro da ▪ Parassimpática: tuba uterina. plexos hipogástricos - segue pelos nervos • Vascularização: esplâncnicos pélvicos. o Irrigação: Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 10
▪ Dor de meio de ciclo decorrente do trabalho de
(Mittelshmerz): pode parto ser causada por • Posições do útero: normal – liberação do conteúdo antevertido e antefletido. folicular na cavidade peritoneal ou por o Anteversão: inclinação cãibras musculares no anterior do útero como um útero e tuba uterina, todo em relação à vagina; devido ao estímulo o Anteflexão: flexão anterior nervoso para do corpo do útero em movimentar o relação ao colo; ovócito. o Retroversão: inclinação Útero: posterior do útero como um • Definição: órgão muscular oco, todo com o colo voltado piriforme com as paredes para o fórnice anterior; espessas, onde o embrião/feto se o Retroflexão: flexão desenvolve durante a gravidez. A posterior do corpo do útero camada muscular se adapta ao em relação ao colo. crescimento fetal e garante a força para expulsão durante o • Divisão do útero: parto. Sua localização é a pelve o Fundo; menor (quando não-gravídico). o Corpo; o Cavidade do útero: semelhante a uma fenda, o Istmo; com cerca de 6 cm de comprimento a partir do o Colo: óstio uterino até o fundo; ▪ Porção supravaginal o Canal do colo do útero: do colo; continuação inferior da ▪ Porção vaginal do cavidade uterina; colo. o Óstio (histológico) interno • Relações anatômicas: do útero: estreitamento no interior do istmo do útero o Anteriormente - escavação permitindo a comunicação vesicouterina, face superior do canal fusiforme com a da bexiga urinária e luz da vagina; peritônio;
o Óstio externo do útero: o Posteriormente - escavação
apresenta morfologia retouterina, alças do distinta de acordo com a intestino delgado e face paridade da mulher, tendo anterior do reto; formato puntiforme em o Lateralmente – ligamento mulheres nulíparas e largo peritoneal e formato circular, ovulado ligamentos transversos do ou em fenda transversa em colo. mulheres multíparas de acordo com a ruptura • Ligamentos: Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 11
o Sustentação: ▪ Ligamento útero-
ovárico: também ▪ Ligamento chamado de próprio uterossacral: segue do útero, fixa o ovário superiormente e no ângulo lateral do posteroinferiormente útero das laterais do colo uterino até o meio do • Vascularização: sacro, podendo ser o Irrigação: artéria uterina palpado em exame retal, além de auxiliar ▪ 1/3 superior do útero - durante o parto; anastomoses com artéria ovárica; ▪ Ligamentos transversos/cardinais ▪ 1/3 médio do útero - do colo: vão da porção ramos uterinos vaginal do colo apenas; uterino e das porções ▪ 1/3 inferior do útero - laterais do fórnice até ramos vaginais as paredes laterais da superiores. pelve; ▪ Durante a cirurgia ▪ Ligamento vésico- ginecológica, deve-se uterino: liga o útero a atentar para a parte anterior da localização da artéria parede abdominal; uterina, pois abaixo ▪ Ligamento reto- dela passa o ureter, uterino: liga a parte que pode ser lesionado posterior do útero à durante o região retal. procedimento cirúrgico e o o Fixação: clampeamento dessa ▪ Ligamento largo do artéria. útero: dividido em o Drenagem venosa: mesossalpinge, mesovário e ▪ Plexo uterino – drena mesométrio. É para a veia uterina constituído por uma que que até a veia lâmina dupla de ilíaca interna. peritônio que se o Drenagem linfática: estende das paredes laterais do útero até ▪ Linfonodos lombares; as paredes e assoalho ▪ Linfonodos da pelve; hipogástricos; ▪ Ligamento redondo do ▪ Linfonodos inguinais. útero: fixa-se anteroinferiormente à • Inervação: junção uterotubária; o Plexo uterovaginal – derivado do plexo Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 12
hipogástrico inferior (possui fórnices laterais e o fórnice
fibras simpáticas, posterior. Este último possui parassimpáticas e fundamental importância para a viscerais). reprodução humana, pois, ao ser mais profundo, pode reter o o Simpática - origina-se nos conteúdo seminal após o coito. segmentos torácicos inferiores da medula • Colunas vaginais: divisão espinhal até os nervos longitudinal da vagina. Na coluna esplâncnicos pélvicos, anterior, existe a carina uretral atravessando os plexos (impressão da uretra sobre a intermesentérico- parede da vagina). hipogástrico-pélvicos até o • Cristas vaginais: saliências plexo uterovaginal. transversais que garantem o Parassimpática - originada elasticidade à vagina; dos segmentos de S2-S4, • Relações anatômicas: atravessando os nervos esplâncnicos pélvicos até o o Anteriormente: fundo da plexo hipogástrico inferior- bexiga e uretra; uterovaginal. o Lateralmente: músculo o Fibras aferentes viscerais levantador do ânus, fáscia (principalmente de dor) - vesical da pelve e ureteres; acima da linha de dor o Posteriormente: canal anal, pélvica (fundo e corpo do reto e escavação útero) seguem retouterina; retrogradamente às fibras simpáticas. Abaixo da linha o Superiormente: colo de dor pélvica (colo do uterino. útero), as fibras seguem retrogradamente às fibras • Camadas: parassimpáticas; o Perimétrio: camada serosa o O caminho das fibras que reveste exteriormente o sensitivas de dor é útero; importante para oferecer o Miométrio: camada mais anestesias adequadas espessa do útero formada durante o parto. por tecido muscular liso; Vagina: o Endométrio: camada • Definição: tubo interna do útero dividida em musculomembranáceo duas partes (camada basal e distensível, medindo de 7 a 9 cm camada funcional, a qual de comprimento que se estende do descama em um intervalo meio do colo do útero até o óstio de 28/30 dias, promovendo a da vagina e serve para a cópula. mesntruação).
• Fórnices: compreende os recessos • Vascularização:
da vagina ao redor do colo do o Irrigação: útero. Há o fórnice anterior, os Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 13
▪ Ramos vaginais da hipogástrico inferior (possui
artéria uterina – fibras simpáticas, suprimento sanguíneo parassimpáticas e para o 1/3 superior da viscerais). vagina; o Simpática - origina-se nos ▪ Artéria vaginal – segmentos torácicos irriga os 2/3 inferiores inferiores da medula da vagina. espinhal até os nervos esplâncnicos pélvicos, o Drenagem venosa: atravessando os plexos ▪ Veia uterina – os intermesentérico- capilares chegam ao hipogástrico-pélvicos até o plexo venoso uterino, plexo uterovaginal. o qual desemboca no o Parassimpática - originada plexo uterovaginal, dos segmentos de S2-S4, drenando para a veia atravessando os nervos uterina e, em seguida, esplâncnicos pélvicos até o para a veia ilíaca plexo hipogástrico inferior- interna. O plexo uterovaginal. uterovaginal também drena para os plexos o Fibras aferentes viscerais retal e vesical. (principalmente de dor) - Abaixo da linha de dor o Drenagem linfática: pélvica (vagina), as fibras ▪ Linfonodos pélvicos; seguem retrogradamente às fibras parassimpáticas; ▪ Linfonodos inguinais; o O caminho das fibras ▪ Linfonodos anorretais. sensitivas de dor é • Inervação: importante para oferecer anestesias adequadas o Plexo uterovaginal – durante o parto. derivado do plexo Genital Externo Feminino
• Essa área aumenta na puberdade
e é recoberta por pelos pubianos. Estruturas anatômicas: Lábios maiores do pudendo: Vulva: • Pregas cutâneas que promovem a • Termo clínico para designar o proteção indireta do clitóris, da pudendo feminino, onde se vagina e do óstio externo da localizam as estruturas genitais uretra. Mediamente a eles, está a femininas externas. Essa região é rima do pudendo (fenda que abriga formada por todos os os lábios menores). componentes citados abaixo; Lábios menores do pudendo: Monte púbis: • Pregas arredondadas de pele sem • Eminência adiposa arredonda pelos e sem tecido adiposo, sobre a região da sínfise púbica; localizados dentro da rima do Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 14
pudendo. Anteriormente, unem-se posterolateralmente ao óstio da
formando o prepúcio do clitóris, vagina e inferiormente à além de possuírem inúmeras membrana do períneo, são glândulas sebáceas e terminações arredondadas/ovais e secretam nervosas sensitivas. muco durante a excitação sexual. São homólogas às glândulas Clitóris: bulbouretrais do homem e • Órgão erétil feminino, formado também podem ser denominadas por dois ramos (raízes) e um corpo glândulas de Bartholin. cilíndrico. • Menores: glândulas pequenas em • É o órgão de estimulação sexual cada lado do vestíbulo, cujos feminino, possuindo muitas ductos se abrem entre os óstios terminações nervosas sensitivas. vaginal e uretral externo e secretam muco para umedecer a • Dividido anatomicamente em dois região. São consideradas como corpos cavernosos e uma glande, vestígio embriológico da próstata, que é recoberta pelo prepúcio. involuída na mulher. São • Prepúcio do clitóris: consiste na chamadas também de glândulas união das duas lâminas laterais parauretrais ou de Skene. dos lábios menores do pudendo, Rima do pudendo: sobrepondo-se à glande do clitóris; • Depressão central que formam uma fenda quando as pernas • Frênulo do clitóris: prega formada estão aduzidas, onde se localizam pelas lâminas mediais dos lábios o vestíbulo da vagina e os lábios menores do pudendo. menores do pudendo. Vestíbulo da vagina: Comissura anterior dos lábios maiores: • Espaço circundado pelos lábios • União das pregas anteriormente. menores, onde se abrem os óstios uretral e vaginal e os ductos das Comissura posterior dos lábios maiores: glândulas maiores (de Bartholin) e • União das pregas posteriormente. menores (de Skene); Hímen: Bulbos do vestíbulo: • Prega anular fina de mucosa que • São estruturas homólogas ao causa oclusão parcial (e algumas bulbo do pênis, sendo duas massas vezes total) do óstio vaginal. de tecido erétil alongados que Existem cinco tipos de hímen: permitem maior contato entre a vagina e o pênis durante a relação o Anular; sexual, acima dos lábios maiores o Septado; do pudendo e imediatamente o Cribriforme; abaixo da membrana do períneo. o Complacente; São revestidos pelo músculo o Imperfurado. bulboesponjoso inferiormente; Canal do pudendo/canal de Alcock:
Glândulas vestibulares: • Passagem formada pelo ligamento
sacroespinhoso, por onde passam • Maiores: localizadas na região superficial do períneo Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 15
a artéria pudenda, a veia pudenda femoral, que desemboca na veia
e o nervo pudenda ilíaca externa.
Vascularização: o Veia pudenda interna: veias
labiais posteriores, veia do • Irrigação: bulbo do vestíbulo, veia o Artéria pudenda interna – dorsal do clitóris e veia irriga a maior parte da pele profunda do clitóris; da vulva, órgãos genitais o Veia pudenda externa: veias externos e músculos do labiais anteriores. períneo. Suas ramificações são: Drenagem linfática:
posteriores; pele do períneo, óstio da vagina e ▪ Artéria do bulbo do vestíbulo; vestíbulo; • Linfonodos inguinais profundos: ▪ Artéria dorsal do clitóris, bulbo do vestíbulo e clitóris; porção anterior dos lábios do ▪ Artéria profunda do pudendo; clitóris. • Linfonodos ilíacos internos e o Artéria pudenda externa - sacrais: uretra feminina. responsável por irrigar os Inervação: lábios do pudendo • Face anterior do pudendo: plexo anteriormente. Suas lombar ramificações são: o Nervo ilioinguinal: ▪ Artérias labiais ▪ Nervos labiais anteriores; anteriores ▪ Ramos inguinais da o Ramo genital do nervo artéria pudenda genitofemoral; externa. • Face posterior do pudendo: plexo Drenagem venosa: sacral o Ramo perineal do nervo • Todos os ramos desembocam nas cutâneo femoral posterior; veias pudendas interna ou externa o Nervo pudendo de acordo com a drenagem ▪ Nervos labiais descrita a seguir. A veia pudenda posteriores; interna desemboca na veia ilíaca ▪ Nervo dorsal do interna, enquanto a veia pudenda clitóris; externa desemboca na veia ▪ Nervos cavernosos. Sistema Digestório • Parótidas: a maior das três Glândulas salivares: glândulas principais, revestida • Saliva: líquido viscoso incolor, pela fáscia parotídea, de formato insípido e inodoro, secretado pelas irregular. Seu tecido adiposo glândulas salivares e mucosas da permite flexibilidade para o cavidade oral. movimento mandibular Estruturas anatômicas: o Localização: localizada no leito parotídeo, formado Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 16
anteroinferiormente ao ▪ Sensibilidade geral:
meato acústico externo, nervo entre o ramo da mandíbula auriculotemporal e o processo mastóide. Seu (ramo do nervo ápice localiza-se oculomotor) – inerva posteriormente ao ângulo a fáscia parotídea e a da mandíbula e sua base pele sobrejacente; relaciona-se com o arco ▪ Sensibilidade geral: zigomático. nervo auricular o Ducto parotídeo: segue magno (ramo do plexo horizontalmente a partir da cervical formado a margem anterior da partir de C2 e C3) – parótida até a margem inerva a fáscia anterior do músculo parotídea e a pele masseter, onde volta-se sobrejacente. medialmente, perfurando o ▪ Parassimpática: nervo músculo bucinador e glossofaríngeo; abrindo-se a frente do 2º ▪ Simpática: plexo molar superior. timpânico. o Relações estruturais: • Submandibulares: ladeada pelos músculos da o Localização: situam-se ao mastigação anteriormente longo do corpo da e o músculo mandíbula esternocleidomastóideo o Ducto submandibular: com o processo mastóide emerge entre os músculos posteriormente. A artéria milo-hióideo e hioglosso na carótida externa, a veia margem lateral e segue até retromandibular e o nervo a região medial, onde se facial passam através da abre na carúncula lingual glândula, porém o nervo através de três óstios facial não possui nenhuma lateralmente à base do relação de inervação com a frênulo da língua parótida. o Irrigação: o Irrigação: ▪ Artérias mentuais - ▪ Artéria carótida ramificação da artéria externa; facial; ▪ Artéria auricular o Drenagem venosa: posterior; ▪ Veias mentuais, que ▪ Artéria transversa da drenam para veia face. facial e, em seguida, o Drenagem venosa: para veia jugular ▪ Veia retromandibular, interna; que drena para veia o Drenagem linfática: jugular interna. ▪ Linfonodos o Drenagem linfática: submandibulares – linfonodos parotídeos - drenam para drenam para os linfonodos linfonodos cervicais jugulares profundos profundos o Inervação: (principalmente Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 17
linfonodo júgulo- o Inervação:
omo-hióideo). ▪ Parassimpática (fibras o Inervação: secretomotoras) - ▪ Parassimpática (fibras pré-ganglionares secretomotoras) - conduzidas pelo nervo pré-ganglionares facial, nervo corda do conduzidas pelo nervo tímpano e nervo facial, nervo corda do lingual. Pós- tímpano e nervo ganglionares seguem lingual. Pós- do gânglio ganglionares seguem submandibular junto do gânglio às fibras simpáticas submandibular junto vasoconstritoras; às fibras simpáticas ▪ Simpática (fibras vasoconstritoras; vasoconstritoras ▪ Simpática (fibras inibitórias de vasoconstritoras secreção) - pós- inibitórias de ganglionares a partir secreção) - pós- do gânglio cervical ganglionares a partir superior. do gânglio cervical • Glândulas salivares acessórias: superior. pequenas glândulas dispersas pelo • Sublinguais: são as menores e palato, lábios, bochechas, tonsilas mais profundas glândulas e língua. salivares. Esôfago o Localização: assoalho da Estruturas anatômicas: boca entre a mandíbula e o • Caracterização: tubo músculo genioglosso. fibromuscular que conecta a o Ductos sublinguais: abrem- faringe ao estômago se ao longo das pregas • Divisão do esôfago: sublinguais no assoalho da o Parte cervical: terço boca. superior do esôfago que se o Irrigação: inicia imediatamente ▪ Artérias sublinguais - abaixo da margem inferior ramificação da artéria da cartilagem cricóidea, ao lingual; nível de C VI. ▪ Artérias submentuais o Parte torácica: inicia-se a - ramificação da partir da abertura superior artéria facial. do mediastino até o hiato o Drenagem venosa: esofágico, onde se termina ▪ Veia sublingual, que dando continuidade através drenam para veia da parte abdominal; jugular interna. o Parte abdominal: terço o Drenagem linfática: inferior do esôfago, em ▪ Linfonodos forma de trompete, iniciado submandibulares – a partir do hiato esofágico drenam para até o óstio cárdico do linfonodos cervicais estômago profundos. • Constrições fisiológicas: Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 18
o Constrição faringo- ▪ Linfonodos
esofágica: causada pelo paratraqueais; músculo constritor inferior ▪ Linfonodos cervicais da faringe, formando o profundos inferiores. esfíncter esofágico superior; o Parte abdominal: o Constrição broncoaórtica: ▪ Linfonodos gástricos região comprimida pela esquerdos – drenam passagem do arco aórtico e para os linfonodos do brônquio principal celíacos. esquerdo; • Inervação: o Plexo esofágico o Constrição diafragmática: (parassimpática): formado passagem através do pelos troncos vagais direito diafragma pelo hiato e esquerdo. O tronco vagal esofágico, formando o posterior origina os ramos esfíncter esofágico inferior. nervosos gástricos Nessa região o esôfago é posteriores e o tronco vagal fixado pelo ligamento anterior origina os ramos frenicoesofágico. nervosos gástricos • Ligamento: frênico-esofágico anteriores; (fixação) - une o esôfago às o Troncos simpáticos margens do hiato esofágico no torácicos (simpática): diafragma inerva através dos nervos • Irrigação: esplâncnicos maiores e o Parte cervical: plexos periarteriais. ▪ Artérias tireóideas o Parte cervical: inferiores. ▪ Fibras somáticas: o Parte abdominal: ramos dos nervos ▪ Artéria gástrica laríngeos recorrentes; esquerda – ramo do ▪ Fibras vasomotoras: tronco celíaco; troncos simpáticos ▪ Artéria frênica cervicais. inferior esquerda. Estômago • Drenagem venosa: Estruturas anatômicas: o Parte cervical: • Divisão: ▪ Veias tireóideas o Cárdia: porção que circunda inferiores; o óstio cárdico (abertura o Parte abdominal: superior do estômago), após ▪ Veia gástrica o término do esôfago. Em esquerda - tributária decúbito dorsal, localizado do sistema venoso posteriormente à 6ª portal cartilagem costal esquerda ▪ Veias esofágicas - a 2/4 cm do plano mediano; tributárias do sistema o Fundo: parte superior venoso sistêmico dilatada relacionada à através da veia ázigo. cúpula diafragmática • Drenagem linfática: esquerda, limitada o Parte cervical inferiormente pela linha horizontal formada pela Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 19
região cárdica. Possui ▪ Lobo hepático
grande capacidade de esquerdo; distensão. Localizado ▪ Parede anterior do posteriormente à 6ª abdome. cartilagem costal; o Posteriormente: o Corpo: parte principal do ▪ Bolsa omental; estômago, entre o fundo e o ▪ Pâncreas. piloro; o Inferolateral: colo o Parte pilórica: região transverso do intestino afunilada de saída do grosso; estômago. Sua parte mais o Omento maior: ligado à larga – antro-pilórico - leva curvatura maior; ao canal pilórico, que é a o Omento menor: localizado parte mais estreitada. O ao redor do estômago piloro é a porção • Leito gástrico: onde o estômago esfincteriana formada ao se apoia em decúbito dorsal. redor do óstio pilórico Composto por: (abertura inferior do o Cúpula diafragmática estômago), que desemboca esquerda; seu conteúdo no duodeno. o Baço; • Curvaturas: garantem o aspecto o Rim esquerdo; em J do estômago, existente na o Glândula suprarrenal maioria das pessoas. esquerda; o Menor: margem direita do o Artéria esplênica; estômago, côncava e curta o Pâncreas; (durante a deglutição o Mesocolo transverso forma-se o canal gástrico • Irrigação: ao longo dessa curvatura); o Curvatura menor: o Maior: margem esquerda do ▪ Artéria gástrica estômago, convexa e esquerda (ramo do alongada. tronco celíaco); • Pregas gástricas: quando ▪ Artéria gástrica contraído, forma estrias direita (ramo da longitudinais, chamada de pregas artéria hepática gástricas, mais acentuadas na própria); região pilórica e curvatura maior o Curvatura maior: • Musculatura gástrica: ▪ Artéria gastromental • Relações anatômicas: esquerda (ramo da o Entre o esôfago e o artéria esplênica); intestino delgado; ▪ Artéria gastromental o Quadrante superior direito e direita (ramo da esquerdo e epigástrio, artéria região umbilical, gastroduodenal); hipocôndrio e flanco o Artérias gástricas curtas esquerdos (em decúbito (ramos da esplênica); dorsal); o Artéria gástrica posterior o Anteriormente: (ramo da esplênica). ▪ Diafragma; • Drenagem venosa: Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 20
o Veia gástrica esquerda ▪ Nervos espinhais de
(drena para veia porta); T6-T9: nervos o Veia gástrica direita (drena esplâncnicos maiores para veia porta); (inervação o Veia gastromental esquerda vasoconstritora). (drena para veia esplênica); • Vagotomias: o Veias gástricas curtas e o Vagotomia troncular; posterior (drena para veia o Vagotomia seletiva; esplênica); o Vagotomia superseletiva o Veia gastromental direita (vagotomia gástrica (drena para veia proximal/vagotomia mesentérica superior); gástrica parcial). o Veia pré-pilórica (drena Fígado para veia gástrica direita). Estruturas anatômicas: • Drenagem linfática: • Divisão lobar (anatômica): o Curvatura menor: o Lobo esquerdo; linfonodos gástricos; o Lobo direito; o Curvatura maior: linfonodos o Lobo quadrado (não é um gastromentais; lobo verdadeiro); o Linfa dos dois terços o Lobo caudado (não é um superiores: linfonodos lobo verdadeiro): pode ser gástricos; considerado como um o Linfa do fundo e parte terceiro fígado, pois sua superior do corpo: vascularização e drenagem linfonodos pancreáticos e é independente da que esplênicos; ocorre no sistema portal; o Linfa do terço inferior, dois • Divisão segmentar (cirúrgica): são terços direitos: linfonodos divididos a partir da ramificação pilóricos; primária da artéria hepática e o Linfa do terço esquerdo da pelo ramo da veia porta que curvatura menor: chegam ao segmento. linfonodos pancreático- o Segmento I: segmento duodenais posterior; • Inervação: o Segmento II: segmento o Parassimpática: posterior lateral esquerdo ▪ Nervo vago direito (lateralmente à veia (tronco vagal hepática esquerda); posterior): emite o Segmento III: segmento ramos que formam o anterior lateral esquerdo plexo celíaco e ramos (lateralmente à veia gástricos posteriores; hepática esquerda); ▪ Nervo vago esquerdo o Segmento IV: segmento (tronco vagal medial esquerdo (entre a anterior): emite veia hepática intermédia e a ramos hepáticos, veia hepática esquerda); duodenais e gástricos o Segmento V: segmento anteriores. anterior medial direito o Simpática: (entre a veia hepática intermédia e a veia hepática Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 21
direita, abaixo se localiza a sinusóides hepáticos. A
vesícula biliar); artéria hepática é o Segmento VI: segmento responsável por 25% dessa anterior lateral direito irrigação com preferência (lateralmente à veia por estruturas não- hepática direita); parenquimatosas. o Segmento VII: segmento o Veia porta: ascende posterior lateral direito anteriormente à veia cava (lateralmente à veia inferior, juntamente à hepática direita tríade hepática, através do o Segmento VIII: segmento ligamento hepatoduodenal, posterior medial direito sendo suas tributárias: (entre a veia hepática ▪ Veia mesentérica intermédia e a veia hepática superior; direita); ▪ Veia esplênica (recebe • Ligamentos: a veia mesentérica o Coronário; inferior) o Triangular esquerdo; o Artéria hepática comum: o Triangular direito; até a ramificação da artéria o Falciforme; gastroduodenal; o Redondo do fígado o Artéria hepática própria: a (remanescente fibroso da partir da ramificação da veia umbilical que artéria gastroduodenal carregada sangue com ▪ Artéria hepática nutrientes para o feto); direita; o Venoso (remanescente ▪ Artéria hepática fibroso do ducto venoso esquerda; fetal, que desviava sangue • Drenagem venosa: da veia umbilical para veia o Veia central recebe o sangue cava). da tríade portal. Desemboca Manobra de Pringle: oclusão temporária na: da tríade portal (artéria hepática, ducto ▪ Veia coletora. Essas biliar comum e veia porta) localizadas drenam para: no ligamento hepatoduodenal. ✓ Veia hepática • Irrigação: (direita, o Sistema porta: o sangue do intermédia e sistema porta contém cerca esquerda). de 40% a mais de oxigênio Desembocam do que o sangue que retorna na: ao coração pela circulação ▫ Veia cava sistêmica. Dessa forma, esse inferior. sangue portal sustenta o • Drenagem linfática: parênquima hepático ao o Linfáticos superficiais: conduzir todos os drenam sua face externa na nutrientes absorvidos cápsula fibrosa do fígado (exceto pelos lipídeos, que (cápsula de Glisson); antes passam pelo sistema ▪ Linfáticos superficiais linfático) pelo sistema da parte anterior digestório até os capilares diafragmática e Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 22
visceral: drena para a resistências pré-hepáticas
veia porta; (quando a resistência ocorre ▪ Linfáticos superficiais diretamente na veia porta ou em da parte posterior suas tributárias), intra-hepáticas diafragmática e (quando os alvos de aumento da visceral: drena para os resistência vascular são os linfonodos frênicos; capilares sinusoidais) ou pós- ▪ Linfáticos superficiais hepáticas (quando a resistência e profundos: está aumentada nos vasos linfonodos hepáticos; receptores do fluxo venoso ✓ Linfonodos portal). No caso do aumento do celíacos; fluxo sanguíneo, este está ▫ Cisterna relacionado à vasodilatação dos do quilo. órgãos esplâncnicos, que drenam ▪ Podem drenar ainda o sangue para a veia portal. Essa para linfonodos vasodilatação pode ser causada mediastinais por: aumento dos vasodilatadores posteriores, circulantes, aumento da produção linfonodos gástricos endotelial de vasodilatadores esquerdos e locais e/ou diminuição da resposta linfonodos a vasoconstritores endógenos. paraesternais. Complicações da hipertensão portal: o Linfáticos profundos: • Ascite: a ascite é o resultado de drenam o tecido conjuntivo uma diminuição da pressão ao redor da tríade portal e hidrostática nos vasos das veias hepáticas; esplâncnicos associado à o A maior parte da linfa é diminuição da pressão oncótica, formada nos espaços secundária à hipoalbuminemia, o perissinusoidais (de Disse). que causa extravasamento de • Inervação: fluido para a cavidade peritoneal o Plexo hepático: maior e, conforme a capacidade de derivado do plexo celíaco drenagem dos vasos linfáticos se o Fibras simpáticas: plexo torna insuficiente, o acúmulo celíaco; desse líquido ocorre, provocando a o Fibras parassimpáticas: ascite. troncos vagais anterior e • Varizes esofágicas: essa condição posterior. está intimamente ligada à Hipertensão portal: congestão advinda da veia • A hipertensão portal é uma gástrica esquerda, que recebe síndrome clínica frequente em fluxo venoso das veias esofágicas nosso meio e é acompanhada de e é tributária da veia porta, manifestações clínicas graves. causando ingurgitamento das Essa condição clínica é composta veias esofágicas pelo aumento da pressão portal • Circulação colateral em cabeça de acima dos níveis normais (5 a 10 Medusa: o organismo, na mmHg), causada por aumento do tentativa de descomprimir o fluxo sanguíneo portal e/ou pelo sistema portal, provoca a aumento da resistência vascular. comunicação entre a circulação Nesta última, podem ocorrer portal e a circulação sistêmica. No Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 23
caso da circulação colateral em Drenagem da bile extra-hepática:
cabeça de Medusa ocorre a • Ducto hepático esquerdo e direito: comunicação da veia epigástrica unem-se para formar: com o ramo esquerdo da veia o Ducto hepático comum: que porta. A veia epigástrica recebe comunica-se também com as • Ducto cístico; veias umbilicais e para- • Ducto hepático comum + ducto umbilicais, que possuem a cístico: formam o capacidade de drenagem até a o Ducto colédoco: desemboca veia cava. Ao receberem maior no duodeno junto ao ducto fluxo sanguíneo, esses vasos pancreático principal na abdominais superficiais se papila maior do duodeno dilatam e geram um aspecto de através da ampola caput medusae. hepatopancreática. • Esplenomegalia: quando ocorre a Armazenamento da bile: hipertensão portal, ocorrem • A parte distal do ducto colédoco alterações no fluxo venoso da veia forma o esfíncter do ducto esplênica (tributária da veia colédoco, o qual se contrai, porta), gerando fibrocongestões impedindo o fluxo de bile para o causadoras de esplenomegalia. duodeno. Quando esse esfíncter • Hemorroidas: as varizes retais se está contraído, ocorre o refluxo da formam como consequência da bile pelo ducto cístico, carregando congestão das veias a secreção biliar para a vesícula hemorroidárias superior e média, biliar. as quais fazem parte do sistema Vesícula biliar: portal, e da veia hemorroidária • Situada na fossa da vesícula biliar, inferior, tributária direta da veia na face visceral do fígado; cava inferior, o que provoca o Divisão: hemorroidas. ▪ Fundo; ▪ Corpo; Vesícula biliar e ductos biliares ▪ Colo; • Conduzem bile do fígado para o o Irrigação: artéria cística duodeno para realizar a (origina-se normalmente da emulsificação de lipídeos. artéria hepática direita); Estruturas anatômicas: o Drenagem venosa: veias Drenagem da bile intra-hepática: císticas (drenam para o • Canalículos biliares: recebem a fígado através da veia bile dos hepatócitos e drenam porta). para: Obstrução da ampola hepatopancreática o Ductos biliares e pancreatite: interlobulares: estes • Cálculos biliares podem alojar-se drenam o conteúdo para: na região da ampola ▪ Ductos biliares hepatopancreática, obstruindo a coletores: estes se entrada da bile e do suco fundem para formar: pancreático no duodeno. Apesar ✓ Ducto hepático da bile refluir para a vesícula direito; biliar, ela também pode refluir ✓ Ducto hepático para o pâncreas, acarretando esquerdo; Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 24