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Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 1

Anatomia baseada em problemas


Sistema Genitourinário

Rins: na margem côncava dos rins que


serve de entrada para vasos e
• Órgãos situados no espaço
nervos da região interna dos rins
retroperitoneal sobre a parede
e como saída da pelve renal – que
posterior do abdome, localizados
é uma dilatação do ureter – da
um de cada lado da coluna
cavidade renal, o seio renal, que é
vertebral a altura de TXII e LIII.
revestido pela gordura perirrenal.
Sua margem lateral é convexa e
• Relações anatômicas:
sua margem medial é côncava.
superiormente, os rins se
• Envoltórios: os rins são envolvidos
relacionam com as glândulas
por três camadas: duas de gordura
suprarrenais e com o diafragma.
e uma fáscia. Partindo do interior,
Inferiormente, a face posterior
há a gordura perirrenal, que
dos rins se relaciona medialmente
circunda os rins e se estende até
com o músculo psoas maior e
sua cavidade central na parte
lateralmente com o músculo
medial dos rins – seios renais. Em
quadrado do lombo. O rim direito
seguida, encontra-se a fáscia
está anterior ao fígado, ao colo
renal - membranácea e
ascendente e ao duodeno. O rim
condensada -, que reveste não só
esquerdo está posterior ao
os órgãos de produção da urina,
estômago, baço, pâncreas, jejuno
como também as glândulas
e colo descendente. A veia renal
suprarrenais, os ureteres e os
está anterior a artéria renal, a
vasos daquela região. Por fim,
qual está anterior a pelve renal.
mais externamente existe o corpo
• Vascularização: os rins são
adiposo pararrenal (gordura
irrigados pelas artérias renais,
pararrenal), que pode ser melhor
advindas da artéria aorta
observada posteriormente aos
abdominal. Essas artérias renais
rins.
se bifurcam em cinco segmentos
• Músculos: os rins se relacionam
através do ramo posterior da
posteriormente com o músculo
artéria renal e do ramo anterior
quadrado do lombo diretamente e,
da artéria renal. O ramo anterior
sobreposto a ele, está o músculo
origina a artéria segmentar
profundo do dorso. Medialmente
superior, que supre o segmento
aos rins, encontra-se o músculo
superior, a artéria segmentar
psoas maior. Lateralmente,
anterior superior irriga o
encontram-se, em ordem do
segmento anterossuperior, a
interior para o exterior, músculo
artéria segmentar anterior
transverso do abdome, músculo
inferior irriga o segmento
oblíquo interno do abdome e
anteroinferior do rim e a artéria
músculo oblíquo externo do
inferior supre o segmento inferior
abdome. Esses três últimos são os
renal. Posteriormente, saindo do
músculos seccionados durante
ramo posterior da artéria renal,
cirurgias renais.
origina-se a artéria segmentar
• Estruturas internas: existe o hilo
posterior, que supre o segmento
renal, que é uma fenda profunda
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posterior do rim. Essas artérias hidronefrose. A cólica nefrética


segmentares se dividem em manifesta-se na região lombar.
artérias interlobares, que se
Ureteres:
seguem como artérias arqueada e,
em seguida, como artérias • São ductos musculares com
interlobulares, irrigando a porção lúmen estreito que conduzem a
interna dos rins e chegando até o urina dos rins até a bexiga.
glomérulo renal. • Constrições fisiológicas: 1. junção
• Drenagem venosa: a drenagem pielo-ureteral - junção do ureter
venosa dos rins inicia-se nas veias com a pelve renal, 2. cruzamento
estelares, na região do córtex e dos vasos ilíacos - porção que
nas veias interlobulares, na região cruza os vasos ilíacos em sua
medular. As veias estelares bifurcação e 3. porção intra-mural
desembocam nas veias – passagem através da bexiga
interlobulares e seguem até as urinária. Nessas regiões é comum
veias arqueadas, que chegam as ocorrer a obstrução por cálculos
veias interlobares. Nessa porção, renais.
as veias saem do rim como veias • Vascularização: a porção
segmentares (superior, anterior abdominal chega medialmente por
superior, anterior inferior, inferior meio das artérias renais e
e posterior) e desembocam nas gonadais – testiculares nos
veias renais. As veias renais homens e ováricas nas mulheres.
drenam para a veia cava inferior. A porção pélvica chega
• Drenagem linfática: fazem o lateralmente por meio das
mesmo caminho da artérias ilíacas comuns.
vascularização arterial, porém • Drenagem venosa: a drenagem da
reversamente, chegando aos porção abdominal é feita pelas
troncos linfáticos lombares, que veias renais e pelas veias gonadais
passam pelos linfonodos – testiculares nos homens e
lombares. ováricas nas mulheres. A porção
• Inervação: a inervação simpática pélvica é drenada pelas veias
dos rins é feita pelo plexo celíaco, ilíacas comuns.
plexo renal e plexo mesentérico • Drenagem linfática: feita para os
superior. Os nervos dessa divisão linfonodos ilíacos internos e
que inervam os rins são: externos e, em seguida, para os
esplâncnico lombar, esplâncnico linfonodos lombares.
superior, esplâncnico inferior e • Inervação: ocorre pelo sistema
esplâncnico mínimo. Já a nervoso autônomo. As fibras
inervação parassimpática dos rins aferentes são fibras sensitivas
é feita pelo plexo renal e pelo dolorosa. Já as fibras eferentes
nervo vago. são divididas em fibras simpáticas
• Cólica nefrética: as terminações e parassimpáticas. As fibras
nervosas dos rins estão simpáticas são levadas através do
localizadas na cápsula renal, o que plexo renal, do plexo aórtico e do
leva à dor apenas em distensão plexo hipogástrico inferior,
aguda e quando os cálculos enquanto as fibras
encontram-se obstruindo os parassimpáticas são levadas pelo
cálices, gerando um quadro de plexo hipogástrico inferior e pelos
nervos esplâncnicos pélvicos.
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• Cólica ureteral: quando os colo uterino e apoiada sobre a


cálculos renais saem dos rins e parede anterior do útero.
atravessam a pelve renal até os • Superfícies vesicais: são quatro as
ureteres, pode ocorrer a obstrução superfícies do órgão quando se
do lúmen do ureter. Isso causa encontra vazio - ápice, colo, corpo
uma dor forte intermitente e fundo da bexiga.
(relacionada ao movimento do • Músculos: os músculos que
cálculo). Essa dor é referida devido compõem a bexiga são o músculo
às fibras sensitivas do ureter que detrusor e o músculo esfíncter
chegam aos gânglios espinais. interno da uretra
Pode se localizar na região lombar • Estruturas: existe a prega
e pode atingir os órgãos genitais interuretérica, que é formada por
(testículos e lábios maiores do uma protrusão do músculo
pudendo) e a parte anterior da detrusor no colo da bexiga; os
coxa por projeção do nervo óstios uretéricos, que são as
genitofemoral porção femoral. aberturas em que os ureteres
desembocam na bexiga e o óstio
Bexiga:
interno da uretra, que é a
• Órgão oco de paredes musculares abertura para passagem da urina
que age como reservatório para a uretra. Os óstios ureterais
temporário de urina. Localizados juntamente ao óstio interno da
acima dos ossos púbicos com seu uretra formam o trígono vesical,
ápice na margem superior à que possui superfície lisa e não é
sínfise púbica e inferior ao destensível, refletindo sua origem
peritôneo. Quando vazia se embriológica nos ductos
localiza na pelve menor e quando mesonéfricos embriológicos,
cheia pode chegar até a margem diferentemente do restante da
do umbigo. bexiga que se origina da cloaca.
• Ligamentos: fixam firmemente o Há também a úvula da bexiga, que
colo da bexiga. São os ligamentos é uma pequena elevação do
vesicais laterais e o arco tendíneo trígono vesical e costuma ser
da fáscia da pelve que fazem essa mais proeminente em homens
fixação. Auxiliando nessa fixação após os 50 anos, devido ao
existem os ligamentos aumento prostático.
puboprostáticos (pubovesicais, • Vascularização: a vascularização
nas mulheres) laterais e mediais. da bexiga é feita pelas artérias
• Relações anatômicas: a face vesicais inferior e superior,
superior se relaciona com o derivadas da artéria ilíaca interna.
peritôneo, o colo sigmoide, o A artéria vesical superior irriga o
intestino delgado e com o colo do ápice, a artéria vesical inferior
útero, nas mulheres. A base da (substituída pela artéria vaginal,
bexiga possui relações diferentes nas mulheres) irriga o colo e o
entre homem e mulher. Nos fundo da bexiga. As artérias
homens, está relacionada à obturatória e glútea inferior
ampola do ducto deferente, às também enviam ramos para a
vesículas seminais, ao reto e bexiga.
apoiada sobre a próstata. Nas • Drenagem venosa: a drenagem é
mulheres, está relacionada ao feita através do plexo venoso
vesical, que está interligado ao
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plexo venoso prostático, nos uretra é inibido por essas fibras,


homens, e ao plexo venoso relaxando. Esse mecanismo
uterovaginal, nas mulheres. Esses possibilita a passagem da urina da
plexos drenam para as veias bexiga para a uretra para ser
vesicais inferiores e, em seguida, expelida. O músculo esfíncter
para as veias ilíacas internas e externo da uretra é inervado pela
pode drenar para as veias sacrais, divisão somática e, por isso, é
que desembocam nos plexos voluntário. Dessa forma, ao longo
venosos vertebrais internos. dos primeiros meses de vida,
• Drenagem linfática: a drenagem aprendemos a controlá-lo e,
da bexiga é feita por regiões. A consequentemente, controlar o
face superior e inferolateral drena reflexo de micção até
para os linfonodos ilíacos determinado ponto.
externos, a base drena para os • Ejaculação: a ejaculação é um
linfonodos ilíacos internos, mas processo estimulado pelo sistema
principalmente para os externos e nervoso simpático, que inibe o
o colo drena para os linfonodos músculo detrusor e estimula a
sacrais e íliacos comuns. contração do esfíncter interno da
• Inervação: a inervação da bexiga é uretra, o que impede o refluxo de
feita pelo sistema nervoso sêmen para dentro da bexiga.
autônomo e é dividido em parte
Uretra:
simpática e parassimpática em
relação às fibras eferentes e • É um tubo muscular que conduz a
possui fibras aferentes sensitivas urina entre os dois óstios da
também. A divisão simpática é uretra para ser expelida do corpo.
originada nos nervos espinhais Possui diferenças anatômicas
torácicos inferiores e lombares entre homens e mulheres. Nos
superiores, seguem até os plexos e homens, a uretra possui maior
nervos hipogástricos, que chegam comprimento e é dividida em
ao plexo nervoso vesical. Já as quatro porções: intramural,
fibras da divisão parassimpática prostática, membranácea e
são originadas nos nervos esponjosa. Nas mulheres, a uretra
espinhais sacrais, seguem pelos é dividida em intramural e
nervos esplâncnicos pélvicos e pelo membranácea apenas, pois tem
plexo hipogástrico inferior, menor comprimento.
desembocando suas fibras na • Músculos: nos homens, o músculo
bexiga. As fibras aferentes esfíncter interno da uretra se
seguem o caminho oposto às localiza na porção intramural e
fibras simpáticas. As fibras recebe fibras da porção muscular
sensitivas seguem o caminho da próstata e o esfíncter externo
retrógrado das fibras da uretra se localiza na porção
parassimpáticas na porção membranácea. Nas mulheres, as
pélvica, mas na região superior fibras musculares não se
seguem o caminho retrógrado às organizam formando o esfíncter
fibras simpáticas. interno da uretra, estando
• Reflexo da micção: o músculo ausente esse músculo. Já o
detrusor é estimulado pela divisão esfíncter externo da uretra está
parassimpática, contraindo-se, localizado na região do períneo
enquanto o esfíncter interno da feminino.
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Mulher: por sua vez possui fibras


simpáticas e parassimpáticas. Já
• Vascularização: recebe
a parte distal possui inervação
suprimento arterial da artéria
simpática, parassimpática e
pudenda interna e artéria vaginal.
somática. A divisão simpática é
• Drenagem venosa: drenada por
feita pelo plexo hipogástrico
meio da veia pudenda interna e
inferior e nervos esplâncnicos
veia vaginal.
lombares. A divisão
• Drenagem linfática: drena para os
parassimpática é feita pelos
linfonodos ilíacos internos e
nervos esplâncnicos pélvicos. Por
linfonodos sacrais.
fim, a inervação somática ocorre
• Inervação: a uretra feminina é
por meio do nervo dorsal do pênis.
inervada pelo plexo vesical, que
possui fibras simpáticas e Glândula Suprarrenal (Adrenal):
parassimpáticas, e pelo nervo
• Localizadas superomedialmente
pudendo em sua porção terminal,
aos rins e inferiores ao diafragma.
que possui fibras aferentes
A principal fixação é nos pilares do
somáticas.
diafragma. Seus formatos são
• Infecção urinária em mulheres: é
distintos entre si, sendo a
mais recorrente devido à
glândula suprarrenal direita em
proximidade do óstio da uretra
formato piramidal e a glândula
com o ânus, ao menor
suprarrenal esquerda em formato
comprimento da uretra feminina e
de lua crescente.
à proximidade do óstio da vagina
• Relações anatômicas: a glândula
com o óstio externo da uretra.
suprarrenal direita está
Homem: relacionada ao pilar direito do
diafragma, ao fígado e à veia cava
• Vascularização: a parte proximal
inferior. Já a glândula suprarrenal
(intramural e prostática) é
esquerda se relaciona com o pilar
vascularizada pelas artérias
esquerdo do diafragma, o baço, o
vesicais inferiores e retais médias,
estômago e o pâncreas.
enquanto a parte distal
• Divisão: dividida em medula
(membranácea e esponjosa) é
adrenal e córtex adrenal, sendo
feita pelos ramos da artéria dorsal
que cada uma dessas partes
do pênis.
secreta hormônios diferentes. A
• Drenagem venosa: a parte
medula adrenal secreta
proximal é drenada pelo plexo
catecolaminas (epinefrina e
venoso prostático e a parte distal
norepinefrina), enquanto o córtex
é drenada pela veia dorsal
secreta hormônios de acordo com
profunda do pênis.
a zona indicada – zona
• Drenagem linfática: a parte
glomerulosa secreta aldosterona,
proximal drena para os linfonodos
a zona fasciculada secreta
ilíacos internos, enquanto a parte
glicocorticoides, como o cortisol,
distal drena para os linfonodos
e a zona reticulada secreta DHEA,
ilíacos externos.
DHEAS e androstenediona.
• Inervação: a parte proximal é
• Vascularização: a glândula
inervada pelo plexo nervoso
suprarrenal é extremamente
prostático, que recebe suas fibras
vascularizada, devido à sua
do plexo hipogástrico inferior, que
função hormonal. As artérias
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responsáveis por essa irrigação nos corpos cavernosos e no corpo


são a artéria suprarrenal superior esponjoso.
(derivada das artérias frênicas • Músculos: isquiocavernoso e
inferiores), a artéria suprarrenal bulboesponjoso – possuem função
média (derivada diretamente da fixadora do pênis no espaço
artéria aorta abdominal ao nível superficial do períneo.
da artéria mesentérica superior) e • Vascularização: a artéria pudenda
a artéria suprarrenal inferior interna origina três ramos,
(derivada das artérias renais). chamados de artéria dorsal do
• Drenagem venosa: as veias pênis, que segue juntamente com
suprarrenais direitas (superior, a veia dorsal profunda do pênis e
média e inferior) se unem para irriga as partes superficiais do
drenar diretamente para a veia pênis, do corpo esponjoso e da
cava inferior. Já as veias uretra, e dos corpos cavernosos.
suprarrenais esquerdas (superior, Há também as artérias profundas
média e inferior) se unem com a do pênis, que irrigam a porção
veia frênica inferior para drenar, mais interna dos corpos
primeiramente, para a veia renal cavernosos e a artéria do bulbo do
esquerda e, em seguida, para a pênis, responsável por irrigar as
veia cava inferior. glândulas bulbouretrais e o bulbo
• Drenagem linfática: existem vasos do pênis.
linfáticos que saem da porção • Drenagem venosa: a drenagem
medular e vasos que saem da venosa do pênis ocorre por meio
região cortical, porém todos das veias dorsais profundas e
drenam para os linfonodos superficiais do pênis. A veia dorsal
lombares. profunda e superficial drenam
• Inervação: é derivada do plexo para a veia pudenda externa
celíaco e dos nervos esplâncnicos superficial, enquanto as veias
abdominopélvicos (maior, menor e cavernosa e bulbar drenam para a
imo). As fibras simpáticas pré- veia pudenda interna.
ganglionares derivam de TX e LI e • Drenagem linfática: linfonodos
chegam aos gânglios pós- inguinais profundos e ilíacos
ganglionares das células externos fazem a drenagem
cromafins (neurônios pós- linfática do pênis.
ganglionares modificados) e • Inervação: a inervação dos corpos
estimulam a secreção de cavernosos ocorre pelos nervos
epinefrina e norepinefrina. cavernosos, da divisão
parassimpática, responsável por
Pênis:
inervar as artérias helicinas e
• Órgão do sistema genital externo promoverem o aporte de sangue
masculino, dividido em corpo e para a região. Já a inervação do
raiz. A raiz do pênis é dividida em corpo esponjoso e da pele que
bulbo, que dá origem ao corpo reveste o pênis é feita pelo nervo
esponjoso, e em ramos, que dão dorsal do pênis, da divisão
origem aos corpos cavernosos do somática e simpática.
pênis. O corpo do pênis consiste

Próstata e outras glândulas do sistema reprodutor masculino:


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• As vísceras pélvicas masculinas Glândulas Seminais: estruturas


são compostas por próstata, alongadas, situadas entre o fundo da
glândula seminal, ductos bexiga e o reto e em posição oblíqua
deferentes, ductos ejaculatórios e superior à próstata.
glândulas bulbouretrais.
• Vascularização: ramos das
Ductos Deferentes: consiste na artérias vesicais inferiores e
continuação do ducto do epidídimo nos retais médias.
testículos, ascende para a pelve pelo • Drenagem venosa: ramos das
canal inguinal até se unir ao ducto da veias vesicais inferiores e retais
glândula seminal e formar o ducto médias.
ejaculatório. • Secreção: secreta um líquido
alcalino rico em frutose, o qual
• Vascularização: é irrigado pela
oferece energia aos
artéria do ducto deferente,
espermatozóides.
derivada da artéria vesical
inferior. Próstata: a próstata é uma estrutura
• Drenagem venosa: é feita pela que circunda a uretra prostática, com
veia testicular e pelo plexo sua base ligada ao colo da bexiga,
vesical. enquanto seu ápice se relaciona ao
• Secreção:carrega os músculo esfíncter externo da uretra e
espermatozóides dos testículos ao transverso profundo do períneo.
até o ducto ejaculatório.
• Divisão: é dividida
Ductos Ejaculatórios: esses ductos são anatomicamente em lobos. A
formados a partir da fusão do ducto porção medial anterior é chamada
deferente com o ducto da glândula de istmo da próstata e os lobos
seminal. Os ductos ejaculatórios direito e esquerdo possuem uma
atravessam a porção posterior da subdivisão: lóbulo inferoposterior,
próstata e desembocam nos utrículos lóbulo superomedial, lóbulo
prostáticos. anteromedial e lóbulo
inferolateral.
• Vascularização: ocorre por meio
• Fixação e sustentação: é
de ramos da artéria do ducto
sustentado pelo músculo
deferente.
esfincter externo da uretra e pelo
• Drenagem venosa: feita pelas
músculo transverso profundo do
veias que unem os plexos
períneo e fixada através do arco
prostático e vesical.
tendíneo da fáscia da pelve e pelos
Glândulas Bulbouretrais: glândulas ligamentos laterais vesicais e
pequenas de secreção mucosa, retrovesical.
localizadas posterolateralemnte na • Vascularização: as artérias
uretra membranácea, inseridas no prostáticas surgem a partir de
músculo esfíncter externo da uretra. ramificações das artérias pudenda
interna, vesicais inferiores e
• Vascularização: feita pela artéria
retais médias, as quais advêm da
do bulbo do pênis, que é um ramo
artéria ilíaca interna.
terminal da artéria perineal.
• Drenagem venosa: o plexo venoso
• Secreção: possui função de
prostático realiza parte de sua
lubrificação da uretra e
drenagem para o plexo venoso
esterilização dela para a
passagem dos espermatozóides.
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vesical e outra parte para o plexo sacrais que chegam até os


venoso vertebral interno linfonodos lombares intermédios,
• Secreção: é responsável pela podendo levar células
produção de cerca de 20% do cancerígenas para a região
sêmen, secretando uma lombossacral.
substância levemente alcalina
Inervação das vísceras masculinas:
(7,3) que ativa os espermatozóides
todas as vísceras masculinas são
e inibe a acidez do trato vaginal,
ricamente irrigadas pela divisão
o que garante a sobrevivência dos
simpática do sistema nervoso
gametas por mais tempo e sua
autônomo, sendo que suas fibras
mobilidade.
chegam através dos nervos esplâncnicos
• Câncer: normalmente ocorre
lombares e plexos hipogástricos e
metástase desse câncer de acordo
pélvicos. Essas estruturas também
com a drenagem linfática dessa
possuem inervação parassimpática,
estrutura, uma vez que parte da
feita pelos nervos esplâncnicos pélvicos,
linfa é drenada para os linfonodos
que chegam aos plexos hipogástrico e
ilíacos internos, mas outras parte
pélvico inferiores.
é drenada para os linfonodos
Genital Interno Feminino

Estruturas anatômicas: dessa depressão e encontra-


se muito próximo a essa
Ovário:
artéria na margem pélvica.
• Localização anatômica:
• Ligamentos ovarianos:
o Lateralmente entre o útero
o Ligamento útero-ovárico -
e a parede lateral da
fixação no ângulo lateral do
cavidade pélvica;
útero (remanescente do
o Aderidos inferiormente ao gubernáculo ovariano);
útero pelo Ligamento
o Ligamento suspensor do
Útero-ovárico;
ovário - fixação
o Encontra-se na fossa superolateral (abriga a veia,
ovárica: depressão da artéria e vasos linfáticos do
cavidade pélvica que abriga ovário).
os ovários. A fossa ovárica é
• Vascularização:
limitada anteriormente pela
artéria umbilical obliterada o Irrigação:
e posteriormente pelo
▪ Artéria ovárica direita
ureter e artéria ilíaca
e esquerda;
interna.
▪ Ramo ovárico da
o Ooforectomia: cirurgia de
artéria uterina.
laqueadura que deve ser
realizada com cautela, pois, o Drenagem venosa:
ao clampear a artéria
▪ Plexo venoso
ovárica na fossa ovárica,
pampiniforme – drena
existe a possibilidade de
para a veia ovárica.
lesionar o ureter, que
demarca o limite posterior o Drenagem linfática:
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▪ Linfonodos aórtico- ▪ Ramo tubário da


lombares. artéria ovárica;

• Inervação: ▪ Ramo tubário da


artéria uterina.
o Simpático: plexo ovárico
ligado aos plexos o Drenagem venosa:
hipogástrico e aórtico;
▪ Veias tubárias -
o Parassimpático: plexo drenam para o plexo
hipogástrico inferior; uterovaginal – drena
para as veias ováricas
o Fibras aferentes de dor
(veia ovárica esquerda
(retrogradamente às fibras
– desemboca na veia
simpáticas);
renal esquerda e veia
o Fibras aferentes reflexas ovárica direita –
(retrogradamente às fibras desemboca na veia
parassimpáticas). cava inferior). Drena
parte para a veia
Tuba uterina:
uterina.
• Divisões:
o Drenagem linfática:
o Infundíbulo: extremidade
▪ Linfonodos lombares
distal da tuba que se abre na
cavidade peritoneal através o Inervação:
do óstio abdominal da tuba
▪ Fibras aferentes de
uterina. Possui fímbrias;
dor: ascendem
o Ampola: parte mais larga e retrogradamente às
alongada da tuba, onde fibras simpáticas do
geralmente ocorre a plexo ovárico e aos
fertilização; nervos esplâncnicos
lombares
o Istmo: parte da tuba com
parede espessa que chega ao ▪ Fibras aferentes
corno uterino; reflexas: ascendem
retrogradamente às
o Parte intramural: região que
fibras
atravessa a parede uterina e
parassimpáticas do
abre-se na cavidade uterina
plexo hipogástrico
através do óstio uterino da
inferior, aos nervos
tuba uterina.
esplâncnicos pélvicos
• Fímbrias: projeções digitiformes e ao plexo uterino;
do infundíbulo, as quais são
▪ Simpática: plexo
responsáveis por capturar o
celíaco;
ovócito quando ocorre a ovulação
para transportá-lo para dentro da ▪ Parassimpática:
tuba uterina. plexos hipogástricos -
segue pelos nervos
• Vascularização:
esplâncnicos pélvicos.
o Irrigação:
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▪ Dor de meio de ciclo decorrente do trabalho de


(Mittelshmerz): pode parto
ser causada por
• Posições do útero: normal –
liberação do conteúdo
antevertido e antefletido.
folicular na cavidade
peritoneal ou por o Anteversão: inclinação
cãibras musculares no anterior do útero como um
útero e tuba uterina, todo em relação à vagina;
devido ao estímulo
o Anteflexão: flexão anterior
nervoso para
do corpo do útero em
movimentar o
relação ao colo;
ovócito.
o Retroversão: inclinação
Útero:
posterior do útero como um
• Definição: órgão muscular oco, todo com o colo voltado
piriforme com as paredes para o fórnice anterior;
espessas, onde o embrião/feto se
o Retroflexão: flexão
desenvolve durante a gravidez. A
posterior do corpo do útero
camada muscular se adapta ao
em relação ao colo.
crescimento fetal e garante a
força para expulsão durante o • Divisão do útero:
parto. Sua localização é a pelve
o Fundo;
menor (quando não-gravídico).
o Corpo;
o Cavidade do útero:
semelhante a uma fenda, o Istmo;
com cerca de 6 cm de
comprimento a partir do o Colo:
óstio uterino até o fundo; ▪ Porção supravaginal
o Canal do colo do útero: do colo;
continuação inferior da ▪ Porção vaginal do
cavidade uterina; colo.
o Óstio (histológico) interno • Relações anatômicas:
do útero: estreitamento no
interior do istmo do útero o Anteriormente - escavação
permitindo a comunicação vesicouterina, face superior
do canal fusiforme com a da bexiga urinária e
luz da vagina; peritônio;

o Óstio externo do útero: o Posteriormente - escavação


apresenta morfologia retouterina, alças do
distinta de acordo com a intestino delgado e face
paridade da mulher, tendo anterior do reto;
formato puntiforme em o Lateralmente – ligamento
mulheres nulíparas e largo peritoneal e
formato circular, ovulado ligamentos transversos do
ou em fenda transversa em colo.
mulheres multíparas de
acordo com a ruptura • Ligamentos:
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o Sustentação: ▪ Ligamento útero-


ovárico: também
▪ Ligamento
chamado de próprio
uterossacral: segue
do útero, fixa o ovário
superiormente e
no ângulo lateral do
posteroinferiormente
útero
das laterais do colo
uterino até o meio do • Vascularização:
sacro, podendo ser
o Irrigação: artéria uterina
palpado em exame
retal, além de auxiliar ▪ 1/3 superior do útero -
durante o parto; anastomoses com
artéria ovárica;
▪ Ligamentos
transversos/cardinais ▪ 1/3 médio do útero -
do colo: vão da porção ramos uterinos
vaginal do colo apenas;
uterino e das porções
▪ 1/3 inferior do útero -
laterais do fórnice até
ramos vaginais
as paredes laterais da
superiores.
pelve;
▪ Durante a cirurgia
▪ Ligamento vésico-
ginecológica, deve-se
uterino: liga o útero a
atentar para a
parte anterior da
localização da artéria
parede abdominal;
uterina, pois abaixo
▪ Ligamento reto- dela passa o ureter,
uterino: liga a parte que pode ser lesionado
posterior do útero à durante o
região retal. procedimento
cirúrgico e o
o Fixação:
clampeamento dessa
▪ Ligamento largo do artéria.
útero: dividido em
o Drenagem venosa:
mesossalpinge,
mesovário e ▪ Plexo uterino – drena
mesométrio. É para a veia uterina
constituído por uma que que até a veia
lâmina dupla de ilíaca interna.
peritônio que se
o Drenagem linfática:
estende das paredes
laterais do útero até ▪ Linfonodos lombares;
as paredes e assoalho
▪ Linfonodos
da pelve;
hipogástricos;
▪ Ligamento redondo do
▪ Linfonodos inguinais.
útero: fixa-se
anteroinferiormente à • Inervação:
junção uterotubária;
o Plexo uterovaginal –
derivado do plexo
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 12

hipogástrico inferior (possui fórnices laterais e o fórnice


fibras simpáticas, posterior. Este último possui
parassimpáticas e fundamental importância para a
viscerais). reprodução humana, pois, ao ser
mais profundo, pode reter o
o Simpática - origina-se nos
conteúdo seminal após o coito.
segmentos torácicos
inferiores da medula • Colunas vaginais: divisão
espinhal até os nervos longitudinal da vagina. Na coluna
esplâncnicos pélvicos, anterior, existe a carina uretral
atravessando os plexos (impressão da uretra sobre a
intermesentérico- parede da vagina).
hipogástrico-pélvicos até o
• Cristas vaginais: saliências
plexo uterovaginal.
transversais que garantem
o Parassimpática - originada elasticidade à vagina;
dos segmentos de S2-S4,
• Relações anatômicas:
atravessando os nervos
esplâncnicos pélvicos até o o Anteriormente: fundo da
plexo hipogástrico inferior- bexiga e uretra;
uterovaginal.
o Lateralmente: músculo
o Fibras aferentes viscerais levantador do ânus, fáscia
(principalmente de dor) - vesical da pelve e ureteres;
acima da linha de dor
o Posteriormente: canal anal,
pélvica (fundo e corpo do
reto e escavação
útero) seguem
retouterina;
retrogradamente às fibras
simpáticas. Abaixo da linha o Superiormente: colo
de dor pélvica (colo do uterino.
útero), as fibras seguem
retrogradamente às fibras • Camadas:
parassimpáticas; o Perimétrio: camada serosa
o O caminho das fibras que reveste exteriormente o
sensitivas de dor é útero;
importante para oferecer o Miométrio: camada mais
anestesias adequadas espessa do útero formada
durante o parto. por tecido muscular liso;
Vagina: o Endométrio: camada
• Definição: tubo interna do útero dividida em
musculomembranáceo duas partes (camada basal e
distensível, medindo de 7 a 9 cm camada funcional, a qual
de comprimento que se estende do descama em um intervalo
meio do colo do útero até o óstio de 28/30 dias, promovendo a
da vagina e serve para a cópula. mesntruação).

• Fórnices: compreende os recessos • Vascularização:


da vagina ao redor do colo do o Irrigação:
útero. Há o fórnice anterior, os
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 13

▪ Ramos vaginais da hipogástrico inferior (possui


artéria uterina – fibras simpáticas,
suprimento sanguíneo parassimpáticas e
para o 1/3 superior da viscerais).
vagina;
o Simpática - origina-se nos
▪ Artéria vaginal – segmentos torácicos
irriga os 2/3 inferiores inferiores da medula
da vagina. espinhal até os nervos
esplâncnicos pélvicos,
o Drenagem venosa:
atravessando os plexos
▪ Veia uterina – os intermesentérico-
capilares chegam ao hipogástrico-pélvicos até o
plexo venoso uterino, plexo uterovaginal.
o qual desemboca no
o Parassimpática - originada
plexo uterovaginal,
dos segmentos de S2-S4,
drenando para a veia
atravessando os nervos
uterina e, em seguida,
esplâncnicos pélvicos até o
para a veia ilíaca
plexo hipogástrico inferior-
interna. O plexo
uterovaginal.
uterovaginal também
drena para os plexos o Fibras aferentes viscerais
retal e vesical. (principalmente de dor) -
Abaixo da linha de dor
o Drenagem linfática:
pélvica (vagina), as fibras
▪ Linfonodos pélvicos; seguem retrogradamente às
fibras parassimpáticas;
▪ Linfonodos inguinais;
o O caminho das fibras
▪ Linfonodos anorretais.
sensitivas de dor é
• Inervação: importante para oferecer
anestesias adequadas
o Plexo uterovaginal –
durante o parto.
derivado do plexo
Genital Externo Feminino

• Essa área aumenta na puberdade


e é recoberta por pelos pubianos.
Estruturas anatômicas:
Lábios maiores do pudendo:
Vulva:
• Pregas cutâneas que promovem a
• Termo clínico para designar o
proteção indireta do clitóris, da
pudendo feminino, onde se
vagina e do óstio externo da
localizam as estruturas genitais
uretra. Mediamente a eles, está a
femininas externas. Essa região é
rima do pudendo (fenda que abriga
formada por todos os
os lábios menores).
componentes citados abaixo;
Lábios menores do pudendo:
Monte púbis:
• Pregas arredondadas de pele sem
• Eminência adiposa arredonda
pelos e sem tecido adiposo,
sobre a região da sínfise púbica;
localizados dentro da rima do
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 14

pudendo. Anteriormente, unem-se posterolateralmente ao óstio da


formando o prepúcio do clitóris, vagina e inferiormente à
além de possuírem inúmeras membrana do períneo, são
glândulas sebáceas e terminações arredondadas/ovais e secretam
nervosas sensitivas. muco durante a excitação sexual.
São homólogas às glândulas
Clitóris:
bulbouretrais do homem e
• Órgão erétil feminino, formado também podem ser denominadas
por dois ramos (raízes) e um corpo glândulas de Bartholin.
cilíndrico.
• Menores: glândulas pequenas em
• É o órgão de estimulação sexual cada lado do vestíbulo, cujos
feminino, possuindo muitas ductos se abrem entre os óstios
terminações nervosas sensitivas. vaginal e uretral externo e
secretam muco para umedecer a
• Dividido anatomicamente em dois
região. São consideradas como
corpos cavernosos e uma glande,
vestígio embriológico da próstata,
que é recoberta pelo prepúcio.
involuída na mulher. São
• Prepúcio do clitóris: consiste na chamadas também de glândulas
união das duas lâminas laterais parauretrais ou de Skene.
dos lábios menores do pudendo,
Rima do pudendo:
sobrepondo-se à glande do
clitóris; • Depressão central que formam
uma fenda quando as pernas
• Frênulo do clitóris: prega formada
estão aduzidas, onde se localizam
pelas lâminas mediais dos lábios
o vestíbulo da vagina e os lábios
menores do pudendo.
menores do pudendo.
Vestíbulo da vagina:
Comissura anterior dos lábios maiores:
• Espaço circundado pelos lábios
• União das pregas anteriormente.
menores, onde se abrem os óstios
uretral e vaginal e os ductos das Comissura posterior dos lábios maiores:
glândulas maiores (de Bartholin) e
• União das pregas posteriormente.
menores (de Skene);
Hímen:
Bulbos do vestíbulo:
• Prega anular fina de mucosa que
• São estruturas homólogas ao
causa oclusão parcial (e algumas
bulbo do pênis, sendo duas massas
vezes total) do óstio vaginal.
de tecido erétil alongados que
Existem cinco tipos de hímen:
permitem maior contato entre a
vagina e o pênis durante a relação o Anular;
sexual, acima dos lábios maiores o Septado;
do pudendo e imediatamente o Cribriforme;
abaixo da membrana do períneo. o Complacente;
São revestidos pelo músculo o Imperfurado.
bulboesponjoso inferiormente; Canal do pudendo/canal de Alcock:

Glândulas vestibulares: • Passagem formada pelo ligamento


sacroespinhoso, por onde passam
• Maiores: localizadas na região
superficial do períneo
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 15

a artéria pudenda, a veia pudenda femoral, que desemboca na veia


e o nervo pudenda ilíaca externa.

Vascularização: o Veia pudenda interna: veias


labiais posteriores, veia do
• Irrigação:
bulbo do vestíbulo, veia
o Artéria pudenda interna – dorsal do clitóris e veia
irriga a maior parte da pele profunda do clitóris;
da vulva, órgãos genitais
o Veia pudenda externa: veias
externos e músculos do
labiais anteriores.
períneo. Suas ramificações
são: Drenagem linfática:

▪ Artérias labiais • Linfonodos inguinais superficiais:


posteriores; pele do períneo, óstio da vagina e
▪ Artéria do bulbo do vestíbulo;
vestíbulo; • Linfonodos inguinais profundos:
▪ Artéria dorsal do clitóris, bulbo do vestíbulo e
clitóris; porção anterior dos lábios do
▪ Artéria profunda do pudendo;
clitóris. • Linfonodos ilíacos internos e
o Artéria pudenda externa - sacrais: uretra feminina.
responsável por irrigar os Inervação:
lábios do pudendo

Face anterior do pudendo: plexo
anteriormente. Suas
lombar
ramificações são:
o Nervo ilioinguinal:
▪ Artérias labiais ▪ Nervos labiais
anteriores; anteriores
▪ Ramos inguinais da o Ramo genital do nervo
artéria pudenda genitofemoral;
externa. • Face posterior do pudendo: plexo
Drenagem venosa: sacral
o Ramo perineal do nervo
• Todos os ramos desembocam nas
cutâneo femoral posterior;
veias pudendas interna ou externa
o Nervo pudendo
de acordo com a drenagem
▪ Nervos labiais
descrita a seguir. A veia pudenda
posteriores;
interna desemboca na veia ilíaca
▪ Nervo dorsal do
interna, enquanto a veia pudenda
clitóris;
externa desemboca na veia
▪ Nervos cavernosos.
Sistema Digestório
• Parótidas: a maior das três
Glândulas salivares: glândulas principais, revestida
• Saliva: líquido viscoso incolor, pela fáscia parotídea, de formato
insípido e inodoro, secretado pelas irregular. Seu tecido adiposo
glândulas salivares e mucosas da permite flexibilidade para o
cavidade oral. movimento mandibular
Estruturas anatômicas: o Localização: localizada no
leito parotídeo, formado
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 16

anteroinferiormente ao ▪ Sensibilidade geral:


meato acústico externo, nervo
entre o ramo da mandíbula auriculotemporal
e o processo mastóide. Seu (ramo do nervo
ápice localiza-se oculomotor) – inerva
posteriormente ao ângulo a fáscia parotídea e a
da mandíbula e sua base pele sobrejacente;
relaciona-se com o arco ▪ Sensibilidade geral:
zigomático. nervo auricular
o Ducto parotídeo: segue magno (ramo do plexo
horizontalmente a partir da cervical formado a
margem anterior da partir de C2 e C3) –
parótida até a margem inerva a fáscia
anterior do músculo parotídea e a pele
masseter, onde volta-se sobrejacente.
medialmente, perfurando o ▪ Parassimpática: nervo
músculo bucinador e glossofaríngeo;
abrindo-se a frente do 2º ▪ Simpática: plexo
molar superior. timpânico.
o Relações estruturais: • Submandibulares:
ladeada pelos músculos da o Localização: situam-se ao
mastigação anteriormente longo do corpo da
e o músculo mandíbula
esternocleidomastóideo o Ducto submandibular:
com o processo mastóide emerge entre os músculos
posteriormente. A artéria milo-hióideo e hioglosso na
carótida externa, a veia margem lateral e segue até
retromandibular e o nervo a região medial, onde se
facial passam através da abre na carúncula lingual
glândula, porém o nervo através de três óstios
facial não possui nenhuma lateralmente à base do
relação de inervação com a frênulo da língua
parótida. o Irrigação:
o Irrigação: ▪ Artérias mentuais -
▪ Artéria carótida ramificação da artéria
externa; facial;
▪ Artéria auricular o Drenagem venosa:
posterior; ▪ Veias mentuais, que
▪ Artéria transversa da drenam para veia
face. facial e, em seguida,
o Drenagem venosa: para veia jugular
▪ Veia retromandibular, interna;
que drena para veia o Drenagem linfática:
jugular interna. ▪ Linfonodos
o Drenagem linfática: submandibulares –
linfonodos parotídeos - drenam para
drenam para os linfonodos linfonodos cervicais
jugulares profundos profundos
o Inervação: (principalmente
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 17

linfonodo júgulo- o Inervação:


omo-hióideo). ▪ Parassimpática (fibras
o Inervação: secretomotoras) -
▪ Parassimpática (fibras pré-ganglionares
secretomotoras) - conduzidas pelo nervo
pré-ganglionares facial, nervo corda do
conduzidas pelo nervo tímpano e nervo
facial, nervo corda do lingual. Pós-
tímpano e nervo ganglionares seguem
lingual. Pós- do gânglio
ganglionares seguem submandibular junto
do gânglio às fibras simpáticas
submandibular junto vasoconstritoras;
às fibras simpáticas ▪ Simpática (fibras
vasoconstritoras; vasoconstritoras
▪ Simpática (fibras inibitórias de
vasoconstritoras secreção) - pós-
inibitórias de ganglionares a partir
secreção) - pós- do gânglio cervical
ganglionares a partir superior.
do gânglio cervical • Glândulas salivares acessórias:
superior. pequenas glândulas dispersas pelo
• Sublinguais: são as menores e palato, lábios, bochechas, tonsilas
mais profundas glândulas e língua.
salivares. Esôfago
o Localização: assoalho da Estruturas anatômicas:
boca entre a mandíbula e o • Caracterização: tubo
músculo genioglosso. fibromuscular que conecta a
o Ductos sublinguais: abrem- faringe ao estômago
se ao longo das pregas • Divisão do esôfago:
sublinguais no assoalho da o Parte cervical: terço
boca. superior do esôfago que se
o Irrigação: inicia imediatamente
▪ Artérias sublinguais - abaixo da margem inferior
ramificação da artéria da cartilagem cricóidea, ao
lingual; nível de C VI.
▪ Artérias submentuais o Parte torácica: inicia-se a
- ramificação da partir da abertura superior
artéria facial. do mediastino até o hiato
o Drenagem venosa: esofágico, onde se termina
▪ Veia sublingual, que dando continuidade através
drenam para veia da parte abdominal;
jugular interna. o Parte abdominal: terço
o Drenagem linfática: inferior do esôfago, em
▪ Linfonodos forma de trompete, iniciado
submandibulares – a partir do hiato esofágico
drenam para até o óstio cárdico do
linfonodos cervicais estômago
profundos. • Constrições fisiológicas:
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 18

o Constrição faringo- ▪ Linfonodos


esofágica: causada pelo paratraqueais;
músculo constritor inferior ▪ Linfonodos cervicais
da faringe, formando o profundos inferiores.
esfíncter esofágico superior; o Parte abdominal:
o Constrição broncoaórtica: ▪ Linfonodos gástricos
região comprimida pela esquerdos – drenam
passagem do arco aórtico e para os linfonodos
do brônquio principal celíacos.
esquerdo; • Inervação:
o Plexo esofágico
o Constrição diafragmática: (parassimpática): formado
passagem através do pelos troncos vagais direito
diafragma pelo hiato e esquerdo. O tronco vagal
esofágico, formando o posterior origina os ramos
esfíncter esofágico inferior. nervosos gástricos
Nessa região o esôfago é posteriores e o tronco vagal
fixado pelo ligamento anterior origina os ramos
frenicoesofágico. nervosos gástricos
• Ligamento: frênico-esofágico anteriores;
(fixação) - une o esôfago às o Troncos simpáticos
margens do hiato esofágico no torácicos (simpática):
diafragma inerva através dos nervos
• Irrigação: esplâncnicos maiores e
o Parte cervical: plexos periarteriais.
▪ Artérias tireóideas o Parte cervical:
inferiores. ▪ Fibras somáticas:
o Parte abdominal: ramos dos nervos
▪ Artéria gástrica laríngeos recorrentes;
esquerda – ramo do ▪ Fibras vasomotoras:
tronco celíaco; troncos simpáticos
▪ Artéria frênica cervicais.
inferior esquerda. Estômago
• Drenagem venosa: Estruturas anatômicas:
o Parte cervical: • Divisão:
▪ Veias tireóideas o Cárdia: porção que circunda
inferiores; o óstio cárdico (abertura
o Parte abdominal: superior do estômago), após
▪ Veia gástrica o término do esôfago. Em
esquerda - tributária decúbito dorsal, localizado
do sistema venoso posteriormente à 6ª
portal cartilagem costal esquerda
▪ Veias esofágicas - a 2/4 cm do plano mediano;
tributárias do sistema o Fundo: parte superior
venoso sistêmico dilatada relacionada à
através da veia ázigo. cúpula diafragmática
• Drenagem linfática: esquerda, limitada
o Parte cervical inferiormente pela linha
horizontal formada pela
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 19

região cárdica. Possui ▪ Lobo hepático


grande capacidade de esquerdo;
distensão. Localizado ▪ Parede anterior do
posteriormente à 6ª abdome.
cartilagem costal; o Posteriormente:
o Corpo: parte principal do ▪ Bolsa omental;
estômago, entre o fundo e o ▪ Pâncreas.
piloro; o Inferolateral: colo
o Parte pilórica: região transverso do intestino
afunilada de saída do grosso;
estômago. Sua parte mais o Omento maior: ligado à
larga – antro-pilórico - leva curvatura maior;
ao canal pilórico, que é a o Omento menor: localizado
parte mais estreitada. O ao redor do estômago
piloro é a porção • Leito gástrico: onde o estômago
esfincteriana formada ao se apoia em decúbito dorsal.
redor do óstio pilórico Composto por:
(abertura inferior do o Cúpula diafragmática
estômago), que desemboca esquerda;
seu conteúdo no duodeno. o Baço;
• Curvaturas: garantem o aspecto o Rim esquerdo;
em J do estômago, existente na o Glândula suprarrenal
maioria das pessoas. esquerda;
o Menor: margem direita do o Artéria esplênica;
estômago, côncava e curta o Pâncreas;
(durante a deglutição o Mesocolo transverso
forma-se o canal gástrico • Irrigação:
ao longo dessa curvatura); o Curvatura menor:
o Maior: margem esquerda do ▪ Artéria gástrica
estômago, convexa e esquerda (ramo do
alongada. tronco celíaco);
• Pregas gástricas: quando ▪ Artéria gástrica
contraído, forma estrias direita (ramo da
longitudinais, chamada de pregas artéria hepática
gástricas, mais acentuadas na própria);
região pilórica e curvatura maior o Curvatura maior:
• Musculatura gástrica: ▪ Artéria gastromental
• Relações anatômicas: esquerda (ramo da
o Entre o esôfago e o artéria esplênica);
intestino delgado; ▪ Artéria gastromental
o Quadrante superior direito e direita (ramo da
esquerdo e epigástrio, artéria
região umbilical, gastroduodenal);
hipocôndrio e flanco o Artérias gástricas curtas
esquerdos (em decúbito (ramos da esplênica);
dorsal); o Artéria gástrica posterior
o Anteriormente: (ramo da esplênica).
▪ Diafragma; • Drenagem venosa:
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 20

o Veia gástrica esquerda ▪ Nervos espinhais de


(drena para veia porta); T6-T9: nervos
o Veia gástrica direita (drena esplâncnicos maiores
para veia porta); (inervação
o Veia gastromental esquerda vasoconstritora).
(drena para veia esplênica); • Vagotomias:
o Veias gástricas curtas e o Vagotomia troncular;
posterior (drena para veia o Vagotomia seletiva;
esplênica); o Vagotomia superseletiva
o Veia gastromental direita (vagotomia gástrica
(drena para veia proximal/vagotomia
mesentérica superior); gástrica parcial).
o Veia pré-pilórica (drena Fígado
para veia gástrica direita). Estruturas anatômicas:
• Drenagem linfática: • Divisão lobar (anatômica):
o Curvatura menor: o Lobo esquerdo;
linfonodos gástricos; o Lobo direito;
o Curvatura maior: linfonodos o Lobo quadrado (não é um
gastromentais; lobo verdadeiro);
o Linfa dos dois terços o Lobo caudado (não é um
superiores: linfonodos lobo verdadeiro): pode ser
gástricos; considerado como um
o Linfa do fundo e parte terceiro fígado, pois sua
superior do corpo: vascularização e drenagem
linfonodos pancreáticos e é independente da que
esplênicos; ocorre no sistema portal;
o Linfa do terço inferior, dois • Divisão segmentar (cirúrgica): são
terços direitos: linfonodos divididos a partir da ramificação
pilóricos; primária da artéria hepática e
o Linfa do terço esquerdo da pelo ramo da veia porta que
curvatura menor: chegam ao segmento.
linfonodos pancreático- o Segmento I: segmento
duodenais posterior;
• Inervação: o Segmento II: segmento
o Parassimpática: posterior lateral esquerdo
▪ Nervo vago direito (lateralmente à veia
(tronco vagal hepática esquerda);
posterior): emite o Segmento III: segmento
ramos que formam o anterior lateral esquerdo
plexo celíaco e ramos (lateralmente à veia
gástricos posteriores; hepática esquerda);
▪ Nervo vago esquerdo o Segmento IV: segmento
(tronco vagal medial esquerdo (entre a
anterior): emite veia hepática intermédia e a
ramos hepáticos, veia hepática esquerda);
duodenais e gástricos o Segmento V: segmento
anteriores. anterior medial direito
o Simpática: (entre a veia hepática
intermédia e a veia hepática
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 21

direita, abaixo se localiza a sinusóides hepáticos. A


vesícula biliar); artéria hepática é
o Segmento VI: segmento responsável por 25% dessa
anterior lateral direito irrigação com preferência
(lateralmente à veia por estruturas não-
hepática direita); parenquimatosas.
o Segmento VII: segmento o Veia porta: ascende
posterior lateral direito anteriormente à veia cava
(lateralmente à veia inferior, juntamente à
hepática direita tríade hepática, através do
o Segmento VIII: segmento ligamento hepatoduodenal,
posterior medial direito sendo suas tributárias:
(entre a veia hepática ▪ Veia mesentérica
intermédia e a veia hepática superior;
direita); ▪ Veia esplênica (recebe
• Ligamentos: a veia mesentérica
o Coronário; inferior)
o Triangular esquerdo; o Artéria hepática comum:
o Triangular direito; até a ramificação da artéria
o Falciforme; gastroduodenal;
o Redondo do fígado o Artéria hepática própria: a
(remanescente fibroso da partir da ramificação da
veia umbilical que artéria gastroduodenal
carregada sangue com ▪ Artéria hepática
nutrientes para o feto); direita;
o Venoso (remanescente ▪ Artéria hepática
fibroso do ducto venoso esquerda;
fetal, que desviava sangue • Drenagem venosa:
da veia umbilical para veia o Veia central recebe o sangue
cava). da tríade portal. Desemboca
Manobra de Pringle: oclusão temporária na:
da tríade portal (artéria hepática, ducto ▪ Veia coletora. Essas
biliar comum e veia porta) localizadas drenam para:
no ligamento hepatoduodenal. ✓ Veia hepática
• Irrigação: (direita,
o Sistema porta: o sangue do intermédia e
sistema porta contém cerca esquerda).
de 40% a mais de oxigênio Desembocam
do que o sangue que retorna na:
ao coração pela circulação ▫ Veia cava
sistêmica. Dessa forma, esse inferior.
sangue portal sustenta o • Drenagem linfática:
parênquima hepático ao o Linfáticos superficiais:
conduzir todos os drenam sua face externa na
nutrientes absorvidos cápsula fibrosa do fígado
(exceto pelos lipídeos, que (cápsula de Glisson);
antes passam pelo sistema ▪ Linfáticos superficiais
linfático) pelo sistema da parte anterior
digestório até os capilares diafragmática e
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 22

visceral: drena para a resistências pré-hepáticas


veia porta; (quando a resistência ocorre
▪ Linfáticos superficiais diretamente na veia porta ou em
da parte posterior suas tributárias), intra-hepáticas
diafragmática e (quando os alvos de aumento da
visceral: drena para os resistência vascular são os
linfonodos frênicos; capilares sinusoidais) ou pós-
▪ Linfáticos superficiais hepáticas (quando a resistência
e profundos: está aumentada nos vasos
linfonodos hepáticos; receptores do fluxo venoso
✓ Linfonodos portal). No caso do aumento do
celíacos; fluxo sanguíneo, este está
▫ Cisterna relacionado à vasodilatação dos
do quilo. órgãos esplâncnicos, que drenam
▪ Podem drenar ainda o sangue para a veia portal. Essa
para linfonodos vasodilatação pode ser causada
mediastinais por: aumento dos vasodilatadores
posteriores, circulantes, aumento da produção
linfonodos gástricos endotelial de vasodilatadores
esquerdos e locais e/ou diminuição da resposta
linfonodos a vasoconstritores endógenos.
paraesternais. Complicações da hipertensão portal:
o Linfáticos profundos: • Ascite: a ascite é o resultado de
drenam o tecido conjuntivo uma diminuição da pressão
ao redor da tríade portal e hidrostática nos vasos
das veias hepáticas; esplâncnicos associado à
o A maior parte da linfa é diminuição da pressão oncótica,
formada nos espaços secundária à hipoalbuminemia, o
perissinusoidais (de Disse). que causa extravasamento de
• Inervação: fluido para a cavidade peritoneal
o Plexo hepático: maior e, conforme a capacidade de
derivado do plexo celíaco drenagem dos vasos linfáticos se
o Fibras simpáticas: plexo torna insuficiente, o acúmulo
celíaco; desse líquido ocorre, provocando a
o Fibras parassimpáticas: ascite.
troncos vagais anterior e • Varizes esofágicas: essa condição
posterior. está intimamente ligada à
Hipertensão portal: congestão advinda da veia
• A hipertensão portal é uma gástrica esquerda, que recebe
síndrome clínica frequente em fluxo venoso das veias esofágicas
nosso meio e é acompanhada de e é tributária da veia porta,
manifestações clínicas graves. causando ingurgitamento das
Essa condição clínica é composta veias esofágicas
pelo aumento da pressão portal • Circulação colateral em cabeça de
acima dos níveis normais (5 a 10 Medusa: o organismo, na
mmHg), causada por aumento do tentativa de descomprimir o
fluxo sanguíneo portal e/ou pelo sistema portal, provoca a
aumento da resistência vascular. comunicação entre a circulação
Nesta última, podem ocorrer portal e a circulação sistêmica. No
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 23

caso da circulação colateral em Drenagem da bile extra-hepática:


cabeça de Medusa ocorre a • Ducto hepático esquerdo e direito:
comunicação da veia epigástrica unem-se para formar:
com o ramo esquerdo da veia o Ducto hepático comum: que
porta. A veia epigástrica recebe
comunica-se também com as • Ducto cístico;
veias umbilicais e para- • Ducto hepático comum + ducto
umbilicais, que possuem a cístico: formam o
capacidade de drenagem até a o Ducto colédoco: desemboca
veia cava. Ao receberem maior no duodeno junto ao ducto
fluxo sanguíneo, esses vasos pancreático principal na
abdominais superficiais se papila maior do duodeno
dilatam e geram um aspecto de através da ampola
caput medusae. hepatopancreática.
• Esplenomegalia: quando ocorre a Armazenamento da bile:
hipertensão portal, ocorrem • A parte distal do ducto colédoco
alterações no fluxo venoso da veia forma o esfíncter do ducto
esplênica (tributária da veia colédoco, o qual se contrai,
porta), gerando fibrocongestões impedindo o fluxo de bile para o
causadoras de esplenomegalia. duodeno. Quando esse esfíncter
• Hemorroidas: as varizes retais se está contraído, ocorre o refluxo da
formam como consequência da bile pelo ducto cístico, carregando
congestão das veias a secreção biliar para a vesícula
hemorroidárias superior e média, biliar.
as quais fazem parte do sistema Vesícula biliar:
portal, e da veia hemorroidária • Situada na fossa da vesícula biliar,
inferior, tributária direta da veia na face visceral do fígado;
cava inferior, o que provoca o Divisão:
hemorroidas. ▪ Fundo;
▪ Corpo;
Vesícula biliar e ductos biliares ▪ Colo;
• Conduzem bile do fígado para o o Irrigação: artéria cística
duodeno para realizar a (origina-se normalmente da
emulsificação de lipídeos. artéria hepática direita);
Estruturas anatômicas: o Drenagem venosa: veias
Drenagem da bile intra-hepática: císticas (drenam para o
• Canalículos biliares: recebem a fígado através da veia
bile dos hepatócitos e drenam porta).
para: Obstrução da ampola hepatopancreática
o Ductos biliares e pancreatite:
interlobulares: estes • Cálculos biliares podem alojar-se
drenam o conteúdo para: na região da ampola
▪ Ductos biliares hepatopancreática, obstruindo a
coletores: estes se entrada da bile e do suco
fundem para formar: pancreático no duodeno. Apesar
✓ Ducto hepático da bile refluir para a vesícula
direito; biliar, ela também pode refluir
✓ Ducto hepático para o pâncreas, acarretando
esquerdo;
Meg Moreira – Anatomia Baseada em Problemas 24

pancreatite (inflamação do
pâncreas).

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