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liberdade
Maria Marta Mazzaro Balestra
Curitiba: Intersaberes, 2012
Victória Ros Soler de Moraes – RA: 622100811
Pós-graduanda em Psicopedagogia Clínica e Institucional/ Lato Sensu [Uninove]
São Paulo, SP – Brasil
victoria.ros@uni9.edu.br
Maria Marta Mazaro Balestra nasceu e viveu sua infância em São Joaquim, no Paraná
e, iniciou seu trabalho de educadora após encerrar o Curso Normal Colegial em 1970 na
escola em que frequentou o primário. Licenciou-se em 1974 no curso de Pedagogia pela
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Paranavaí e, no ano seguinte complementou sua
formação com o curso de Orientação Educacional. Em 2003 mudou-se para Curitiba e
formou-se na pós-graduação em Psicopedagogia pelo Instituto Brasileiro de Ensino e
Extensão, terminando seu mestrado em 2004 pela PUCPR. Desde 2000, Balestra exerce o
magistério na Faculdade Cenecista de Campo Largo.
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autor às contribuições de seu pensamento para a psicopedagogia, perpassando pelo conceito
de inteligência, epistemologia genética, afetividade e os estágios do desenvolvimento.
Balestra (2012) explica que Jean Piaget contribuiu significativamente para a educação
enquanto epistemólogo, com suas buscas pelo “sujeito epistêmico” que é o indivíduo em seu
processo de construção do conhecimento. O objetivo de Piaget era colaborar para uma
sociedade justa e igualitária e, para isto abordou em suas obras problemas relativos à
formação da inteligência infantil, explicando a gênese do conhecimento como construção
simultânea da aprendizagem e do desenvolvimento humano.
No que tange o fracasso escolar, Balestra (2012) aborda pesquisas realizadas por
Ernesto Rosa Neto acerca da atuação do psicopedagogo para intervir nas dificuldades de
aprendizagem, contemplando atividades lúdicas que avaliam o desenvolvimento da criança no
âmbito da conservação. Todavia, antes de apresentar os instrumentos avaliativos
desenvolvidos por Rosa Neto, a autora aborda os métodos psicopedagógicos, clínico e
institucional, e suas finalidades.
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No que concerne a organização mental do indivíduo, Piaget conceituou a inteligência
como um processo de adaptação composta por três mecanismos, sendo assimilação, esquemas
de ação e acomodação. A autora explica os mecanismos de forma objetiva e utiliza de figuras
para melhor compreensão, tornando o texto acessível à leigos e especialistas da área.
Balestra (2012) ressalta que no ensino tradicional o educando é visto como um ser
passivo que recebe os conteúdos depositados pelo professor, negligenciando afetividade no
processo de ensino-aprendizagem. Portanto, os conhecimentos adquiridos no ensino empirista
logo se esvaem e o sujeito assim que encerra o ciclo escolar esquece os conteúdos que lhe
foram depositados, por não fazerem sentido algum para este. Em contrapartida, o
interacionismo valoriza a afetividade no ato de aprender como uma motivação que leva o
sujeito a busca pelo conhecimento, ou processo de equilibração, como denomina Piaget. No
capitulo 4 a autora aprofunda-se nas fases do desenvolvimento em concomitância com a vida
afetiva, afirmando que “A afetividade não é nada sem a inteligência, que lhe fornece meios e
esclarece fins” (Balestra, 2012, p.49).
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estruturas mentais nos diferentes estágios da aquisição do conhecimento.”
(Balestra, 2012, p. 60)
A autora faz questão de ressaltar a magnitude do embasamento teórico na atuação do
psicopedagogo na superação das dificuldades de aprendizagem do educando, tendo em vista
que este profissional deve aprofundar-se nos conceitos piagetianos, compreender o
desenvolvimento intelectual e social da criança analisando os fatores inerentes ao sujeito que
implicam em seu processo de ensino-aprendizagem, a fim de auxiliar tanto o educando quanto
o educador a lidar com as defasagens, buscando recursos e fundamentação que visem o
desenvolvimento integral do indivíduo.
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do estudante, de Maturana (1994), que remete ao cotidiano de uma classe tradicional na qual
os conteúdos são impostos ao grupo como verdades absolutas e o professor é visto como o
detentor de todo o conhecimento.
Referências