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NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Dessa forma, faz-se necessário definir que tipo de atuação e identidade a psicopedagogia
apresenta e qual a modalidade de ação que ela deve demonstrar na escola.
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Quando uma criança ingressa na escola, sua primeira tarefa explicita é aprender a ler e
escrever. Embora se espere que a criança aprenda muitas outras coisas em seu primeiro ano na
escola, a alfabetização é, sem dúvida alguma, o centro das expectativas de pais e professores. Os
pais e a própria criança não têm, em geral, razão para duvidar do sucesso da criança nessa
aprendizagem.
Uma criança sadia, ao ingressar a escola, já sabe falar, compreende explicações, reconhece objetos
e formas desenhadas e é capaz de obedecer a ordens complexas. Não há razão para que ela não
aprenda também a ler. No entanto, o que muitas vezes os pais e professores não consideram é que a
leitura e a escrita são habilidades que exigem da criança a atenção a aspectos da linguagem aos
quais ela não precisa dar importância, até o momento em que começa a aprender a ler. Por isso, toda
criança encontra dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita. A leitura e a escrita exigem
dela novas habilidades, que não faziam parte de sua vida diária até aquele momento.
(Moojem,1999) afirma que ao lado do pequeno grupo de crianças que apresentam transtornos de
aprendizagem decorrente de imaturidade do desenvolvimento e/ou disfunção psiconeurológica,
existe um grupo maior de crianças que apresenta baixo rendimento escolar em decorrência de
fatores isolados ou em interação. As alterações apresentadas por esse contingente maior de alunos
poderiam ser designadas como “ dificuldades de aprendizagem”, participaram dessa conceituação
os atrasos no desempenho escolar por falta de interesse, perturbação emocional, inadequação
metodológicas ou mudanças no padrão de exigência escolar, ou seja, alterações evolutivas normais
que foram consideradas no passado como alterações patológicas.
Fernandez (1991) também considera as dificuldades de aprendizagem como sintomas ou fraturas no
processo de aprendizagem, onde necessariamente estão em jogo quatro níveis: o organismo, o
corpo, a inteligência e o desejo.
A dificuldade de aprendizagem para aprender segundo o autor seria o resultado da anulação das
capacidades e do bloqueamento das possibilidades de aprendizagens de um indivíduo e a fim de
ilustrar essa condição utiliza o termo inteligência aprisionada (atrasada, no idioma original).
Para o autor, a origem das dificuldades ou problemas de aprendizagem não se relaciona apenas à
estrutura da criança, mas também a estrutura familiar a que a criança está vinculada. As
dificuldades de aprendizagem estariam relacionadas as seguintes causas:
1ª causas externas à estrutura familiar e individual- originaram o problema de aprendizagem
reativo, a qual afeta o aprender, mas não aprisiona a inteligência e, geralmente surge do confronto
entre o aluno e a instituição.
2ª causas internas à estrutura familiar e individual – originariam o problema considerado como
sintoma e inibição, afetando a dinâmica e desejo, causando o desejo inconsciente de não conhecer e,
portanto, de aprender.
3ª modalidades de pensamento derivadas de uma estrutura psicótica as quais ocorrem em menor
número de casos.
4ª fatores de deficiência orgânica em casos mais raros.
Essa breve reflexão sobre dificuldades de aprendizagem pretende abordar aspectos que explicarão
porque alguns alunos se sentem bloqueados ou encontram dificuldades no processo natural de
aprendizagem. Um aluno com insucesso escolar transporta um peso frustracional muito grande
convertendo- se em um sentimento de autodesvalorização que se não for percebido acarretará ainda
mais prejuízos no desenvolvimento da sua personalidade. Se o convívio familiar for adequado e
qualitativamente estimulado, a criança conseguirá desenvolver melhor suas aptidões que terão um
papel imprescindível na aprendizagem, pois desta forma busca-se atingir a superação das situações-
problema da escolaridade.
Segundo Fonseca (1995), muitas das aprendizagens de adquirem por imitação e por simples
interação social, outras, porém, só se adquirem em situações estruturadas, que exigem a
participação e midiatização de um adulto científica e culturalmente preparado. Será que todos os
alunos se beneficiam do ambiente adequado ates de entrar para a escola? Durante o período de
aprendizagem escolar, estarão os pais disponíveis para proporcionar os reforços emocionais
necessários?
Baseado nestas questões, Fonseca comenta a etiologia das dificuldades de aprendizagem que pode
ser abordada em dois níveis: endógeno e exógeno. O aspecto endógeno é de origem biológica e sua
influência em termos de desenvolvimento e o aspecto exógeno são de origem social desencadeada
por condições de pobreza e privação cultural.
Quanto aos fatores endógenos (biológicos), pode-se afirmar que as causas genéticas são
indispensáveis para esclarecer as causas relacionadas às dificuldades de aprendizagem. Desta
Forma, oportuniza- se um diagnóstico detalhado em busca de maiores informações para o
processo de intervenção do psicopedagogo.
Nesta perspectiva de descobrir as causas das dificuldades de aprendizagem é importante enfatizar
que neurologicamente até os trinta meses de vida, o cérebro está e m acelerada formação, razão
pela qual, qualquer lesão poderá comprometer irreversivelmente o potencial de aprendizagem,
quer verbal ou não verbal.
A fase inicia l do processo ensino aprendizagem (5 a 6 anos) deve ter como objetivo o raciocínio e a
aprendizagem assistemática e não a aprendizagem de conteúdos formais. Até os sete anos o
desenvolvimento primordial é do hemisfério direito, tendo ainda um raciocínio pré-lógico,
necessitando de um trabalho concreto, pois este hemisfério consegue assimilar a linguagem das
cores, formas, criatividade, música, arte, dramatização, jogo e imaginação. É de extrema
importância que os profissionais da educação tenham consciência de que não adianta exigir do
cérebro o que ainda não pode proporcionar, pois se não tiver maturação, a assimilação da
aprendizagem não acontece.
O processo de aprendizagem é desencadeado a partir da motivação e está intimamente ligado às
relações de troca que se estabelece com o meio, principalmente, seus professores e colegas. Nas
situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos e está intimamente
ligado as relações de troca que se estabelece com o meio, principalmente, seus professores e
colegas. Nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos para se
apropriar do conhecimento.
Os fatores exógenos (origem social) são também desencadeados das dificuldades de aprendizagem,
pois as condições desfavoráveis que vivem o aluno são indutoras de atrasos de maturação
neurológica. As condições de pobreza provocam privações nos aspectos biológicos, psicológicos e
sociais e como consequência tem dificuldades de aprendizagem nos alunos oriundos de meios
sócio-econômicos desfavorecidos.
É imprescindível que as escolas criem uma perspectiva preventiva das dificuldades escolares, pois é
no princípio da escolarização e não fim, que se deve aperfeiçoar o potencial de aprendizagem dos
alunos. Nessa perspectiva muitos se pode economizar, quer em potencial humano, quer em
dinheiro.
Distúrbio de aprendizagem é um tema bastante complexo, pois quando o sujeito aprende uma tarefa
é verificado o seu perfil de aprendizagem, isto é, quais são os seus talentos e quais suas
vulnerabilidades, até mesmo os testes utilizados para detectar as dificuldades de aprendizagem não
são 100% eficazes, pois há crianças e adolescentes que mesmos com Qls elevados apresentam
dificuldades específicas na aprendizagem, embora existam diversos testes que são aplicados em
crianças e adolescentes que dão subsídios para conhecer mais e melhor esses sujeitos.
De acordo Schwartzman ct al (2001), existem inúmeras dificuldades e fatores que levam ao déficit
de aprendizagem, eles estão:
O psicopedagogo deve estar preparado para trabalhar com as dificuldades, deve ter a sensibilidade
para percebê-las quando há de fato um distúrbio ou apenas dificuldades passageiras que por
diversas vezes são resolvidas com facilidade, evitando assim, que essas dificuldades se estendam ao
longo da fase da adolescência, perpetuem e se agravem por toda a fase adulta. Mas há que se ter em
mente também que a escola tem um papel igualmente importante nessa relação ensino-
aprendizagem.
Portanto, o psicopedagogo deve ter consciência de seu papel e responsabilidade profissional e social
e acima de tudo deve respeitar, prezar e zelar por cada vida que for colocada sob seus cuidados,
lembrando sempre que cada ser é único e que cada um possui singularidades que precisam ser
respeitadas e que são estas diferenças que dão significado à vida. Dessa forma, a psicopedagogia,
procura estudar, explicar, diagnosticar e tratar dos problemas de aprendizagem, levando-se em
consideração todos os aspectos formativos na vida do indivíduo. Pois, o ser aprendente é um ser
sistêmico, que leva consigo toda uma relação que se estabelece com seus processos dinâmicos da
aprendizagem.
OBSERVAÇÃO
Esse estudo foi realizado em uma escola, da Zona Rural de Santa Luzia-Ma, foi sujeito desse estudo
a Pedagoga que trabalha nessa escola como gestora que aceitou fazer parte do estudo. De imediato a
gestora explicou que a escola U.E Elesbão Campelo da Silva estaria funcionando de forma remota.
O período de realização da coleta de dados compreendeu o mês de março do ano de 2021. Para
realização do estágio, seguir as propostas do material de apoio da instituição de Pós-Graduação,
com entrega da Carta de Apresentação à Diretora, as propostas do Instrumento de Coletas de Dados
e Roteiro para Observação Institucional.
Inicialmente foi realizado um levantamento, para verificar se a escola dispunha, em seu quadro
permanente de pessoal, de profissionais na área da Psicopedagogia. Esse profissional deveria ter o
curso de especialização em Psicopedagogia, bem como desenvolver seu trabalho psicopedagógico
com os alunos.
Após essa verificação, foi constatado que a escola não tinha esse profissional, mas a escola
disponibilizou o contato com os pedagogos, assim comecei a interroga-los a fim de saber os dados
da mesma.
Após a observação do Plano Político Pedagógico da Instituição de Ensino. Tornou -se importante
avaliar que a aprendizagem ocorre em diversos momentos. E sua relação deve ser a mesma entre
professor e aluno, onde vinculo exerce influência fundamental no processo de ensino e
aprendizagem.
Tendo em vista que para se alcançar o êxito é necessário criar um clima favorável, valorizando a
harmonia nos grupos de trabalhos, abertos as dificuldades encontradas pelo grupo, reconhecendo
que cada um tem o seu momento para despertar o seu conhecimento.
A metodologia de trabalho nesta unidade de ensino é cada vez, mas organizada, observando que
estamos em um momento muito difícil, porque trabalhar com aulas remotas não é fácil, mas os
professores dessa unidade de ensino estão se esforçando muito no qual a atividade presente não só
prevê a estrutura, mas também visa a aprendizagem dos alunos. Com a participação de todos os
componentes da unidade de ensino buscando assim atingir o seu objetivo maior que o ensino
aprendizagem do educando visando à valorização da comunidade escolar e a integração da família
no convívio escolar.
A seleção de conteúdos e suas respectivas competências básicas devem ser contempladas de acordo
com o Documento Curricular do território Maranhense.
O atendimento das necessidades básicas de aprendizagem requer que se considere uma tipologia de
conteúdos que ultrapasse os conteúdos conceituais (fatos, conceitos e princípios) tendo que ser
considerado aqueles relacionados ao desenvolvimento das habilidades e de atitudes e valores.
É uma escola muito bonita, mas pouco arejada, com pátio pequeno não tem espaço para as crianças
fazerem suas refeições, não tem uma sala para professores, ou seja, a escola é muito desestruturada
para a demanda de alunos e professores.
COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS
A metodologia utilizada para a construção do trabalho de pós-graduação teve como apoio
Uma pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo com o uso de questionário do tipo quantitativo
realizados com os professores da escola, e família após a coleta de dados foi possível perceber que
os pedagogos da escola procuram diversificar as atividades tentando estimular os alunos com
dificuldade de aprendizagem utilizando alguns métodos pedagógicos. Ao longo da pesquisa pude
observar que os professores necessitam conhecer como ocorre a construção do conhecimento da
criança, bem como buscar meios que propicie que isso a aprendizagem dos mesmos através de
recursos didáticos que venha a estimular e desenvolver a s suas habilidades.
Segundo Matos (2001) a partir da análise dos dados dos dados coletados e dos procedimentos
utilizados, o pesquisador consegue a ter um conhecimento, mais amplo do conteúdo estudado. Após
ter se caracterizado a atividade de coleta o seu próximo passo é transformar os dados em novos
conhecimentos. Para tanto o autor afirma que:
Na busca de respostas para minhas indagações conversei com a psicopedagoga da escola sendo que,
ela atua na área de psicopedagogia no município de Ferreira de Santana. O objetivo da presente
pesquisa é tomar conhecimento da opinião da psicopedagoga a respeito do tema desse Trabalho de
Pós-Graduação, que é O psicopedagogo e as dificuldades de aprendizagem no processo de
alfabetização, buscando analisá-los a luz do referencial teórico e das compreensões enunciadas
anteriormente.
INTERVENÇÕES
Incentivar os alunos, pais e professores sobre a importância do reforço escolar;
Realizar práticas de leitura com os quatro tipos de letras, com palavras de pronúncia parecidas, mas de
escrita diferente.
Praticar jogos, cruzadinhas, quebra-cabeça, melhorando a concentração, atenção, linguagem e escrita;
Trabalhar as trocas fonéticas (sons da fala), levando eles a observar o ponto de articulação de cada
fonema (posição de lábios, língua, etc.), emitindo as vogais, sílabas e palavras. Posteriormente deverá
fazer a transcrição dos sons na escrita de palavras, repetindo-os.
Trabalhar a adequação correta das relações grafemas e fonemas para construção dos textos;
Realizar diariamente práticas de leitura, melhorando a fluência, entonação e expansão vocabular;
REFERÊNCIAS
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http://revistapsicopedagógica.com.br/detalhes/196/atuação o-psicopedagógica-no-contexto-escolar--
manipulação-não--contribuição--sim. Acesse em 01 set. 2016
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