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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
Sumário
1. Introdução ....................................................................................................................................... 4
2. Histórico da Avaliação de Imóveis no Brasil .................................................................................... 6
3. Normas da ABNT da série 14653 ..................................................................................................... 8
4. Resolução COFECI n° 1066/2007 ..................................................................................................... 9
5. Definições ...................................................................................................................................... 10
6. Como iniciar uma avaliação? ......................................................................................................... 14
7. O Corretor de Imóveis Avaliador e a Ética Profissional ................................................................. 15
8. A Metodologia de avaliação e valor de mercado .......................................................................... 17
9. Imóveis Urbanos e imóveis Rurais - Pesquisa ............................................................................... 18
10. Métodos de Avaliações ............................................................................................................. 21
12. Método Comparativo Direto de Dados de Mercado................................................................. 24
1.1 Procedimento para Tratamento de Fatores .......................................................................... 26
1.2 Fatores de Homogeneização ................................................................................................. 27
Melhoramentos Públicos .............................................................................................................. 27
Testada .......................................................................................................................................... 28
Tipo de Superfícies de Terrenos .................................................................................................... 29
Pedologia ....................................................................................................................................... 29
Topografia ..................................................................................................................................... 29
Esquina .......................................................................................................................................... 30
Transposição ou localização – Fonte: Diversos: Maria Filho / Fiker / Moreira ............................. 31
Acessibilidade ................................................................................................................................ 31
Frente ............................................................................................................................................ 32
Restrição legal ............................................................................................................................... 32
Fonte.............................................................................................................................................. 33
Atualização .................................................................................................................................... 33
Correção de Área ........................................................................................................................... 33
1.3 Homogeneização ................................................................................................................... 34
1.4 Cálculo do Valor do Imóvel.................................................................................................... 35
1.5 Saneamento da Amostra – Critério de Chauvenet................................................................ 38
1.6 Intervalo de Confiança - Distribuição de Student ................................................................. 44
1.7 Campo de Arbítrio ................................................................................................................. 47
1.8 Avaliação Intervalar ............................................................................................................... 48
13. Método Evolutivo ...................................................................................................................... 50
a. Custo de reedição de Benfeitorias ............................................................................................ 50
b. Valor de Compra e Venda ......................................................................................................... 54
14. Roteiro, conteúdo mínimo e apresentação do Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica
(PTAM) ................................................................................................................................................... 57
15. O PTAM em pericias nos processos judiciais ............................................................................. 59
16. Honorários do Corretor de Imóveis para Emissão do PTAM..................................................... 61
17. Bibliografia................................................................................................................................. 62
18. APÊNDICE – A ............................................................................................................................ 63
19. APÊNDICE – B............................................................................................................................. 65
20. APÊNDICE – C............................................................................................................................. 69
21. APÊNDICE – D ............................................................................................................................ 71
22. APÊNDICE – E ............................................................................................................................. 73
23. APÊNDICE – F ............................................................................................................................. 84
24. APÊNDICE – G ............................................................................................................................ 96
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1. Introdução
“Será que o valor que estou cobrando pelo meu imóvel é o valor correto,
ou será que o valor que estão me cobrando é realmente o que vale este
imóvel? ”
Para sanar esta dúvida, dentro do mercado imobiliário existem alguns profissionais
designados como avaliadores de imóveis, que estão aptos a determinar o valor correto de um
imóvel, ou seja, o valor de mercado.
Todos os tipos de imóveis podem ser avaliados, seja apartamento, casa, terreno,
pavilhões, galpões, fazendas, salas comerciais, prédios ou complexos industriais.
Segundo o item 3.15 da NBR 14653-1, Norma Brasileira para Avaliação de Bens,
Engenharia de Avaliações é definida como:
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(i) Observação do imóvel a ser avaliado - Primeiramente é realizada a análise do
imóvel que está sendo avaliado, desde a documentação até a vistoria. Essa
análise ajuda o avaliador a encontrar um caminho mais fácil para obter o valor
do imóvel, notando assim, semelhanças ou diferenças com outros imóveis que
se pode comparar;
Para realizar uma avaliação de imóvel, o profissional precisa estimar modelos que
expliquem, de maneira satisfatória, a variabilidade observada nos preços, no mercado
estudado.
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2. Histórico da Avaliação de Imóveis no Brasil
Com a Lei nº 601/1850 foi criado um estatuto jurídico adequado e a terra, além de
passar a ser um esteio econômico da nova sociedade, agora capitalista, foi considerada como
forma de reserva e de apropriação de capitais, com base nas expectativas de valorização e
como um meio de ganhos financeiros, por intermédio de suas rendas locatícias e vendas.
Além disso, passou a servir de garantia para contração de empréstimos bancários, ocasião
em que estes se ampliavam como estratégia para expansão do cultivo do café.
As primeiras publicações sobre o valor dos imóveis, ainda sob a forma de artigos,
foram os boletins do Instituto de Engenharia, da Revista Politécnica e da Revisa Engenharia
Mackenzie, entre os anos de 1918 e 1929. Surgiram também outros trabalhos técnicos
concernentes a técnica de avaliação de imóveis.
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A determinação técnica do valor de um bem imóvel é de extrema importância para a
tomada de decisão em diversos segmentos da sociedade e em muitos órgãos governamentais
e privados. Cabe ao profissional de avaliações coletar, tratar e analisar dados, e estimar
modelos que expliquem, de maneira satisfatória, a variabilidade observada nos preços, no
mercado em que se estuda.
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3. Normas da ABNT da série 14653
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4. Resolução COFECI n° 1066/2007
Para fortalecer o acervo técnico do Corretor de Imóveis, nessa Resolução foi criado
o Selo Certificador fica vinculado à Declaração de Avaliação Mercadológica, estando
disponível para ser baixada no site do COFECI, conforme mencionado nos art. 8º ao 11º.
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5. Definições
• Área útil da unidade – Área real privativa, subtraída a área ocupada pelas paredes e
outros elementos construtivos que impeçam ou dificultem sua utilização.
• Bem – Coisa que tem valor, suscetível de utilização ou que pode ser objeto de direito,
que integra um patrimônio.
• Benfeitoria – Resultado de obra ou serviço realizado num bem e que não pode ser
retirado sem destruição, fratura ou dano.
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• Dano – Prejuízo causado a outrem pela ocorrência de vícios, defeitos, sinistros e
delitos, entre outros.
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• Idade aparente – Idade atribuída ao imóvel de modo a refletir sua utilização,
funcionalidade, partido arquitetônico, materiais empregados, entre outros.
• Idade real – Tempo decorrido desde a conclusão de fato da construção até a data de
referência.
• Imóveis urbanos – Imóvel situado dentro do perímetro urbano definido por lei.
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• População – Totalidade de dados de mercado do segmento que se pretende analisar.
• Preço – Quantia pela qual se efetua, ou se propõe efetuar, uma transação envolvendo
um bem, um fruto ou um direito sobre ele.
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6. Como iniciar uma avaliação?
Ex.: Um terreno com grande inclinação pode ser um impeditivo para construir, sendo
assim, o imóvel possuirá um valor inferior do que um terreno mais plano.
Deve ser preenchida uma ficha com todos os detalhes do imóvel avaliando, e obter
informações sobre o mesmo; no local ou com vizinhos. É importantíssima esta etapa, pois a
partir do que se vai avaliar pode-se escolher as amostras.
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7. O Corretor de Imóveis Avaliador e a Ética Profissional
O Corretor de Imóveis quando é chamado para fazer uma avaliação quer seja através
de uma perícia judicial, ou até mesmo de forma direta mediante uma contratação de uma das
partes (atuando com assistente técnico), deve ter muito cuidado no que escreve e
principalmente no que se fala, pois pode se comprometer de forma profissional.
• Seja discreto: você às vezes irá trabalhar com informações pessoais e “segredo de
justiça”, importante aqui é falar menos o possível e observar mais;
• Seriedade: quando se está fazendo uma avaliação, não importa qual o valor desse
imóvel, quem é o proprietário, enfim o que interessa é a sua seriedade em fazer um
excelente trabalho e manter o profissionalismo;
• Seja imparcial: atuando como perito judicial você deve ser totalmente imparcial,
apenas lembre-se do seu objetivo que é exatamente responder aos quesitos técnicos;
agora no tocante a ser um assistente técnico você é parcial, defendendo os interesses
do seu cliente, mas tenha cuidado pois não é porque seu cliente está lhe pagando que
você irá assinar e fazer algo que venha lhe comprometer sua credibilidade como
profissional;
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relacionadas diretamente com sua atividade, podemos citar: a legislação imobiliária e a
construção civil.
Seja um profissional aberto a novas parcerias, tendo em vista que você não é o
conhecedor (um especialista) de tudo, arquitetos, engenheiros, advogados, contabilistas, são
alguns dos profissionais para se formar parcerias estratégicas. Lembre-se de um detalhe
importante: você não pode ganhar sozinho, melhor ganhar certo percentual de algo do que
100% de nada.
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8. A Metodologia de avaliação e valor de mercado
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9. Imóveis Urbanos e imóveis Rurais - Pesquisa
Não se pode produzir uma avaliação de imóveis por comparação sem ter uma
amostra de dados (imóveis) consistente. Além do mais esses dados (contidos na amostra)
devem ser coerentes entre si e com o imóvel avaliando, para produzir resultados coerentes.
Desta forma, pode-se afirmar que a parte mais trabalhosa é a obtenção e escolha
dos dados que irão compor uma amostra.
Todos os imóveis pesquisados devem conter essas informações, tais como: padrão
de acabamento, estado de conservação, idade aparente, etc. Essa pesquisa pode ser descrita
em uma planilha que pode ser preenchida em campo.
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A formação de uma amostra com vários dados constituiu na etapa mais importante
da avaliação, que interferirá totalmente no valor final. Por isso, sugere-se o cuidado na
obtenção das mesmas, com análise das variáveis coletadas e as fontes de informação.
• Fontes de informação;
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Todos os imóveis pesquisados (dados) devem conter essas informações (variáveis,
como: padrão de acabamento, estado de conservação, idade aparente, etc.), que podem ser
descritas em uma planilha que pode ser preenchida em campo.
A pesquisa é realizada utilizando fatores que influenciam o valor final do imóvel, como
por exemplo, a área ou a testada.
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10. Métodos de Avaliações
A avaliação de bens pode utilizar técnicas tão simplificadas como a simples média
até as metodologias mais sofisticadas como a regressão múltipla.
MÉTODO INVOLUTIVO
MÉTODO EVOLUTIVO
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Exemplo: Você paga o mesmo preço por qualquer carro? Não... Porque, apesar de
ser um carro, eles possuem diferença entre si (ano, modelo, potência, marca, etc.).
• Imóveis únicos e que não possuem outros similares para realizar a comparação;
• Há mercado em que são raras as transações de imóveis, não havendo assim, dados
suficientes;
Em resumo, deve ser utilizado o método avaliatório que, em função dos dados
observados em Pesquisa de Mercado e do bem avaliando, permita conferir a maior
consistência à manifestação do valor.
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EXERCÍCIO
11. Calcule o valor unitário e a média.
Resposta:
Valor Unitário
Dados O valor unitário é dado pela relação entre o valor pela
(R$/m²)
1 416,67 área correspondente, por isso tratamos como sendo
2 718,75 R$/m².
3 875,00
4 366,67 A média dos valores unitários é dado pela expressão:
5 1.055,56 ∑ 𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡
6 1.000,00 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎 =
7 513,89 𝑛
7.620,44
8 1.333,33 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = ⇒ 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 762,04
9 833,33 10
10 507,25
Soma 7.620,44
Média 762,04
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12. Método Comparativo Direto de Dados de Mercado
Esta metodologia inicia-se com a pesquisa, sendo que seu planejamento é a etapa
crucial para a obtenção de uma amostra representativa.
A amostra de dados obtida deve, tanto quanto possível, ser semelhante ao avaliando,
como: localização, área, padrão de acabamento, relevo, entre outros. Na impossibilidade de
buscar dados com características similares, devem-se utilizar as variáveis que mais
influenciam no valor final do imóvel para posteriormente homogeneizar essas variáveis.
Existem dois tipos de variáveis: a variável dependente, que é explicada pelas outras
variáveis utilizadas; e as variáveis independentes, que dão conteúdo lógico a variação de
preço de mercado.
Como exemplo:
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comum e outros atributos que se revelem importantes no decorrer dos trabalhos, pois algumas
variáveis consideradas no planejamento da pesquisa podem se mostrar pouco relevantes e
vice-versa.
• Pelo emprego de variáveis proxy (por exemplo: padrão construtivo expresso pelo
custo unitário básico, ou Índice Fiscal da Planta de Valores do Município);
• Por meio de códigos alocados (por exemplo: padrão construtivo baixo igual a 1,
normal igual a 2 e alto igual a 3).
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1.1 Procedimento para Tratamento de Fatores
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• Os fatores de homogeneização não podem ser utilizados fora de sua tipologia,
campo de aplicação e abrangências regional e temporal.
Melhoramentos Públicos
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Abaixo segue a proporção de cada infraestrutura representa.
Tipo Peso
Água 0,15
Esgoto Sanitário 0,05
Esgoto Pluvial 0,10
Rede de gás 0,05
Meio fio e sarjeta 0,10
Rede elétrica 0,15
Iluminação Pública 0,05
Pavimentação 0,30
Rede telefônica 0,05
Fonte: Eng. Ruy Canteiro
𝐹 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑎𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜
𝐹=
𝐹 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜
Testada
Isso se deve ao fato de que imóveis com mais frentes possuem maior visibilidade, e
em caso de imóveis comerciais, mais visibilidade para o produto comercializado.
Nº testada Fator
1 1,00
2 1,15
3 1,25
4 ou + 1,30
Fonte: Manual de Avaliação técnica da União
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Tipo de Superfícies de Terrenos
Pedologia
A pedologia é o campo da ciência que estuda os tipos de solo e indica os usos mais
adequados para cada tipo identificado. A importância das análises de solo está em verificar
se este é ou não próprio para determinados usos do terreno. No caso de solos impróprios
para construção, considera-se como base o fator 0,90, segundo o autor Maciel Correa Meyer
(2003) e para solos próprios o fator é 1,00.
𝐹 𝑎𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜
𝐹=
𝐹 𝑝𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜
Topografia
Como critério geral, as influências dessa natureza poderão ser determinadas com
base em análise do valor gasto na intervenção (aterro ou retirada de material, terraplanagem)
para tornar o terreno 100% aproveitável.
Topografia Fator
Terreno plano 1,0
Caído para os fundos até 5% 0,95
Caído para os fundos de 5 a 10% 0,90
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Caído para os fundos de 10 a 20% 0,80
Caído para os fundos mais de 20% 0,70
Em aclive até 10% 0,95
Em aclive até 20% 0,90
Em aclive acima de 20%| 0,85
Abaixo do nível da rua até 400 m 1,00
Abaixo do nível da rua de 400 até 2,5 m 0,90
Abaixo do nível da rua de 2,5 até 4,0m 0,80
Acima do nível da rua até 2,0 m 1,00
Acima do nível da rua de 2,0 até 4,0 m 0,90
Fonte: IBAPE- SP/95
𝐹 𝑎𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜
𝐹=
𝐹 𝑝𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜
Os casos de valorização devido à topografia são pouco frequentes, devendo sempre
ser examinados e justificados.
Esse fator pode ser utilizado quando a intervenção no terreno (aterro ou retirada de
solo) representa um custo significativo, interferindo assim no valor do imóvel.
Esquina
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Transposição ou localização – Fonte: Diversos: Maria Filho / Fiker / Moreira
Acessibilidade
Entretanto, esse fator pode ser usado em poucos casos atualmente, em função do
automóvel ser comumente encontrado na população com renda baixa.
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𝐹 𝑎𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜
𝐹=
𝐹 𝑝𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜
Utilizado em locais de baixa renda, onde a distância até um ponto de ônibus ou outro
tipo de transporte, torna o local mais valorizado.
Frente
Restrição legal
Natureza Fonte
Sem restrição 1,00
Faixas “Non Edificandi” de qualquer natureza 0,10
Projeto Alinhamento com recuo 0,30
Imóveis tombados 0,30 a 0,70
Zona de vida silvestre 0,10
Unidade de conservação da Natureza 0,10
Reserva Florestal 0,10
Manguezais 0,10
Outras formas com restrição ecológica 0,30 a 0,80
Outras restrições variável
• Imóveis tombados podem variar em função do nível de tombamento
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𝐹 𝑎𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜
𝐹=
𝐹 𝑝𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜
Fonte
Atualização
𝐹 𝑎𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜
𝐹=
𝐹 𝑝𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜
• CUB
Correção de Área
Terrenos com áreas menores possuem a tendência a ter um valor unitário maior em
relação a áreas maiores.
A metodologia consiste em
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1
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑚ó𝑣𝑒𝑙 𝑝𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜 4𝑜𝑢 0,25
𝐹 á𝑟𝑒𝑎 = ( )
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑚ó𝑣𝑒𝑙 𝑎𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜
1.3 Homogeneização
EXERCÍCIO 2
No Método Comparativo Direto de Dados de Mercado, por que utilizamos o
tratamento por fatores na amostra coletada?
EXERCÍCIO 3
Em uma avaliação de um terreno em um loteamento popular, além de Fonte e Área,
quais outros 4 fatores seriam recomendadas para a homogeneização da amostra? Justifique
a resposta.
Resp.:
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• Superfície do terreno – o custo para deixar o terreno apto
para construção representa um alto custo para um terreno
popular;
• Topografia – A construção em terrenos que não possuem
topografia plana representa maior custo na construção;
• Acessibilidade – distância ao transporte público é prioridade
para loteamentos populares.
EXERCÍCIO 4
Área Frente
Dado Valor total Fonte Topografia Pedologia
(m²) ( m)
1 25.000,00 Transação 450,00 15,00 Plano Seco
2 30.000,00 Oferta 525,00 15,00 Aclive 5% Seco
3 28.500,00 Transação 650,00 13,00 Aclive 8% Seco
4 29.500,00 Oferta 1.020,00 17,00 Plano Pantanoso
5 19.000,00 Oferta 360,00 12,00 Declive 15% Seco
6 45.000,00 Transação 1.200,00 20,00 Aclive 18% Seco
7 29.000,00 Oferta 550,00 10,00 Declive 10% Seco
8 18.000,00 Oferta 520,00 13,00 Declive 2% Pantanoso
9 22.000,00 Oferta 450,00 15,00 Aclive 18% Seco
10 21.000,00 Oferta 414,00 18,00 Aclive 7% Seco
Resposta:
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Ffrente F topo Fpedologia F área
Dado V unit. Ffonte
14 0,95 -1 560
1 55,56 1,00 0,9829 0,95 1 0,9468
2 57,14 0,90 0,9829 1 1 0,984
3 43,85 1,00 1,0187 1,0556 1 1,0379
4 28,92 0,90 0,9526 0,95 1,667 1,0778
5 52,78 0,90 1,0393 1,1875 1 0,9462
6 37,5 1,00 0,9147 1,0556 1 1,0999
7 52,73 0,90 1,0877 1,0556 1 0,9955
8 34,62 0,90 1,0187 1 1,667 0,9816
9 48,89 0,90 0,9829 1,0556 1 0,9468
10 50,72 0,90 0,9391 1 1 0,9272
Tabela auxiliar:
Somatória Fatores – Vu
Dado V unit. Ffonte
nº Fatores + 1 corrigido
1 55,56 1,00 0,8797 48,87
2 57,14 0,90 0,9669 49,73
3 43,85 1,00 1,1122 48,77
4 28,92 0,90 1,6474 42,88
5 52,78 0,90 1,173 55,72
6 37,5 1,00 1,0702 40,13
7 52,73 0,90 1,1388 54,04
8 34,62 0,90 1,6673 51,94
9 48,89 0,90 0,9853 43,35
10 50,72 0,90 0,8663 39,55
Soma 474,98
Média 47,50
Cálculo
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EXERCÍCIO 5:
Resposta:
Somatória Fatores – Vu
Dado V unit. Ffonte
nº Fatores + 1 corrigido
1 55,56 1 0,7893 43,85
2 57,14 0,9 0,8503 43,73
3 43,85 1 0,9333 40,92
4 28,92 0,9 1,6137 42
5 52,78 0,9 1,0208 48,49
6 37,5 1 0,9346 35,05
7 52,73 0,9 1,0113 47,99
8 34,62 0,9 1,5532 48,39
9 48,89 0,9 0,8782 38,64
10 50,72 0,9 0,776 35,43
Soma 424,49
Média 42,45
Cálculo
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 = 800 × 42,45 ⇒ 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 = 33.960,00
Valor do terreno de R$34.000,00 (trinta e quatro mil reais)
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1.5 Saneamento da Amostra – Critério de Chauvenet
Por este motivo, estes valores que fogem à tendência dominante não podem ser
descartados sem recorrer a critério consistente para sua eliminação.
Em uma próxima etapa, um novo valor médio e um novo desvio padrão são
calculados, sem incluir os pontos eliminados. O critério poderia até ser repetido mais uma vez,
para a eliminação de mais pontos, entretanto o procedimento não é recomendável.
O critério de Chauvenet, então, fornece uma base consistente para tomar a tomada
de decisão de excluir ou não um dado de um conjunto de valores medidos.
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1º passo – Calcular a média dos Valores Unitários Corrigidos ( )
Onde:
3º passo - Verificar os limites (o menor valor unitário e o maior valor unitário), através
da fórmula:
𝑥𝑖 −𝑥̅
𝑑𝑖⁄ = 𝑆
Comparar o valor encontrado com o d/s crítico da tabela.
𝑠
O di/s encontrado deve ser inferior ao d/s crítico, senão, eliminar o dado e retornar
ao 1º passo.
EXERCÍCIO 6:
Dados X
1 858,77
2 819,29
3 777,37
4 724,51
5 752,39
11.387,74
𝑆=√ ⇒ 𝑆 = 53,36
5−1
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Verificar os limites dos dados (X4 e X1)
• Dado X4
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 724,51 − 786,46
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = −1,16
𝑠 𝑆 𝑠 53,36 𝑠
• Dado X1
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 858,77 − 786,46
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = 1,36
𝑠 𝑆 𝑠 53,36 𝑠
Como o valor tabela é de 1,65 foi verificado que ambos os valores encontrados acima
estão abaixo do valor tabelado, portanto não serão excluídos.
EXERCÍCIO 7:
Dados X
1 858,77
2 819,29
3 777,37
4 724,51
5 752,39
6 736,69
7 1.050,51
8 996,85
9 1.097,35
10 824,16
11 1.086,09
12 1.077,09
13 936,85
14 831,41
15 845,40
16 812,69
17 842,69
18 986,83
19 859,49
20 1.568,60
Resposta:
40/106
Dados X Xi - Xmed (Xi - Xmed)²
1 858,77 - 65,48 4.287,83
2 819,29 - 104,96 11.016,92
3 777,37 - 146,88 21.574,18
4 724,51 - 199,74 39.896,67
5 752,39 - 171,86 29.536,38
6 736,69 - 187,56 35.179,32
7 1.050,51 126,26 15.941,21
8 996,85 72,60 5.270,54
9 1.097,35 173,10 29.963,09
10 824,16 - 100,09 10.018,31
11 1.086,09 161,84 26.191,70
12 1.077,09 152,84 23.359,61
13 936,85 12,60 158,72
14 831,41 - 92,84 8.619,54
15 845,40 - 78,85 6.217,56
16 812,69 - 111,56 12.445,97
17 842,69 - 81,56 6.652,28
18 986,83 62,58 3.916,07
19 859,49 - 64,76 4.194,05
20 1.568,60 644,35 415.184,99
Soma 18.485,03 709.624,92
Média 924,25
709.624,92
𝑆=√ ⇒ 𝑆 = 193,26
20 − 1
• Dado X4
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 724,51 − 924,25
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = −1,03
𝑠 𝑆 𝑠 193,26 𝑠
• Dado X20
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 1.568,60 − 924,25
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = 3,33
𝑠 𝑆 𝑠 193,26 𝑠
Como o valor tabela é de 2,23 foi verificado que o dado X20 será eliminado da
pesquisa, recalculando dessa forma nova tabela.
41/106
Dados X Xi - Xmed (Xi - Xmed)²
1 858,77 - 31,57 996,57
2 819,29 - 71,05 5.047,88
3 777,37 - 112,97 12.761,86
4 724,51 - 165,83 27.499,07
5 752,39 - 137,95 19.029,77
6 736,69 - 153,65 23.607,84
7 1.050,51 160,17 25.654,93
8 996,85 106,51 11.344,72
9 1.097,35 207,01 42.853,79
10 824,16 - 66,18 4.379,58
11 1.086,09 195,75 38.318,68
12 1.077,09 186,75 34.876,15
13 936,85 46,51 2.163,33
14 831,41 - 58,93 3.472,56
15 845,40 - 44,94 2.019,46
16 812,69 - 77,65 6.029,28
17 842,69 - 47,65 2.270,37
18 986,83 96,49 9.310,62
19 859,49 - 30,85 951,63
Soma 16.916,43 272.588,08
Média 890,34
272.588,08
𝑆=√ ⇒ 𝑆 = 123,06
19 − 1
• Dado X4
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 724,51 − 890,34
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = −1,35
𝑠 𝑆 𝑠 123,06 𝑠
• Dado X9
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 1.097,35 − 890,34
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = 1,68
𝑠 𝑆 𝑠 123,06 𝑠
Como o valor tabela é de 2,21 foi verificado que ambos os valores encontrados acima
estão abaixo do valor tabelado, portanto não serão excluídos.
42/106
EXERCÍCIO 8:
Resposta:
Tabela Auxiliar
Dado Valor Unitário F Área F Fonte F Localização Esquina
1 600,00 0,9292 1 1,8268 1
2 700,00 0,9219 1 1,8268 0,9434
3 1.494,40 0,9719 0,9 1,5721 1
4 780,49 1,033 0,9 1,8268 1
5 600,18 1,0474 1 1,5721 1
6 1.071,43 0,9391 0,9 1,8268 0,9434
Cálculo:
Somat. Fatores -
Dado Valor Unitário F fonte Vu Corrigido Xi - Xmed (Xi-Xmed)²
nº Fatores + 1
873.621,77
𝑆=√ ⇒ 𝑆 = 418,00
5
43/106
Verificar os limites dos dados (X3 e X5)
• Dado X3
𝑥𝑖 − 𝑥 2.076,57 − 1.373,56
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = 1,68
𝑠 𝑆 𝑠 418 𝑠
• Dado X5
𝑥𝑖 − 𝑥 971,96 − 1.373,56
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = −0,96
𝑠 𝑆 𝑠 418 𝑠
Como o valor tabela é de 1,73 foi verificado que ambos os valores encontrados acima
estão abaixo do valor tabelado, portanto não serão excluídos.
44/106
Ou seja, considerando a média populacional fixa, um mínimo de 80% dos intervalos
obtidos ao longo dos nossos trabalhos posicione-se em uma região de forma tal que seja
interceptado pelo valor da média da população representada pela amostra que temos naquele
momento.
O Intervalo nada mais é do que a faixa dentro do qual deve estar contido o valor
probabilístico.
Utiliza-se a distribuição de Student “t” para “n” amostras e “n-1” graus de liberdade,
com confiança de 80%.
X o X m ed
A probabilidade padronizada é dada por: to
s
n
45/106
s
sx t1 ;n 1
2 n
Assim, o intervalo de confiança ao nível 1 , para uma amostra com n elementos e
desvio padrão s, é determinado por:
s s
X m ed t1 ; n 1
I X m ed t1 2; n 1
2 n n
onde:
t
1 ; n 1 : ponto crítico da distribuição t de student, para o nível de significância e
2
com n-1 grau de liberdade.
46/106
Os intervalos de confiança e de predição são assim definidos na ABNT 14653-2:2011:
Intervalo de confiança – intervalo de valores dentro do qual está contido o parâmetro
populacional com determinada confiança; intervalo de predição – estimativa de um intervalo
de valores, a partir de dados de mercado observados, dentro do qual novos dados do mesmo
contexto estarão contidos, com determinada probabilidade.
EXERCÍCIO 9:
Resposta:
418 418
1.373,56 − 1,44 × ≤ 𝐼 ≤ 1.373,56 + 1,44 ×
√6 √6
1.373,56 − 245,73 ≤ 𝐼 ≤ 1.373,56 + 245,73
1.127,83 ≤ 𝐼 ≤ 1.619,29
• Valor mínimo
𝑉𝑚𝑖𝑛 = 1.800 × 1.127,83 ⇒ 𝑉𝑚𝑖𝑛 = 2.030.094,00
• Valor máximo
𝑉𝑚𝑎𝑥 = 1.800 × 1.619,29 ⇒ 𝑉𝑚𝑎𝑥 = 2.914.722,00
O campo de arbítrio pode ser utilizado quando variáveis relevantes para a avaliação
do imóvel não tiverem sido contempladas no modelo, por escassez de dados de mercado, por
inexistência de fatores de homogeneização aplicáveis ou porque essas variáveis não se
apresentaram estatisticamente significantes em modelos de regressão, desse
consideraremos um intervalo de mais ou menos 18 % seja suficiente para absorver as
influências não consideradas.
Quando o intervalo não for suficiente, o modelo não é apropriado para fundamentar
a avaliação pelo método comparativo direto de dados de mercado.
47/106
EXERCÍCIO 10:
Qual é o campo de arbítrio para um imóvel de 1800,00 m², cujo valor médio
encontrado de 1.373,56?
Resposta:
A figura abaixo esclarece bem como lidar com estes três intervalos de valores para
se estabelecer a faixa de valores admissíveis.
Quando for adotado o valor arbitrado, o intervalo dos valores admissíveis deve estar
limitado simultaneamente:
48/106
EXERCÍCIO 11:
Resposta:
• Valor mínimo
𝑉𝑚𝑖𝑛 = 1.800 × 1.373,56 × (1 − 0,18)
𝑉𝑚𝑖𝑛 = 2.027.374,56
• Valor máximo
𝑉𝑚𝑎𝑥 = 1.800 × 1.373,56 × (1 + ,018)
𝑉𝑎𝑚𝑥 = 2.917.441,14
49/106
13. Método Evolutivo
Baseia-se na premissa de que um comprador não pagará mais pelo conjunto terreno
acrescido da edificação do que o custo de produzir a edificação igual sobre um terreno similar.
A fórmula utilizada é:
Onde:
• VI é o valor de do imóvel;
• VT é o valor do terreno;
• FC é o fator de comercialização.
50/106
Figura 1 - Planilha do CUB maio/14
Para a vida útil ou referencial e o valor residual do imóvel (% a não ser depreciada),
pode ser aplicada a seguinte idade de acordo com a tipologia, tipo e o padrão:
51/106
Figura 2 - Vida útil e residual
52/106
É importante notar que as características relativas ao estado de conservação são
apenas referências, sendo que o avaliador deve ponderar sua utilização.
53/106
b. Valor de Compra e Venda
EXERCÍCIO 12:
Resposta:
• Reprodução
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 100 × 1.421,57
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 142.157,00
• Reedição
Vida útil – 70 anos
Valor residual = 20%
Estado de conservação – “e”
Coeficiente de depreciação é de 0,672 (tabela)
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑒𝑑𝑖çã𝑜 = 0,80 × 142.157 × 0,672 + 0,20 × 142.157
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑒𝑑𝑖çã𝑜 = 104.855,00
54/106
EXERCÍCIO 13:
Informações adicionais:
• CUB médio comercial abril/14- R$ 1.447,02;
Resposta:
• Edifício
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 1300 × 1 × 1.447,02
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 1.881.126,00
• Refeitório
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 300 × 0,7 × 1.447,02
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 303.874,20
55/106
• Estacionamento
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 500 × 0,3 × 1.447,02
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 217.053,00
• Biblioteca
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 350 × 1,20 × 1.447,02
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 607.748,40
• Valor do imóvel
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 2.000.000
+ (1.665.925,18 + 275.674,67 + 201.251,54 + 596.079,63)
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 2.000.000 + 2.738.931,02
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 4.738.931,20 ∴ 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 4.740.000,00
56/106
14. Roteiro, conteúdo mínimo e apresentação do Parecer Técnico de
Avaliação Mercadológica (PTAM)
a) Identificação do solicitante
c) Objetivo da avaliação.
➢ Caracterização do terreno
57/106
➢ Caracterização edificações e benfeitorias
f) Diagnóstico do mercado.
Qual metodologia foi utilizada e, caso não seja o Método comparativo de Dados
de Mercado, o porquê utilizou-se outra.
Incluir os limites máximo e mínimo. Caso não seja utilizado o valor médio,
justificar a escolha do outro valor;
58/106
15. O PTAM em pericias nos processos judiciais
Abaixo listamos algumas orientações para que o profissional seja chamado, como:
• Você também pode atuar com os advogados, lembrando que quando você
é assistente técnico o juiz do caso terá conhecimento da sua pessoa e quem
sabe em outro processo ele próprio poderá lhe nomear.
Daremos ênfase nesse capítulo como se você fosse nomeado perito num
determinado processo e os devidos procedimentos a serem tomados.
Então partindo do princípio, você recebeu uma nomeação para atuar como perito,
quais os próximos passos:
59/106
• Realize a vistoria ao imóvel sempre acompanhados de ambas as partes, e
sempre com imparcialidade desenvolva o trabalho de forma clara e objetiva;
Agora preste atenção num detalhe importante, que todo e qualquer trabalho pode ser
impugnado, cabe ao profissional responder às colocações de forma fundamentada, por isso
tenha cuidado com as terceirizações, além do mais é de uma responsabilidade o PTAM que
consta sua assinatura.
Nos apêndices você irá encontrar além de alguns modelos de petição sobre
honorários e aceite, modelos de PTAM, o objetivo é você ter uma orientação de elaboração e
com o tempo você irá criar seu estilo de trabalho.
Por uma questão de sigilo os textos que identifiquem algo serão omitidos.
60/106
16. Honorários do Corretor de Imóveis para Emissão do PTAM
Aqui iremos tratar de forma direta e objetiva, pois se trata de tema que envolve
claramente numerários que devem ser devidamente justificáveis.
O importante aqui é você usar o bom senso, tudo irá depender depois que você tiver as
respostas obtidas inicialmente.
Por isso importante de ter uma estrutura de custo formatada e bem definida.
61/106
17. Bibliografia
62/106
18. APÊNDICE – A
Situação: Você é nomeado perito num processo e percebe nos Autos que as partes
não elaboraram os quesitos.
63/106
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO da XXª VARA
CÍVEL DA COMARCA XXXX.
Pede e Espera
Deferimento
_____________________
NOME DO PERITO
CRECI – XXXXXX
64/106
19. APÊNDICE – B
Situação: Você é nomeado perito num processo e percebe nos Autos que as partes
elaboraram os quesitos.
65/106
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO da XXª VARA
CÍVEL DA COMARCA DA XXXXXX.
Autores: XXXXXXXXXX
Requeridos: XXXXXXXXX
Pede e Espera
Deferimento
_____________________
NOME DO PERITO
CRECI – XXXXXX
66/106
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO da XXª VARA
CÍVEL DA COMARCA DA PALHOÇA/SC.
Atendendo à solicitação que nos foi formulada, estamos apresentando para vossa
apreciação, proposta técnica para elaboração do LAUDO DE AVALIAÇÃO, conforme critérios
relacionados.
BASE
SERVIÇOS
LAUDO DE AVALIAÇÃO para fins da Ação – XXXXXXXX; em que Autor XXXXXXX e Réu
XXXXXXXX, com objetivo de responder aos quesitos técnicos das partes.
METODOLOGIA
A metodologia que será utilizada terá como base a norma técnica ABNT às séries
14.653, podendo usar os seguintes métodos conforme características do imóvel avaliando.
EQUIPE DESENVOLVEDORA
LOCAL
67/106
INVESTIMENTO
Dados bancários:
Cordialmente,
_____________________
NOME DO PERITO
CRECI – XXXXXX
68/106
20. APÊNDICE – C
Situação: Você é nomeado perito num processo e percebe nos Autos, sendo que
está muito ocupado e não poderá fazer o trabalho.
69/106
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO da XXª VARA
CÍVEL DA COMARCA DA XXXXXX.
Pede Deferimento
_____________________
NOME DO PERITO
CRECI – XXXXXX
70/106
21. APÊNDICE – D
Situação: Você é nomeado perito num processo e percebe nos Autos, fez o PTAM e
precisa entregar.
71/106
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO da XXª VARA
CÍVEL DA COMARCA DA XXXX.
Autos: XXX.XX.XXXX-X
Ação: XXXXXX
Autor: XXXXXXXXX
Réu: XXXXXXXXX
• Banco XXXX
• Agência XXXX-X
Pede Deferimento
_____________________
NOME DO PERITO
CRECI – XXXXXX
72/106
22. APÊNDICE – E
73/106
PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO
MERCADOLÓGICA
Autos: xxx.xx.xxxxxx-x
Ação: xxxxx
Autor: xxxxxx
Réu: xxxxxxxx
74/106
SOLICITANTE
Exmo. Sr. Dr. Juiz, de Direito da XXª Vara Cível da Comarca da XXX do Estado de XXXX.
IMÓVEL AVALIANDO
OBJETIVO DA AVALIAÇÃO
Responder aos quesitos técnicos do Autor (conforme fl. XX) e do Réu (conforme fls. XXX)
contidos nos Autos XXX.XX.XXXXXX-X.
NOME DO PERITO
CRECI n° XX.XXX-X – (cite a profissão)
Rod. (cite o endereço do perito)
CEP xxxxx-xxx – Fone/Fax (xx) xxxx e (xx) xxxxx-xxxx
E-mail: (site o e-mail) Site: (cite o site se houver)
75/106
Características da localização do imóvel avaliando
Bairro XXXX
Bairro do (Vizinho 1)
76/106
Características da Região
➢ Pavimentação: asfáltica
➢ Características do terreno
Frente: 14,00 m
Lateral: 35,00 m
Fundos: 14,00 m
Área: 490,00 m²
77/106
Metodologia
Somatória
Dado V unit. Ffonte Fatores – nº Vu corrigido Xi - Xmed (Xi - Xmed)²
Fatores + 1
1 55,56 1,00 0,8797 48,87 0,28 0,08
2 57,14 0,90 0,9669 49,73 1,14 1,30
3 43,85 1,00 1,1122 48,77 0,18 0,03
4 28,92 0,90 1,6474 42,88 - 5,71 32,62
5 52,78 0,90 1,173 55,72 7,13 50,82
6 37,5 1,00 1,0702 40,13 - 8,46 71,60
7 52,73 0,90 1,1388 54,04 5,45 29,69
Soma 340,14 186,13
Média 48,59
Desvio Padrão 5,57
186,13
𝑆=√ ⇒ 𝑆 = 5,57
7−1
• Dado X6
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 40,13 − 48,59
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = −1,51
𝑠 𝑆 𝑠 5,57 𝑠
• Dado X5
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 55,72 − 48,59
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = 1,28
𝑠 𝑆 𝑠 5,57 𝑠
Como o valor tabela é de 1,80 foi verificado que ambos os valores encontrados acima
estão abaixo do valor tabelado, portanto não serão excluídos.
78/106
5,57 5,57
48,59 − 1,44 × ≤ 𝐼 ≤ 48,59 + 1,44 ×
√7 √7
48,59 − 3,03 ≤ 𝐼 ≤ 48,59 + 3,03
45,56 ≤ 𝐼 ≤ 51,62
• Valor mínimo
𝑉𝑚𝑖𝑛 = 490 × 45,56 ⇒ 𝑉𝑚𝑖𝑛 = 22.324,40
• Valor máximo
𝑉𝑚𝑎𝑥 = 490 × 51,62 ⇒ 𝑉𝑚𝑎𝑥 = 25.293,80
• Valor médio
𝑉𝑚𝑒𝑑 = 490 × 48,59 ⇒ 𝑉𝑚𝑒𝑑 = 23.809,10
A NBR 14653-1 permite arredondar o resultado da avaliação, desde que o ajuste final
não varie mais de 1% do valor estimado, desse modo:
PROCEDIMENTOS DE CÁLCULOS
79/106
QUESITOS DO AUTOR
Resp.:
80/106
QUESITOS DO RÉU
Resp.:
81/106
CONCLUSÃO
Após a vistoria do imóvel avaliando e responder aos quesitos técnicos de ambas as partes
com base nos procedimentos técnicos empregados no presente LAUDO DE AVALIAÇÃO e
depois de procedidas as indispensáveis diligências, o responsável por este conclui que para
fins de venda, o valor médio de R$23.800,00 (vinte e três mil e oitocentos reais) finalizando
assim o respectivo Laudo de Avaliação, o responsável NOME DO PERITO, coloca-se à
disposição para quaisquer esclarecimentos que, por ventura, se façam necessário.
_____________________
NOME DO PERITO
CRECI – XXXXXX
82/106
ANEXO-1
(Aqui você colocar fotos, cópia de tabelas que se façam
necessário, etc)
83/106
23. APÊNDICE – F
84/106
PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO
MERCADOLÓGICA
RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR - IMÓVEL URBANO
Autos: xxx.xx.xxxxxx-x
Ação: xxxxx
Autor: xxxxxx
Réu: xxxxxxxx
85/106
SOLICITANTE
Exmo. Sr. Dr. Juiz, de Direito da XXª Vara Cível da Comarca da XXX do Estado de XXXX.
IMÓVEL AVALIANDO
OBJETIVO DA AVALIAÇÃO
Responder aos quesitos técnicos do Autor (conforme fl. XX) e do Réu (conforme fls. XXX)
contidos nos Autos XXX.XX.XXXXXX-X.
NOME DO PERITO
CRECI n° XX.XXX-X – (cite a profissão)
Rod. (cite o endereço do perito)
CEP xxxxx-xxx – Fone/Fax (xx) xxxx e (xx) XXXXX-XXXX
E-mail: (site o e-mail) Site: (cite o site se houver)
86/106
Características da localização do imóvel avaliando
Bairro XXXX
Bairro do (Vizinho 1)
87/106
Características da Região
➢ Pavimentação: asfáltica
➢ Características do terreno
Frente: 14,00 m
Lateral: 35,00 m
Fundos: 14,00 m
Área: 490,00 m²
➢ Características da casa
Idade – 10 anos
88/106
Análise dos dados obtidos e Memória de Cálculo
Metodologia
Avaliando o terreno
Somatória
Dado V unit. Ffonte Fatores – nº Vu corrigido Xi - Xmed (Xi - Xmed)²
Fatores + 1
1 55,56 1,00 0,8797 48,87 0,28 0,08
2 57,14 0,90 0,9669 49,73 1,14 1,30
3 43,85 1,00 1,1122 48,77 0,18 0,03
4 28,92 0,90 1,6474 42,88 - 5,71 32,62
5 52,78 0,90 1,173 55,72 7,13 50,82
6 37,5 1,00 1,0702 40,13 - 8,46 71,60
7 52,73 0,90 1,1388 54,04 5,45 29,69
Soma 340,14 186,13
Média 48,59
Desvio Padrão 5,57
89/106
Verificando possíveis pontos conflitantes
186,13
𝑆=√ ⇒ 𝑆 = 5,57
7−1
• Dado X6
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 40,13 − 48,59
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = −1,51
𝑠 𝑆 𝑠 5,57 𝑠
• Dado X5
𝑥𝑖 − 𝑥̅ 55,72 − 48,59
𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = ⇒ 𝑑𝑖⁄ = 1,28
𝑠 𝑆 𝑠 5,57 𝑠
Como o valor tabela é de 1,80 foi verificado que ambos os valores encontrados acima
estão abaixo do valor tabelado, portanto não serão excluídos.
5,57 5,57
48,59 − 1,44 × ≤ 𝐼 ≤ 48,59 + 1,44 ×
√7 √7
48,59 − 3,03 ≤ 𝐼 ≤ 48,59 + 3,03
45,56 ≤ 𝐼 ≤ 51,62
PROCEDIMENTOS DE CÁLCULOS
90/106
Avaliando a benfeitoria
• Casa
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 100 × 1.511,14
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑 = 151.114,00
A NBR 14653-1 permite arredondar o resultado da avaliação, desde que o ajuste final
não varie mais de 1% do valor estimado, desse modo:
91/106
QUESITOS DO AUTOR
Resp.:
92/106
QUESITOS DO RÉU
Resp.:
93/106
CONCLUSÃO
Após a vistoria do imóvel avaliando e responder aos quesitos técnicos de ambas as partes
com base nos procedimentos técnicos empregados no presente LAUDO DE AVALIAÇÃO e
depois de procedidas as indispensáveis diligências, o responsável por este conclui que para
fins de venda, o valor médio de R$168.000,00 (cento e sessenta e oito mil reais) finalizando
assim o respectivo Laudo de Avaliação, o responsável NOME DO PERITO, coloca-se à
disposição para quaisquer esclarecimentos que, por ventura, se façam necessário.
_____________________
NOME DO PERITO
CRECI – XXXXXX
94/106
ANEXO-1
(Aqui você colocar fotos, cópia de tabelas que se façam
necessário, etc)
95/106
24. APÊNDICE – G
Sobre o imóvel: Sala comercial com 45,00 m² localizada num prédio comercial, o
processo trata-se de uma revisional de locação
96/106
PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO
MERCADOLÓGICA
SALA COMERCIAL - IMÓVEL URBANO
Autos: xxx.xx.xxxxxx-x
Ação: xxxxx
Autor: xxxxxx
Réu: xxxxxxxx
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SOLICITANTE
Exmo. Sr. Dr. Juiz, de Direito da XXª Vara Cível da Comarca da XXX do Estado de
XXXX.
IMÓVEL AVALIANDO
OBJETIVO DA AVALIAÇÃO
Responder aos quesitos técnicos do Autor (conforme fl. XX) e do Réu (conforme fls. XXX)
contidos nos Autos XXX.XX.XXXXXX-X.
98/106
Características da localização do imóvel avaliando
Bairro XXXX
Bairro do (Vizinho 1)
99/106
Características da Região
➢ Pavimentação: asfáltica
➢ Características da sala
Pavimento: 3º andar
100/106
Metodologia
Tabulação
Valor
Dado Unitário Xi - Xmed (Xi - Xmed)²
R$/m²
1 27,27 0,84 0,70
2 25,00 - 1,43 2,06
3 27,59 1,15 1,33
4 21,67 - 4,77 22,74
5 28,89 2,45 6,02
6 25,00 - 1,43 2,06
7 29,63 3,19 10,21
Soma 185,04 45,11
Média 26,43
Des. Pad 2,74
45,11
𝑆=√ ⇒ 𝑆 = 2,74
7−1
• Limite inferior
𝐿𝑖𝑚𝑖𝑛𝑓 = 26,43 × (1 − 0,30) ⇒ 𝐿𝑖𝑚𝑖𝑛𝑓 = 18,50
• Limite superior
𝐿𝑖𝑚𝑠𝑢𝑝 = 26,43 × (1 + 0,30) ⇒ 𝐿𝑖𝑚𝑠𝑢𝑝 = 34,36
• . Limite inferior
𝐿𝑖𝑚𝑖𝑛𝑓 = 26,43 − 2,74 × 1,80 ⇒ 𝐿𝑖𝑚𝑖𝑛𝑓 = 21,50
• Limite superior
𝐿𝑖𝑚𝑠𝑢𝑝 = 26,43 + 2,74 × 1,80 ⇒ 𝐿𝑖𝑚𝑠𝑢𝑝 = 31,36
101/106
Valor
Método de
Dado Unitário Xi - Xmed (Xi - Xmed)² Método 30%
Chauvenet
R$/m²
1 27,27 0,84 0,70 Não Excluir Não Excluir
2 25,00 - 1,43 2,06 Não Excluir Não Excluir
3 27,59 1,15 1,33 Não Excluir Não Excluir
4 21,67 - 4,77 22,74 Não Excluir Não Excluir
5 28,89 2,45 6,02 Não Excluir Não Excluir
6 25,00 - 1,43 2,06 Não Excluir Não Excluir
7 29,63 3,19 10,21 Não Excluir Não Excluir
Soma 185,04 45,11
Média 26,43
Des. Pad 2,74
Para que o dado da pesquisa seja excluído, faz-se necessário que esse dado seja
excludente em ambos os critérios.
PROCEDIMENTOS DE CÁLCULOS
102/106
QUESITOS DO AUTOR
Resp.:
103/106
QUESITOS DO RÉU
Resp.:
104/106
CONCLUSÃO
Após a vistoria do imóvel avaliando e responder aos quesitos técnicos de ambas as partes
com base nos procedimentos técnicos empregados no presente LAUDO DE AVALIAÇÃO
e depois de procedidas as indispensáveis diligências, o responsável por este conclui que
para fins de locação mensal, o valor médio de R$1.190,00 (um mil cento e noventa reais)
finalizando assim o respectivo Laudo de Avaliação, o responsável NOME DO PERITO,
coloca-se à disposição para quaisquer esclarecimentos que, por ventura, se façam
necessário.
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NOME DO PERITO
CRECI – XXXXXX
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ANEXO-1
(Aqui você colocar fotos, cópia de tabelas que se façam
necessário, etc)
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