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Artigo II
©joseelias
Fonte: 123RF.
lização da opressão dos povos colonizados, visto que eram considerados pri-
mitivos, bárbaros e irracionais, sendo a Europa o ponto de referência para a
normalidade e superioridade cultural.
Fonte: 123RF.
O fato de termos uma diversidade étnica e cultural não apaga a dívida que te-
mos com os povos explorados de nossa nação. Em especial, destacam-se dois
motivos:
98 CULTURA, SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE GRADUAÇÃO UNIVEL EAD
Em segundo lugar, há uma dívida histórica e social para com as culturas afri-
cana e indígena, tanto com relação à matéria-prima de composição dos elemen-
tos culturais que formam a brasilidade, como com relação à exploração dessas
matrizes pelos colonizadores europeus, que os utilizaram como mão de obra
barata e dispensável.
Artigo V
Artigo VI
©Daniel Ernst
Fonte: 123RF.
CULTURAS AFRICANAS
CULTURAS SUDANESAS TRIBOS BANTU
ISLAMIZADAS
• Yoruba • Peuhl Pertence ao grupo congo-
• Dahomey • Mandinga angolês
• Fanti-Ashanti • Haussa (do norte da • Angola
GRUPOS MENORES: da Nigéria, identificados na • Moçambique.
Gâmbia, Serra Leoa, Costa Bahia como negros malé
da Malagueta e Costa do e no Rio de Janeiro como
Marfim. negros alufá).
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2011).
O Brasil é um país democrático e, como tal, devemos ser inclusivos e lutar pelos
direitos de todos. Isso significa que não há privilégios, mas é preciso dar igual-
dade de condições.
Após a colonização, de acordo com Almeida (2017, p. 18-19), os “[...] índios sem-
pre estiveram na história do Brasil, porém, grosso modo, como força de traba-
lho ou como rebeldes que acabavam vencidos, dominados, escravizados, acul-
turados ou mortos”. Isso porque seu papel como força ativa na constituição do
povo foi relegado a um segundo plano e sua identidade foi negligenciada.
Fonte: 123RF.
A educação só foi realizada por leigos a partir do século XVIII, mas muitas
regras da sociedade brasileira são herança da escola de base religiosa. Para fa-
cilitar a missão de evangelizar e civilizar os indígenas, os jesuítas criaram e ad-
ministraram as chamadas “reduções”, que eram aldeamentos indígenas. Essas
concentrações podem ter favorecido sua captura posterior.
Esse morticínio nunca visto foi fruto de um processo complexo, do qual agentes
foram homens e micro-organismos, mas cujos motores últimos poderiam ser
reduzidos a dois: ganância e ambição, formas culturais da expansão do que se
convencionou chamar de capitalismo mercantil. “Motivos mesquinhos e não
uma deliberada política de extermínio conseguiram esse resultado espantoso
de reduzir uma população que estava na casa dos milhões em 1500 aos pouco
mais de 800 mil índios que hoje habitam o Brasil” (CUNHA, 2012, p. 14).
É interessante saber que nos primeiros séculos de formação do Brasil, dos três
grupos (brancos, índios e negros), o cruzamento racial mais intenso foi entre
brancos e índios. A primeira leva de colonizadores foi composta apenas de co-
lonos do sexo masculino, o que resultou em larga mistura racial (MENDONÇA,
1999).
LEITURA COMPLEMENTAR
Para conhecer um pouco sobre o que está sendo feito, na atualidade,
para o desenvolvimento de ações voltadas à proteção, à promoção, ao
fortalecimento e à valorização das culturas indígenas, leia o material de-
senvolvido pelo Ministério da Cultura “Plano setorial para as culturas in-
dígenas”. Disponível em: http://pnc.cultura.gov.br/wp-content/uploads/si-
tes/16/2012/10/plano_setorial_culturas_indigenas-versao-impressa.pdf.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. R. C. de. A atuação dos indígenas na História do Bra-
sil: revisões historiográficas. Revista Brasileira de História, v. 37,
n. 75, p. 17-38, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pi-
d=S0102-01882017000200017&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 22
abr. 2020.
ÍNDIOS continuam marginalizados, diz Anistia. 2002. In: BBC Brasil. Dis-
ponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2002/021011_anistia-
ra.shtml. Acesso em: 22 abr. 2020.