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3.

O Ambiente Económico
3.1 - Conceitos Gerais

3.2 - Macroeconomia
3.2.1 – Agentes económicos e fluxos económicos
3.2.2 – Variáveis macroeconómicas

3.3 - Microeconomia
3.3.1 – Mercados: Procura e Oferta
3.3.2 - Economias de Escala, de Gama e de Experiência
3.3.3 - Estruturas de mercado
3.3.4 - O Papel do Estado

u.c. Gestão 1

3.1 – Conceitos gerais

“Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos


escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os
vários indivíduos”

Samuelson, P. e Nordhaus (1999), “Economia”, 16 ed., McGraw-Hill

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Macroeconomia e Microeconomia

A Economia subdivide-se em duas grandes áreas:

– A Macroeconomia, que estuda o desempenho global da economia


através de indicadores agregados. Ex: o Produto Nacional, o Emprego, a
Balança de Pagamentos, o Nível Geral de Preços, os Gastos do Estado, etc.

– A Microeconomia, que estuda o comportamento económico de


entidades individuais como os mercados, as empresas e as famílias.

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3.2 - Macroeconomia

3.2.1 – Agentes económicos e fluxos económicos


3.2.2 – Variáveis macroeconómicas

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3.2.1 - Agentes económicos e fluxos económicos

MERCADO DE
€ Receita BENS E SERVIÇOS Despesa €
EXTERIOR •Empresas vendem
•Famílias compram
Resto do Bens e
Bens e serviços
mundo
serviços comprados
vendidos


€ Impostos
EMPRESAS Impostos € FAMÍLIAS
• Produzem e vendem € • Compram e consomem
€ ESTADO bens e serviços
bens e serviços Salários,
Despesa, • Detêm e vendem
• Compram e utilizam serviços,
subsídios fatores de produção
fatores de produção subsídios

Financiamento
Empréstimo Fatores de Trabalho, Terra
Produção MERCADO DE FATORES
€ DE PRODUÇÃO e Capital
•Famílias vendem €
•Empresas compram
€ Salários, Rendas Rendimento €
e Lucros
Sistema
€ Poupança, Depósitos
Financeiro
= Fluxo monetários (€)
= Fluxo físicos de inputs e outputs 5
u.c. Gestão Copyright © 2004 South-Western

3.2.2 - Variáveis macroeconómicas (1)

Produção Nacional = Valor dos bens e serviços produzidos por todas as


empresas

VAB (Valor Acrescentado Bruto) = Valor do Rendimento gerado pelas


empresas
= Valor da produção – Valor dos consumos de bens e serviços
= Soma (Salários + Juros + lucros + rendas + Impostos diretos)

PIB (Produto Interno Bruto)= ∑VAB gerado por todos os agentes


económicos residentes no País

PNB (Produto Nacional Bruto)= ∑VAB gerado por todos os agentes


económicos nacionais a operar dentro ou fora do País

Despesa Interna = PIB = Consumo Privado + Gastos do Estado


+Investimento + Exportações – Importações

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Conceitos do gráfico anterior:

• Produtividade do Trabalho, por Hora -> Indicador de


competitividade da economia. É obtido pelo rácio entre o PIB
expresso em termos reais e o número de horas efetivamente
trabalhadas. (metainformação – INE)

• Este indicador, PIB por hora de trabalho, permite comparar a


produtividade das economias nacionais com a média da União
Europeia (UE28). Se o índice de um país é superior a 100, o
nível de PIB por hora de trabalho desse país é superior à
média da UE28, e vice-versa. Ao considerar a produtividade
por hora de trabalho, eliminam-se as diferenças na
distribuição da população empregada a tempo completo e
parcial. 9
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3.2.2 - Variáveis macroeconómicas (2)


Tx de desemprego = % População ativa em situação de desemprego
involuntário
Tx de inflação =Taxa de variação de preços medido pelo Índice de Preços
no Consumidor
Tx de juro =Taxa de remuneração de um empréstimo ou de um depósito

Política Monetária – Atuações das autoridades de política monetária (Ex:


Banco Central Europeu) sobre a oferta e a procura de moeda
influenciando o crédito e as taxas de juro e consequentemente o
comportamento de investidores e consumidores e logo a economia real,
o desemprego e a inflação.

(ver: https://www.youtube.com/watch?v=LMdql_UtddE)

Política Orçamental e Fiscal – Atuações do Estado sobre os gastos públicos


e o nível de impostos, afetando dessa forma o rendimento das famílias e
a atividade das empresas e consequentemente o nível de emprego e a
inflação.

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TAXA DE INFLAÇÂO

Quando há inflação (positiva) o mesmo valor em Euros, compra no


futuro menos bens do que no presente.

Ano 0

1.000€ Notas
Ano 1

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Inflação
Conceitos Definição
Inflação Aumento generalizado do nível de preços

Taxa de inflação Taxa de variação do nível de Preços, medido usualmente pelo Índice de Preços ao
(i) Consumidor.

Indicador que mede a evolução conjunta e simultânea dos preços de um cabaz


Índice de Preços de bens e serviços representativos da estrutura de consumo da população
residente em Portugal.
ao Consumidor
Mede-se em geral numa base 100, que corresponde ao custo total do cabaz aos
(IPC) preços desse ano e com as quantidades aí inferidas. A partir daí, para as mesmas
quantidades vai-se recalculando o cabaz com os novos preços. Por uma regra de
3 simples encontram-se os novos valores do índice.

DEFLAÇÃO - processo inverso à inflação - uma diminuição do índice de preços no consumidor,


associada a uma queda de preços.
A deflação está normalmente associada a períodos de recessão .

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NUMEROS(ÍNDICES(E(INFLAÇÃO(
(
A(inflação(é(geralmente(medida(através(da(taxa(de(crescimento(anual(de(um(
índice(de(preços:(
I(DefineIse(um(cabaz(de(bens(importante(para(os(consumidores.(
I(ComparaIse(o(seu(custo(em(dois(anos(diferentes.(
(
Custo de um cabaz de bens em 2016 ∑ q15p16
= IP
16/15 (
=
Custo de um cabaz de bens em 2015 ∑ q15p15
(
O(valor(deste(índice(permiteInos(calcular(a(variação(dos(preços(de(2015(para(
2016,(logo,(o(valor(da(taxa(de(inflação(nesse(ano.(
(

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Construção de um índice de preços


(Exemplo)

ALIMENTAÇÃO VESTUARIO
Ano Preço Quant. Despesa Preço Quant. Despesa Despesa
Total
2015 2€ 3000 6000€ 25€ 360 9000€ 15000€
2016 3€ 3200 9600€ 30€ 313 11190€ 20790€
2017 5€ 2800 14000€ 33€ 380 12540€ 26540€

∑ q15p16
P 3*3000+30*360 19800€
I = i = = = 1.32
16/15 ∑ q15p15 2*3000+25*360 15000€
i

Questão de Teste 1: Os preços cresceram 32% de 2015 para 2016.


Quanto cresceram de 2015 para 2017 ?

Questão de Teste 2: E qual foi nesse 2 anos a inflação média anual?

R:

2 IP -1
17/15 16
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!
DEFLACIONAÇÃO:!É!o!processo!de!calcular!o!valor!real!de!uma!
quantia!monetária!através!da!divisão!por!um!índice!de!preços!
apropriado.!
!
Exemplo:!
Despesa Nominal de 2006
Despesa (real) de 2006 a preços de 2000 =
Índice de preços 2006/2000 !

O!nome!real!significa!avaliado!aos!preços!do!ano!base,!significa!a!
preços!constantes!e!não!a!preços!correntes.!
_____!!
Em!termos!de!tx.!de!variação:!
Taxa!variação!real!=!(1+!tx.!variação!nominal)!/!(1+!tx.!Inflação)!D1!

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Questão de Teste :

A taxa de desemprego exprime a:

a) percentagem de população em situação de desemprego


b) percentagem de população ativa em situação de desemprego
voluntário
c) percentagem de população ativa em situação de desemprego
d) percentagem de população ativa em situação de desemprego
involuntário

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3.3 - Microeconomia
3.3.1 – Mercados: Procura e Oferta
3.3.2 - Economias de Escala, de Gama e de
Experiência
3.3.3 - Estruturas de mercado
3.3.4 - O Papel do Estado

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3.3.1 – Mercados: Procura e Oferta

• Um mercado é caracterizado pelo conjunto dos que pretendem


comprar (D- demand - procura) e dos que pretendem vender (S –
supply - oferta).

• No caso usual dos mercados de bens e serviços, quem pretende


comprar são os consumidores e quem pretende vender são as
empresas ou instituições similares (mercado da habitação,
automóvel, energia, etc.). No caso do mercado de trabalho, quem
vende (oferta do seu tempo e capacidades) são as pessoas e quem
procura são as empresas.

• Do mercado resulta o preço do produto e a quantidade


transaccionada

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O que determina a procura?
• O que influencia a quantidade procurada
– Preço
– Preço dos bens substitutos
– Preço dos bens complementares
– Rendimento
– Gostos/preferências/Moda/Cultura
– Expectativas
– Estrutura da população

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Determinantes da Procura: Preço


• Usualmente quando o preço aumenta, a
quantidade procurada diminui. Mas há
excepções, como em certos bens de luxo!

• A variação da quantidade procurada depende


da sensibilidade dos consumidores a variações
do preço
– Elasticidade da procura relativamente ao preço

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Determinantes da Procura: Bens substitutos e
complementares

• Substitutos – quando o preço do substituto


aumenta, a procura aumenta, e vice-versa.
– Windows vs Linux
– Coca-cola vs Pepsi
• Complementares – quando o preço do
complementar aumenta, a procura diminui, e
vice-versa.
– iPod / preço do download
– Computador e impressora

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Bens substitutos

Mercado A Mercado B

P1
P
P2

D1
D1 D2
Q1 Q2 Q2 Q1

Preço no mercado A desce, Procura no mercado B contrai-se.


No mercado A houve uma alteração da quantidade procurada – movimento ao longo
da curva.
No mercado B houve uma alteração da procura – deslocação da curva (hip. de preço
de B constante)
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Bens complementares

Mercado A Mercado B

P1
P2

D2
D1

Q1 Q2 Q1 Q2

Preço no mercado A desce, procura no mercado B expande-se.

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Determinantes da Procura: Rendimento

• Quando o rendimento aumenta


– a procura aumenta – bens normais
• Viagens de férias
– A procura diminui – bens inferiores
• Pirataria de software, musica, filmes

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Determinantes da Procura:
Gostos/Preferências/Moda/Cultura
• Os consumidores não são todos iguais
– Telemóveis dourados ou rosa
– Movimento Open Source
– Zara, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius,
Pull&Bear

– Estar na moda aumenta a procura de um bem

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Determinantes da Procura: Expectativas

• A decisão da compra hoje é influenciada pelas


expectativas relativamente aos preços futuros
– Saldos
– Preço de computadores

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Variação da procura/ Deslocação da procura
Px
dQx/dPx < 0
Variações do preço do bem traduzem-se
P3
em deslocações da quantidade procurada
P2
normalmente em sentido inverso:
Deslocações ao longo da curva da procura P1 Qx(Px)

Qx3 Qx2 Qx1 Qx

Px

As variações dos outros factores


determinantes da procura traduzem-se em P1
deslocações de toda a curva da procura
Qx(Px) Q'x(Px)

Qx1 Qx1 Qx

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Questão de Teste :
Observou-se que a procura de um bem X se
deslocou para a direita com a queda do preço do
bem Y. Como classifica os bens X e Y quanto à
relação entre eles:

a) Bens independentes
b) Bens inferiores
c) Bens substituíveis
d) Bens complementares

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Elasticidade Procura-Preço
• As empresas estão especialmente interessadas em saber a
sensibilidade dos seus consumidores da variações dos
preços
• Como varia a quantidade procurada quando o preço se
altera?
• A elasticidade-preço da procura é uma medida desta
sensibilidade
• O conhecimento das elasticidades da procura é importante
para a política de preços da empresa

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Elasticidade Procura-Preço
• Quociente entre duas variações proporcionais
• Elasticidade (ED) = (∆% Quantidade procurada)
/ (∆% Preço)

– Nota:

dQ P
ED =
dP Q

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De que depende a Elasticidade Procura-Preço

– Preferências
– Tipo de bens / grau de necessidade
• 1ª necessidade
• Supérfluos
– Peso no orçamento
– Presença de substitutos, definição do mercado
– Horizonte temporal
– E, em geral, os determinantes da própria procura

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Elasticidade Procura-Preço
• Procura
– Rígida
• Elasticidade < 1
– Unitária
• Elasticidade = 1
– Elástica
• Elasticidade > 1

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Elasticidade e Receita da Empresa
• Se Elasticidade < 1, quando a empresa
aumenta o preço, a receita das vendas (p x Q)
aumenta
• Se Elasticidade = 1, quando a empresa
aumenta o preço, a receita das vendas
mantém-se
• Se Elasticidade > 1, quando a empresa
aumenta o preço, a receita das vendas diminui

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Elasticidade da procura e Receitas

• Exemplos de procuras em que as


quantidades respondem diferentemente
à mesma variação de P:

P0
P1
DA
DB
Q0 Q1 Q0 Q1

Mais elástica Mais rígida


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Elasticidade Procura-Preço

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Questão de Teste :

A um preço de 25€ por mês há 200 utentes de um health


club. Devido ao aumento de custos, a gerência resolveu
aumentar a mensalidade para 30€, mas o número de utentes
baixou para 170. Qual a elasticidade procura-preço deste
health club?
a) 0,66
b) 0,75
c) –0,66
d) 0,75%

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O que determina a oferta?
Efeito sobre a
Variação positiva de :
oferta Q atual
§ Custo dos fatores produtivos: Salários, preços das
matérias-primas, taxa de juro, rendas § Negativo
§ Progresso tecnológico § Positivo
§ Expectativa sobre subida de preços de venda futuros § Negativo

A curva da Oferta A curva da Oferta


Variação do Preço Deslocação da Oferta
=> Variação no mesmo sentido de Q => Var Q com P constante
ao longo da curva S1
P P S
S S2

Q Q
P-Preço; S-Supply–Oferta; Q-Quantidade 39
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O equilíbrio de mercado ocorre na intersecção


das curvas da oferta e da procura

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Produção: Custos e Tecnologia
• Qual a tecnologia?

• Que quantidade de factores produtivos (capital, trabalho,


recursos naturais) empregar e como combiná-los?

• A quantidade utilizada de alguns factores produtivos pode


ser alterada com mais rapidez que a de outros
– Nº de trabalhadores versus dimensão da fábrica

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3.3.2 - Economias de Escala, de Gama e de Experiência


Economias de Escala
• No longo prazo, os custos das empresas podem crescer:
– proporcionalmente à quantidade (rendimentos à escala
constantes)
– mais do que proporcionalmente (rendimentos decrescentes à
escala ou deseconomias de escala)
– menos do que proporcionalmente (rendimentos crescentes à
escala ou economias de escala), caso em que o custo médio é
sempre decrescente.

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Economias de Gama
• Economias semelhantes são possíveis com uma gama
de produtos mais alargada.

• O custo de produção ou distribuição de dois ou mais


produtos em conjunto é mais baixo do que o custo de
produção separado. Exemplos
– Hamburgers e batatas fritas produzidas pelo McDonalds
– Sabonetes, shampoos, amaciadores, gel de banho
– Fnac?
– Economias de marketing, I&D, aprovisionamento

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Economias de Experiência
• Economias de aprendizagem (Custo unitário
ou médio de produção decrescente com a
quantidade produzida no passado).

• Há acumulação de experiência e know-how

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3.3.3 - Estruturas de mercado

• As empresas agem de acordo com o mercado onde se


inserem
• A estrutura de mercado, associada frequentemente aos
tipos de custos mencionados, determina a margem
(diferença entre o preço e o custo) que a empresa pode
praticar – poder de mercado.
• Se houver economias de escala permanentes, por exemplo,
o mercado tenderá para ser de só uma empresa.

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Estruturas de mercado
Concorrência Concorrência
CARACTERÍSTICAS Oligopólio Monopólio
Perfeita Monopolística
Poucas, de Uma, geralmente
Inúmeras grande
Número de de muito
de
Muitas Dimensão grande
Empresas pequena
dimensão (mesmo com outras dimensão
de peq dimensão)
Barreiras à Muito Altas ou,
Inexistentes Pequenas Consideráveis
Entrada Intransponíves

Podem ser Não tem


Existe
Produtos Homogéneos
diferenciação
homogéneos ou substitutos
diferenciados próximos

Grande,
Poder de dependente da
Inexistente Depende da
Mercado das diferenciação
dimensão e da Grande
interação
Empresas
estratégica

Mercado ideal em Posição defendida por Lei


que a informação Telecomunicações (Energia, Transportes, …)
Exemplos é perfeita Bares/Cafés, móveis, Combustíveis Produtos com direitos de
(o mais próximo: Comércio a retalho auto exploração garantidos
alguns mercados em geral
agrícolas) (por patentes, …)
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3.3.4 – O Papel do Estado
De uma forma geral, existem duas razões para a intervenção do Estado, mesmo
numa economia dita de mercado:

1. Corrigir falhas de mercado (quando o mercado falha na afetação eficiente de


recursos), por ex:
– Corrigir externalidades (quando as ações de um agente prejudicam ou beneficiam
terceiros): limitar a emissão de poluentes; leis anti-tabaco; …
– Regular a atividade de determinados sectores que são monopólio natural (ex:
água).
• Monopólio natural: o custo unitário de fornecer um bem ou serviço para um consumidor
adicional decresce de tal forma que não faz sentido haver concorrência através de empresas
alternativas, pois ela iria aumentar o custo do fornecimento. Impedir situações de conluio e
cartelização.
– Fornecer bens que o sector privado não está interessado em produzir (ditos bens
públicos, por ex. a defesa nacional)

§ Ex: Em casos de monopólio (ou cartel) com abuso potencial de poder de


mercado justifica-se a intervenção do Estado.
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O Papel do Estado (cont.)


2. Promover a equidade (correção de desigualdades sociais inaceitáveis)
por ex:

– Proceder à redistribuição do rendimento, através de taxas de imposto


mais elevadas para rendimentos mais elevados (impostos progressivos),
atribuição de subsídio de desemprego, etc.
– Estabilizar a economia, desenvolvendo para tal as políticas (monetária,
orçamental, cambial) adequadas (fazer subir ou descer as taxas de juro,
corrigir ou permitir défices orçamentais, fazer subir ou descer o valor
da moeda própria)

– Nota: Na zona Euro os Estados não podem intervir na politica monetária e


cambial

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u.c. Gestão
Conclusão
• As empresas tomam decisões com base
– No enquadramento legal e macroeconómico
– No comportamento dos consumidores
– Nos determinantes da oferta – concorrência e sua posição
competitiva.
– Em função de medidas públicas específicas

• A informação sobre a estrutura de custos e correspondente


situação financeira é fundamental para as decisões da
empresa.

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Questão de Teste :
O Estado tende a intervir através de regulação e
supervisão, particularmente em mercados
estratégicos. Em qual dos tipos de mercado essa
intervenção é mais premente:
a) Oligopólio
b) Concorrência monopolística
c) Concorrência perfeita
d) Misto
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u.c. Gestão
Bibliografia
• Princípios de Economia
Frank, R., Bernanke, B.
Ed. McGraw-Hill

• Economia
Samuelson, P. e Nordhaus, W.
Ed. MacGraw-Hill
19ª edição

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u.c. Gestão

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