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01
DISCIPLINA:
MELHORAMENTO ANIMAL
GENÉTICA QUANTITATIVA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................5
1 UM BREVE HISTÓRICO DO MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL.....................................................................6
2 INTRODUÇÃO AOS PARÂMETROS GENÉTICOS......................................................................................................6
3 TIPOS DE AÇÃO GÊNICA............................................................................................................................................8
3.1 AÇÃO ADITIVA..........................................................................................................................................................8
3.2 AÇÃO NÃO ADITIVA................................................................................................................................................ 10
3.2.1 DOMINÂNCIA....................................................................................................................................................... 10
3.2.2 DOMINÂNCIA COMPLETA................................................................................................................................. 10
3.2.3 DOMINÂNCIA PARCIAL...................................................................................................................................... 11
3.2.4 SUPERDOMINÂNCIA.......................................................................................................................................... 11
3.2.5 EPISTASIA........................................................................................................................................................... 11
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
4 HERANÇA E MEIO..................................................................................................................................................... 12
4.1 HERDABILIDADE..................................................................................................................................................... 13
4.2 REPETIBILIDADE................................................................................................................................................... 14
4.3 CORRELAÇÃO......................................................................................................................................................... 15
4.3.1 CORRELAÇÃO GENÉTICA (RG)........................................................................................................................... 16
4.3.2 CORRELAÇÃO FENOTÍPICA (RP)....................................................................................................................... 16
4.3.3 CORRELAÇÃO AMBIENTAL (RE)....................................................................................................................... 16
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................ 17
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
A produção animal nada mais é que o resultado da ação dos efeitos genéticos e do
ambiente, e alcançar altos níveis de produção, só é possível buscando o melhoramento simultâneo
da composição genética dos animais e das condições do ambiente de sua criação, que resulta no
que se conhece como melhoramento animal.
A genética é em que se baseiam os programas de melhoramento e, também, o fator que
limita a resposta dos animais. Por isso, é indispensável buscar o equilíbrio entre a parte genética
e as condições ambientais na produção animal.
Em resumo, o melhoramento animal é um conjunto de processos de seleção que tem
como objetivo o aumento da frequência dos genes desejáveis na população, ou seja, a aplicação
da genética tendo como objetivo aumentar a média de produção dos animais (ELER, 2017;
PEREIRA, 2008).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A busca pelo melhoramento animal teve seu início com a domesticação animal, quando
animais começaram a ser selecionados de acordo com a produção de produtos para consumo
como ovos, leite, carne, pele etc. Porém, até o século XVIII, esta seleção ocorria sem nenhum
critério e os criadores faziam cruzamentos de acordo com as características fenotípicas dos
animais, sem qualquer base científica.
Robert Bakewell (1725-1795), conhecido como o pai do melhoramento animal, foi quem
iniciou os estudos baseados no tema, além de ser responsável pela formação e evolução de raças
dentro das espécies bovina, ovina e equina, tendo seu sucesso atribuído pelo seu cuidado com os
registros, identificação e uso da consanguinidade para obter as características desejáveis (ELER,
2017).
O melhoramento animal, como ciência, surgiu realmente com a descoberta das leis da
herança pelo monge austríaco Gregor Mendel (1985). Seu experimento inicial consistia em
cultivar e cruzar artificialmente variedades de ervilhas tendo seu sucesso atribuído, em grande
parte, à escolha das ervilhas como material experimental, por possuírem características simples,
controladas por apenas um par de genes (ELER, 2017).
O francês Galton (1822-1911), considerado o pai da biometria, foi responsável pela ligação
O melhoramento genético animal se baseia na seleção de animais com alto valor genético
para as características desejadas pelo produtor, em que seus descendentes repliquem este alto valor
devido à maior frequência de genes favoráveis à característica buscada (ELER, 2017; PEREIRA,
2008). Como não existem informações sobre os genes, é necessário fazer a estimativa do valor
genético, que pode ser calculada pela equação:
P = µ + G + E + (G×E)
Onde:
P = fenótipo;
G = genótipo;
E= efeitos de ambiente;
G×E = interação entre os efeitos do genótipo e do meio ambiente (GE).
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Estes efeitos do ambiente podem ser subdivididos em efeitos aditivos (A), de dominância
(D) e de epistasia (I) (G = A + D + I), como veremos mais adiante. Porém, eles são pequenos
e por isso os valores estimados no melhoramento animal são variações aditivas, ou seja, a ação
combinada de genes em muitos locus, cada um com um pequeno efeito (ELER, 2017; PEREIRA,
2008).
Através da equação, observa-se que o valor genético dos animais é impossível de ser
determinado apenas por meio do fenótipo, pois ele é influenciado diretamente pelo ambiente
e pela interação genótipo x ambiente. Por isso, o uso de técnicas acaba se tornando necessário
para estimar estes valores, sem a interferência do ambiente e da interação. A precisão desta
É preciso entender o que é uma avaliação genética antes de dar início aos parâmetros
genéticos. Esta consiste em avaliar geneticamente os animais estimando a parte
de transmissão que é possível de ser prevista nos componentes genéticos. Por
isso, programas de melhoramento tem como base a seleção de animais com alto
valor genético para as características desejadas pelos produtores.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A herança aditiva não traz diferenças distintas entre os fenótipos, o que ocorre são
gradações entre os extremos. Como exemplo, observando a coloração da pelagem de bovinos da
raça Shorthorn, imagine que são apenas dois pares de genes (A e B) que irão pigmentar a pelagem
dos animais, que os alelos A e B produzam a mesma quantidade de melanina e que os alelos a e
b não produzam melanina.
O animal de pelagem Preta, quando acasalado com o de pelagem Branca resulta em
indivíduos 100% Ruão (pelagem mesclada), como exemplificado na figura 1.
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Do acasalamento entre dois Ruões, iremos obter a seguinte gradação de cor (figura 2).
Figura 2 – Cruzamento entre Ruões e sua proporção fenotípica. Observa-se cinco classes fenotípicas gradativas
entre vermelho e branco. Fonte: A autora.
Outro exemplo pode ser dado para uma característica quantitativa. Supondo que a produção
de leite de um animal seja determinada por um par de alelos, que o gene A é responsável pela
produção de 3.000 kg de leite e o a produza 2.000 kg. Desta forma, as produções de leite seriam:
Então, a produção do genótipo heterozigoto (Aa) é o valor médio das produções dos dois
homozigotos, sendo representada deste modo:
Considerando que a mesma característica seja determinada por dois pares de genes em
que A possuindo um efeito de 2.000 kg na produção, a um efeito de 1.000 kg, B um efeito de 1.000
kg e b de 500 kg, ocorreriam nove genótipos com as seguintes produções:
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Assim, a produção iria variar de 3.000 a 6.000 kg, e os genótipos heterozigotos apresentariam
valores correspondentes à média dos dois homozigotos, expressando então a característica da
ação aditiva.
Se todas as características dependessem apenas do esquema aditivo, o progresso genético
seria muito mais fácil e rápido pois bastaria selecionar os indivíduos fenotipicamente superiores
para obter o resultado desejado. Porém, existem outros modos de ação gênica, o que resulta na
necessidade de adotar programas de melhoramento genético específicos, considerando o maior
ou menor efeito aditivo (ELER, 2017; PEREIRA, 2008).
3.2.1 Dominância
Figura 3 – Ação gênica que atua na pelagem do gado Aberdeen Angus. Fonte: A autora.
Para uma característica quantitativa, supondo que o gene A determine a produção de leite
de 2.000 kg e seu alelo recessivo a 1.000 kg teremos:
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3.2.4 Superdominância
É definida como situação em que exista interação entre os efeitos de diferentes pares de
alelos. Existem situações em que a expressão fenotípica de um par de genes é influenciada pelos
alelos presentes em outros locus, ou seja, a ação epistática ocorre com a interação entre alelos de
diferentes locus, em que um altera a expressão de outro (ELER, 2017; PEREIRA, 2008).
Um exemplo clássico é o albinismo no coelho. A homozigose para o alelo recessivo cc
impede a expressão de qualquer coloração. o gene B determina o padrão denominado aguti (pelos
negros com uma faixa amarela, resultando em uma coloração acinzentada) e seu alelo recessivo
b determina o preto, conforme a imagem a seguir:
Figura 4 – Epistasia em coelhos, onde o alelo recessivo cc resulta em animais albinos. Fonte: A autora.
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4 HERANÇA E MEIO
As características econômicas dos animais são controladas por muitos pares de genes,
sendo impossível dizer precisamente quantos afetam a expressão destas características. Por este
motivo, os indivíduos são avaliados segundo seus fenótipos.
Questionar se uma característica é hereditária ou do ambiente não tem sentido, pois o
fenótipo do indivíduo não se resulta apenas de sua constituição genética, mas da interação dos
genes com os efeitos não genéticos e do ambiente, ou seja, para que os genes desenvolvam uma
característica, é preciso de um ambiente adequado, porém essas modificações, a partir do efeito
ambiental, são limitadas pelo genótipo.
Apesar da variabilidade de algumas características poder ser causada pelas diferenças
gênicas entre os indivíduos, a de outras pode ser consequência das diferenças no ambiente ao
qual o indivíduo foi exposto (ELER, 2017; PEREIRA, 2008). As variâncias são divididas entre:
Onde:
δ²p = variância fenotípica;
onde:
δ²a = variância devida aos efeitos aditivos dos genes;
δ²d = variância devida aos efeitos da dominância;
δ²i = variância devida aos efeitos epistáticos.
Quanto maior a influência do ambiente nas ações dos genes, menos exata será
a expressão genotípica do indivíduo. Assim, o progresso nas características
econômicas dos animais como ganho de peso, produção de leite etc. depende
da avaliação dos genótipos, com base nas características fenotípicas e do uso
de métodos estatísticos apropriados, permitindo estimar quanto da variação
fenotípica é devido às diferenças genéticas entre os indivíduos e o quanto é devido
ao ambiente.
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4.1 Herdabilidade
Onde:
h² = Herdabilidade da característica;
δ²a = Variância genética aditiva;
Exemplo:
Tabela 4 – Variância fenotípica.
Parâmetros
Valor genético aditivo valor fenotípico
3 8,1
3,4 4,6
3,5 4,7
3,6 7,4
2,9 6,3
2,5 6,8
3,6 7,1
δ²a = 0,178095238 δ²p = 1,779047619
h2 = 0,10
Fonte: A autora.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
4.2 Repetibilidade
A repetibilidade (r) nada mais é que a expressão de uma mesma característica em diferentes
épocas da vida do animal. O valor da característica do indivíduo tende a se repetir e mesmo que
a atividade de alguns genes possa mudar com a idade, o genótipo é considerado constante em
toda a vida do animal. Assim, a repetibilidade mede a correlação média entre duas produções
de um mesmo indivíduo, pois como os produtores tendem a manter no rebanho os animais
que se mostraram melhores na primeira produção é importante determinar até que ponto esse
desempenho se repete (ELER, 2017; PEREIRA, 2008).
O coeficiente de repetibilidade (r) é sempre maior ou igual ao da herdabilidade (h²),
caracterizado pela equação:
Onde:
δ²p = variância fenotípica;
δ²a = variância genética aditiva;
δ²EP = variância de ambiente permanente.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Onde:
µP = média da população;
µi = média anterior do indivíduo no ambiente;
r = repetibilidade.
Por exemplo, uma vaca da raça Nelore produziu um bezerro com peso ao nascer de 40 kg
e a produção média do rebanho é de 30 kg. Considerando a repetibilidade do peso ao nascer em
bovinos de corte sendo 0,30 a produção mais provável desta vaca seria:
4.3 Correlação
A correlação tem como objetivo medir o grau de associação entre duas variáveis (X e
Y). Ela varia de -1,0 à +1,0, e sua direção e magnitude irá depender do coeficiente de correlação
entre as características, então quanto mais próximas do ponto positivo ou negativo, mais forte é
considerada a correlação (ELER, 2017; PEREIRA, 2008).
Tabela 5 – Correlação.
Correlação Resposta Direta (X) Resposta Indireta (Y)
Positiva aumenta X aumenta Y
Zero aumenta X não muda Y
Negativa aumenta X diminui Y
Fonte: A autora.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Ela indica o grau de associação entre duas características, por exemplo: Altura x peso,
produção de leite x gordura do leite, rendimento de carcaça x % de gordura na carcaça etc.
(PEREIRA, 2008), e é representada pela seguinte equação:
Onde:
rG = correlação genética;
Cov a (X, Y) = covariância genética aditiva entre as características X e Y;
δa (X) e δa (Y) = variâncias genéticas aditivas das características X e Y.
Onde:
rE = correlação ambiental;
Cov e (X, Y) = covariância do meio ambiente entre as características X e Y;
δe (X) e δe (Y) = variâncias entre reprodutores, respectivamente, das características X e Y.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
02
DISCIPLINA:
MELHORAMENTO ANIMAL
AVALIAÇÃO GENÉTICA
E SEUS FATORES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................20
1 INTERAÇÃO GENÓTIPO X AMBIENTE..................................................................................................................... 21
2 SELEÇÃO....................................................................................................................................................................22
2.1 SELEÇÃO INDIVIDUAL............................................................................................................................................22
2.2 SELEÇÃO DE FAMÍLIA............................................................................................................................................22
2.3 SELEÇÃO DENTRO DE FAMÍLIAS.........................................................................................................................22
2.4 SELEÇÃO COM BASE NO PEDIGREE....................................................................................................................22
2.5 TESTE DE PROGÊNIE.............................................................................................................................................23
2.5.1 ESTIMAÇÃO DO VALOR GENÉTICO...................................................................................................................24
2.6 ACURÁCIA DA SELEÇÃO........................................................................................................................................25
3 AVALIAÇÃO GENÉTICA..............................................................................................................................................26
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Pode ser dividida em dois tipos sendo a interação simples quando ocorre apenas uma
alteração na magnitude da resposta dos genótipos em diferentes ambientes. Já a interação
complexa é aquela na qual não há apenas alteração na magnitude, mas também na classificação
dos genótipos.
Um exemplo é quando um animal taurino exposto a um clima tropical não expressa sua
melhor resposta, por ser um animal de clima temperado. O mesmo ocorre com os zebuínos que
são de clima tropical quando expostos a um clima temperado.
A interação genótipo x ambiente é um dos aspectos mais importantes na seleção de
genótipos mais adequados a determinados ambientes. Assim, as diferenças genéticas observadas
entre eles permitirão estimativas mais seguras dos valores genéticos reais pela minimização das
influências ambientais (PEREIRA, 2001).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
2 SELEÇÃO
Seleção é um processo de decisão que indica quais animais de uma geração serão usados
para se tornar pais da próxima geração. Portanto, o principal efeito da seleção é aumentar a
frequência de genes favoráveis e, consequentemente, reduzir a frequência de genes desfavoráveis.
Assim, conhecer a herdabilidade da população estudada é muito importante para a seleção por
meio dos valores genéticos do indivíduo.
O objetivo do uso da seleção nos animais é a melhoria ou fixação das características
de importância para uma determinada produção animal, chamada de critérios de seleção. Os
critérios de seleção são as características com base nas quais os animais são escolhidos como pais
da geração seguinte, sendo os meios usados para atingir os objetivos do melhoramento genético.
Em um programa de melhoramento, existem diferentes métodos de seleção que serão
realizados a partir do objetivo do uso do melhoramento para aquela população.
É uma seleção baseada nos valores fenotípicos das suas famílias, ou seja, os animais das
melhores famílias são selecionados. Assim, todos os animais da melhor família são selecionados e
mantidos no rebanho. Neste caso, a seleção é o resultado da diferença entre as famílias e a média
da população.
Os animais são selecionados de acordo com seu desempenho individual dentro de cada
família, ou seja, selecionam-se somente os melhores animais de cada família dentro de várias
famílias.
Os animais são selecionados de acordo com o desempenho dos pais, avós e ancestrais
mais distantes.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A resposta à seleção é medida através do ganho genético (G) que, por sua vez, é uma
função do diferencial de seleção (S) e da herdabilidade da característica (h2). Portanto, ΔG =
S x h2. O diferencial de seleção mede a diferença entre os indivíduos selecionados para pais da
próxima geração e a média de toda a população. Pode-se, então, reescrever que:
Onde:
= Pais da próxima geração;
= média de toda a população;
= Herdabilidade.
Assumindo que a população segue a distribuição normal tem-se que o valor de S depende
da relação entre a proporção selecionada e a variação existente na população. A relação entre
o diferencial de seleção desvio padrão fenotípico é denominado intensidade de seleção (i).
Portanto,
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A confiança na estimativa do valor gênico é dada pelo termo estatístico acurácia, que é
uma medida de correlação entre o valor gênico verdadeiro e o estimado.
Onde:
VGE = valor gênico esperado.
Ac = acurácia.
P= performance do indivíduo ou a média do grupo de parentes.
= performance média do rebanho.
g = parentesco entre o indivíduo que está sendo medido (avaliado) e o indivíduo para o
qual deseja-se estimar o valor gênico.
b = coeficiente usado na estimativa do valor gênico.
O valor de g é igual a 1,0 quando sua própria performance está sendo avaliada, 0,5 para
irmãos-completos, progênie ou pais e 0,25 para meio-irmãos ou avós. O valor de b é função da
herdabilidade da característica, do número de registros (informações) disponíveis, do parentesco
Assim, se esse varrão acasalar com fêmeas cujos desempenhos correspondem à média do
rebanho, é esperado que sua prole ganhe 0,075kg por dia, sendo melhor do que a média. Assim,
quanto mais alta for a herdabilidade maior será o resultado da acurácia.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
3 AVALIAÇÃO GENÉTICA
Onde:
VGA = valor genético aditivo;
h² = herdabilidade da característica;
P = performance do indivíduo;
µ = média do grupo de contemporâneos do rebanho contemporâneos de rebanho.
A DEP prediz o valor genético aditivo de um animal como pai e este valor é transmitido
para o filho por meio dos gametas. Assim, ela é a predição do mérito genético médio dos gametas
produzidos por um determinado indivíduo (um touro ou uma vaca, por exemplo).
Como exemplo, suponha que o sêmen de dois touros, A e B, estejam disponíveis para
venda. O Touro B possui DEP para o peso aos 365 dias de idade de +10 kg. Touro A possui DEP
de –5 Kg. A diferença entre as DEP dos dois touros é de 15 kg.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Isto significa que, se os dois touros fossem acasalados com fêmeas aleatórias da população
e produzissem muitos filhos, deve-se esperar que a média da progênie do touro B seja superior em
15 kg à média da progênie do touro A. Estes 15 kg de diferença na média das progênies refletem
a diferença no mérito genético dos gametas produzidos pelos dois touros (PEREIRA, 2008).
A DEP prediz o valor genético aditivo de um animal como pai baseado nas informações
disponíveis que variam de um indivíduo para outro e, desta forma, a “certeza” com que cada
DEP é estimada também varia. Para animais com muitas informações (progênie numerosa), a
“certeza” da DEP é elevada. Para animais com poucas informações, a “certeza” da DEP pode ser
baixa. A esta “certeza” atribui-se o nome de acurácia, citada anteriormente.
4 PARENTESCO E CONSANGUINIDADE
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Imagine dois irmãos completos X E Y, o parentesco entre X e Y (RXY) pode ser assim
representado:
O coeficiente de parentesco entre X e Y (RXY) pode ser calculado da seguinte forma: RXY
= probabilidade de X e Y receberam genes idênticos de A + probabilidade de X e Y receberam
genes idênticos de B. Sendo:
Neste caso, X e Y têm 50% dos seus genes idênticos, pelo fato de ambos serem filhos dos
mesmos pais.
O cálculo do grau de parentesco é simples, pois a utilização de setas que ligam dois
Vê-se que X e Y são parentes porque apresentam um ascendente comum, no caso C, que
aparece em ambos os pedigrees. As “passagens” ou “setas” através do ascendente comum C são
as seguintes:
X e Y, neste exemplo, têm 6,25% de genes idênticos a mais do que dois indivíduos
quaisquer da mesma população, por apresentarem um ascendente comum C.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A consanguinidade pode ser vista sob diferentes aspectos. Quanto ao parentesco entre
os indivíduos que se acasalam, ela pode ser estreita - quando o grau de parentesco entre os pais
é igual ou superior a 50% (pai x filha; mãe x filho, entre irmãos completos etc.), larga - quando o
grau de parentesco entre os pais é menor que 50% (acasalamentos entre meio-irmãos, primos, tio
e sobrinha etc.). E quanto a situação dos reprodutores na genealogia do animal ela pode ser direta
- quando os reprodutores se encontram em linha reta no pedigree, ou seja, um deles é ancestral
comum, colateral ou indireta - quando os reprodutores se encontram em duas linhas que partem
do ancestral comum.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Onde:
= coeficiente de consanguinidade do indivíduo X;
e = número de gerações nas linhas através das quais o pai e a mãe são relacionados;
= coeficiente de consanguinidade do ascendente comum;
= indica que os resultados devem ser somados, depois de ter sido computada,
separadamente, cada “passagem” ou ligação de parentesco entre pai e mãe.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
03
DISCIPLINA:
MELHORAMENTO ANIMAL
HETEROSE, CRUZAMENTOS
E BIOTECNOLOGIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................34
1 HETEROSE..................................................................................................................................................................35
1.1 HETEROSE INDIVIDUAL.........................................................................................................................................35
1.2 HETEROSE MATERNA............................................................................................................................................35
1.3 HETEROSE PATERNA.............................................................................................................................................35
1.4 FATORES QUE AFETAM A HETEROSE..................................................................................................................36
1.5 ESTIMATIVA DA HETEROSE..................................................................................................................................37
2 CRUZAMENTOS.........................................................................................................................................................38
2.1 CRUZAMENTO SIMPLES OU INDUSTRIAL..........................................................................................................39
2.2 CRUZAMENTO CONTÍNUO OU ABSORVENTE....................................................................................................39
2.3 CRUZAMENTO ROTACIONAL OU ALTERNATIVO................................................................................................39
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
3 BIOTECNOLOGIA.......................................................................................................................................................40
3.1 AMPLIFICAÇÃO REPRODUTIVA............................................................................................................................40
3.1.1 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL.................................................................................................................................40
3.1.2 TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES...................................................................................................................... 41
3.1.3 SEXAGEM DE SÊMEN.........................................................................................................................................42
3.1.4 SEXAGEM DE EMBRIÕES...................................................................................................................................42
3.1.5 FERTILIZAÇÃO IN VITRO....................................................................................................................................42
3.1.6 CLONAGEM..........................................................................................................................................................43
3.1.7 TRANSGENIA........................................................................................................................................................43
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................45
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1 HETEROSE
Indica a superioridade média dos filhos em relação à média dos pais. Quanto maior a
distância evolutiva entre as raças, maior será a heterose. Alguns autores ainda definem a heterose
como o aumento do vigor da progênie em relação ao dos pais, quando indivíduos não aparentados
são acasalados (BOWMAN, 1959; LASLEY, 1978; SHERIDAN, 1981).
Evidências apontam que o nível de heterose é inversamente proporcional à herdabilidade
da característica. Por exemplo, em bovinos, para as características de crescimento pós-desmama,
eficiência de conversão alimentar ou composição da carcaça que são de alta herdabilidade, a
heterose é de pequena magnitude. Já níveis mais altos de heterose são relatados para características
de baixa herdabilidade, como a fertilidade, sobrevivência e outras características relacionadas
com a reprodução (PEREIRA, 2008).
Agora que o conceito básico de heterose foi definido, veremos seus tipos diferentes a
seguir.
Segundo PEREIRA (2008), tanto a heterose paterna como a materna são funções
de combinações gênicas presentes na geração anterior. Por exemplo, as heteroses
materna e paterna para taxa de concepção dependem das combinações gênicas
existentes nas mães e pais.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Segundo FRIES (1996), o grau de heterose, obtido nos cruzamentos, depende dos
níveis de heterozigoses materna e individual, da distância genética entre as raças envolvidas,
das frequências gênicas na população e da característica de interesse e de suas interações com o
ambiente.
Tabela 1 – Estimativas de heteroses individual (h1), materna (hM) e paterna (hp) para
várias características econômicas de diferentes espécies animais.
Espécie Característica h¹ hM hP
Bovino de corte Taxa de concepção 6,0 - 6,0
Peso ao nascer 3,0 1,5 -
Peso à desmama 5,0 8,0 -
Nº desmamados/100 vacas expostas 3,0 8,0 5,0
Peso à desmama/vaca exposta 7,0 15,0 6,0
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Estas estimativas podem variar devido às raças usadas, ao sistema de cruzamento adotado,
às diferenças genéticas entre e dentro de raças e por diferenças entre os méritos genéticos dos
reprodutores e reprodutoras utilizados. Os resultados desta tabela são apenas uma base das
expectativas potenciais da heterose (PEREIRA, 2008).
O grau de heterose (%) é avaliado pela superioridade da média dos filhos em relação à
média dos pais mediante a seguinte expressão:
Onde:
μM = média dos filhos mestiços;
μP = média dos pais puros.
Como exemplo, suponha que foi feito um cruzamento entre uma vaca Holandesa e um
touro Jersey. A média de produção de leite da vaca holandesa foi de 25 kg, já a média de produção
de leite da vaca Jersey foi de 18 kg. Como resultado a produção de leite dos mestiços, ou seja, ½
holandês + ½ Jersey foi de 23 kg. A heterose será calculada como mostra a seguir:
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
2 CRUZAMENTOS
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Caracteriza-se pelo acasalamento de duas raças puras com produção, na primeira geração
de mestiços, permitindo a obtenção do nível de heterose máximo obtendo animais de resistência
e produtividade elevadas. Normalmente, os machos e as fêmeas que resultam deste sistema são
destinados ao abate, porém reservar uma parcela de fêmeas do rebanho puro é necessário para a
produção de fêmeas de reposição (PEREIRA, 2008).
Neste sistema de cruzamento, a raça considerada nativa é “absorvida” pelo uso contínuo
de reprodutores da raça geneticamente superior, resultando na produção de animais conhecidos
como “puros por cruzamentos” ou PC. Como vantagem, este sistema produz suas próprias fêmeas
de substituição (PEREIRA, 2008).
Este sistema consiste no uso alternado de reprodutores de raças diferentes a cada geração,
podendo ser duas ou mais raças. Como vantagens, as fêmeas produzidas em cada geração são
incorporadas ao rebanho e os machos destinados à comercialização. O sistema também mantém
o grau de heterose elevado com o uso de duas e três raças e permite maior pressão de seleção nas
fêmeas que serão retidas no rebanho.
Uma das limitações no uso destes cruzamentos com touros puros é a pequena
complementaridade que se obtém, além da inconsistência no desempenho dos animais, pois a
consistência só é possível se as raças usadas no rodízio são semelhantes do ponto de vista biológico
(PEREIRA, 2008).
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3 BIOTECNOLOGIA
A biotecnologia animal pode ser definida como um conjunto de tecnologias responsável
por investigar o potencial possuído pelas células animais com o único objetivo de adquirir uma
melhor resposta em todos os níveis de desempenho. Portanto, pode ser qualquer técnica utilizada
para fazer ou modificar produtos, melhorar plantas ou animais, desenvolver microrganismos
para usos específicos etc., sendo mais comumente utilizada dentro da área animal a amplificação
A reprodução animal é limitada pela capacidade natural de cada uma das espécies
domésticas. Observando as condições de monta natural, um macho pode cobrir apenas um
número determinado de fêmeas, dependendo da sua capacidade de desempenho. Há também
um limite de progênies que a fêmea pode produzir em um determinado período. Assim, o uso
de métodos capazes de otimizar a produção animal se tornou necessário, visando o aumento da
capacidade de reprodução e produção de progênies.
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Seu uso traz muitas vantagens aos produtores, como o controle de doenças, eliminação de
custos de produção e manutenção de machos no estabelecimento, facilita a coleta de dados sobre
paternidade, obtém-se um maior número de progênies de machos de alto valor genético, diminui
a relação macho/fêmea contribuindo para aumentar o ganho genético, possibilita a organização
de testes de progênie em grande escala, permite a realização de cruzamento industrial entre raças
sem necessidade de adquirir animais, além de permitir a conservação de raças em extinção.
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Existem alguns fatores que podem interferir na transferência de embriões (T.E.) como:
as diferentes respostas individuais das vacas doadoras aos tratamentos hormonais para a
superovulação, a escolha das técnicas de coleta e transferência dos embriões e o nível técnico
da equipe que a conduz, o grau de sincronização entre os ciclos estrais das fêmeas doadoras e
receptoras, a fertilidade natural das doadoras, a qualidade do sêmen utilizado e dos embriões
produzidos e a nutrição e manejo dos animais. Além de que, existem algumas limitações para
a prática de transferência de embriões, já que esta possui um menor impacto no melhoramento
genético quando comparada a outras técnicas além de ser uma tecnologia mais custosa e complexa,
necessitando de uma mão de obra especializada.
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3.1.6 Clonagem
3.1.7 Transgenia
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A definição de quais características serão incorporadas aos programas de melhoramento
genético é de extrema importância para o seu sucesso.
Portanto, determinar corretamente o programa de melhoramento observando todas
as variáveis conhecidas é extremamente importante para o sucesso da produção animal na
propriedade.
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
04
DISCIPLINA:
MELHORAMENTO ANIMAL
MELHORAMENTO GENÉTICO
DOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................48
1 PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO: DELINEAMENTO........................................................................49
1.1 REBANHOS NÚCLEO...............................................................................................................................................49
1.2 REBANHOS MULTIPLICADORES...........................................................................................................................49
1.3 REBANHOS COMERCIAIS......................................................................................................................................49
1.4 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS..................................................................................................................................49
1.5 REGISTRO DE INFORMAÇÕES..............................................................................................................................50
1.6 PREDIÇÃO DOS MÉRITOS GENÉTICOS................................................................................................................50
1.7 TÉCNICAS REPRODUTIVAS...................................................................................................................................50
1.8 SELEÇÃO E CRUZAMENTO....................................................................................................................................50
1.9 ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA NO MELHORAMENTO ANIMAL........................................................................ 51
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INTRODUÇÃO
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Utiliza o material genético vindo dos rebanhos núcleo ou multiplicadores, porém não
estão muito envolvidos no processo de seleção, visto que tem como objetivo apenas fornecer
produtos para o mercado. Também fornece informações para o melhoramento dos outros tipos
de rebanhos, sendo o primeiro a ter interferência dos consumidores (KORITIAKI, 2020).
Para iniciar um programa de melhoramento, é preciso primeiramente definir qual será o seu
objetivo para então saber quais serão as características a serem melhoradas, por onde começar, quais
recursos usar etc., e essa primeira decisão irá direcionar todo o processo, portanto este objetivo precisa
estar muito bem definido pois, depois de iniciadas as alterações genéticas tendem a ser permanentes.
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Através das informações fenotípicas dos indivíduos, é realizado cálculo do mérito genético
dos animais, que se baseiam nos valores genéticos estimados e as DEP’s (diferenças esperadas
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A seleção para perímetro escrotal resulta em animais com maior peso adulto,
em consequência da correlação genética positiva existente entre essas duas
características, e, por este motivo, é sugerido que esta característica seja ajustada
para idade ou peso do animal quando usado como critério de seleção.
Selecionar a precocidade sexual das fêmeas e o perímetro escrotal em machos
juntos podem ser alternativas eficientes para se obter um sistema reprodutivo
mais eficiente devido ao aumento do desempenho dos animais (EVERLING et al.,
2001; JUNIOR et al., 2016).
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Realizar a seleção dos animais baseado em características físicas tem sido realizada
desde o início da produção animal. Este conjunto de características externas de cada raça levou
ao estabelecimento de padrões raciais e à instituição dos registros genealógicos, que buscam
preservar as características de interesse de cada raça. A seleção pelo tipo é importante no sentido
de preservar e melhorar as características exteriores de cada raça, mas é mais importante ainda
saber ponderar o valor a ser dado ao exterior dos animais e às suas características econômicas,
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Figura 2 – Mudança das características de importância econômica. Fonte: Mais carne suína (2022).
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No estudo de uma característica, é preciso considerar que, além dos efeitos genéticos
existe a ação do ambiente na sua expressão, portanto, o fenótipo é influenciado por diversos pares
de genes de efeitos aditivos e sua expressão depende do valor genotípico, do meio ambiente, e das
correlações entre os dois. A variação genética é o parâmetro mais importante pois possibilita os
ganhos genéticos, que podem se acumular de geração para geração (MOURA et al., 2017).
Assim que selecionados, os frangos para cruza são submetidos a exames de radiografia
para a identificação de alguma anomalia no esqueleto. Além disso, existem os testes
de genética molecular para a verificação de algum tipo de agente que possa produzir
anomalias e um teste de desempenho alimentar. Todos os dados são selecionados
pelo computador que indica os melhores animais dentro de uma linhagem.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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Grande. Anais [...]. Campo Grande: SBZ, 2004.
BOWMAN, J. C. Selection for heterosis. Animal Breeding Abstract, Farnham Royal, v. 27, n. 3,
1959.
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REFERÊNCIAS
FRIES, L. A. Efeito da idade da vaca sobre o peso a desmama em zebuínos. In: SIMPÓSIO
NACIONAL DE MELHORAMENTO ANIMAL. 1., 1996, Ribeirão Preto. Anais [...]. Ribeirão
Preto: SBMA, 1996.
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LASLEY, J. F. Genetics of livestock improvement. 3. ed. Englewood Cliffs: Prentice hall, 1978.
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Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Paulo-Lopes-4/publication/228930515_
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Genetico-de-Suinos.pdf. Acesso: 5 maio 2022.
MIRANDA, J. E. C.; FREITAS, A. E. Raças e tipos de cruzamentos para a produção de leite. Juiz
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-412-0094-3/. Acesso em: 5 maio 2022.
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MELHORAMENTO ANIMAL. 4., 2002, Campo Grande. Anais [...]. Campo Grande: EMBRAPA,
2002.
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