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Curso de Saúde Ambiental

Química Aplicada

COEFICIENTE DE PARTIÇÃO OCTANOL-ÁGUA


DO VIOLETA DE GENCIANA

Trabalho Laboratorial da Unidade Curricular de

Química Aplicada

1.º ano do curso de Saúde Ambiental


I. Objetivo
Determinação do coeficiente de partição do violeta de genciana entre a água e o n-octanol

II. Introdução
O violeta de genciana, ou violeta de cristal, é um corante muito usado histologicamente, de que o exemplo
mais clássico é o método de Gram na classificação de bactérias. Quimicamente é um cloreto de
metilrosanilida, de fórmula química C25H30ClN3 e com a estrutura seguinte:

A diferença de solubilidade de um soluto entre duas fases é utilizada em muitos ramos da Ciência. Em
Farmácia, a purificação de compostos farmacêuticos e outros de elevado grau de pureza é muitas vezes
efetuada por processos de extração. Também as várias técnicas de cromatografia são baseadas na partição
de solutos em duas fases, designadas de fase estacionária e fase móvel. Em Ambiente, a constante de partição
de um soluto entre uma fase aquosa e o n-octanol é considerada uma boa aproximação de uma partição
água-lípidos, sendo assim indicadora da capacidade de bioacumulação do soluto em seres vivos e do seu
potencial risco ambiental.
O coeficiente de partição octanol-água (Kow) do violeta de genciana pode ser determinado por extração de
uma solução aquosa de violeta de genciana com um dado volume de n-octanol. No equilíbrio tem-se:

[ ]( )
C25H30ClN3 (aq) ⇆ C25H30ClN3 (n-octanol) 𝐾𝑜𝑤 = [ ]( )

Como o violeta de genciana absorve a 580 nm, as concentrações de equilíbrio podem ser encontradas por
espectrofotometria construindo-se retas de calibração com concentrações conhecidas do soluto nos dois
solventes. Outro procedimento consiste em determinar as concentrações aquosas antes e depois da extração
com o n-octanol, encontrando-se a concentração orgânica por subtração das anteriores.

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III. Materiais e reagentes
1 tubo de centrifugação de 10 ml
1 tubo de ensaio 10 ml
1 balão volumétrico de 25,00 ml
8 cuvettes visível
2 pipetas de 5,0 ml
1 Erlenmeyer 50 ml
1 proveta 25 ml
1 micropipeta de 200 l
1 micropipeta de 1000 l
1 pipeta Pasteur
Suporte de tubos de ensaio
Pompete
Vortex
Espectrofotómetro

Violeta de genciana 15,0 M


Violeta de genciana 1,0 mM
n-octanol

IV. Segurança
 O n-octanol é irritante para os olhos. Lave imediatamente com água se ocorrer alguma contaminação.
 O violeta de cristal é um corante: use luvas.

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V. Procedimento experimental
Curva de calibração

1. A partir de uma solução rigorosa de violeta de genciana a 1,0 mM preparar 25,00 ml de uma solução
rigorosa a 15,0 M. Esta é a solução padrão.
2. Pipetar, usando micropipetas de 1000 l, os seguintes volumes para cuvettes. Usar a micropipeta para
homogeneizar a solução.

Cuvette Vol. violeta 15,0 M / l Vol. H2O / l


0 0 1000
1 100 900
2 200 800
3 400 600
4 600 400
5 800 200

3. Efetuar a leitura a 580 nm.

Determinação do coeficiente de partição octanol:água

1. Transferir 500 l da solução de violeta de genciana a 1,0 mM para um Erlenmeyer de 50 ml e adicionar


20 ml de água. Homogeneizar. Esta é a solução inicial.
2. Retirar 200 l para uma cuvette, adicionar 800 l de água e ler a A580.
3. Transferir 2,0 ml da solução anterior para um tubo de centrifuga de 10 ml.
4. Adicionar 2,0 ml de n-octanol ao tubo.
5. Tapar com parafilme e agitar num vórtex por 30 segundos.
6. Centrifugar 2 min a 3000 rpm, até permitir que as duas fases se separem.
7. Usando uma pipeta de Pasteur, retirar cerca de 1 ml da fase aquosa para um novo tubo de ensaio.

8. Retirar 200 l para uma cuvette, adicionar 800 l de água e ler a A580.

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