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AULA PRÁTICA N° 05: HETEROSÍDEOS CUMARÍNICOS

1. Introdução

Cumarinas são lactonas do ácido o-hidróxi-cinamo. Suas propriedades farmacológicas e


aplicações terapêuticas dependem de seus padrões de substituição no núcleo cumarínico. A
presença de substituintes no anel aromático faz com estas substâncias absorvam luz no
comprimento de onda de 365 nm.

As cumarinas podem ocorrer nas plantas na forma livre ou glicosilada.

Esculina

A reação de identificação se baseia na abertura do anel lactônico em meio básico, seguido


por exposição à luz ultravioleta a 365 nm. O resultado final é a interconversão do isômero cis no
isômero trans que apresenta fluorescência esverdeada.
2. Identificação da Presença de Cumarina no Xarope de Guaco

Objetivos:

Demonstrar a presença de cumarina em xarope de guaco através da reação de


identificação em meio básico e exposição à luz ultravioleta a 365 nm e por processo de
cromatografia em camada delgada.

Procedimentos

2.1 Obtenção do Extrato de Mikania glomerata (Guaco)

Pesar exatamente 1,5 g de folhas de guaco seca e triturada, transferindo-as para um


béquer. Adicionar 25 mL de solução aquosa de HCl 10% e aquecer em banho-maria mantendo em
ebulição por 5 minutos. Filtrar com auxílio de algodão e funil simples para um funil de separação.
Adicionar ao funil de separação 10mL de acetato de etila e agitar vigorosamente. Deixar repousar
para separação das fases. Separar a fase aquosa e a fase orgânica transferindo-as para um
béquer. Retornar a fase aquosa ao funil de separação e repetir a operação adicionando mais 10
mL de acetato de etila. Deixar em repouso para separação das fases. Separar a fase aquosa para
um béquer, e reunir as fases orgânicas obtidas nas duas extrações.

1,5 g de guaco

50 mL HCl 10%
∆ / filtrar

Filtrado
2 x 10 mL AcOEt

Forgânica Faquosa
2.2 Extração da Cumarina a Partir do Xarope de Mikania glomerata (Guaco)

Transferir exatamente 10 mL do xarope de guaco para um funil de separação. Adicionar ao


funil de separação 10mL de acetato de etila e agitar vigorosamente. Deixar repousar para
separação das fases. Separar a fase aquosa e a fase orgânica transferindo-as para um béquer.
Retornar a fase aquosa ao funil de separação e repetir a operação adicionando mais 10 mL de
acetato de etila. Deixar em repouso para separação das fases. Separar a fase aquosa para um
béquer, e reunir as fases orgânicas obtidas nas duas extrações. Transferir uma alíquota de 3 mL
da fase orgânica para um tubo de ensaio. Adicionar então 3 mL de solução de KOH 2 N. Agitar o
tubo e aguardar a separação das fases. Observar fluorescência esverdeada sob luz ultravioleta a
365 nm.

10 mL de xarope de guaco

Funil de Separação
2 x 10 mL AcOEt

Forgânica Faquosa

2.3 Determinação de Perfil Cromatográfico de Mikania glomerata e Avaliação da


Presença de Cumarina no Xarope de Guaco

Dissolver em um béquer 0,001 g de cumarina padrão em acetato de etila. Utilizar uma


placa cromatográfica contendo como adsorvente sílica-gel demarcando na mesma a linha de
partida e de chegada do eluente. Demarcar também um ponto de aplicação do padrão e da
amostra. Aplicar na placa cromatográfica com o auxílio de um capilar a solução de cumarina
padrão, e as soluções orgânicas obtida no ponto 2.1 e 2.2. Proceder a eluição utilizando como
eluente uma mistura de tolueno:diclorometano:acetona: (45:25:30). Observar sob luz ultravioleta a
365 nm a presença ou não de manchas com fluorescência azul ou esverdeada. Revelar a placa
cromatográfica com solução aquosa de KOH 5% e observar o resultado sob luz ultravioleta a 365
nm. Comparar se o resultado observado corresponde ao mesmo da figura abaixo:
Cromatografia em placa: a placa é imersa em uma cuba cromatográfica, que contém uma pequena
quantidade de solvente (eluente). Este eluirá pela camada do adsorvente por ação capilar. As
amostras devem ser colocadas na placa , acima da linha do eluente, com auxílio de um pequeno
capilar. À medida que o eluente sobe pela placa, a amostra é compartilhada entre a fase líquida
móvel e a fase sólida estacionária. Durante este processo, os diversos componentes da mistura
são separados devido à interação de diversas forças intermoleculares.

Referências bibliográficas:
- FREITAS, P. C. D. Disciplina de Farmacognosia II: Roteiro de Aulas Práticas/ UNIMEP.

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