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Altas Habilidades
A Inteligência em seus Aspectos Cognitivos e não Cognitivos
na Pessoa com Altas Habilidades/Superdotação
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
A Inteligência em seus Aspectos Cognitivos
e não Cognitivos na Pessoa com Altas
Habilidades/Superdotação
• Influências Filosóficas;
• As Primeiras Tentativas de Medir a Inteligência: Os Testes Sensoriais;
• A Inteligência na Visão de Piaget e Vygotsky;
• Críticas aos Testes Psicométricos;
• A Inteligência Emocional.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Estudar os fundamentos filosóficos, históricos e sociológicos da educação das pessoas com
superdotação e altas habilidades, de forma a ampliar e adquirir informações que permitam
contextualizar o ensino;
• Conhecer as políticas que regem a educação das pessoas com superdotação e altas habilidades.
UNIDADE A Inteligência em seus Aspectos Cognitivos e não Cognitivos
na Pessoa com Altas Habilidades/Superdotação
Influências Filosóficas
Sempre existiram pessoas com superdotação e altas habilidades? Se sim, onde elas ficavam?
Resposta: Sim, sempre existiu. Elas ficavam escondidas, trancafiadas em quartos de suas
residências ou, ainda, nos manicômios, onde eram “cuidadas” e recebiam “tratamento” à
base de choque, camisa de força.
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As ideias inatas se desenvolveriam da mente, consciência, independente das ideias
sensoriais (sensações e sentimentos). Logo, nossa mente, ao ser concebida, é vazia,
ou seja, uma página em branco, a qual, ao longo do tempo, vai sendo preenchida
pelas experiências que podem ser derivadas da sensação (impressões sensoriais) e
através da reflexão. As ideias produzidas pela reflexão da mente se baseariam nas
ideias já apresentadas pelos sentidos.
Cognição
Razão
Sensação
Julgamento Mundo
Causalidade
Entendimento
Desejo
Figura 2
Fonte: Acervo do conteudista
Para medir a inteligência, Galton construiu uma bateria de "testes mentais" sen-
soriais. Ele acreditava que, quanto mais sensíveis e perceptíveis fossem os sentidos,
maior o campo no qual o julgamento e o intelecto poderiam agir.
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ligação entre genialidade e "anormalidade", despertando uma crença de que o desti-
no das crianças precoces era serem diferentes, fisicamente fracas e neuróticas, o que
não procede no pensamento contemporâneo.
Galton publicou, em 1869, o livro Hereditary genius, obra de grande influência para
a psicologia. A partir dele demonstrou que as habilidades mentais eram transmitidas
da mesma forma que os traços físicos através das gerações. Defendia a ideia da here-
ditariedade, as variações na habilidade intelectual seguiriam o padrão Galton, e fundou
a ciência da eugenia, que trata dos fatores capazes de aprimorar as qualidades da raça
humana. Defendia a ideia de que as pessoas poderiam ser aperfeiçoadas por gerações,
criando uma raça de indivíduos altamente dotados. Assim, Galton trabalhou a questão
do estudo das árvores genealógicas, indicando muitos dos parentes que poderiam ser
pessoas conhecidas e talentosas, comprovando que a inteligência era herdada.
Foi por meio dos estudos de Galton que surgiu a crença na teoria da inteligência
fixa, acreditando haver um relacionamento entre a acuidade visual e a inteligência
geral, assim a inteligência permaneceria intacta desde o nascimento até a morte do
indivíduo. Assim predizendo, que tipo de indivíduo uma criança se tornaria, a partir
de sua infância, as ideias de Galton tiveram ótima aceitação pela comunidade cien-
tífica e permaneceram por quase um século, influenciando até os dias de hoje no
campo de conhecimento.
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• maturação;
• experiência;
• interação social;
• equilibração.
O psicólogo russo Lev Vygotsky (1984 - 1991) acreditava que adquirir o conheci-
mento estava relacionado com:
• desenvolver as habilidades necessárias para raciocinar;
• compreender; e
• memorizar.
Figura 5 – Vygotsky
Fonte: Wikimedia Commons
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Sendo que esse processo, para esse autor, ocorria por meio da experiência, me-
diada, vivenciada pela criança na sociedade. Segundo ele, a criança deve obter as
funções mentais superiores enraizadas no uso dos instrumentos físicos e simbólicos
com os quais entra em contato no decorrer do seu desenvolvimento, assim, ela deve-
rá aprender a dominá-las no processo de socialização.
Vygotsky afirma ainda que tanto os instrumentos de trabalho quanto os signos (os
símbolos desenvolvidos pelos povos) possuem um papel similar: são construções da
mente humana para estabelecer relação de mediação entre o homem e a realidade.
Assim, esse autor denominava os signos de instrumentos simbólicos; a linguagem
era configurada como sendo um sistema simbólico essencial a todos os grupos hu-
manos, para a evolução da espécie e da história social.
Uma das críticas realizadas é que os testes psicométricos estão centrados na lin-
guagem e na matemática, deixando de lado outras competências humanas para a
resolução de problemas. Os testes de QI têm suas questões fora do contexto, com
foco na memória e na lembrança de fatos, deixando de considerar o processamento
de ordem superior, assim como as habilidades de solução criativa de problemas.
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A Inteligência Emocional
A contemporaneidade traz modelos relacionados à inteligência e superdotação
em resposta às diversas mudanças, tais como:
• Sociais, tecnológicas;
• Cientificas e artísticas.
Uma metáfora sobre inteligência emocional descreve como um tronco com quatro
galhos, cada galho corresponde a quatro fatores diferentes da inteligência emocional.
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Figura 7 – Inteligência e emoções
Fonte: Getty Images
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que está visível, o que fica submerso, oculto é a inteligência emocional que precisa
ser desenvolvida, organizada, planejada e controlada através de diversos estímulos e
com foco no desenvolvimento em outras habilidades.
Figura 9 – Reflexão
Fonte: Getty Images
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Mentes Superdotadas – documentário sobre Altas Habilidades/Superdotação
https://youtu.be/ZbeO3SbEolo
Superdotados contam como descobriram suas habilidades
https://bit.ly/3cEhI7h
Leituras
O conceito de inteligência
https://bit.ly/30j4yHL
A evolução do conceito de inteligência
https://bit.ly/3jdu4pp
A evolução da inteligência humana
https://bit.ly/2GfNRpu
Inteligência humana: concepções e possibilidades
https://bit.ly/344tGDm
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Referências
BARBOSA, C. N. Inteligência Emocional: Construção de uma medida para a identifi-
cação de sentimentos. Campinas, 2000. Dissertação de Mestrado em Psicologia – PUC.
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