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Material Teórico
A Escrita: Surgimento e Evolução
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Ap. Cesarin
A Escrita: Surgimento e Evolução
• Introdução
• A Língua Portuguesa
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta Unidade, o nosso tema será: “A escrita: surgimento e evolução”,
na qual apresentaremos um panorama simplificado de como surgiu
a escrita e das mudanças pelas quais ela passou, o que é importante
para entendermos o processo de aprendizagem. Abordaremos alguns
tipos de sistema de escrita e algumas características significativas
para o nosso estudo.
ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade da Disciplina “Alfabetização e Letramento”, iremos enfatizar
a importância da escrita no processo de aprendizagem. O tema é: “A escrita:
surgimento e evolução”.
Contextualização
Para começarmos a Unidade, que tal refletirmos um pouco:
A linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus atos.
É o instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento,
seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade, seus atos.
Instrumento ao qual ele influencia, e é influenciado, a base mais profunda
da sociedade humana (HJELMSLEV, apud SERGIO, 2010.)
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Introdução
Nesta Unidade, estudaremos a respeito do surgimento e da evolução da escrita,
mas para melhor compreendermos quando falamos de Alfabetização e Letramento,
ainda surgem dúvidas a respeito de conceitos e definições,
Para tentarmos superar o desafio proposto pela autora Maria Fernandes, iremos
começar pela história da escrita, ou seja, seu surgimento e sua evolução, para
iniciarmos a compreensão do processo da língua escrita.
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UNIDADE A Escrita: Surgimento e Evolução
O sistema de escrita mais antigo de que se tem registro foi criado na Suméria,
aproximadamente 4.000 anos a.C., em que foram encontradas peças feitas
de argila com sinais que são chamados de pictográficos, ou seja, sinais que são
baseados em desenhos que representam coisas reais.
Com o tempo, esse sistema foi evoluindo, dando-se a ele o nome de sistema
cuneiforme.
Por que cuneiforme?
A palavra cuneiforme origina-se do próprio objeto que os homens da época
utilizavam para escrever, que é chamado de cunha.
Nesse sistema, cada palavra era representada especificamente por um signo.
Como dito anteriormente, não foram apenas os sumérios que desenvolveram
um sistema de escrita; os egípcios, bem próximos à época dos sumérios, também
criaram seu sistema, conhecido como hieróglifo.
Era uma escrita considerada sagrada, pois somente os sacerdotes e os membros
da realeza conheciam os sinais. Por esse motivo, a escrita do hieróglifo também
era considerada uma arte.
Algo bastante interessante a respeito desse sistema é que com os vários
estudos e pesquisas em torno dele, descobriu-se que os hieróglifos representavam
também sons e, mais tarde, depois dessas descobertas, foi possível decifrar os
sinais representados.
Com as informações anteriores, temos uma ideia de como a escrita surgiu e
podemos afirmar que com o tempo começou a haver transformações e mudanças
nesses sistemas de escrita.
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· Sistema ideográfico – É um sistema que representa palavras completas
ou, podemos até dizer, que representa uma ideia, ou seja, são imagens que
para compreendermos precisamos de conhecimento cultural e contextual.
Por exemplo, uma placa de trânsito é uma linguagem ideográfica.
· Sistema silábico – É um sistema que, no Brasil, por exemplo, é
representado na combinação de sons de consoantes e vogais, que formam
uma sílaba. Agora, no Japão, no sistema silábico, cada sinal realizado
representa uma sílaba;
· Sistema alfabético – É um sistema que conhecemos e utilizamos no
Brasil. Nesse sistema, cada letra corresponde a um som individual.
Esses são alguns tipos de sistema de escrita; existem outros, como o Sistema
Braile, utilizado por deficientes visuais, no qual a leitura é feita por pontos em
relevo, que representam as letras; mas os sistemas citados são suficientes para
percebermos a importância do desenvolvimento da escrita.
É claro que esse movimento não acontece num período curto; isso irá depender
de um longo processo que a criança inicia com seus rabiscos; com o tempo, parte
para suas combinações aleatórias e depois com junções mais elaboradas, dando-se
aos poucos a oportunidade de conhecer realmente o mundo letrado.
A Língua Portuguesa
Vamos conhecer um pouco da nossa Língua!
Existem vários países que falam a Língua Portuguesa além do Brasil. Também
falam a nossa Língua: Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola,
Guiné-Bissau, Cabo-Verde e Timor-Leste.
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UNIDADE A Escrita: Surgimento e Evolução
Para visualizar, veja alguns exemplos que foram incorporados à língua portuguesa
do Brasil, citados por Maria Fernandes (2008, p. 15):
·· tupi: Iracema, Copacabana, Ubatuba, tatu, arara, maracujá, andiroba,
mandioca, pipoca etc.
·· línguas africanas: fubá, moleque, samba, acarajé, caçula;
·· francês: paletó, boné, batom, crepe, matinê;
·· alemão: gás, níquel;
·· italiano: macarrão, piano, partitura, bandido;
·· espanhol: bolero, castanhola;
·· japonês: camicase, sushi, sashimi;
·· inglês: hambúrguer, deletar, show, sanduíche.
Por esse motivo observamos e percebemos as diferentes falas das pessoas nas
variadas regiões de nosso país.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
História da Escrita - do papiro ao computador - parte 1
Para aprofundar seus conhecimentos assista ao vídeo disponível no link a seguir, que
conta a história da escrita, desde o papiro até o computador
https://youtu.be/r7yeiRtc1fA
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UNIDADE A Escrita: Surgimento e Evolução
Referências
FERNANDES, Maria. Os segredos da alfabetização. São Paulo: Cortez, 2008.
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Alfabetização
e Letramento
Material Teórico
Alfabetização e Letramento
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Alfabetização e Letramento
• Alfabetização e Letramento
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta Unidade, o nosso tema será: “Alfabetização e Letramento”,
na qual apresentaremos seus conceitos, um pouco da história do
surgimento do termo “Letramento” e a importância de entendermos
seu significado no processo de ensino e aprendizagem das crianças e
até mesmo dos adultos. Também iremos contextualizar resumidamente
como a Alfabetização aparece nos índices de pesquisa em nosso país.
· Então, para iniciarmos, acesse o material teórico e depois faça as
atividades propostas no ambiente.
ORIENTAÇÕES
Para um bom aproveitamento do Curso, leia o material teórico atentamente
antes de realizar as atividades. É importante, também, respeitar os prazos
estabelecidos no Cronograma.
UNIDADE Alfabetização e Letramento
Contextualização
Para começarmos a Unidade, que tal refletirmos um pouco? Vamos ler a citação
de Paulo Freire sobre ser analfabeto ou não:
Será que podemos considerar analfabeto aquele que não sabe ler e escrever? E
aquele que não sabe ler e escrever, mas faz uso das práticas sociais, consideramos
analfabeto ou não?
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Alfabetização e Letramento
Nesta Unidade, estudaremos os conceitos a respeito dos termos
“Alfabetização” e “Letramento”. Vamos conhecer um pouco da história da
Alfabetização, de como surge o Letramento, o porquê da importância desse termo
para os pesquisadores e, principalmente, para os professores alfabetizadores.
Temos:
· Letrado – Do latim literratu; versado em letras; erudito; indivíduo letrado;
literato;
· Iletrado – Do latim illiteratu; que ou aquele que não tem conhecimento
literário; ilteratu; analfabeto ou quase analfabeto.
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UNIDADE Alfabetização e Letramento
Quando pontuamos esses termos pelo dicionário, temos uma visualização e uma
ideia dos significados, facilitando nossa compreensão no processo de inserção da
palavra Letramento no mundo da Educação. E também percebemos a diferença
entre alfabetizar e letrar.
O segundo momento vai dos séculos XVI e XVIII até a década de 1960. Nesse
período, começam a criar novos métodos sintéticos e analíticos e já nessa época
foram criadas as cartilhas.
O terceiro período tem início por volta da década de 1980, tendo como
divulgação a teoria da Psicogênese da língua escrita.
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Como podemos verificar na pesquisa, o percentual da população alfabetizada
funcionalmente foi de 61% em 2001 e em 2011 a porcentagem foi de 73%, ou
seja, para cada quatro brasileiros, apenas um domina plenamente as habilidades
de leitura e escrita. O resultado da pesquisa aponta que o avanço se dá pela
“universalização do acesso à Escola e do aumento do número de anos de estudo.”
Outro ponto importante revelado pelo INAF são os níveis de alfabetismo, que
são divididos em quatro:
1. Analfabetos: não são capazes de realizar nem mesmo tarefas simples em
relação à leitura;
2. Alfabetizados rudimentares: conseguem identificar pequenas informações
em textos curtos e também leem e escrevem números que utilizam no
cotidiano;
3. Alfabetizados básicos: têm capacidade de leitura e compreendem textos
de média extensão, leem números e resolvem operações simples e têm noção
de proporcionalidade;
4. Alfabetizados plenos: conseguem ler textos longos, analisam, interpretam,
relacionam, fazem inferências e diferenciam fato de opinião. Resolvem
problemas com porcentagem, proporções e cálculos; também conseguem
interpretar tabelas, mapas e gráficos.
Continuando!
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UNIDADE Alfabetização e Letramento
Para Magda Soares, com a palavra literacy, implicitamente está inserida a ideia
de que
A escrita traz consequências sociais, culturais, políticas, econômicas,
cognitivas, linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzido,
quer para o indivíduo que aprenda a usá-la. Em outras palavras: do ponto
de vista individual, o aprender a ler e escrever – alfabetizar-se, deixar
de ser analfabeto, tornar-se alfabetizado, adquirir a “tecnologia” do ler
e escrever e envolver-se nas práticas sociais de leitura e de escrita (...)
(SOARES, 2001, p. 17-8).
Outro ponto interessante é que uma determinada pessoa pode ser analfabeta,
ou seja, não saber ler e escrever, mas poderá ser considerada letrada.
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Magda Soares exemplifica muito bem essa questão em seu livro “Letramento:
um tema em três gêneros” e não podemos deixar de citar o trecho em que ela
explica sobre a criança que não sabe ler e escrever, mas que pode ser considerada
letrada.
A autora afirma:
Da mesma forma, a criança que ainda não se alfabetizou, mas já folheia
livros, finge lê-los, brinca de escrever, ouve histórias que lhe são lidas,
está rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, essa criança
é ainda “analfabeta”, porque não aprendeu a ler e a escrever, mas já
penetrou no mundo do Letramento, já é de certa forma, letrada (SOARES,
2011, p. 24).
Portanto, o Letramento pode ter vários níveis e isso irá depender dos estudos e
pesquisas que já pensam em como medir esses níveis. Mas, o importante é termos
clareza do significado desse termo, que cada vez mais está presente entre nossos
pesquisadores, teóricos, professores e profissionais da área.
de uma habilidade,
Letramento é diversão
o tempo, os artistas da TV
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UNIDADE Alfabetização e Letramento
um bilhete de amor,
de velhos amigos.
é rir e chorar
É um atlas do mundo,
Letramento é, sobretudo,
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Por isso é necessário engajamento por parte dos profissionais da área da
Educação, porque, sem dúvida, esses educadores e pesquisadores são os primeiros
que precisam entender, compreender e, o principal, fazer uso da Alfabetização
e do Letramento de maneira coerente, que possa levar os educandos também
à compreensão do uso da leitura e da escrita no seu dia a dia, ou seja, em suas
práticas sociais.
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UNIDADE Alfabetização e Letramento
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Alfabetização - Telma Weisz (1ª parte)
Acesse o link a seguir para saber mais sobre Alfabetização:
https://youtu.be/2wK9lw2cehI
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Referências
FERNANDES, Maria. Os segredos da Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2008.
VALE, Maria José. Paulo Freire, educar para transformar: almanaque histórico.
São Paulo: Mercado Cultural, 2005.
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Alfabetização
e Letramento
Material Teórico
Métodos de Alfabetização
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Métodos de Alfabetização
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta unidade, nosso tema será: “Métodos de Alfabetização”, na
qual veremos o significado de método e quais são os tipos utilizados
pelos educadores. Também abordaremos a questão das hipóteses da
escrita e a importância da leitura no processo de aprendizagem da
leitura e da escrita.
· Dessa maneira, para iniciarmos, acessem o Material Teórico e depois
façam as atividades propostas no ambiente.
ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, nossos estudos serão sobre os “Métodos de Alfabetização”. Para
que nossos objetivos possam ser alcançados, pedimos a colaboração de vocês nas
leituras, reflexões e nas atividades propostas.
Para começar, leiam a Contextualização, que é importante para começarmos
a refletir sobre o assunto proposto, que são os métodos de Alfabetização. Em
seguida, leiam o Conteúdo Teórico, que é a base que vocês terão para toda a
Disciplina. Vocês também têm acesso aos Materiais Complementares, que irão
ajudar a compreender, por meio de outros olhares, o conteúdo que estamos
estudando. E não podemos esquecer, ainda, que vocês têm acesso às Referências
utilizadas no preparo do material da Disciplina.
Outra parte importante no Blackboard é a Apresentação Narrada. Ela traz, de
forma resumida, os conceitos da Disciplina e comentários feitos pelo professor.
Então, depois de vocês terem passado por esses tópicos, realizem a Atividade de
Sistematização. São questões de múltipla escolha e a correção é automática, pelo
Sistema. Só para lembrar, vocês têm duas tentativas para realizar essa atividade;
portanto, estudem o conteúdo antes de acessar esse link.
Vocês devem participar também do Fórum de Discussão. Nele, vocês podem
deixar suas reflexões a respeito do assunto sobre o qual estamos tratando,
especificamente, nesta unidade, Alfabetização e Letramento.
UNIDADE Métodos de Alfabetização
Contextualização
Leia a citação de Maciel (2010):
O método é um conjunto relativo a determinados princípios diretivos
provenientes de uma das ciências fundamentais da Educação. Os métodos
no Brasil foram, infelizmente, durante muitos anos, atrelados a produções
de livros didáticos (cartilhas, pré-livros). Desta forma, a concepção de
método ficou restrita às orientações metodológicas, melhor dizendo, às
técnicas de aplicação descritas no manual do professor (...) (MACIEL apud
Perez, 2011, p. 45).
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Conteúdo Teórico
Nesta Unidade, veremos alguns métodos de Alfabetização que já foram utilizados
e que ainda fazem parte das estratégias de ensino de vários alfabetizadores.
Os questionamentos que surgem no dia a dia do professor e de outros da área da Educação são:
Explor
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UNIDADE Métodos de Alfabetização
Esses outros pontos, que são fundamentais para o progresso do educando são:
· Reconhecer e utilizar os conhecimentos prévios do aluno;
· Observar e acompanhar a aprendizagem do aluno;
· Observar e identificar o progresso do aluno;
· Proporcionar atividades que abordam situações comunicativas;
· Incentivar e aplicar a leitura em sala de aula;
· Proporcionar os variados gêneros textuais para o aluno.
Os métodos, sem dúvida, são um caminho que podemos seguir para dar
andamento no processo da Alfabetização, mas não é necessário apenas seguir o
caminho do método que adotamos. É importante refletir e fazer uso dos pontos
mencionados anteriormente.
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Outro ponto fundamental no processo de Alfabetização e Letramento é incentivar
e aplicar a leitura em sala de aula.
Fernandes (2008) cita, ainda, outro ponto que precisa ser levado em consideração:
Os alunos devem ver na leitura algo interessante e desafiador, uma conquista
capaz de dar autonomia e independência. Estar confiante para enfrentar o
desafio da leitura é “aprender fazendo” (FERNANDES, 2008, p.39).
Assim sendo, a criança faz várias hipóteses em relação a sua leitura; ela vai
construindo sua leitura, por meio das ideias e das concepções que ela possui em
relação ao que compreende sobre o código linguístico.
É claro que também se faz necessário apresentar para a criança materiais aos
quais provavelmente ela não poderá ter acesso, como, por exemplo, algum tipo de
texto ou livro que não faz parte do seu mundo letrado.
O educando, por sua vez, precisa compreender esses dois pontos por meio
das hipóteses linguísticas, que são os estudos feitos por Emília Ferreiro e Ana
Teberosky, que nos auxiliam no entendimento em relação sobre como a criança
compreende a escrita.
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UNIDADE Métodos de Alfabetização
Vejamos os níveis!
Pré-silábico
Nesta fase, a criança registra as chamadas garatujas, desenhos que não têm
definição tão clara. Aos poucos, ela passa a fazer desenhos com traços mais
definidos, mas não fáceis de decifrar.
Se a criança tem incentivo para a leitura e para materiais escritos, ela também
começa a misturar letras ou as chamadas pseudoletras, os rabiscos.
Ainda no nível pré-silábico, a criança pode ter o segundo momento, no qual ela
consegue colocar uma quantidade significativa de caracteres em relação à palavra
dita para ela, mas, mesmo assim, sua escrita ainda não é tão compreensível.
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Silábico
Neste nível, a criança já consegue estabelecer as relações entre o som e as letras.
Então, quer representar cada letra por um símbolo e vai utilizar também letras,
pseudoletras e números.
A criança define as partes das palavras, ou seja, a sílaba, mas, nessa fase, ela
representa não a sílaba por completo; algumas vezes, irá colocar mais letras do que
necessário, pois acredita ser o correto.
O grande desafio para a criança são as palavras monossílabas, porque para ela
representar uma palavra, como por exemplo, “mãe”, ela acredita que irá precisar
de mais letras do que realmente possui a palavra ditada.
Ditamos para uma criança que se chama Camila a palavra “giz”, monossílaba, e
ela pode representar da seguinte forma: XiAL.
O silábico pode ser dividido em: silábico com valor e silábico sem valor.
Silábico-alfabético
Nesta fase, a criança utiliza dois níveis, o silábico e o alfabético, ao mesmo
tempo. Esse momento é o que chamamos de transição.
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UNIDADE Métodos de Alfabetização
Alfabético
É o nível em que se pode dizer que a criança já está compreendendo o sistema
linguístico e como ele se organiza. Nessa fase, ela já consegue ler e representa
graficamente as palavras e pequenas frases.
Nesse nível, as escritas são construídas com base em uma correspondência entre
fonemas (sons) e grafemas (letras).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Alfabetizar é Todo Dia
https://bit.ly/3vUNHvz
As Hipóteses de Escrita: Entenda como a Sondagem da Escrita Funciona na Alfabetização
https://bit.ly/35QBTzF
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UNIDADE Métodos de Alfabetização
Referências
FERNANDES, Maria. Os segredos da Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2008.
FERREIRO, F. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
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Alfabetização
e Letramento
Material Teórico
A leitura no processo de alfabetização e letramento
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
A leitura no processo de alfabetização
e letramento
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta Unidade, o nosso tema será: “A Leitura no Processo de
Alfabetização e Letramento”. Abordaremos a questão da leitura na
alfabetização, a importância da leitura por prazer e de como a prática
da leitura colabora na aprendizagem da criança ou do indivíduo que
está sendo alfabetizado.
ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, estudaremos o seguinte ponto: “A Leitura no Processo de
Alfabetização e Letramento”. Para que nossos objetivos possam ser alcançados,
pedimos a colaboração de vocês nas leituras, reflexões e participação nas
atividades propostas.
Para começar, leiam a parte intitulada Contextualização, importante para
começarmos a refletir sobre o assunto proposto, que é o papel da leitura no processo
de alfabetização. Em seguida, leiam o Conteúdo Teórico, que é a base que vocês
terão para toda a Disciplina.
Outra parte importante no Blackboard é a Apresentação Narrada. Ela traz, de
forma resumida, os conceitos da Disciplina e comentários feitos pelo professor.
Então, depois de terem passado por esses tópicos, realizem a Atividade de
Sistematização. São questões de múltipla escolha e a correção é automática, pelo
Sistema. Só para lembrar, vocês têm duas tentativas para realizar essa atividade;
portanto, estudem o conteúdo antes de acessar esse link.
Vocês devem participar, também, da Atividade de Aprofundamento, em que farão
uma atividade baseada no que estudamos no material teórico.
Vocês também têm acesso aos Materiais Complementares, que irão ajudar a
compreender, por meio de outros olhares, o conteúdo que estamos estudando. E
não podemos esquecer que vocês têm, ainda, acesso às Referências utilizadas no
preparo do material da Disciplina.
Lembro que é muito importante para vocês realizarem todas as atividades
propostas dentro dos prazos estabelecidos, pois além de reforçar a aprendizagem,
há pontos atribuídos a cada uma para compor a média final. Evitem acumular o
estudo dos conteúdos para não ter problemas no final do semestre.
UNIDADE A leitura no processo de alfabetização e letramento
Contextualização
Vamos refletir um pouco!
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A leitura no processo de alfabetização
e letramento
Nesta Unidade, nosso foco central será “A Leitura no Processo de Alfabetização
e Letramento”.
Por exemplo, muitos alunos não sabem resolver problemas de Matemática não
porque não saibam solucionar as equações que precisam ser desenvolvidas na
atividade, mas porque não sabem ler o enunciado do problema.
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UNIDADE A leitura no processo de alfabetização e letramento
Outro ponto fundamental é que alguns alunos sabem ler, ou melhor, fazem a
leitura automática, conhecem as palavras, mas não conseguem compreender aquilo
que lêem; é o que podemos chamar de pessoa não letrada. Isto é, o aluno conhece
os códigos linguísticos, faz a leitura, mas não consegue assimilar o significado do
que lê; não faz a interpretação de determinado texto.
Daniel Pennac (1995), em seu livro Como um Romance, aborda essa questão
da leitura por prazer.
Como Pennac (1995) menciona, o livro passa a ser visto não mais como
passagem para outros mundos, mas como um “objeto contundente”, algo que
pode ferir.
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Ele afirma:
Ele é, desde o começo, o bom leitor que continuará a ser se os adultos
que o circundam alimentarem seu entusiasmo em lugar de pôr à prova
sua competência, estimularem seu desejo de aprender, antes de lhe impor
o dever de recitar, acompanharem seus esforços, sem se contentar de
esperar na virada, consentirem em perder noites, em lugar de procurar
ganhar tempo, fizerem vibrar o presente, sem brandir a ameaça do
futuro, se recusarem a transformar em obrigação aquilo que era prazer,
entretendo esse prazer até que ele se faça um dever, fundindo esse dever na
gratuidade de toda aprendizagem cultural, e fazendo com que encontrem
eles mesmos o prazer nessa gratuidade (PENNAC, 1995, p. 55).
Na realidade, não existe idade ideal para o aprendizado da leitura. O que leva
a criança a ler é a participação nas atividades de leitura e escrita, e também é
importante fazer com ela tenha acesso a vários materiais impressos, como: revistas,
livros, jornais, gibis, embalagens etc. que irão proporcionar o conhecimento dos
códigos linguísticos e, é claro, tudo junto, com a participação dos adultos que
dominam esse conhecimento. É fato que o exemplo dado pelo adulto em relação à
leitura e a escrita é fundamental para a aprendizagem da criança.
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UNIDADE A leitura no processo de alfabetização e letramento
- seleção: ações que permitem que o leitor se atenha apenas ao que é útil
para a compreensão, desprezando itens irrelevantes (...);
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- verificação: torna possível confirmar ou não as expectativas levantadas,
controlando a eficácia das demais estratégias. Essa checagem é inerente
à leitura e leva o leitor a repensar as hipóteses levantadas, retomar partes
anteriores e fazer as devidas correções (FERNANDES, 2008, p. 65-6).
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UNIDADE A leitura no processo de alfabetização e letramento
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Como uma Resenha de ‘Como um Romance’
https://bit.ly/3KDm8Lq
O Prazer de Ler
https://bit.ly/3I3mmtE
Ler Por Prazer é o X da Questão
https://bit.ly/36bbpZu
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Referências
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
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Alfabetização
e Letramento
Material Teórico
A escrita no processo de alfabetização
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
A escrita no processo de alfabetização
• Introdução
• Pré-silábico
• Silábico
• Alfabético
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta Unidade, estudaremos sobre “A escrita no processo de
Alfabetização”. Qual é o papel da escrita e sua função.
· Também abordaremos o papel do aluno e do professor nesse
processo e a importância de ter um ambiente alfabetizador.
· Não esqueçam: sua participação é muito importante.
ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, os nossos estudos serão sobre “A escrita no Processo de
Alfabetização”. Para que nossos objetivos possam ser alcançados, pedimos a
colaboração de vocês nas leituras, reflexões e participação nas atividades propostas.
Para começar, leiam a parte intitulada Contextualização, que é importante para
começarmos a refletir sobre o assunto proposto, que é sobre a importância do
processo de aprendizagem da escrita. Em seguida, leiam o Conteúdo Teórico,
que é a base que vocês terão para toda a Disciplina.
Outra parte importante no Blackboard é a Apresentação Narrada que traz, de
forma resumida, os conceitos da Disciplina e comentários feitos pelo professor.
Então, depois de vocês terem passado por esses tópicos, realizem a Atividade de
Sistematização. São questões de múltipla escolha e a correção é automática, pelo
Sistema. Só para lembrar, vocês têm duas tentativas para realizar essa atividade;
portanto, estudem o conteúdo antes de acessar esse link.
Vocês devem participar, também, do Fórum de Discussão. Nele, vocês podem
deixar suas reflexões a respeito do assunto que estamos tratando especificamente
nessa Unidade.
Vocês também têm acesso aos Materiais Complementares, que irão ajudar a
compreender, por meio de outros olhares, o conteúdo que estamos estudando. E
não podemos esquecer que vocês têm acesso, ainda, às Referências utilizadas no
preparo do material da Disciplina.
Lembro que é muito importante para vocês realizarem todas as atividades
propostas dentro dos prazos estabelecidos, pois além de reforçar a aprendizagem,
há pontos atribuídos a cada uma para compor a média final. Evitem acumular o
estudo dos conteúdos para não ter problemas no final do semestre.
UNIDADE A escrita no processo de alfabetização
Contextualização
Explor
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Introdução
Nesta Unidade, o foco central será o papel da escrita no processo de Alfabetização.
A escrita é algo em que tanto a criança como os jovens e adultos estão sempre
envolvidos, seja de maneira direta ou indireta.
Mas nem todos pensam assim, causando mal estar entre os alunos por algumas
vezes não conseguirem realizar as atividades propostas pelo professor, ficando,
dessa forma, frustrados com a escrita.
Essa questão da letra cursiva ou bastão é apenas um ponto que leva a criança a
ter interesse pela escrita ou não.
Não podemos deixar de pensar que a escrita é um dos objetivos mais importantes
da Alfabetização, juntamente, é claro com a leitura, e não podemos desvincular
uma da outra.
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UNIDADE A escrita no processo de alfabetização
O aluno precisa ter acesso à linguagem escrita de diversos tipos, como jornais,
livros, revistas, placas de trânsito ou ruas, painéis, bilhetes etc.; todo material que seja
possível apresentar para as crianças é válido, por dois pontos a serem levantados.
Lembrando!
O professor poderá verificar, por meio das hipóteses realizadas pelas crianças,
como elas entendem a escrita ou como elas veem esse processo.
Pré-silábico
A criança, nessa fase, registra as chamadas garatujas, desenhos que não têm
uma definição tão clara. Aos poucos, ela passa a fazer desenhos com traços mais
definidos, mas não fáceis de decifrar. No nível pré-silábico, temos a ausência de
relação entre a escrita e os sons da fala.
Gato Pomba
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Silábico
Nesse nível, a criança já consegue estabelecer as relações entre o som e as
letras; então, quer representar cada letra por um símbolo e vai utilizar também
letras, pseudoletras e números.
A criança define as partes das palavras, ou seja, a sílaba, mas nessa fase ela
representa não a sílaba por completo; algumas vezes irá colocar mais letras do que
necessário, pois acredita ser o correto.
Gato
Sapo
Cão
Cavalo
Sapo
Giz
Silábico-alfabético
Nessa fase, a criança utiliza dois níveis, o silábico e o alfabético, ao mesmo
tempo. Esse momento é o que chamamos de transição. Nesse nível, a criança
começa a acrescentar letras em algumas sílabas, como, por exemplo, ao ditar
a palavra CAVALO, a criança poderá escrever da seguinte maneira: CAViO ou
também KVALO. A escrita irá variar porque dependerá do conhecimento linguístico
de cada criança.
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UNIDADE A escrita no processo de alfabetização
Borboleta
Cavalo
Sapo
Pé
Alfabético
É o nível no qual se pode dizer que a criança já está compreendendo o sistema
linguístico e como ele se organiza. Nessa fase, ela já consegue ler e representar
graficamente palavras e pequenas frases.
Nesse nível, as escritas são construídas com base em uma correspondência entre
fonemas (sons) e grafemas (letras).
Camiseta
Leite
Casa
Fez
É importante salientar que conhecer o valor sonoro convencional é conhecer a
letra, ou seja, o nome, e perceber sua relação com o som. Fazer a correspondência
entre o fonema (som) e o grafema (letra). Pode-se dizer que quando isso ocorre, a
criança está conseguindo entender o processo da escrita e está entendendo que há
uma relação entre a fala e a escrita.
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Outro ponto importante é fazer questionamentos para a criança sobre o que ela
escreve e anotar as respostas, para depois perceber o desenvolvimento da criança.
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UNIDADE A escrita no processo de alfabetização
Vamos contextualizar?
Carta Enigmática
de dar
e, principalmente, de dar
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Trabalhar com carta enigmática é interessante porque a criança terá contato
com as imagens e também com a escrita. Isso facilita para a criança as relações que
fará para o entendimento do texto.
É claro que quando for dado esse tipo de texto para as crianças que não sabem
ler, ou seja, no início da Alfabetização, a intervenção do professor na interpretação
do texto é fundamental.
Outro tipo de atividade que pode ser feita com crianças que ainda não sabem
escrever é contar histórias. Assim, pode-se pedir para as crianças contarem as
histórias e o professor faz a transcrição. Além de fazer os registros, pode-se
armazenar as histórias para que as crianças possam observar e fazer as relações
entre elas e, principalmente, relacionar o texto oral com o escrito.
A escrita espontânea é essencial e não deve ser deixada de lado nessa fase
de desenvolvimento da aprendizagem da escrita da criança, que precisa ser algo
prazeroso, ou seja, a brincadeira precisa fazer parte do processo. Devem ser
utilizadas brincadeiras, atividades com música, jogos que possam utilizar letras e
palavras etc.
Assim, a aprendizagem torna-se algo bom, em que a criança irá ter cada vez
mais o desejo de aprender e descobrir o mundo da escrita.
O professor tem algo para acrescentar para seus alunos; ele é o parceiro no
processo de aprendizagem.
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UNIDADE A escrita no processo de alfabetização
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Ambiente Alfabetizador
Para ampliar seus conhecimentos, consulte, sobre o ambiente alfabetizador
http://goo.gl/RiCm2A
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UNIDADE A escrita no processo de alfabetização
Referências
BARBOSA, J. J. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 1994.
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Alfabetização
e Letramento
Material Teórico
A alfabetização e jovens e adultos
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
A alfabetização e jovens e adultos
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta Unidade, o nosso tema será: “A Alfabetização de Jovens e
Adultos”, em que apresentaremos alguns pontos que acreditamos ser
importantes como: qual o perfil dos alunos da Educação de Jovens
e Adultos, qual a importância da volta desses adultos aos estudos e
principalmente quem foi Paulo Freire e a importância de seus estudos
na alfabetização dos Jovens e Adultos.
ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, iremos enfatizar a importância da escrita no processo de
aprendizagem. O tema é: “A Alfabetização de Jovens e Adultos”. Para que nossos
objetivos possam ser alcançados, pedimos a colaboração de vocês nas leituras,
reflexões e participação das atividades propostas na disciplina.
Para começar, leiam a parte intitulada como Contextualização, em que é
importante para começarmos a refletir sobre o assunto proposto nessa unidade.
Em seguida, leiam o Conteúdo Teórico, que é a base que vocês terão para toda
a disciplina.
Outra parte importante no Blackboard é a Apresentação Narrada. Ela traz de
forma resumida os conceitos da disciplina e comentários feitos pelo professor.
Então, depois de vocês terem passado por esses tópicos, realizem a Atividade de
Sistematização. São questões de múltipla escolha e a correção é automática, pelo
Sistema. Só para lembrar, vocês têm duas tentativas para realizar essa atividade,
portanto, estudem o conteúdo antes de acessar esse link.
Vocês devem realizar também uma Atividade de Aprofundamento, nela vocês
podem deixar suas reflexões a respeito do assunto que estamos tratando, que é
sobre a alfabetização dos jovens e adultos.
Vocês também têm acesso aos Materiais Complementares, que irão ajudar a
compreender, por meio de outros olhares, o conteúdo que estamos estudando. E
não podemos esquecer que vocês têm acesso, ainda, às Referências utilizadas no
preparo do material da disciplina.
Lembro que é muito importante para vocês realizarem todas as atividades
propostas dentro dos prazos estabelecidos, pois além de reforçar a aprendizagem,
há pontos atribuídos a cada uma para compor a média final. Evitem acumular o
estudo dos conteúdos para não ter problemas no final do semestre.
UNIDADE A alfabetização e jovens e adultos
Contextualização
Para começarmos a Unidade, que tal refletirmos um pouco?
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A alfabetização e jovens e adultos
Nesta Unidade, abordaremos “A Alfabetização de Jovens e Adultos”. Pontos
que iremos discutir: qual o perfil dos alunos da Educação de Jovens e Adultos
(EJA); qual a importância desses jovens e adultos que retornam aos estudos, quem
foi Paulo Freire e como é o seu método.
Já nos anos 1970, a Educação de Jovens e Adultos foi instaurada como Ensino
Supletivo e assim passou a fazer parte da Legislação brasileira.
Para você ter melhor visão do panorama da EJA com outros detalhes, observe a linha do
tempo que pode ser visualizada no link: http://goo.gl/SMcpyK
Essas discussões são importantes até hoje, porque ainda há dúvidas em relação
à Educação de Jovens e Adultos.
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UNIDADE A alfabetização e jovens e adultos
A grande parte dos alunos da EJA são homens e mulheres trabalhadoras, pobres,
desempregados, moradores de periferias, normalmente pessoas com condições
sociais e culturais precárias em relação a outras pessoas da Sociedade.
Mas muitas delas decidem mudar, como Solange Gomes da Fonseca comenta
em seu artigo:
Ao escolherem o caminho da escola, esses alunos optam por uma vida
propicia para promover o seu desenvolvimento pessoal e levantar sua
autoestima, mesmo dentro da vida cotidiana na sua vivência social, familiar
e profissional. Suas visões de mundo estão mais relacionadas ao “ver” e ao
“fazer”, uma visão de mundo apoiada numa adesão espontânea e imediata
às coisas. Essa atitude de “maravilhamento” com o conhecimento é
extremamente positiva e precisa ser cultivada e valorizada pelo professor,
porque representa a “porta” de entrada para exercitar o raciocínio lógico,
a reflexão, a análise, a abstração e, assim construir outro tipo de saber: o
conhecimento científico.
Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2124388
Algo interessante é que seu pensamento pedagógico era de cunho político. Isto
é, seus pensamentos em relação à Educação foram inovadores para a época, por
isso continuaram por tanto tempo e até hoje, em nossos dias, aprendemos com
suas experiências, sua maneira de alfabetizar e com suas ideias, que encontramos
em um vasto repertório literário que ele deixou.
Vamos conhecer um pouco mais sobre Paulo Freire, com a breve biografia a
seguir.
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Paulo Freire nasceu em 1921, em Recife, numa família de classe média. Com o
agravamento da crise econômica mundial, iniciada em 1929, e a morte de seu
pai, quando tinha 13 anos, Freire passou a enfrentar dificuldades econômicas.
Formou-se em Direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional
para o Magistério. Suas ideias pedagógicas se formaram da observação da cultura
dos alunos – em particular o uso da linguagem – e do papel elitista da Escola.
Em 1963, em Angicos (RN), chefiou um programa que alfabetizou 300 pessoas
em um mês. No ano seguinte, o golpe militar o surpreendeu em Brasília, onde
coordenava o Plano Nacional de Alfabetização, do presidente João Goulart. Freire
passou 70 dias na prisão antes de se exilar. Em 1968, no Chile, escreveu seu livro
mais conhecido, Pedagogia do Oprimido. Também deu aulas nos Estados Unidos e
na Suíça e organizou planos de alfabetização em países africanos. Com a anistia, em
1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Filiou-se ao Partido dos
Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São
Paulo. Freire foi casado duas vezes e teve cinco filhos. Foi nomeado doutor honoris
causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20
idiomas. Morreu em 1997, de enfarte.
Fonte: http://goo.gl/tnX2oC
Com o pouco que pudemos conhecer de Paulo Freire, sabemos que sua proposta
de ensino consiste na alfabetização de adultos. O educador foi um inovador na época
em que viveu e algo importante em seu ponto de vista é que ele não acreditava no
método tradicional que se aplicava nas escolas: o uso das cartilhas para a didática
no ensino da leitura e da escrita.
O método que Paulo Freire propunha é exatamente utilizar palavras que fazem
parte do vocabulário dos alunos, as chamadas Palavras Geradoras. Elas precisam
ter um significado, um sentido na vida dos educandos, ou seja, o aluno faz uso delas
no meio em que vive.
Outro ponto importante que Freire abordava em seu método era a valorização
da cultura do aluno. É o que ele chamou de Temas Geradores, em que o educador
e o educando trocam experiências, aprendem juntos com o conhecimento um do
outro. Isso faz com que as aulas sejam mais dinâmicas, envolventes e despertam o
interesse dos alunos.
Vejamos!
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UNIDADE A alfabetização e jovens e adultos
A seleção das palavras precisa ser em conjunto, mas cabe ao professor fazer
uma seleção gradual, em que os fonemas possam ser trabalhados, e fazer o aluno
perceber a relação das letras e sílabas com o som que é transmitido; fazer com que
o educando registre as palavras que vai aprendendo e desafiá-lo a construir novas
palavras e levar o aluno a compará-las com as que ele já conhece, observando as
semelhanças e as diferenças entre elas.
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3ª Fase: criação de situações existenciais típicas do grupo com quem se vai
trabalhar. São situações desafiadoras, codificadas e carregadas de elementos que
serão descodificados pelo grupo com a mediação do educador. São situações locais
que discutidas abrem perspectivas para análise de problemas regionais e nacionais.
4ª Fase: elaboração de fichas-roteiro que auxiliem os coordenadores de
debate no seu trabalho. São fichas que deverão servir como subsídios, mas sem
uma prescrição rígida a seguir.
5ª Fase: elaboração de fichas com a decomposição das famílias fonéticas
correspondentes aos vocábulos geradores. Esse material poderá ser confeccionado
na forma de slides, stripp-filmes (fotogramas) ou cartazes.
A proposta de metodologia abordada por Paulo Freire para os Jovens e Adultos
foi inovadora; além de não seguir um método mecânico, ele utilizou outros tipos
de linguagens, mais especificamente, as linguagens multimídia, com gravuras e
materiais audiovisuais, que colaboram no desenvolvimento da aprendizagem.
Paulo Freire não concordava em chamar seus ensinamentos de método. Dizia
o seguinte:
Eu preferia dizer que não tenho método. O que eu tinha, quando muito
jovem, há 30 anos ou 40 anos, não importa o tempo, era a curiosidade de
um lado e o compromisso político do outro, em face dos renegados, dos
negados, dos proibidos de ler a palavra, relendo o mundo. O que eu tentei
fazer e continuo hoje, foi ter uma compreensão que eu chamaria de crítica
ou de dialética da prática educativa, dentro do qual, necessariamente, há
certa metodologia, certo método, que eu prefiro dizer que é método de
conhecer e não um método de ensinar.
Apesar de Paulo Freire não gostar de utilizar a expressão “Método Paulo Freire”,
ela passou a ser utilizada e a ser uma referência na prática educativa e a expressão
acabou se fixando nos discursos de professores e estudiosos da área e, na realidade,
passou a ser chamada de método por seguir etapas e fases, que dão a ideia de um
caminho a ser seguido.
O “Método Paulo Freire” contém três etapas ou momentos que são essenciais
para se construir o conhecimento sobre a realidade dos educandos e cinco fases em
que o professor consegue trabalhar com essa realidade em sala de aula.
Como o próprio Paulo Freire afirma, sua metodologia não é um método de
ensino, mas sim um método de conhecimento.
Portanto, Paulo Freire fez com que todos os profissionais da área da Educação
pudessem pensar na Alfabetização de Jovens e Adultos de forma diferenciada,
pensar em uma alfabetização libertadora, preocupada em conscientizar os educandos
sobre sua realidade para que eles se tornem autores de sua própria história.
E não podemos deixar de lembrar que o “Método Paulo Freire” continua até os
nossos dias e está sempre evoluindo entre os que trabalham com as ideias do educador.
É importante enfatizar, também, que é preciso recriar constantemente a prática
educativa, ou seja, recriar o método, pois cada grupo de alunos irá trazer novas
ideias, experiências, vivências e, consequentemente, novos conhecimentos.
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UNIDADE A alfabetização e jovens e adultos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Instituto Paulo Freire
https://www.paulofreire.org/
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Referências
BIOGRAFIA. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-
pedagogica/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml?page=3>. Acesso em:
28 mar.2013.
FREIRE, Paulo. A educação na cidade. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2001, p. 16.
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