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Semiótica

Estudo da
forma pela
.qual a
nossa
mente
interpreta
o mundo
que temos
à nossa
volta
S
Origem grega E
M
Semiótica vem da raiz grega I
Ó
seméion, que quer dizer signo.
T
Desde o século XVIII, semiótica e semiologia
(ou semeiologia) eram termos alternativos I
para a mesma C
Semiótica é a ciência dos A
signos.
De que signo estamos
falando?
ao esclarecer,
confundimos mais as
coisas, pois nosso
interlocutor, com olhar
de surpresa,
compreende que se
está
querendo apenas dar
um novo nome para a
Astrologia.
Ciência geral das linguagens

"Não são os signos do zodíaco, mas signo


linguagem.

A Semiótica é a ciência geral de todas as


linguagens".

Sistemas e dos processos


sígnicos na cultura e na natureza.
Vamos refletir a
partir da semântica
da palavra semiótica.
De onde vem?
Além de seméion, os gregos tinham
outra palavra para designar os signos
e os sinais, que era
S~ema – carregador de sinais.

Da palavra s~ema vem também o


termo semântica.
Ramo da linguística que trata do
significado das palavras e das
proposições.
Mas, assim, ao invés de
melhorar, as coisas só pioram,
pois que, então, o
interlocutor, desta vez com
olhar de cumplicidade —
segredo desvendado —,
replica: — "Ah! Agora
compreendi. Não se estuda só
o português, mas todas as
línguas"
Enredar
Nesse momento, nós nos damos
conta desse primordial, enorme
equívoco que, de saída, já ronda a
Semiótica: a confusão entre língua
e linguagem. E para deslindá-la,
sabemos que temos de começar as
coisas de seus começos, agarrá-las
pela raiz, caso contrário, tornamo-
nos presas de uma rede em cuja
tessitura não nos enredamos e, por
não nos termos enredado, não
saberemos lê-la, traduzi-la.
Uma definição ou um convite?
Um processo como tal não pode ser traduzido
em uma única definição cabal, sob pena
de se perder justo aquilo que nele vale a pena,
isto é, o engajamento vivo, concreto e real no
caminho da instigação e do conhecimento. Toda
definição acabada é uma espécie de morte,
porque, sendo fechada, mata justo a inquietação
e curiosidade que nos impulsionam para as
coisas que, vivas, palpitam e pulsam".
Linguagens verbais e A outra é a
não verbais
Semiótica, ciência de
• Antes de tudo, cumpre alertar
para uma distinção necessária: o toda e qualquer
século XX viu nascer e está linguagem.
testemunhando o crescimento
de duas ciências da linguagem. As principais relações
Uma delas é a Lingüística, fundamentais de semelhança e
ciência da linguagem verbal. oposição entre ambas são
questões que tentaremos
abordadas ao longo dos
estudos em semiótica.
:a diferença entre língua e que tendemos a nos
linguagem em conexão com a desaperceber de que
diferença, quê buscaremos esta não é a única e
discriminar, entre linguagens exclusiva forma de
verbais e não-verbais. Tão linguagem que somos
natural e evidente, tão capazes de produzir,
profundamente integrado ao criar, reproduzir,
nosso próprio ser é o uso da transformar e consumir,
língua que falamos, e da qual ou seja, ver-ouvir-ler para
fazemos uso para escrever — que possamos nos
língua nativa, materna ou comunicar uns com os
pátria, como costuma ser outros
chamada —,.
Existe uma linguagem verbal, linguagem de
sons que veiculam conceitos e que se
articulam no aparelho fonador, sons estes
que, no Ocidente, receberam uma tradução
visual alfabética (linguagem escrita)

Síntese Mas existe simultaneamente


uma enorme variedade de
outras linguagens que
também se constituem em
sistemas sociais e históricos
de representação do mundo
Linguagem Então, quando dizemos linguagem, queremos
nos referir a uma gama incrivelmente intrincada
de formas sociais de comunicação e de
significação quê inclui a linguagem verbal
articulada, mas absorve também, inclusive, a
linguagem dos surdos-mudos, o sistema
codificado da moda, da culinária e tantos
Produção de sentido
outros.
Enfim:a todos os sistemas de
produção de sentido aos quais o
desenvolvimento dos meios de reprodução de
linguagem propiciam hoje uma enorme
difusão. (SANTAELLA,2009 p. 2)
Extensão conceitual
Considerando-se que todo
fenômeno de cultura só funciona
culturalmente porque é também
um fenômeno de comunicação, e
considerando-se que esses
fenômenos só comunicam porque
se estruturam como linguagem,
pode-se concluir que todo e
qualquer fato cultural, toda e
qualquer atividade ou prática
social constituem-se como práticas
significantes, isto é, práticas de
produção de linguagem e de
sentido.
Significação
As linguagens estão no mundo e nós estamos na linguagem.
A Semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as
linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de
constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção
de significação e de sentido.
Seu campo de indagação é tão vasto que chega a cobrir o que chamamos de
vida, visto que, desde a descoberta da estrutura química do código genético,
nos anos 50, aquilo que chamamos de vida não é senão uma espécie de
a própria noção de vida depende da
linguagem, isto é,
existência de informação no sistema biológico.
Sem informação não há mensagem, não há planejamento, não há
reprodução, não há processo e mecanismo de controle e comando. Uma uma
ordenação obtida a partir de um compartimento armazenador da informação
como a DNA (substância universal portadora do código genético).
Sistemas vivos

Nessa medida, não apenas a vida é uma espécie


de linguagem, mas também todos os sistemas e
formas de linguagem tendem a se comportar
como sistemas vivos, ou seja, eles reproduzem,
se readaptam, se transformam e se regeneram
como as coisas vivas.
Vasto, mas definido

A abrangência da Semiótica não implica em indefinição O que se embora a


Semiótica se constitua num campo intrincado e heteróclito de estudos e
indagações que vão desde, a culinária até a psicanálise, que se intrometem
não só na meteorologia como também na anatomia, por vezes invadem
territórios que se querem bem protegidos pelas bem demarcadas fronteiras
entre as ciências, isso não significa que a Semiótica esteja sorrateiramente
chegando para roubar ou pilhar o campo do saber e da investigação
específica de outras ciências. Nos fenômenos, a Semiótica busca divisar e
deslindar seu ser de linguagem, isto é, sua ação de signo. Tão-só
e apenas. E isso já é muito.
ISTO NÃO É UM CACHIMBO
O artista surrealista belga René Magritte fez uma obra fundamental que nos faz
pensar sobre o objeto em si e sua representação. É sobre representação e não sobre o
objeto do pensamento em si que incide a charge. A charge é como o quadro de
Magritte, uma representação. "Ceci n’est pas une pipe" (Isto não é um cachimbo) foi
uma imagem revolucionária e continua sendo.
“A Semiótica é a ciência que estuda os signos e os
processos de significação estabelecidos, tendo como
objetivo examinar a constituição de todo e qualquer
fenômeno que produz significado e sentido.”
(GOMES E ANDRADE, 2019, p. 3)
O estudo da semiótica se fundamenta na

Fenomenologia, mas o que é isso?


Entendendo-se por fenômeno qualquer coisa
que esteja de algum modo e em qualquer
sentido presente à mente, isto é, qualquer
coisa que apareça, seja ela externa (uma
batida na porta, um raio de luz, um cheiro de
jasmim), seja ela interna ou visceral (uma dor
no estômago, uma lembrança ou
reminiscência, uma expectativa ou desejo),
quer pertença a um sonho, ou uma idéia geral
e abstrata da ciência
A fenomenologia seria, segundo Peirce, a descrição e
análise das experiências que estão em aberto para
todo homem, cada dia e
hora, em cada canto e esquina de nosso cotidiano.

A fenomenologia peirceana começa, pois, no aberto,


sem qualquer julgamento de qualquer espécie: a partir
da experiência ela mesma, livre dos pressupostos que,
de antemão, dividiriam os fenômenos em falsos ou
verdadeiros, reais ou ilusórios, certos ou errados. Ao
contrário, fenômeno é tudo aquilo que aparece à
mente, corresponda a algo real ou não.
Referências
SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. 27º reimpr. da 1º ed. São Paulo:
Braziliense, 2009.
GOMES, Alexandre , ANDRADE, Ingrid e CAVALCANTE, Diego. Sinais que
Falam: A comunicação não verbal em Um Lugar Silencioso¹.. Intercom –
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXI
Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luís - MA
– 30/05 a 01/06/2019.
Próxima aula Semiose do Texto
Jornalístico
Livro: O que é Semiótica de Lúcia Santaella
O LEGADO DE C. S. PEIRCE .
Pág. 3 a 8.

Trazer para apresentar na aula sobre fenomenologia e


sua relação com a semiótica.
A autora, Lúcia Santaella, apresenta Charles Sanders
Peice, como: ‘Um Leonardo das ciência modernas’.
Procure identificar o motivo da comparação.

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