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PRÉ-CONSTITUCIONALISMO

 O pré-constitucionalismo corresponde àquele onde a organização do Estado era


dispersa, não havendo constituição escrita.
 O Estado era organizado, como regra, pela exclusiva vontade do governante, ou pelas
tradições, crenças e costumes do povo.
 Durante o pré-constitucionalismo, estava em pauta a edição de documentos capazes
de garantir direitos ao indivíduo, limitando o poder dos governantes. Surgiram, assim,
diversas cartas, acordos, pactos, dentre outros.

ESTADO LIBERAL E CONSTITUCIONALISMO

 Nos fins do século XVIII, aparecem as primeiras Constituições escritas, dando início ao
que se chamou de “Estado de Direito”, destacando-se a Constituição dos Estados
Unidos (1787) e a da França (1791).
 Nessa época, ganha evidência a Fase Liberal do Estado de Direito, consagrando a não-
intervenção estatal, com o reconhecimento e respeito aos direitos individuais e
políticos, sendo considerados “Direitos Fundamentais de Primeira Geração ou
Dimensão”.

ESTADO SOCIAL E CONSTITUCIONALISMO

 À partir da primeira metade do século XX, inicia-se a Fase Social do Estado de Direito,
na qual as Constituições passaram a prever a intervenção do Estado em vários setores,
inclusive nas atividades econômicas, sempre com a finalidade de resguardar as
pessoas, que estavam submetidas à exploração de seu trabalho, surgindo, em razão
disso, os “Direitos Fundamentais de Segunda Geração ou Dimensão”.
 As principais Constituições que influenciaram esse denominado “Estado Social de
Direito” foram a Mexicana de 1917, a Alemã/Weimar de 1919 e a Russa/Bolchevique
de 1918.

CONSTITUCIONALISMO COMTEMPORÂNEO

 Algumas das principais características do constitucionalismo na atualidade são:


1) a adoção dos princípios constitucionais como normas jurídicas cogentes, ao
lado das regras;
2) a Constituição passou a ser um documento não mais voltado apenas para a
organização do Estado e a limitação dos poderes dos governantes. A
Constituição atual também deve ser usada para a realização dos direitos
fundamentais. A força normativa da Constituição ganha destaque, com
supremacia formal, material e axiológica.
3) a ampliação da jurisdição constitucional, fortalecendo as chamadas “Cortes
Constitucionais”, trazendo, por outro lado, críticas ao denominado "ativismo
judicial “, o qual difere de “políticas sociais e democráticas afirmativas”.
4) o aparecimento de teorias e movimentos denominados "minimalismo
constitucional" e "neoconstitucionalismo".
5) o surgimento dos direitos fundamentais da “terceira geração ou dimensão”,
baseados na coletividade, na solidariedade e na fraternidade, chegando
mesmo até a “quarta geração ou dimensão”, face à globalização, tendo,
inclusive, para alguns doutrinadores, surgido a “quinta geração ou dimensão”,
que seria o direito à “paz”

MINIMALISMO CONSTITUCIONAL

 É claramente incompatível com o atual estágio do “Estado Democrático de Direito”.


 Trata-se de um movimento neoliberalista, o qual prega o retorno do Estado mínimo,
buscando a retirada da Constituição das dimensões política e axiológica, passando o
texto constitucional a ter função meramente procedimental, organizacional ou formal,
como era no passado.

NEOCONSTITUCIONALISMO
 Inspira-se no pós-positivismo, sendo mesmo a sua evolução e aperfeiçoamento, pois
traz a ascensão dos valores, a adoção dos princípios constitucionais como normas
jurídicas e, ainda, considera absolutamente vital a observância dos direitos
fundamentais, estabelecendo meios para a garantia de sua realização.
 Por essa orientação, surge um verdadeiro “Estado Constitucional, Democrático e de
Direito”, onde a Constituição:
1) é norma jurídica;
2) é imperativa;
3) tem supremacia formal e material e;
4) tem centralidade, devendo o direito infraconstitucional ser interpretado e
aplicado conforme o texto constitucional.
 Assim, o Estado Constitucional, Democrático e de Direito busca a efetividade das
normas constitucionais, desenvolvendo uma nova hermenêutica constitucional, uma
argumentação jurídica sólida e uma sistematização de princípios constitucionais
específicos.
 O jurista Konrad Hesse, em 1959, publicou a obra "A força normativa da Constituição",
sendo verdadeiro marco para a fase atual do constitucionalismo.
 Hesse defende que a Constituição tem força normativa e supremacia material sobre
todo o ordenamento jurídico, não necessitando que o legislador infraconstitucional
diga, através de leis ou outras normas jurídicas, como aplicá-la aos casos concretos, ou
seja, a Constituição está para ser aplicada diretamente, e em quaisquer conflitos
jurídicos verificados no Estado e na sociedade, com força própria, alheia a fatores
políticos.

ESTADO, DIREITO E ECONOMIA

 A análise econômica, baseada em um viés trabalhado junto ao Direito, possibilita aos


agentes econômicos encontrar soluções mais equitativas com base no ordenamento
jurídico expedido pelo Estado, amenizando, a posterior, o rigor do positivismo
kelseniano e contribuindo, assim, para o processo de tomada de decisão.

ORDEM ECONÔMICA BRASILEIRA PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS


 I - soberania nacional;
 II - propriedade privada;
 III - função social da propriedade;
 IV - livre concorrência;
 V - defesa do consumidor;
 VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
prestação;
 VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
 VIII - busca do pleno emprego;
 IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

DISCRIMINAÇÃO EM ESPÉCIES:

 Economia comportamental: trabalha o fato de que indivíduos fazem escolhas


baseadas em experiências, hábitos e emoções, ainda que de forma inconsciente,
possibilitando que produtos sejam oferecidos de forma quase individualizada.
 Economia política: trabalha a produção, a circulação e a distribuição de bens de forma
universal, com a participação estatal, como regra.
 Economia de mercado: fundamenta-se na propriedade privada, com menor
participação do setor público, ou, em outras palavras, com a mínima interferência do
Estado.
 Economia centralizada ou planificada: as atividades produtivas estão sob controle do
Estado, que define o planejamento e os objetivos da economia nacional, sendo um dos
modelos oriundos do Socialismo.
 Economia globalizada: trata-se de um processo econômico e social que estabelece a
integração entre países e pessoas em escala global, sendo que países e instituições
privadas realizam negócios em geral, sem restrições com viés ideológico.
 Economia solidária: se baseia em uma ideia de colaboração e coletividade, de forma
que as relações entre pessoas e empresas possam ser mais justas do ponto de vista
social e sustentáveis pelo lado econômico e, também, ambiental.
 Economia de escala: procura uma relação proporcional entre os custos médios dos
produtos e o volume de produção, organizando o processo produtivo sempre com viés
em melhorar os custos de produção.

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