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Mudanças tecnológicas:

 Perda de postos de trabalho menos qualificados, devido à mecanização do processo


produtivo
 A deslocação destes postos de trabalho para outros países, cuja economia do
conhecimento não se encontra tão desenvolvida, e onde, há um fraco
desenvolvimento tecnológico.
 Aumento da produtividade devido ao progresso tecnológico, devido a máquinas cada
vez mais sofisticadas e polivalentes, produzidas por uma mão de obra qualificada, que
se vê cada vez mais útil neste tipo de trabalhos
 Trabalhadores de colarinho branco e trabalhadores do colarinho azul
 Aumento do desemprego
 Agravamento das desigualdades no acesso ao mercado de trabalho
 Desenvolvimento de transportes, que fomentam as trocas comerciais
 Crescente especialização

Envelhecimento Populacional:

 Desenvolvimento Sustentável: consiste na satisfação das necessidades das gerações


atuais, sem comprometer a satisfação das gerações futuras -
 - População Ativa, + População Inativa, leva à falência dos sistemas de segurança social
pois, o número de ativos a deduzir impostos diretos é inferior ao número de indivíduos
que deles usufruem; -
 Falência dos sistemas de saúde devido ao envelhecimento populacional, -
 Envelhecimento populacional devido: à melhoria da qualidade de vida; esperança
média de vida à nascença -
 Diminuição do PIB per capita que compromete a aposta em tecnologia que
proporcionaria uma melhor qualidade de vida
 Diminuição da taxa de fertilidade devido à economia do conhecimento, todavia é um
aspeto positivo, pois existirão menos pessoas a delapidar recursos -
 Maior incidência nos países desenvolvidos, devido à evolução tecnológica, e economia
do conhecimento

As características demográficas dos diferentes países têm vindo a ser um entrave, para o
Desenvolvimento Sustentável que consiste na satisfação das necessidades das gerações atuais,
sem comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras.

Efetivamente, a redução da população ativa e o aumento da população inativa, fruto do


envelhecimento populacional, leva à falência dos sistemas de segurança social, pois o número
de ativos a deduzirem impostos para as pensões, é substancialmente inferior ao número de
indivíduos que delas usufruem.

De facto, o aumento da esperança média de vida à nascença devido á melhoria da qualidade


de vida e ao acesso a melhores condições de higiene, leva à quebra dos sistemas de saúde,
pois os idosos tendencialmente são mais vulneráveis a doenças, devido à queda da sua
imunidade.

Outro fator, que tem desencadeado o envelhecimento precoce da população, é a diminuição


da taxa de fertilidade e o reduzido número de nados vivos, que resultam da inserção da
mulher no mercado de trabalho, do crescente papel da economia do conhecimento, e do
facto, das crianças deixarem de ser uma fonte de rendimento, para passarem a ser uma fonte
de despesa, devido ao aumento do número de anos de escolaridade.

Todavia, o envelhecimento populacional, não afeta de forma semelhante o panorama


Mundial, pois, os países em desenvolvimento, cujo contributo da mulher no mercado de
trabalho, ainda não é significativo, onde se sobrevaloriza o modelo familiar “tradicional”, e
onde os cuidados de saúde e higiene são escassos, etc. não possuem um número tão
significativo de idosos que comprometem não só a criação de riqueza, como o
desenvolvimento sustentável.

Interdisciplinaridade:

 Desenvolvimento do conceito de interdisciplinaridade


 Perspetiva multidimensional
 Três planos da interdisciplinaridade
 Multidisciplinaridade, pluridimensionalidade
 Fenómenos sociais totais
 Transdisciplinaridade

 Geografia económica: Desenvolver


 Psicologia económica: Desenvolver

A interdisciplinaridade é um processo que nem sempre foi bem interpretado, na medida em


que muitas pessoas acreditavam que esta consistia na abolição das culturas disciplinares; algo
que não é verdade, pois esta somente fomenta o diálogo entre disciplinas.

Efetivamente, a interdisciplinaridade é de suma importância para a analise da realidade social,


que é una, complexa, e constituída por fenómenos sociais totais, complexos e
pluridimensionais, que analisados somente por uma perspetiva proporcionam análises
incompletas e por vezes erradas.

Assim, a interdisciplinaridade é constituída por três pilares fundamentais que comungam pela
junção de métodos e objetos de estudo entre disciplinas, que resultam de processos evolutivos
e culminam em disciplinas de interseção.
Com efeito, para compreender completamente a interdisciplinaridade é benéfico entender
alguns movimentos, que a compreendem: Disciplinar ( definição de fronteiras),
Transdisciplinar (ir além fronteiras), Interdisciplinares (Diálogos efetuados), Pluridisciplinares
(Disciplinas de interceção), como a psicologia e a geografia económica.

A geografia económica analisa o facto de alguns fenómenos económicos, acontecerem onde


acontecem, na medida em que o espaço influencia diretamente a ação económica.

De facto, as regiões urbanas são de suma importância para o desenvolvimento económico,


pois são lugares com uma grande concentração populacional, onde o setor terciário
especializado se localiza, sendo muitas vezes designadas como cidades criativas, pois são
pontos de especial concentração de serviços e experiências culturais diferenciadas, que
potencializam a inovação, que é o grande motor do desenvolvimento.

Já a psicologia económica é a ciência que estuda a influencia dos processos cognitivos e


emocionais no comportamento económico, ou seja, através da assunção de uma racionalidade
emocional, comportamental e evolutiva, a psicologia compreende o comportamento do ser
humano enquanto consumidor.

Globalização:

 Multidimensionalidade
 Divergência de métodos de análise, para a compreensão de um mesmo objeto social
 Estreitamento dos diálogos internacionais
 Divulgação de informação
 Importância da tecnologia
 Heterogeneidade
 Apesar do aumento crescente da homogeneidade
 Aldeia global

A Globalização é um fenómeno que se tem vindo a verificar ao longo dos anos, na medida em
que, resulta de um processo de diversas alterações sociais, quer ao nível da evolução
tecnológica e da sociedade do conhecimento, cada vez mais capacitada, quer no âmbito da
organização das estruturas políticas e sociais.

De facto, esta deve ser observada de uma perspetiva multidimensional, pois é fruto de um
processo social evolutivo, que requer diversas análises distintas, para uma compreensão
completa e sustentada dos fenómenos sociais totais.

As tendências que culminaram num mundo cada vez mais próximo, permitiram o
estreitamento de diálogos entre nações, o que foi benéfico para a Humanidade, na medida em
que se promoveram trocas comerciais e relações de paz e harmonia que antes não existiam.

Este conjunto de alterações sociais, deve-se sobretudo à evolução tecnológica, que possibilitou
que o mundo se tornasse numa aldeia global, que através dos meios de comunicação
existentes, consegue que estejamos conectados a nível planetário.

A inovação tecnológica também foi importante para a divulgação de informação, pois na


atualidade, com um click, conseguimos ter acesso ao panorama nacional e internacional,
bastando para isso ter acesso a um dispositivo de rede móvel.
A evolução dos transportes, fomentou não só a conexão entre nações e povos, mas também as
trocas comerciais, que anteriormente não existiam por causa das longas e perigosas viagens
que subsistiam.

A covid-19 é um bom exemplo, de um mundo globalizado, na medida em que o vírus se


propagou, mais rapidamente por todo o mundo, devido à facilidade com que atualmente as
pessoas viajam e se deslocam. Todavia, a globalização não apresenta somente inconvenientes,
como é no caso das vacinas, em que houve uma cooperação global, num problema que se
tornou de todos.

A guerra com a Ucrânia, é uma ilustração deste processo que reuniu a consciencialização
mundial, na ajuda de um país que se encontra fragilizado por estar a ver as suas fronteiras
invadidas, por pessoas que se acham no direito de tomar posse do seu território.

Ao contrário do que possa pensar, a Globalização não está a caminhar para um mundo
completamente homogeneizado, pois os países continuam com a sua bagagem cultural e com
as suas origens bem vinculadas.

Psicologia económica:

 Papel das emoções, nas escolhas racionais


 Analise comportamental
 Aproximação da psicologia e da economia no final do século xx
 Fazer a associação entre a produtividade e o comportamento do ser humano
 Fatores que acabaram com as suas divergências
 Aumento do campo disciplinar

A economia e a psicologia nem sempre possuíram uma relação tão próxima e estável como na
atualidade, tendo resolvido progressivamente as suas divergências.

Efetivamente, o facto da psicologia ser uma ciência relativamente recente

e possuir pouca credibilidade durante o século XX, por ser uma disciplina com as fronteiras,
não muito bem definidas entre o natural e o social, levou a que a economia temesse
estabelecer diálogos.

Por sua vez, a psicologia não aplaudia os pressupostos sobre o comportamento humano que a
economia, utilizava para as suas formulações, na medida em que, muitas das vezes eles
estavam incompletos e por vezes errados, como é o caso da assunção do pressuposto da
racionalidade ilimitada, em que o indivíduo somente efetuava escolhas que maximizassem a
sua utilidade.

Todavia, entre o final do século XX e o inicio do século XXI, estas disciplinas começaram a
estabelecer diálogos e interações entre si, que assentaram nos principais pontos da sua
divergência: a racionalidade, e a distinção de metodologias.

Com efeito, a psicologia conseguiu que a economia conseguisse valorizar a importância dos
diversos processos cognitivos, tais como: as emoções, as atitudes, as motivações e as reações,
para a análise do paradigma da escolha racional.
Por fim, a economia também passou a considerar o contexto sociocultural na análise do
processo da escolha, na medida em que, nos dias de hoje esta tem em consideração fatores
como as tradições e as heranças culturais, na escolha de um determinado item, admitindo que
nem sempre o individuo maximiza a sua utilidade.

A sociologia económica é uma disciplina de interceção entre a economia neoclássica


(mainstream), e a sociologia, que se estabeleceu entre o final do século XX, e os inícios do
século XXI.

Esta consiste na aplicação de métodos característicos da sociologia na análise do objeto de


estudo da economia, os fenómenos económicos.

Todavia, a relação entre a ciência económica e a sociologia, nem sempre foi tão pacífica, como
na atualidade, uma vez que os conflitos internos entre ambas eram vinculados com a
diferenciação de abordagens que utilizavam, e uma certa rigidez doutrinária.

Efetivamente, enquanto a economia neoclássica preconizava (valorizava) sobretudo o


indivíduo e a sua vertente racional, a sociologia estudava o ser humano, enquanto membro de
uma sociedade, na qual admite diversos tipos de racionalidade, nomeadamente, a
racionalidade instrumental, comportamental, “tradicional”, etc...

O condicionamento da ação humana na sua atividade económica, também é um alvo da


atenção destas duas disciplinas, na medida em que, para a economia, a ação é fruto dos gostos
(exógenos) dos indivíduos, e pelo fenómeno da escassez, por sua vez, na sociologia, a ação
depende das condições em que o indivíduo se encontra inserido.

A sua metodologia também apresentava algumas divergências, visto que a economia


assentava em modelos matemáticos, que valorizam a previsibilidade, afastando-se deste
modo, da realidade empírica, já a sociologia, serve-se de um método sobretudo descritivo,
onde é bastante privilegiada a utilização de inquéritos, a observação do participante e redes.

Desta forma, conseguimos percecionar que a abordagem interdisciplinar é de suma


importância para a compreensão da realidade social, que é una e complexa, pois é constituída
por fenómenos socias totais (complexos e pluridimensionais), sendo fundamental a interação e
o diálogo entre ambas as disciplinas, para uma compreensão mais completa e aprofundada do
meio envolvente.

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