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Direito – Filosofia 1º termo

Nome: Vitória Maria Rocha Ozelim R.A: 0235/20


Justiça e ética em Aristóteles.
1-Ética tem a ver com meio termo (justo meio termo). Explique.
Aristóteles diz que as virtudes se dão a partir de um equilíbrio, um meio
termo entre a falta e o excesso e diz que o meio termo é o estado ideal, onde
os extremos são condenáveis, e deve-se viver em busca do equilíbrio. Entre
o excesso e a falta, que são vícios, os homens devem procurar o justo-meio.
Por exemplo entre a temeridade (excesso) e a covardia (falta) encontrar o
justo-meio que a virtude da coragem.
O homem deve optar por um caminho que condene os extremos, pois estes
são causadores dos excessos e dos vícios. O homem que age segundo o justo-
meio, se tornará um homem virtuoso.
Portanto a virtude é encontrar, pelo uso da razão, o meio-termo, o justo meio
entre os extremos.
2-A pessoa justa é aquela que é ética e respeita as leis. Explique
Justiça é uma disposição moral que torna as pessoas aptas a fazerem o que é
justo, agindo justamente e desejando o que é justo; injustiça a disposição que
leva as pessoas a agirem injustamente e desejar o que é injusto. Portanto a
pessoa justa é aquela que cumpre e respeita as leis e a igualdade, enquanto a
pessoa injusta é aquela que viola as leis, que toma mais do que lhe é devido
e que desrespeita a igualdade. Ser justo é viver dentro da legalidade e
respeitar a igualdade.
3-Justiça ou injustiça se relaciona com ações voluntárias, ou seja,
intencionais, conscientes. Comente e dê 2 exemplos.
Segundo Aristóteles um homem só age de maneira justa ou injusta se os atos
forem praticados voluntariamente quando forem praticados
involuntariamente esse ato não é junto nem injusto. O que caracteriza um
ato justo ou injusto é o caráter voluntário. Ação voluntária é aquilo que se
faz conscientemente, tendo consciência dos seus atos e das consequências
deles. Por exemplo quando um homem prejudica o outro, infringindo a lei
por escolha, tendo consciência e sabendo das consequências desse ato, esse
homem está agindo injustamente, está cometendo um ato de injustiça.
4-A lei tem uma dimensão moral, ou seja, deve contemplar valores morais
(o que é certo, errado etc.). A justiça a partir da modernidade (e nos dias de
hoje) é impessoal e imparcial. Nessa linha, porque nos dias atuais é
problemático a lei conter valores morais?
Existem muitas normas jurídicas que nascem de preceitos e valores morais
de determinada época e sociedade, porém também há normas jurídicas que
não possuem conteúdo moral, que são amorais. Os valores morais são
pessoais, cada pessoa, grupo, sociedade tem os seus próprios valores, é
problemático a lei conter valores morais pois as leis devem ser objetivas,
impessoais e imparciais e estes valores tiram da lei essa clareza e
impessoalidade.

5-Explique e dê exemplos de Justiça Distributiva e Corretiva.

Justiça Distributiva: a justiça distributiva consiste na distribuição de bens


segundo os méritos de cada um. É uma forma de igualdade proporcional, os
bens devem ser distribuídos de maneira proporcional segundo o mérito de
cada um. Por exemplo na distribuição de instrumentos musicais os melhores
instrumentos deverão ser entregues aos melhores músicos.
Justiça corretiva: se os bens não forem distribuídos da maneira correta, ou se
houver algum ato de injustiça após a distribuição, a justiça corretiva aparece
para corrigir a situação de injustiça. Faz isso por meio da igualdade absoluta,
retirando tudo aquilo que está com quem não deveria e entregando para
aquele que merecia, de acordo com os critérios da justiça distributiva.
6-A Justiça está relacionada com a reciprocidade. Explique.
A reciprocidade é uma forma de justiça que não se enquadra nem na justiça
distributiva, nem na corretiva. Diz respeito a trocas que são feitas com base
na proporção. As trocas entre um sapateiro e um pedreiro para serem
consideradas justas devem alcançar uma reciprocidade, pois um par de
sapatos não vale o mesmo que a construção de uma casa, por isso Aristóteles
aponta que o dinheiro faz o papel de uma equivalência entre os produtos e
serviços possibilitando a reciprocidade entre esses elementos. O dinheiro
seria um meio-termo visto que mede todas as coisas e também o excesso e a
falta.
7-O que é equidade? Dê exemplos.
Ao tratar da equidade Aristóteles faz uma comparação com a justiça e diz
que são a mesma coisa, porém a equidade é ainda melhor. A equidade é a
adequação da lei ao caso concreto, a justiça do caso concreto.
As leis são abstratas e gerais e há uma dificuldade em aplicar o geral e
abstrato nos casos particulares e concretos. Com a equidade essa dificuldade
se resolve pois, ela serve para atenuar os rigores da lei, tornando-a mais justa
para as partes no caso concreto.
Por exemplo em um caso de furto em que a pessoa que cometeu o furto está
passando fome e acaba furtando um pacote de arroz, será que está pessoa
deverá sofrer as mesmas consequências e penas que uma pessoa que furtou
um banco ou objetos de grande valor. Nesses casos deve ser usado a equidade
para atenuar os rigores da lei e deixa-la mais justa nos casos concretos.

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