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RESUMO
1
Bacharel em Sistema de Informação (2014). E-mail: vriosjf@gmail.com
2
Acadêmico de Direito – Estácio, Juiz de Fora (MG) . E-mail: jonasaquinojf@gmail.com
3
Pós graduada em Direito Público E-mail: carvalho.pamella@estacio.br
INTRODUÇÃO
Para o autor, ser justo é obedecer às leis, pois elas são feitas por todos e
para todos, apesar da cidadania grega, na época, não reconhecer os escravos e as
mulheres como cidadãos. Para Aristóteles atos justos são os que tem o objetivo de
preservar a sociedade.
As leis têm em mira a vantagem comum, quer de todos, quer dos melhores
ou daqueles que detêm o poder ou algo nesse gênero; de modo que, em
certo sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a
preservar, para a sociedade política, a felicidade e os elementos que a
compõem. (ARISTÓTELES, 1991, p 96).
Assim como a justiça geral, a particular diz que a pessoa que viola a
racionalidade tende a ser injusta. O conceito de justiça particular ainda é subdivido
em dois casos: justiça distributiva e corretiva ou retributiva. Esta, se manifesta nas
distribuições de honras, de dinheiro e nas relações entre indivíduos, e aquela tem
por função desempenhar um papel corretivo nesta relação.
Atingirá seu justo objetivo se proporcionar a cada qual aquilo que lhe é
devido, dentro de uma razão de proporcionalidade participativa, pela
sociedade, evitando-se, assim, qualquer um dos extremos que representam
o excesso (tò pléon) e a falta (tò élatton) (BITTAR, 2010, p 151).
2 JUSTIÇA CORRETIVA
Não faz diferença que um homem bom tenha defraudado um homem mau
ou vice-versa, nem se foi um homem bom ou mau que cometeu adultério; a
lei considera apenas o caráter distintivo do delito e trata as partes como
iguais, se uma comete e a outra sofre injustiça, se uma é autora e a outra é
vítima do delito. (ARISTÓTELES, 1991, p 102).
Assim, o fato de um cidadão ser mais pobre ou mais rico do que o outro não
influenciará nas relações entre indivíduos. Por exemplo, na venda de um bem como
um carro, tanto o rico como o pobre terão que destinar a mesma quantia para
adquirir este bem.
Entretanto o filósofo faz uma ressalva relativo a reciprocidade dizendo que
ela não se compara nem com justiça distributiva nem corretiva e sim como uma
justiça do próprio.
Procedem das trocas voluntárias, pois ter mais do que aquilo que é nosso
chama-se ganhar, e ter menos do que a nossa parte inicial chama-se
perder, como, por exemplo, nas compras e vendas e em todas as outras
transações em que a lei dá liberdade aos indivíduos para estabelecerem
suas próprias condições; quando, todavia, não recebem mais nem menos,
mas exatamente o que lhes pertence, dizem que têm o que é seu e que
nem ganharam nem perderam. Logo, o justo é intermediário entre uma
O objeto não é o mérito e contexto social, e sim um justo meio entre a perda
e ganho, evitando o excesso ou a falta, logo é algo aritmético e matemático. O justo
da reciprocidade se difere da justiça retributiva ou corretiva, porque não há
subordinação entre as partes, assim como busca comportamentos proporcionais e
não aritméticos. Segundo Aristóteles: "a reciprocidade deve fazer-se de acordo com
uma proporção e não na base de uma retribuição exatamente igual‖
(ARISTÓTELES, 1991, p 104).
Como exemplo é remetido à época em que as trocas de bens materiais eram
feitas por escambo, onde tornava-se complicado encontrar esse equilíbrio das
negociações. Na busca da proporcionalidade o escambo foi substituído,
posteriormente por um objeto monetário, como o dinheiro.
Eis aí por que todas as coisas que são objetos de troca devem ser
comparáveis de um modo ou de outro. Foi para esse fim que se introduziu
o dinheiro, o qual se torna, em certo sentido, um meio-termo, visto que
mede todas as coisas e, por conseguinte, também o excesso e a falta.
(ARISTÓTELES, 1991, p 105).
Da justiça política, uma parte é natural e outra parte legal: natural, aquela
que tem a mesma força onde quer que seja e não existe em razão de
pensarem os homens deste ou daquele modo; legal, a que de início é
indiferente, mas deixa de sê-lo depois que foi estabelecida: por exemplo,
que o resgate de um prisioneiro seja de uma mina, ou que deve ser
sacrificado um bode e não duas ovelhas, e também todas as leis
promulgadas para casos particulares, como a que mandava oferecer
sacrifícios em honra de Brásidas, e as prescrições dos decretos.
(ARISTÓTELES, 1991, p 109).
4 EQUIDADE
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANDEL. Michael J. Justiça – O que é fazer a coisa certa. Rio de Janeiro. Editora
civilização brasileira: 2009.
BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Curso de filosofia do direito. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.