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Para Platão:
A filosofia em Platão segue uma orientação ética: ensina o homem a desprezar os prazeres, as
riquezas e as honras. A finalidade do homem em Platão é procurar transcender a realidade,
procurar um bem superior em relação àquele que perdeu. Para se atingir este bem o homem
necessita viver numa "cidade perfeita" – A República: a Callipolis. O homem mais feliz é o
justo; bem mais do que o injusto num mar de delícias.
O conceito de dar a cada um aquilo que lhe é próprio assume uma postura central dentro da
organização da república platônica.
Para Aristóteles:
"Trata-se de uma ética da virtude, ou seja, ele visa a um sistema de virtudes, entre as quais a
justiça é a virtude máxima, a virtude plena."
Para Kelsen:
Kelsen, na sua obra "O que é justiça?", considera a justiça "uma característica possível,
porém não necessária, de uma ordem social". E indaga: "mas o que significa ser uma ordem
justa? Significa essa ordem regular o comportamento dos homens de modo a contentar a
todos, e todos encontrarem sob ela felicidade. O anseio por justiça é o eterno anseio do homem
por felicidade. Não podendo encontrá-la como indivíduo isolado, procura essa felicidade
dentro da sociedade. Justiça é felicidade social, é a felicidade garantida por uma ordem
social". Observa Kelsen que o conceito de justiça passa por uma transformação radical: do
sentido original da palavra (que implica o sentimento subjetivo que cada pessoa compreende
para si mesma, de modo que a felicidade de um pode ser a infelicidade de outro) para uma
categoria social: a felicidade da justiça]. É que a felicidade individual (e subjetiva) deve
transfigurar-se em satisfação das necessidades sociais. Como ocorre no conceito de
democracia, que deve significar o governo pela maioria e, se necessário, contra a minoria dos
sujeitos governados.
Para Habermas:
O Direito é facticidade quando se realiza aos desígnios de um legislador político e é cumprido
e executado socialmente sob a ameaça de sanções fundadas no monopólio estatal da força. De
outro lado, o Direito é validade quando suas normas se fundam em argumentos racionais ou
aceitáveis por seus destinatários. Ainda, para Habermas, a resolução dos conflitos será tanto
mais facilmente alcançada quanto maior for a capacidade dos membros da comunidade em
restringir os esforços comunicativos e pretensões de validade discursivas consideradas
problemáticas, deixando como pano de fundo o conjunto de verdades compartilhadas e
estabilizadoras do conjunto da sociedade, possibilitando que grandes áreas da interação social
desfrutem de consensos não problemáticos.
3. ESCOLAS:
identifica com essa concepção. Thomas Hobbes, nos dois clássicos de sua autoria, Leviatã e De
Cive, assevera que a justiça, na condição de valor perpétuo a ser sempre ambicionado pelo homem,
é representada ou é consolidada pela realização plena da segurança, da vida e da propriedade. Nesta
medida, após o estado de natureza, quando os homens renunciam à sua liberdade em prol do
soberano, a fim de que este lhes garanta a segurança física e a propriedade privada, Hobbes afirma,
com isso, que o valor justiça se concretiza pela consecução da ordem.
b) UTILITARISMO: Acredita que a justiça deve ser avaliada pelas consequências empíricas de
ações e princípios. A difusão da autonomia e da liberdade individual deverá resultar na maior
felicidade para um maior número de pessoas, pois se admite a possibilidade de um equilíbrio
racional entre os interesses individuais e os interesses coletivos. A felicidade da maioria pode
justificar o sacrifício dos direitos e liberdades dos indivíduos. Não importa a distribuição da
felicidade entre as pessoas (indiferença distributiva). A respeito da justiça distributiva, a teoria
utilitarista propõe a quantificação de benefícios e encargos para depois escolher a prática que
maximize os primeiros e minimize os segundos (custo e benefícios).
c) JUSTIÇA COMO IGUALDADE: Todas as pessoas são iguais e merecem igual tratamento
frente à lei. A concepção de justiça como equidade, embora muito antiga, foi formulada e
sistematizada por John Rawls, em 1971. Rawls se pergunta como devem ser feitos os acordos entre
os sujeitos morais (autônomos) para alcançar uma sociedade “Bem -ordenada”. A teoria rawlsiana
afirma que sobre a base do sujeito moral é possível conceber uma sociedade bem-ordenada, regida
por princípios de justiça (coletivamente consensuais e racionais a partir da perspectiva do acordo
original) e constituída por indivíduos que se consideram a eles mesmos e a outrem como sendo
livres e iguais nas relações políticas e sociais. De acordo com Rawls, uma sociedade não pode ser
considerada justa a menos que certos valores sociais básicos sejam igualmente distribuídos entre
todos (Princípio de Igualdade) e que, no caso de ser necessária uma distribuição desigual de algum
ou de todos estes valores sociais, a desigualdade deverá redundar em benefício para os mais
necessitados (Princípio de Equidade)
d) JUSTIÇA COMO LIBERDADE: Pode-se dizer que a liberdade moral é a liberdade dos
impedimentos que provem de nós mesmos, por exemplo, as inclinações, as paixões e os interesses;
já a liberdade jurídica é a libertação dos impedimentos que provêm dos outros, é a libertação
exterior, ou seja, alcançar a esfera de liberdade que possibilite o meu agir segundo meu talento, sem
ser perturbado pela ação de outrem. Logo, não basta que ordenamento jurídico estabeleça a ordem
ou mesmo garanta a igualdade; é necessário, ainda, que todo o grupo usufrua da mais ampla
liberdade, a qual, todavia, deve ser compatível com a própria existência deste grupo. A liberdade
aqui referida é a liberdade de não-impedimento.
⇒ Para refletir: