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O papel da família

Participar ativamente das tomadas de


decisões terapêuticas;
Implementar as estratégias que forem
orientadas pelos profissionais;
Buscar suporte na equipe terapêutica;
Como estimular
habilidades dentro da
rotina?
Em toda atividade da rotina há
possibilidades de aprendizado, é
necessário pensar sobre elas: quais
possibilidades estão disponíveis na vida
diária da sua criança? Quais delas você
está usando a seu favor?
Regra geral: faça
menos para que a sua
criança faça mais!
Noções básicas sobre
Análise do
Comportamento
Aplicada (ABA)
"Aquilo que as pessoas fazem é a resposta, e
aquilo que elas fazem em um determinado
contexto é o comportamento. Assim, quando
se fala em comportamento, não é suficiente
olhar para aquilo que a pessoa faz, mas é
fundamental considerar o contexto no qual a
resposta acontece" (GOMES, 2016)
Todo comportamento possui três partes:
Antecedente (A) - o que acontece imediatamente
antes do comportamento ocorrer.
Comportamento (B) - resposta dentro do contexto
que acontece após o antecedente.
Consequência (C) - o que acontece depois do
comportamento e definirá as respostas futuras.
Antecedente (A) - criança vê um biscoito.
Comportamento (B) - criança aponta para o biscoito
Consequência (C) - criança ganha o biscoito
Antecedente (A) - criança vê um biscoito
Comportamento (B) - criança chora
Consequência (C) - criança ganha o biscoito
Antecedente (A) - criança vê um biscoito
Comportamento (B) - criança fala "biscoito"
Consequência (C) - criança ganha o biscoito
Por que é importante saber isso?
Porque os antecedentes influenciam a
ocorrência dos comportamentos, e as
consequências determinam a frequência.
Para nossa criança ver - e querer - o biscoito
(A) faz com que ela chore para conseguir
(B), e ganhar o biscoito (C) provavelmente
fará com que ela continue chorando quando
quiser alguma coisa.
REFORÇO
A consequência do comportamento que
mantém ou aumenta a frequência do
mesmo.

POSITIVO NEGATIVO
Estímulo de interesse é Estímulo aversivo é
adicionado. removido.
”papai”! ”papai”!

Pai comemora,
joga pra cima
e brinca!
”DESCULPA!”

Criança pede
desculpas sempre que
faz algo errado!

Criança é liberada
do castigo.
O reforço não é um objeto, é uma
consequência que fará com que o
comportamento apresentado ocorra
novamente.
Ganhar chocolate é reforçador?
Receber um sermão é reforçador?
O que determina se algo é reforçador ou
não é a ocorrência futura do
comportamento. Logo o valor reforçador
das situações é uma experiência
restritamente individual.
PUNIÇÃO
A consequência do comportamento que
diminui a frequência do mesmo.

POSITIVA NEGATIVA
Estímulo aversivo é Estímulo de interesse é
adicionado. removido.
Adolescente esquece de forrar cama, nesse dia a
mãe proibe de jogar vídeo game.
Adolescente esquece de forrar cama, nesse dia a
mãe manda forrar a cama, arrumar guarda roupa e
separar roupa pra lavar.
É preciso estar atento as
consequências da punição!
Na prática, utilizamos o reforço
positivo como principal estratégia.
O que reforça ou pune pode variar de
uma pessoa para outra e de um
contexto para o outro.
Cuidado com os sermões!!!
Extinção
Diminuição da frequência da resposta, onde
gradativamente a pessoa vai deixando de fazer
aquilo que fazia, e ocorre a partir da retirada do
reforço que mantinha a resposta.
Gráfico de extinção de comportamento inadequado
Manejo de
Comportamentos
Inadequados
O QUE SÃO COMPORTAMENTOS
INADEQUADOS?
Chorar
Agredir
Cuspir
Gritar
Controle excessivo
Multi-comportamentos que trazem prejuízos ao
indivíduo ou terceiros
PARA TRATAR UM COMPORTAMENTO
PROBLEMA COM EFICÁCIA É PRECISO
COMPREENDER AS CAUSAS DO MESMO.
ANÁLISE FUNCIONAL
Obter objeto tangível (brinquedo, alimento)
Obter atenção (positiva ou negativa)
Controle (o que eu quero, como eu quero)
Fuga (evitar demandas)
Sensorial (busca sensorial)
FOLHA DE REGISTRO ABC
Data Local Antecedente Comportamento Consequência
Função
Horário Atividade (A) (B) (C)
03.01 Viu doces Gritou e se jogou Ganhou Acesso a
Mercado e queria no chão tangível
14:15 o doce

04.01 Hora do banho


"Vamos tomar Correu e gritou Pegou e levou
banho" Fuga
08:10 NÃO pro banheiro

05.01 Mãe entrou Chorou e se jogou Mãe perguntou


Terapia na sala no chão o que aconteceu
Atenção
15:30
06.01 Deixado na Bateu a cabeça na Ignorou e criança
Hora de dormir cama para Sensorial
19:40 adormecer cabeceira adormeceu

07.01 Colega colocou Gritou e retirou Criança deixada


Escola bloco azul na o bloco montando só Controle
09:40 torre de blocos
O QUE FAZER?

Não reforçar
Ensinar comportamentos adequados
alternativos
ACESSO A TANGÍVEL
Não entregar se a criança estiver
chorando/gritando
Esperar a criança se acalmar e dar modelo de
pedido "você precisa me pedir: eu quero..."
Criança entende que ao invés de chorar ela
pode: apontar, falar, entregar imagem com
pedido
ATENÇÃO
Ignorar: não olhar, não perguntar o que foi
Ensinar a criança a: chamar pelo nome, ou
dar um toque no ombro, emitir algum som
Criança entende que quando chora/grita/se
joga ela não é atendida, e passa a solicitar
pela atenção positiva
FUGA
Depois de solicitado, não permitir que a
criança consiga adiar a realização da
atividade, "barrar" a fuga
Ensinar a criança a dizer que não quer
Analisar se a demanda é aversiva ou muito
custosa
Tornar as atividades atrativas
SENSORIAL
Ignorar comportamentos moderados que
não causem ferimentos
Enriquecer o ambiente com brinquedos e
recursos sensoriais - balanço, bolas de
apertar
Ensine a criança a pedir por atividades
sensoriais
CONTROLE
Dessensibilizar: quebrar padrões de forma
gradativa
Fazer pequenas mudanças nas atividades,
até a criança tolerar mais
Flexibilizar a rotina, para não ter rigidez
A FRUSTRAÇÃO É IMPORTANTE
*cuidado com a geração
imediatista*
A FRUSTRAÇÃO É IMPORTANTE, mas a
previsibilidade também...
Dois grandes aliados:
REFERÊNCIAS

Gomes, Camila Graciella Santos Ensino de habilidades básicas para pessoas com
autismo : manual para intervenção comportamental intensiva / Camila Graciella
Santos Gomes, Analice Dutra Silveira ; ilustração, Daniel Augusto Ferreira e Santos. –
1. ed. – Curitiba : Appris, 2016.
Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. (2007). Princípios básicos de análise do
comportamento. Porto Alegre: Artmed

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