O documento discute o caso de Carlos, que desenvolveu um transtorno mental em seu último emprego. Analisa os possíveis fatores da organização que podem ter contribuído para seu adoecimento, como estressores e falta de reconhecimento. Também discute como a identidade dos trabalhadores é afetada pelas novas configurações do trabalho, como flexibilidade e temporariedade.
O documento discute o caso de Carlos, que desenvolveu um transtorno mental em seu último emprego. Analisa os possíveis fatores da organização que podem ter contribuído para seu adoecimento, como estressores e falta de reconhecimento. Também discute como a identidade dos trabalhadores é afetada pelas novas configurações do trabalho, como flexibilidade e temporariedade.
O documento discute o caso de Carlos, que desenvolveu um transtorno mental em seu último emprego. Analisa os possíveis fatores da organização que podem ter contribuído para seu adoecimento, como estressores e falta de reconhecimento. Também discute como a identidade dos trabalhadores é afetada pelas novas configurações do trabalho, como flexibilidade e temporariedade.
Um caso de um transtorno mental desencadeado no trabalho e algumas considerações de
estudantes do 6° período das disciplinas das Teorias da Personalidade, da Psicologia Organizacional e do Trabalho, das Teorias e Técnicas Psicoterapicas.
Mariane: Teorias da Personalidade
Link entre alguma ou algumas teorias e a história de vida de Carlos utilizando seu relato.
Psicologia organizacional
Através dos desenvolvimentos no campo da disciplina psicologia organizacional, tal qual
seu olhar atensioso, tanto para a organização quanto para o trabalhador, lança-se um olhar técnico analítico para o último emprego em que Carlos trabalhou, onde supõe-se ter sido a causa de seu adoecimento. Diante de tais considerações, buscar compreender se a organização, de fato, colaborou para o seu adoecimento e caso sim, quais seriam então os fatores patogênicos da organização.
Primeiramente é importante considerar a centralidade do trabalho na vida da pessoa
humana sendo este também o responsável pelos processos de subjetivação e formador da identidade individual e coletiva dos sujeitos. No passado a psicologia organizacional contribuiu para que o trabalhador se comportasse de forma mais produzente, organizada e seguindo o tempo e as tarefas objetivadas pela organização, resultando em qualidade na produção e consequentemente maior lucratividade, mas surgiram questões importantes com relação ao adoecimento no trabalho. Com o passar dos tempos a psicologia organizacional aprofundou o seu olhar e percebeu que as empresas, compostas por pessoas, necessitam e buscam no trabalho, um algo a mais do que salários. Na contemporaneidade a psicologia organizacional segue adaptando, criando técnicas para analisar o comportamento dos indivíduos, dos grupos e das instituições a saber quais as contribuições a organização pode gerar para que seus colaboradores obtenham o bem- estar, o reconhecimento, a motivação e a sociabilidade para desempenhar melhor suas funções e colaborar para a saúde física e mental de todos na empresa, reduzindo fatores ansiogenicos e estressores. Para alcançar esses objetivos a psicologia organizacional lança mão de técnicas úteis as empresas e seus colaboradores para que o trabalho ocorra com fluidez.
Inegavelmente, o atual contexto societário, particularmente quando nos referimos ao mundo
do trabalho, contribui de forma decisiva para a fragmentação dos sujeitos e, deste modo, tende a reforçar a fragilidade e a condição efêmera e eternamente provisória da identidade, tal como apontou Bauman (2005). Consideramos, no entanto, que estas rupturas nas trajetórias identitárias, ao longo da vida, são resignificadas através de novos processos de identificação, mais bem compreendidos na perspectiva da Psicanálise. Apesar de o conceito de identidade ter sido tradicio- nalmente pouco estudado pela psicanálise, encontramos em Erikson (1968/1976) a referência a esta como um problema universal, “... pois estamos tratando de um processo ‘localizado’ no âmago do indivíduo e, entretanto, também no núcleo central de sua cultura coletiva, um processo que estabelece de fato a identidade dessas duas identidades” (p. 21). Mais recentemente, Costa (1989), também tributário da tradição psicanalítica, desenvolve uma concepção de identidade socialmente construída, correspondendo a tudo que o sujeito vivencia como sendo “eu”, e, portanto, oposto ao “não eu”. A identidade psicológica (diferentemente de outros sistemas identitários) “... é o sistema de representações que se mostra à consciência do sujeito como aquilo que não é apenas atributo do meu eu ou de alguns eu, mas o traço identificatório comum a todos os eu” (p. 22). Focalizando o aspecto ocupacional, o autor considera que a identidade psicológica do trabalhador funda-se não só como decorrência de conflitos sexuais subjacentes, mas é, particularmente, definida pela capacidade de trabalho. Desta forma, “... ser bom trabalhador significa também ser bom, pai, bom marido, bom filho... enfim, um bom homem...” (p. 29).
O trabalho no capitalismo contemporâneo assume configurações como flexibilidade,
temporariedade, preca- riedade, informalidade, produzindo alterações que se expressam no modo de ser dos trabalhadores.
É possível através de investigações sobre as trajetórias identitárias dos sujeitos, arti-
culando as experiências objetivamente vividas com os sentidos que os sujeitos atribuem a estas.