Você está na página 1de 2

BAUMAN, Zygmunt.

Identidade

Identidade

 Autor
o Polonês que imigrou para GB
o Qual hino escolher?
o Escolheu o hino europeu
 Tiraria a pauta de uma identidade defina em termos de nacionalidade
 Comunidades (às quais as identidades se referem como sendo as entidades que as
definem) são de dois tipos:
o Comunidades de vida e de destino, cujos membros “vivem juntos numa ligação
absoluta”
o E outras que são “fundidas unicamente por ideias ou por uma variedade de
princípios”
 O primeiro tipo foi negado ao autor
 A questão da identidade só surge com a exposição a “comunidades” da segunda
categoria
 A ideia de “ter uma identidade” não vai ocorrer às pessoas enquanto o
“pertencimento” continuar sendo o seu destino, uma condição sem alternativa. Só
começaram a ter essa ideia na forma de uma tarefa a ser realizada, e realizada vezes e
vezes sem conta, e não de uma só tacada
 Em todo e qualquer lugar o autor estava ligeiramente ou ostensivamente deslocado
 Em nossa época líquido-moderna, o mundo em nossa volta está repartido em
fragmentos mal coordenados, enquanto as nossas existências individuais são fatiadas
numa sucessão de episódios fragilmente conectados
 Poucos de nós, se é que alguém, são capazes de evitar a passagem por + de uma
“comunidade de ideias e princípios”
 As “identidades” flutuam no ar, algumas de nossa própria escolha, mas outras infladas
e lançadas pelas pessoas em nossa volta, e é preciso estar em alerta constante para
defender as primeiras em relação às últimas
 A “identidade” só nos é revelada como algo a ser inventado, e não descoberto; como
alvo de um esforço, “um objetivo”
 Antes da 1GM, realizou-se um censo na Polônia, então uma sociedade multiétnica
o Parte da elite política polonesa buscava uma nação + uniforme
o Ouvia-se “somos daqui”, “somos deste lugar”...
 Dificuldade de transporte, limitava o pensamento de identidade na relação com a
vizinhança
 Identidade com algo ligado a natalidade/ao nascimento
 A “identidade nacional” não é um “fato da vida”
 Nascida como ficção, a identidade precisava de muita coerção e convencimento para
se consolidar e se concretizar numa realidade
 O Estado buscava a obediência de seus indivíduos representando-se como a
concretização do futuro da nação e a garantia da sua continuidade
 Se não fosse o poder do Estado de definir, classificar, segregar, separar e selecionar, o
agregado de tradições, dialetos, leis e modos de vida locais, dificilmente seria
remodelado em algo como os requisitos de unidade e coesão da comunidade
internacional
 Se o Estado era a concretização do futuro da nação, era também uma condição
necessária para haver uma nação
 Superposição do território domiciliar com a soberania indivisível do Estado
 Poder de exclusão  Agamben, Carl Schimitt
 Comunidades virtuais/internet: frágil
o Perdendo a capacidade de estabelecer interações espontâneas com pessoas
reais
 Com os fones de ouvido devidamente ajustados exibimos nossa indiferença em
relação à rua em que caminhamos
 No admirável mundo novo das oportunidades fugazes e das seguranças frágeis, as
identidades ao estilo antigo, rígidas e inegociáveis, simplesmente não funcionam
 Cartaz em Berlim de 1994
o “Seu Cristo é judeu. Seu carro é japonês. Sua pizza é italiana. Sua democracia,
grega. Seu café, brasileiro. Seu feriado, turco. Seus algarismos, arábicos. Suas
letras, latinas. Só o seu vizinho é estrangeiro”
 Globalização
 Transferência da maior parte das tarefas intensivas em mão-de-obra e
capital aos mercados globais
 O anseio por identidade vem do desejo de segurança, ele próprio um sentimento
ambíguo
 “Comunidades guarda-roupa”: invocadas a existirem, ainda que apenas na aparência,
por pendurarem os problemas individuais, como fazem os frequentadores de teatros,
numa sala
o Qualquer evento espetacular ou escandaloso pode se tornar um pretexto para
fazê-lo
 Um novo inimigo público elevado à posição de número 1
 Uma empolgante partida de futebol
o As comunidades guarda-roupa são reunidas enquanto dura o espetáculo e
prontamente desfeitas quando os espectadores apanham os seus casacos nos
cabides
o Suas vantagens em relação à “coisa genuína” são precisamente a curta
duração de seu ciclo de vida e a precariedade do compromisso necessário para
ingressar nelas e aproveitá-las
 Estar em movimento, antes um privilegio e uma conquista, não é mais, portanto uma
questão de escolha: agora se tornou um “must”
o Manter-se em altar velocidade, antes uma divertida aventura, transforma-se
em uma tarefa exaustiva

Você também pode gostar